Estar na cama sem conseguir dormir põe o bestunto (nome que a minha avozinha Maria dava ao cérebro) a funcionar e dá-nos ideias que talvez pudessem ser postas em prática com resultados positivos. Comecei a pensar nas 4 fases do sono, as 3 não rem e a quarta que é rem e já nem é bem dormir nem nada que se pareça. É nessa fase que a gente vai magicando coisas em que não pensa, quando está acordado.
O meu primeiro pensamento foi a os dogmas da igreja católica, aquelas coisas que não têm qualquer explicação, mas em que temos que acreditar piamente. A virgindade de Nossa Senhora, a ascensão de Cristo aos céus, regresso casa do pai, como ele dizia, a assunção de Nossa Senhora que subiu ao céu em corpo e alma (único caso na História das religiões), a Santíssima Trindade, 3 deuses num só, ou ainda a existência do Espírito Santo que ninguém consegue ver nem sentir, mas tem que acreditar que existe.
Conforme essa fase do sono se vai aproximando do fim, ou seja, quando o acordar está ali mesmo ao virar da esquina, o meu pensamento virou para coisas mais terrenas, a vida política do nosso país. Acho que já aqui referi que não concordo com a existência dos partidos e, ultimamente, tenho ouvido várias personalidades, a começar pelo nosso PR, afirmar que os partidos são essenciais na democracia. Tenho muita pena, mas discordo totalmente dessa ideia.
E então como poderíamos organizar-nos sem partidos, questionava o diabinho que eu carrego no meu ombro esquerdo? E o meu anjinho que se equilibra, divinalmente, no meu ombro direito oferece-me a ideia que vos vou aqui expor e, se concordarem comigo, poderemos passar isto a uma proposta de alteração à Constituição da República, a lei fundamental que rege o nosso país, laico, democrático e republicano, como o Mário Soares gostava de afirmar com toda a sua prosápia de político formado na cidade-luz, Paris, claro!
Seria uma orgânica simples baseada na meritocracia. Qualquer pessoa que quisesse ingressas na vida política teria que candidatar-se a vereador de uma qualquer Junta de Freguesia. Depois desse primeiro estágio de classificação poderia candidatar-se a Presidente da Junta. Só esses presidentes de junta de todo o concelho se poderiam candidatar a Presidentes de Câmara desse mesmo concelho. Depois os presidentes de todas essas câmaras poderiam candidatar-se â Câmara do seu distrito e só os presidentes das câmaras dos 18 distritos de Portugal poderiam concorrer a Presidentes do Concelho de Ministros, vulgo PM .
Simples, não é? Pois claro que os putativos candidatos a passar ao nível seguinte teriam que ter algumas habilitações especiais e, por exemplo, para exercer o cargo de presidente da câmara de uma capital de distrito teriam que ser, no mínimo, doutorados em Gestão, uma ciência que permite empresas de média ou grande dimensão. Não sendo assim, ninguém acreditaria que fossem capazes de gerir um país inteiro, no caso de virem a ser eleitos como PR.
Assim a modos que um ranking comparado aos postos dos militares de carreira que começam como soldados rasos, depois passam a cabos, sargentos, oficiais subalternos, oficiais superiores e oficiais generais. Também estes estudam para passar ao posto seguinte e nenhum anedota confesso chega a general. A menos que exista corrupção e compadrio (como há hoje em muitas áreas) que dê nota positiva a quem o não mereça. Mas para isso já temos entidades reguladores, só é preciso que funcionem.
Já completamente acordado e pronto a saltar da cama, pensei que talvez isto desse matéria para a minha publicação desta quarta-feira, dia 22 de Outubro do ano de 2025 que depois das 24.00 horas não regressará nunca mais. E isto não é nenhum dogma, podem acreditar que é pura realidade. E, por falar, em datas, dentro de momentos poderão ler, na Wikipédia, que no dia 21 deste mesmo mês e ano, faleceu o Dr. Pinto Balsemão, fundador do Jornal Expresso, antes do 25 de Abril, e da SIC, já no período pós-revolucionário.
P.S.- Entretanto, já circula pelos órgãos de informação mundiais que a reunião de Budapeste, com Trump e Putin, jão não se realizará. Devem ter lido a minha publicação de ontem (digo eu)!
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