A eleição de Ramalho Eanes para presidente da república foi uma espécie de calmante para os espíritos mais inflamados do tempo do PREC.
Voltamos a ter uma espécie de disciplina militar nos meios políticos, à moda de antigamente em que só um mandava e ou outros obedeciam. Talvez a contragosto, mas iam executando as ordens recebidas de cima. Foi o tempo mais "calmo" que se viveu em Portugal, depois da revolução de Abril.
Depois disso, o Mário Soares, como bom socialista, laico e republicano que era, desatou a gritar que já era tempo de ver um civil na presidência e acabar com o velho hábito salazarista de escolher um militar reformado para desempenhar o mais alto cargo da nação. E os portugueses deram-lhe razão e elegeram-no para ocupar o cargo nos 10 anos seguintes.
Outro socialista lhe sucedeu no cargo e lá ficou por mais 10 anos. Foram 20 anos de uma pobreza franciscana em que Portugal foi mergulhando sempre mais e mais para o fundo. E o Povo cansado dos socialistas que abriam muito a boca quanto à revolução de Abril, mas nada tinham feito para lançar Portugal na rota do desenvolvimento, elegeram Cavaco Silva, a «Múmia de Boliqueime».
Ele era um economista de ideias renovadas e todos esperavam que, finalmente, poria o nosso país no caminho certo. Mas, infelizmente, não aconteceu assim, debaixo de uma chuva de subsídios europeus para protecção disto e daquilo, ou deste ou daquele país mais interesseiro ou influente, ele alheou-se dos nossos problemas e deixou a coisa derrapar ainda mais para o fundo do abismo. Não gostei desse tempo nem um bocadinho.
Depois de 10 anos de Cavaquismo, o Povo procurava um presidente mais popular que entendesse e ajudasse a resolver os seu problemas. E entre os candidatos escolheu aquele que melhor conheciam e acreditaram que ele faria melhor que os seus antecessores, o Marcelo. Ora, este presidente que, como todos os anteriores, ocupou a cadeira do poder por 10 anos consecutivos e cansou os seus governados. Está todo o mundo ansioso de o ver pelas costas (eu incluído).
E o que se segue? Em boa verdade não sei, acho os candidatos muito fraquinhos, em alguns casos hilariantes, e talvez a solução seja voltar ao de antigamente, eleger um militar que mantenha a disciplina no país, como se este fosse uma grande caserna. Alguém se revê num país governado pelo «Ganda Nóia» Marques Mendes? Seríamos a chacota de toda a UE! E os outros, socialistas ou não, poderão ser bons chefes de família, mas devem limitar as suas responsabilidades a essa meritória tarefa e nada mais.
Temos um trimestre inteirinho para pensar no assunto e assentar ideias, depois temos que ir lá e pôr a cruzinha no nome da nossa escolha. E é quase garantido que o veremos no poleiro até 2036, ou seja, eu não terei vida suficiente para conhecer outro PR. Por essa razão, eu quero que ele seja melhor que todos os que o antecederam e o povinho possa dizer, depois do Ramalho Eanes este foi o melhor!

Se todos, ou quase todos, votarem no mesmo candidato em que tenciono votar, se antes não for desta para melhor, aposto que irao dizer com segurança e total razão...: "depois do Ramalho Eanes este foi o melhor!
ResponderEliminarAh, mas isto quando chegar ao final dos dois mandatos, obviamente!!
EliminarQualquer candidato que prometa por os ciganos em ordem, ilegalize todas as organizações politicas da esquerda, ponha na prisão os corruptos e ponha os imigrantes ilegais fora da minha terra VOTO NELE COM TODO O PRAZER... e regresso de vez à Metrópole!
ResponderEliminarIsso seria uma espécie de Pinochet e não temos por cá nenhum!
EliminarAliás, nem à esquerda nem à direita vejo qualquer personagem com cara de quem fosse capaz de organizar um "Coup" e tomar conta do país, como fez esse chileno, por alturas do nosso 25 de Abril.