São 3 grandes organizações criadas pelo Homem para tornar este mundo melhor, mas diria que estão obsoletas e/ou perderam o sentido que esteve na base da sua criação.
A NATO:
Foi criada no fim da II Grande Guerra e a lógica era defender as costas marítimas europeias de qualquer ameaça vinda do mar. O grande interessado no negócio e maior patrocinador eram os EUA, principalmente, por fornecer a essa organização os quadros superiores e todo o material de guerra necessário à sua actuação. Com a entrada em cena de Donald Trump tudo começou a ser questionado, em especial a participação nas despesas que ele diz que o seu país está a pagar para defender a Europa. E assim exige que os países paguem 5% do seu PIB, como contribuição, para reduzir a parte que o seu país paga.
Na verdade, os EUA pagam mais de metade do orçamento anual, enquanto que os restantes participantes se comprometeram a dar 2% do seu PIB, mas poucos lá chegaram ainda, Portugal incluído. Todos consideram que é uma brutalidade de dinheiro gasto em defesa (nem sabem bem de quê) e a questão que se deveria pôr é, se vale a pena ou é melhor dissolver a organização. Os EUA na sua oposição à Rússia, desde os tempos de Kenedy, acabaram por nos envolver a todos, com a desculpa que seriam os europeus a cair debaixo da alçada dos comunistas, antes de qualquer outro.
Hoje, não são as costas marítimas que estão em risco, mas sim as fronteiras internas com a Rússia. Assim, a maior despesa que é em navios e caças-bombardeiros, carregados em caríssimos porta-aviões, já não se justifica e poderíamos dizer que só servem aos Estados Unidos para mostrar a sua força e influência, um pouco por todo o mundo. Nós, europeus, precisamos de outras coisas, como por exemplo o «Muro de Drones» que está a ser planeado, desde o Mar Báltico ao Mar Negro, para travar os russos se eles se atreverem a invadir-nos.
Se fosse chamado a dar a minha opinião, eu diria que NATO não, dispenso. E os 2% do PIB, ou mais um bocadinho se tiver que ser, deveriam ser gastos em casos concretos, como proteger a Ucrânia, a Moldávia, a Roménia, a Polónia ou os 4 países nórdicos, nas margens do Báltico, que estão e continuarão a estar sob ameaça russa, enquanto o credo político não mudar por aquelas bandas. E namorar a Turquia para que fique do nosso lado, pois se alinhar com os russos, isso duplica o nosso problema.
A ONU:
A ONU poderia ser uma coisa boa, melhor dizendo, muito melhor do que é agora, mas teria que ser reformulada e acabar com aquela história do direito de veto que têm os fundadores. Juntar os países que aceitam e defendem políticas de sã convivência e se regem por regras democráticas. A sua direcção e gestão deveriam ficar a cargo de um dos países participantes e não a uma pessoa, por um período não superior a 3 anos.
Nações Unidas em torno de um interesse comum e não apenas para angariar bens alimentares para distribuir pelos países pobres. O serviço prestado em defesa dos mais fracos deveria ser o principal objectivo, como é o caso da invasão russa na Ucrânia, mas raramente é prestado desta maneira. Tanto quanto me é dado saber, neste âmbito, têm apenas enviado tropas para a África em defesa dos oprimidos e pouco mais.
Também neste caso eu votaria não, se me fosse pedida uma opinião e tiraria a sede de Nova Iorque para evitar a interferência daqueles que querem mandar em tudo, no caso de a coisa continuar sob uma nova «Carta» que substituiria a actual.
A UE:
Sou todo a favor desta Europa Unida em volta de vários objectivos comuns. Em primeiro lugar a livre circulação de bens e serviços, sem esquecer a moeda que deveria ser comum, obrigatoriamente, para todos os membros. Em segundo lugar a defesa dos seus interesses e a protecção das suas fronteiras com o resto do mundo. O meu sonho de ir à Alemanha comprar um Mercedes, ao mesmo preço que o alemão paga, e circular por toda a Europa Unida com a matrícula com que saísse do stand, morreu ao nascer.
O segredo estaria em convencer todos os estados que formam um bloco bem definido a aderir a esta ideia e não deixar estados neutros no seu interior, como é o caso da Suíça, actualmente. Outro caso grave são os estados que estando dentro da organização elegem para os dirigir alguém que não segue nem respeita as directrizes emanadas de Bruxelas, como é o presente caso da Hungria e Eslováquia que criaram um bloco pró-Putin que ninguém compreende.
Terá que ser criada uma espécie de "Constituição" para obrigar os países aderentes a respeitar as ordens vindas de cima. E assim como há um Parlamento, deveria também haver um Tribunal e uma Polícia que estariam por cima de todos os parlamentos, tribunais ou polícias de qualquer dos países da União. Se não for possível organizar as coisas desta maneira, mais tarde ou mais cedo esta UE que temos será dissolvida. Com muita pena minha !!!

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