Há mais de cinco anos que os habitantes de Villar de Cañas, província de Cuenca, Castilla La Mancha, lutam contra a implantação de um armazém de detritos nucleares na sua terra. Faço votos para que sejam bem sucedidos na sua luta, pois se fosse comigo também não quereria tal depósito à minha porta.
O problema é que não havendo um armazém central, onde possam ser depositados os detritos de todas as centrais nucleares espanholas, terá que optar-se (eventualmente) pela construção de um armazém junto de cada central, ou seja, ficar com sete problemas pequenos em vez de um grande.
No caso particular de Almaraz, na bacia do Tejo, a poucos quilómetros da fronteira com Portugal, esta decisão só não foi tomada ainda a título definitivo por causa da dificuldade que o país nosso vizinho teve em eleger um governo, senão já teríamos o assunto arrumado e esquecido.
O prazo de validade desta central está quase a expirar e devia, portanto, ser desmantelada sem apelo nem agravo, mas, como afirmam as más línguas, o seu custo está totalmente amortizado e tudo que produzem é lucro. Fala-se num milhão de euros por dia de ganho para a empresa que explora o negócio e por isso a luta para aumentar de 40 para 60 o tal prazo de validade. Como eu os entendo!
E é por isso que precisam do tal armazém, a construir na margem do rio Tejo, que ali permanecerá para sempre mesmo depois do tão desejado encerramento da central, dentro de 5 ou 25 anos. Para nós portugueses que não temos nada a ver com o negócio, fica-nos ali uma autêntica bomba atómica enterrada para nos atazanar o juízo, sabe Deus por quantos anos.
Queira Ele que não consigam levar a ideia avante!
Não queremos uma vizinha dessa natureza, nem a exploração de petróleo no nosso país, mas temo que a ganância do dinheiro fale mais alto!
ResponderEliminarQuem é que quer à porta semelhante coisa?
ResponderEliminarUm abraço e BOM ANO
Ninguém quer, nem os pobres nem os ricos,
ResponderEliminaruma central nuclear junto da sua porta
mas a ganância dos interesses infinitos
sem olhar a meios à sua frente tudo devora!
O povo luta contra o poderio,
para o seu bem estar na vida
a sobrevivência é um desafio
cuja a ganância mais beneficia.
Para o ambiente seria pior,
se espalhados não protegidos
para se evitar um mal maior
armazenem-se os resíduos.
Vizinhos tenham lá cuidado,
não poluam a água do Alqueva
caguem lá no vossa condado
porque já temos cá muita merda!