Sempre a mesma conversa de todos os anos! Há falta de professores e a nossa TV leva o assunto para um patamar de risco impensável, vai ser um caos, dizem eles!
A culpa é do governo, afirmam os entendidos que têm uma solução para tudo, pela simples razão de não serem eles os chamados a resolver o problema, pois se fossem a coisa seria igual ao que agora enfrentamos. Claro que os governos têm culpa, não este que agora tomou posse, mas todos desde o 25 de Abril.
Governar significa prever o futuro e tomar medidas, antecipadamente, para travar um problema que a manter-se pode terminar em tragédia. A luta do António Costa contra os professores que durou uma boa meia dúzia de anos, foi a causa próxima da falta de professores, mas há também causas remotas que é preciso trazer à baila para entender a extensão da coisa.
Considerar que a profissão de professor é de menor importância e tentar retirar-lhe mais valias é um erro. O professor é quem forma os cidadãos de um país e quanto pior for o professor pior será o aluno. Pois foi isso, exactamente, que o Costa fez. Congelou-lhes o salário e a progressão na carreira e acabámos com milhares de professores a abandonar a profissão e não aparecerem candidatos para se formarem para o futuro.
Os professores que ensinam os nossos engenheiros e doutores têm que ganhar um salário digno da sua posição na sociedade e não podem sentir-se diminuídos perante um aluno seu que no primeiro emprego já ganha o dobro do seu formador. E os professores da Primária que ensinam as nossas crianças a dar os primeiros passos no mundo da ciência não podem ganhar um pouquinho mais que um trolha ou um estivador, sem desrespeito por essas profissões.
Está tudo mal, diria eu, e vai custar a endireitar, foram muitos anos a correr para o precipício. Nota-se a falta de professores, em Lisboa, por exemplo, e a mim isso não me admira nada. Como vai um professor aceitar ir leccionar em Lisboa, sabendo que a renda da casa lhe vai custar muito mais de metade do salário que o Ministério lhe paga? Lembro que o Salazar proibia os professores de casar para evitar esse problema, pois sendo solteiro poderia viver em qualquer cantinho sem isso implicar grandes custos. No caso presente, deve o governo garantir ao candidato uma moradia condigna e uma posição fixa para, no mínimo, um período escolar completo (na Primária 4 anos).
Assim a modos que um craque do futebol, o professor deveria ter um estatuto que o mantivesse feliz e contente na escola onde foi colocado. Um salário condigno e, nos casos de deslocação da sua área de residência, a obrigação do seu empregador suportar as despesas da mudança de residência. E manter o direito à sua posição nessa escola, preferencialmente, em relação a qualquer outro pretendente ao lugar.
E agora, se querem resolver a questão da falta de professores, peguem em todos os alunos que completaram o 12º ano e estão no desemprego e ponham-nos a dar aulas. Será melhor isso que deixar os alunos sem professor, durante todo o ano lectivo. Depois, mandam esses candidatos a professores fazer um exame "ad hoc" e classificam como professores aqueles que passarem no teste.
Não será o fim do mundo e resolvem dois problemas, o do aluno que terá quem tome conta dele, mesmo que aprenda pouco, e o do desempregado que assim entra no mundo do trabalho e passa a contribuir com os seus impostos para o «Bem da Nação»!
Quem congelou a carreira dos professores foi o governo de Sócrates. António Costa descongelou e os sindicatos querem tudo e mais um par de botas. Outra desgraça foi a alteração do estatuto do estudante tirando respeito ao professor.
ResponderEliminarClaro que deveriam ganhar mais como outras profissões acima de tudo os médicos, enfermeiros etc!
Seria simples de resolver: cortar para metade os ordenados e regalias de todos os deputados na AR e seus assistentes já para não falar das camaras municipais e a dantesca corrupção que assola actualmente! Desculpa o desabafo !
Beijos e um bom dia
Oh , OH , tenho ouvido muitas sobre o Dr. A.O. Salazar, mas esta de
ResponderEliminarproibir os profs. de casar , deixou-me de lado !
Os profs nao podiam casar com " forra botas , iletrados " . Hoje temos diplomados com cursos superiores que nao tem a minima cultura e pensam apenas no Gamanso ( veja-mos nossa classe politica ) .
Muita malta em Portugal so tem testa para criarem os cornos e nao compreendem que estamos ao nivel do terceiro mundo .
Dinheiro há de certeza. Veja-se quanto está no OE para o LGBT. Os guarda prisionais por sua vez acabam de conseguir 'um acordo' em tempo recorde... Fica a dika!
ResponderEliminar