Em Moçambique, o rio Limpopo está a subir de nível rapidamente ameaçando as populações que habitam as suas margens. Aquela gente não tem sorte nenhuma, a anos de seca que os faz passar fome sucedem-se anos de cheias que levam tudo na sua frente. Na África quando chove é para valer!
Faz hoje anos (5 de Janeiro de 1966) que Lourenço Marques ficou debaixo de água depois de chuvas torrenciais que destruíram algumas ruas da cidade. Andava-se de barco na Avenida da República e lembro-me de uma rua que descia da Avenida Pinheiro Torres até à baixa ter aberto valas de 2 a 3 metros de fundo, ficando toda escaqueirada.
Mas, como tudo em África, tão depressa começava a chover como de repente voltava o sol e esturricava tudo. Era assim (e deve continuar a ser) o verão africano.
Imagine eu num DC8 a sobrevoar Lourenço Marques com ventos ciclónicos e uma trovoada de meter medo. E três vezes sobrevoamos o aeroporto, e só à quarta tentativa conseguimos aterrar depois do comandante já ter avisado que era a última tentativa antes de regressarmos à Beira.
ResponderEliminarUm abraço
Bem me lembro, ainda, da minha ida, em Janeiro de 1965, de Vila Cabral para junto do Rio Lunho acampar. Por lá fiquei 3 meses. Nesse dia muito choveu, prolongando-se por toda a noite. A picada de Nova Coimbra ao Lunho transformou-se num rio. A GMC, atolou-se ficou enterrada em água até à carroçaria. Ligamos o cabo do guincho a uma árvore rebentou, fez deslocar o veio do sítio. Só a conseguimos desatolar ao fim do dia. Cortando árvores e com a ajudo do macaco, fazê-la subir para meter troncos debaixo das rodas. De calções em tronco nu com a água acima dos joelhos. Só no dia seguindo é que chegamos ao destino-Rio Lunho.
ResponderEliminarO Furriel Conde, escreveu o mote,
até chegarmos ao Lunho pelo caminho
nós "OS CONTENTES" viajantes com sorte
muito trabalho, muita água pouco vinho!