quinta-feira, 27 de maio de 2021

A fome é apenas um dos problemas!

 Ontem, enchi a barriga de ver futebol. Das 8 às 10 foi o Manchester United a disputar a final da Liga Europa com os espanhóis do Vila Real que, sem grande surpresa, acabou por levar a Taça. É bom não esquecer que o seu treinador é tão somente o recordista desta prova. A decisão foi para os penalties e todos os jogadores, incluindo os guarda-redes, foram chamados a dar o seu contributo. Foram 22 penalties e só o último, batido pelo guarda-redes (espanhol) do Manchester United, não resultou em golo. Um espectáculo!

Depois, das 10 à meia-noite, foi a vez do Rio Ave provar, frente ao Arouca, que merece permanecer na I Divisão. A coisa não correu nada bem aos vilacondenses que perderam por 3 bolas a 0. O Varzim safou-se, no último fim de semana, por um triz de descer à III Divisão, dá a impressão que ficou na II apenas para voltar a reeditar os confrontos de antigamente com o seu vizinho Rio Ave que, ontem deu um passo de gigante rumo à mesma divisão, onde o Varzim o espera. Vai ser bonito voltar a assistir aos jogos entre os dois que levam ao estádio toda a classe piscatória da Póvoa e da Vila. Não há rivalidade como essa no nosso futebol!


Bem, o que acima escrevi foi apenas o preâmbulo, pois hoje o tema escolhido é a fome, o Banco da dita, e aquilo que o nosso (! meu não !) governo não faz para a combater. Salvo erro, é a segunda vez que abordo este tema e o meu azar é que ninguém faz chegar as minhas queixas ao António Costa e, por conseguinte, o assunto continuará sem qualquer solução.

O problema é simples de entender, quem ganha com as campanhas de recolha de alimentos são as duas entidades que mais espoliam os portugueses. A primeira, sem sombra de dúvidas, é o governo que mantém os portugueses com a maior carga fiscal de toda a Europa. O IVA não é o mais injusto de todos os impostos, mas anda lá perto, pois incide sobre tudo aquilo que compram tanto os ricos como os pobres. No lançamento destas campanhas devia ser publicada uma Portaria avisando que o IVA das compras para donativo ao Banco Alimentar seria devolvido na íntegra. Os clientes das grandes superfícies comerciais deveriam avisar que a compra se destina ao Banco Alimentar e, na entrega dos bens, entregar a cópia da factura emitida pela caixa. Isso serviria para dar um tratamento diferenciado a essas facturas e evitar que alguém se aproveitasse do bónus para ir comprar bens para si próprio. Com a Informática no estado avançado em que está, isso é facílimo de controlar e daria um resultado espectacular, sem que o Estado aproveitasse para embolsar mais uns milhões.

O segundo grande beneficiado é o patrão do Pingo Doce, do Continente, do Jumbo, Intermarché, LIDL e outros que vêem as suas vendas, e o respectivo lucro, dispararem nesses dias de boa-vontade. Considerando que o lucro médio dos bens, maioritariamente, oferecidos nestas campanhas é de 6%, devia ser obrigatório associar a essas campanhas um desconto de 6% em todas as compras reportadas nas facturas que referi acima. Isto para evitar que os grandes tubarões da distribuição se alimentem à custa da fome dos pobres e desprotegidos da sorte..

A quem ler esta minha publicação, se quiser ajudar, peço que façam um " copiar e colar" deste texto e enviem-no para os jornais, televisões, Parlamento, deputados, Conselho de Ministros, Redes Sociais e tudo o mais que se lembrarem. Quem sabe, pode ser que resulte.

Enquanto isso não for feito, eu recuso-me a oferecer, seja o que for, ao Banco Alimentar!

2 comentários:

  1. Depois da história de Pedrogão desconfio de qualquer peditório.

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  2. Ajudar não custa. O que custa é não ter como ajudar quem precisa de ser ajudado. Bom seria se no mundo não houvesse quem desperdiça aquilo que faz falta a quem não tem, sequer, uma migalha de pão, mesmo duro, para comer. Sendo esses que contribuem para que no mundo exista riqueza. Uns com tudo outros sem nada. Será por isso que os peditórios existem. Se a riqueza fosse distribuída por aqueles que trabalham para que a mesma exista. Certamente, os peditórios não seriam necessários.

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