sábado, 4 de outubro de 2025

É apenas a minha perspectiva!

 

A eleição de Ramalho Eanes para presidente da república foi uma espécie de calmante para os espíritos mais inflamados do tempo do PREC.

Voltamos a ter uma espécie de disciplina militar nos meios políticos, à moda de antigamente em que só um mandava e ou outros obedeciam. Talvez a contragosto, mas iam executando as ordens recebidas de cima. Foi o tempo mais "calmo" que se viveu em Portugal, depois da revolução de Abril.

Depois disso, o Mário Soares, como bom socialista, laico e republicano que era, desatou a gritar que já era tempo de ver um civil na presidência e acabar com o velho hábito salazarista de escolher um militar reformado para desempenhar o mais alto cargo da nação. E os portugueses deram-lhe razão e elegeram-no para ocupar o cargo nos 10 anos seguintes.

Outro socialista lhe sucedeu no cargo e lá ficou por mais 10 anos. Foram 20 anos de uma pobreza franciscana em que Portugal foi mergulhando sempre mais e mais para o fundo. E o Povo cansado dos socialistas que abriam muito a boca quanto à revolução de Abril, mas nada tinham feito para lançar Portugal na rota do desenvolvimento, elegeram Cavaco Silva, a «Múmia de Boliqueime».

Ele era um economista de ideias renovadas e todos esperavam que, finalmente, poria o nosso país no caminho certo. Mas, infelizmente, não aconteceu assim, debaixo de uma chuva de subsídios europeus para protecção disto e daquilo, ou deste ou daquele país mais interesseiro ou influente, ele alheou-se dos nossos problemas e deixou a coisa derrapar ainda mais para o fundo do abismo. Não gostei desse tempo nem um bocadinho.

Depois de 10 anos de Cavaquismo, o Povo procurava um presidente mais popular que entendesse e ajudasse a resolver os seu problemas. E entre os candidatos escolheu aquele que melhor conheciam e acreditaram que ele faria melhor que os seus antecessores, o Marcelo. Ora, este presidente que, como todos os anteriores, ocupou a cadeira do poder por 10 anos consecutivos e cansou os seus governados. Está todo o mundo ansioso de o ver pelas costas (eu incluído).

E o que se segue? Em boa verdade não sei, acho os candidatos muito fraquinhos, em alguns casos hilariantes, e talvez a solução seja voltar ao de antigamente, eleger um militar que mantenha a disciplina no país, como se este fosse uma grande caserna. Alguém se revê num país governado pelo «Ganda Nóia» Marques Mendes? Seríamos a chacota de toda a UE! E os outros, socialistas ou não, poderão ser bons chefes de família, mas devem limitar as suas responsabilidades a essa meritória tarefa e nada mais.

Temos um trimestre inteirinho para pensar no assunto e assentar ideias, depois temos que ir lá e pôr a cruzinha no nome da nossa escolha. E é quase garantido que o veremos no poleiro até 2036, ou seja, eu não terei vida suficiente para conhecer outro PR. Por essa razão, eu quero que ele seja melhor que todos os que o antecederam e o povinho possa dizer, depois do Ramalho Eanes este foi o melhor!

2 comentários:

  1. Se todos, ou quase todos, votarem no mesmo candidato em que tenciono votar, se antes não for desta para melhor, aposto que irao dizer com segurança e total razão...: "depois do Ramalho Eanes este foi o melhor!

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    1. Ah, mas isto quando chegar ao final dos dois mandatos, obviamente!!

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