sábado, 15 de maio de 2021

A religião como fonte de problemas!

 Basta percorrer a História para ver como as religiões têm sido a maior fonte de problemas e guerras que separam o mundo. Na Idade Média eram as Cruzadas que punham os Cristãos e Infiéis em confronto, na Idade Moderna continuam Fiéis (cristãos) contra Infiéis (maometanos), matando-se uns aos outros com as armas e modos mais diversos. Sempre houve guerras entre os povos por causa da religião, mas foram acalmando com o tempo, até que restou apenas a peleia entre cristãos e muçulmanos. O "Problema" de Cabo Delgado, em Moçambique, é um micro-exemplo disso mesmo.

Mas do que eu queria falar-vos mesmo era da Índia, aquela que começou a formar-se depois das teorias do Ghandi e Nehru ganharem força que levou à saída dos britânicos do sul da Ásia. Na Índia antiga havia mais de 200 religiõezinhas, na moderna só duas têm realmente algum impacto, o Hinduismo e o Islamismo. Logo que mandaram os ingleses às urtigas, a pressa foi separar o país em dois, um onde ficassem os adoradores de Siva e Visnu e outro reservado aos seguidores de Maomé, o profeta que veio depois de Jesus de Nazaré e que eles juram que é o único e verdadeiro.

Mas essa partilha não foi fácil, pois havia hindús espalhados pelos quatro cantos da Índia e o mesmo, embora em menor escala, acontecia com os muçulmanos. Os dois grandes países que emergiram da secessão da velha Índia foram o Paquistão (mais a norte) e a (própria) Índia (mais a sul). Mas tudo ficou muito mal dividido, pois não foi possível traçar uma fronteira e pôr uns de cada lado. Assim nasceu o Paquistão Oriental, muito distante do actual Paquistão, entalado entre a Índia, a China e a Birmânia, onde ficaram os muçulmanos da Índia Oriental. Mais tarde e depois de mais umas quantas guerras, esta parte do Paquistão tornar-se-ia num país independente, o Bangladesh.

E, finalmente, depois de muitas curvas pelo caminho (como uma boa estrada portuguesa) cheguei ao assunto que originou esta minha publicação, os imigrantes alentejanos de Odemira, em grande parte oriundos daquele país asiático que muita gente não seria capaz de apontar num mapa pendurado na parede de uma qualquer escola. A miséria é tanta na terra deles que gastam fortunas para vir para a Europa e sonham ter aqui uma vida que lá não é possível e, além do mais, aceitam viver em condições infra humanas, como se tem visto nas reportagens que as nossas televisões nos têm oferecido.

Bangladesh, Índia e Nepal

O meu filho (só tenho um, portanto não há dúvida a qual me refiro) tem uma pequena empresa de venda e assistência a máquinas de tricotar industriais, de onde tenta, com muito custo, tirar o sustento para si e para a família. Como, há cerca de 20 anos, não se formam técnicos de malhas, em Portugal, teve que ir ao Bangladesh buscar um. Demorou um ano a conseguir autorização, teve que lhe garantir um contrato de trabalho, habitação, etc.. Só pergunto como é que em Odemira não foram exigidas as mesmas coisas. Ou são todos clandestinos? Uma formiga passa despercebida em qualquer lado, mas quando é um formigueiro depressa se dá por ele e se tomam medidas para dar cabo dele. E aquilo, em Odemira (e arredores) é um autêntico formigueiro de asiáticos que vêm todos do mesmo sítio, das margens do rio Ganges, Bangladesh, Índia e Nepal.

2 comentários:

  1. Há religiões a mais e fanáticos com abundância. O que contribui para que não haja paz em algumas partes do mundo. Os imigrantes no Concelho de Odemira, "talibans" como algumas pessoas dizem. São eles que fazem o trabalho que alguns alentejanos não querem fazer, talvez porque não precisam ou então não querem vergar a mola? Não acredito que estejam todos legalizados. Como também não acredito que as autoridades responsáveis desconheçam, para quem trabalham, bem como as condições em que vivem, se eles não se escondem de ninguém. Numa casa com lotação para 4 ou 5 pessoas poderão até viver 10 ou 15, a miséria a isso os obriga.
    Se nos seus países de origem tivessem melhores condições de vida, de certeza que não vinham para Portugal trabalhar na agricultura? Vinham mas era passar, umas boas, férias.
    À canta da miséria de uns, vivem outros com tudo do bom e do melhor que no mundo há!

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  2. Embora muitos portugueses não saibam mas estivémos mais de 100 anos em Chittagong. Os de De Odemira sejam de Chittagong ou Dhaka, é óbvio que vieram todos 'a salto' pagando avultadas somas a máfias já instaladas em Portugal. Impossível chegarem milhares de ilegais sem serem topados é de imaginar que as autoridades portugueses receberam tambem uma comissãozita. Tudo isto nos prova a corrupção e a incompetência existente neste governo socialista. Chegámos a um ponto onde imigrantes ilegais tem mais direitos que os nossos emigrantes. Uma vergonha!

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