Um estudo recente comprova que em Portugal os partos com recurso a instrumentos, como forceps, ventosas e outros, são 3 vezes superiores à média europeia. E na maioria dos casos sem dar conhecimento, ou pedir o consentimento das interessadas.
Ao ler isto nas notícias desta manhã, recuei até ao dia 19 de Junho de 1969, em que fui deixar a minha mulher no hospital para um parto, em princípio, sem o menos risco. Só depois da hora de jantar consegui subir à enfermaria, onde fui encontrar a minha mulher toda ensanguentada com uma hemorragia que não parara desde que saiu da sala de partos. Se eu lá não tivesse ido e chamado por socorro, talvez tivesse ficado viúvo nesse dia e com uma filha toda estropiada nos braços.
Sim, porque não tendo a criança nascido, quando convinha àquela gente que queria sair do serviço às 18.00 horas, agarraram-se à ventosa para a puxar e não o conseguindo usaram os forceps para a puxarem através do canal uterino. Por pouco não lhe sugaram o cérebro através da "moleirinha" e veio com a cabeça toda arranhada. Só ao fim de 15 dias começou a parecer um bebé normal. Foi um susto!
Estou a ver que a coisa continua e está cada vez pior. As ginecologistas que acompanham as parturientes marcam a data e hora do parto e ele tem que acontecer, quer esteja na hora ou não. Falo por experiência própria, aqui no hospital em que nasceram os meus filhos e netos. A médica faz a sua visita de rotina à enfermaria, entre as 16.00 e 18.00 horas e logo a seguir vai para a sala de partos tratar das clientes do dia. Antes da 20.00 horas tem que estar tudo cá fora que é a hora de ela ir para casa preocupar-se com o marido e os seus próprios filhos. Ela sabe como fazer as coisas acontecer e, em última análise, há sempre a última opção, a cesariana.
Porca miséria! E a natureza, onde fica?
Recomendo a leitura da descrição do SNS pelo nosso camarada Albertino Costa Veloso. O socialismo deixou marcas por onde passou e Portugal não vai ser excepção. Infelizmente vamos todos pagar - quando deveriam ser só os 22%
ResponderEliminarQue eu tenha conhecimento, não são métodos muito usados no hospital do B Barreiro. Pelo menos todos os netos das minhas amigas ou nasceram de parto natural ou de cesariana. As minhas duas netas nasceram de cesariana e às 34 semanas devido a um problema da coluna da minha nora. Gravidez de alto risco com controle ao tamanho e peso do bebé pois se tentasse o tempo normal corria o risco de ficar paralisada. Mas as três netas da minha prima nasceram de parto normal.
ResponderEliminarAbraço e saúde