sábado, 28 de maio de 2022

I am an outsider!

 


Dizem que Portugal, em especial no norte, bate todos os recordes de casos de infecção pelo vírus Sars-cov-2. E dizem também que o pico da vaga já deve ter passado. Duas afirmações que me forçaram a vir aqui provar que os números são aquilo que nós queremos que sejam. Toda a minha vida convivi com números, fabriquei números para agradar a quem estava por cima de mim e sei o valor que eles têm. Há sempre uma maneira de aldrabar os números e fazê-los parecer melhor ou pior, conforme nos convenha.

E digo isto porque apanhei o vírus, não reportei o caso a ninguém (oficialmente) e mesmo assim a zona onde vivo bateu o record. Imaginem se eu lhes tivesse contado que também eu fazia parte do número dos infectados! Ligar para o SNS 24 é uma perda de tempo, pois a linha está sempre ocupada e quando atendem mandam tomar paracetamol. Obrigado, isso eu já sei e não preciso que me digam. E fazer parte das estatísticas também não me dá prazer algum. E não gosto de seguir a carneirada, para onde vai um vão todos!

E além do mais, afirmam os entendidos que a variante OMICRON - aqui no distrito do Porto dizemos OMURCÃO - não passa de uma mera constipação e como tal tem que ser assumida. Ora isso é fruta da época que por volta das datas do equinócio vem ter comigo e, de uma maneira ou outra, acabo por lhe dar a volta. O que mais me atrapalha é o facto de sofrer de «bronquite-asmática-crónica» e mal chega a constipação lá vem a tosse para pôr as coisas mais difíceis.

Foi assim desta vez também, dormi com os pés de fora - porque o calor da cama me aumenta as dores - e de manhã estava constipado. Em poucos dias tinha os brônquios tapados e a tosse a aumentar a cada dia. Nisto a minha mulher começa a passar mal e o meu filho, sempre solícito, aparece com um teste covid que se revela positivo. Um pânico generalizado, com filhos e netos a fugirem a sete pés e eu, sossegadamente, a tomar chá de limão com muito açúcar (mesmo ao jeito de um diabético) para aliviar a pressão nos brônquios.

Desta vez não foi o filho, mas o genro que apareceu com um teste e me enfiou aquilo pelo nariz adentro, por segurança disse ele, que só veio confirmar o óbvio. A dormir com uma "covideira" tinha que ter o vírus também eu. Que novidade! E continuei a tomar o meu chá de limão, ao deitar e ao levantar, bem doce e bem quente, que foi assim que a minha avozinha me ensinou!

Fora com o OMURCÃO !!!

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