O Trump nunca quis nada com o controlo da emissão de gases com efeito de estufa, virou as costas ao acordo de Paris, fez muita asneira que atrasou em alguns anos a recuperação do planeta que é cada vez mais urgente. O novo presidente está a tentar voltar a pôr o país nos eixos, mas or patrões da indústria não vão à bola com ele, o que torna as coisas mais complicadas. Na China, assim como na Índia, está ainda pior, já mal conseguem respirar sem andar com uma garrafa de oxigénio às costas.
Por tudo isso e mais alguma coisa, temos o clima que temos e não adianta reclamar. O «Abril de águas mil» já não aparece como antigamente e o mês de Maio que antecede o verão, vêmo-lo agora com temperaturas outonais e chuveiros (alguns violentos e de neve na Serra da Estrela) a cada passo. Basta olhar para o mapa meteorológico que mostro acima para ver como as coisas estão. E, dizem os meteorologistas que o resto do mês de Maio continuará a ser assim.
E depois virá um verão quente demais, com o termómetro a querer atingir os 40º que faz ferver os miolos e fazer toda a gente correr para o pé da água. Pelo menos uma coisa de bom tem esta chuva tardia, as reservas de água aguentarão até virem as próximas chuvas, na maior parte do território nacional, livrando a cabeça dos autarcas de mais essa preocupação. Falando em autarcas com problemas de gestão da água, Odemira está ao rubro, não só por causa do Corona Vírus, mas também pelo uso exaustivo de rega em todas aquelas estufas que pudemos ver na televisão. É fácil fazer furos e chupar a água do subsolo, só que quanto mais fizerem isso, mais ela faltará à superfície. E aquela zona, todo o Baixo Alentejo, é a pior de todo o país no que se refere à escassez de água.
A Câmara Municipal de Odemira tem muita coisa a corrigir, desde travar a agricultura intensiva à escolha das espécies de árvores de fruto ideais para a região, desde a população migrante ao controlo da água e o modo como é obtida e consumida. Num país pobre como o nosso, não podemos permitir que haja "pró-trumpistas" que põem o seu interesse particular acima do interesse geral, seja ele português, europeu ou mundial. Podemos chegar a uma altura em que será preciso virar o guarda-chuva ao contrário, quando chover, e aparar todas as pingas para uma garrafa, se quisermos ter água para beber.
Bom dia
ResponderEliminarNo meu entender , uma grande lição para o governo , nomeadamente para o ministério da agricultura .
JR
Há medicamentos que curam uma doença, mas provocam outra doença. É o que acontece com a poluição do planeta. Pensa-se no desenvolvimento industrial e tecnológico. Mas não se pensa na saúde das populações. Em primeiro lugar estão os lucros e o resto são cantigas, que não agradam àqueles que lutam pela sobrevivência.
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