Para quem quiser apresentá-lo pela internet termina hoje o prazo. Eu já preenchi o meu faz tempo. E não posso deixar de ser crítico quanto ao produto apresentado ao Povo pelos sabichões que comandam este país. Há perguntas que deveriam ser feitas, para tentar perceber como vivemos, e outras que foram feitas e não o deveriam ter sido.
Um dos piores exemplos é, depois de ter respondido que sou reformado e tenho quase 80 anos, perguntar se andei à procura de emprego, ou se estudei e outras coisas parecidas. As perguntas deveriam ser feitas em pacote por grupo e para os reformados as perguntas deveriam ter como objectivo descobrir como vivem e o que lhes faz falta. O seu rendimento é suficiente? Que percentagem é gasta para pagar renda de casa (quando se aplique) e na farmácia (o que é inevitável)? Agora perguntar se foi procurar emprego, trabalhar ou estudar parece-me uma estupidez de todo o tamanho.
Quantos somos, como somos e como vivemos, ou em que tipo de casa - desde uma barraca nos arredores da capital, passando pelos apartamentos em prédios que parecem pombais e acabando nas moradias de luxo, na Quinta da Marinha, em Cascais, ou na Quinta da Coelha, onde foi descansar os dias que lhe restam o nosso Ex-Presidente da República A. Cavaco Silva - vivemos. Se tem luz e água canalizada, primeiro sinal de civilização, se tem uma casa de banho de 2 metros quadrados ou um verdadeiro SPA com jacuzi e tudo, sem esquecer o aquecimento, o ar condicionado, tudo coisas a que a maioria dos portugueses está "muito" pouco habituada.
E porque não continuar fazendo perguntas sobre o local onde residimos. É na cidade, na vila ou na aldeia? As ruas estão devidamente pavimentadas e tem passeios por onde os peões podem circular em segurança? E quanto à autarquia, sente-se bem representado e os seus interesses protegidos pelas pessoas que estão à frente da sua autarquia? A que distância fica o Hospital ou Centro de Saúde a que recorre quando precisa? Há um parque ou jardim nas proximidades da sua casa, onde possa ir esticar as pernas? E a poluição, o saneamento, a recolha do lixo, o ruído estão em níveis considerados aceitáveis?
Estas e outras perguntas, que é provável me escapem, assim de repente, seria aquilo a que eu gostaria de responder. E deveria ainda haver um espaço final, de texto livre, onde se poderia expressar uma opinião ou dar uma sugestão. Isso é que seria um «CENSUS à séria», como agora se diz, assassinando a Língua Portuguesa, a qual também poderia estar incluída no questionário, tipo, sabe ler e escrever? Bem, mal ou assim assim? Adoptou e usa o Acordo Ortográfico ou é ferrenho inimigo do mesmo?
Não querendo pôr mais na carta, por aqui me fico. Cada um de vós que pense e diga o que lhe aprouver, pois aqui todas as opiniões são aceites e sem reclamação.
Bom dia! E saiam de casa para gozar o sol da Primavera e ver as flores que despontam por todo o lado!
Cuidado com a informação. Não vá acontecer o mesmo que aos residentes da Zmar em Odemira... em socialismo tudo é possível.
ResponderEliminarCada um que pense o que e como quiser. Camo já foi não é proibido protestar. Contra a vontade de todos aqueles que tentam tudo por tudo para a degolar. A liberdade de expressão continuará a vigorar em Portugal. Porque jamais haverá regresso ao passado!
ResponderEliminarBom dia
ResponderEliminarSe o inquérito é com a intenção de saber o modo de vida dos portugueses, fica mesmo muito aquém do esperado. Cada vez mais o mesmo.
JR
Também preenchi o meu logo no dia 20 de Abril. E também achei algumas perguntas muito parvas, mas enfim.
ResponderEliminarAbraço, saúde e uma boa semana