sexta-feira, 30 de maio de 2025

Ontem foi dia grande na política!


 Ontem, foi todo o dia a bombar! Já as 24 horas do dia 29 estavam quase esgotadas, mas ainda havia muito movimento nas redacções, muitos microfones ligados e muita gente esperançosa de um amanhã melhor! Logo de manhãzinha eram os votos da emigração que ainda não tinham sido devidamente peneirados, depois a caminhada até Belém dos 3 líderes dos 3 grandes partidos para ouvirem ou aconselharem o presidente da república.

Ao fim da tarde, o regresso da AD a Belém para ouvir da boca do PR o que este tinha decidido sobre quem seria o PM do próximo governo. Depois, os subsequentes discursos dos candidatos e as promessas reiteradas do que iriam fazer e do que não permitiriam aos adversários que viessem a fazer. E por fim, para terminar em beleza, a apresentação, com pompa e circunstância, dos candidatos presidenciais, além de uma grande entrevista ao A. J. Seguro que ainda não sabe bem se deve ou não avançar.

A decisão do PSD de apoiar o «Ganda Nóia» a presidente deixou-me sem fala. Esse candidato, na minha opinião, não tem a mais remota hipótese de ganhar e dar o apoio do partido do governo a uma tal candidatura parece-me um suicídio político. Mas o Montenegro é que sabe, ele tem a mania de marrar contra tudo o que os outros desaconselham, está-lhe no sangue.  

Isto para Portugal e os portugueses é mais importante que a guerra na Ucrânia, em Gaza ou no Iémen. As tarifas de Trump que um tribunal declarou ilegais, o que se passa em Bruxelas, Berlim ou Londres deixou de ter interesse face às grandes decisões que urgia tomar no nosso país. Por estranho que pareça até o futebol passou para segundo plano, com o Vilas Boas a desancar os presidentes do 2 maiores rivais e o "Macaco" quase a ser libertado, pois, como já é comum, acabou o tempo da prisão preventiva sem haver julgamento nem nada parecido.

A mim interessa mais a política europeia e tudo aquilo que possa ser feito para melhorar a situação dos europeus, em geral, da UE, como a maior entidade que poderá proteger-nos e da Alemanha, em particular, que resolvendo o seu problema de governação nos tirará do sufoco em que vivemos desde 2020. Primeiro foi a pandemia da Covid a estragar-nos os planos e depois o Sr. Putin que resoluer voltar atrás na História e ressuscitar a velha União Soviética.

O PM do Reino Unido fez, ontem, um grande discurso mostrando aos súbditos do rei Carlos III como foram enganados pelo Nigel Farage para votarem pelo abandono da UE. Não posso garantir que ele esteja jà a preparar o caminho para pedir de novo a adesão ao mundo dos 27, mas seria o passo mais acertado, tanto para os britânicos, como para nós o resto dos europeus que precisamos de estar unidos e fortes contra a ameaça vinda de Moscovo.

O Trump volta a dar um ar da sua graça, avisando o Putin que é melhor aceitar o seu conselho ou aguentar com as consequências. Já estou daqui a ver o Putin a tremer com medo dos americanos. Na próxima segunda-feira logo veremos o que acontece, em Istambul.

Até o Netanyahu decidiu que foi longe demais e está pronto para aceitar o fim das hostilidades com o Hammas. Porque será que eu não acredito em nenhum deles? O Trump, o Putin e o Rei dos judeus só querem saber dos seus interesses e todo o resto é supérfluo. Eu não quero que ninguém morra, mas quero que a minha vida corra, como diz o cangalheiro.

O Irão faz-se de forte, diz que vai enriquecer o urânio que quiser e ninguém tem nada com isso. Ao mesmo tempo apoia os iemenitas para que estes continuem a chatear Israel. O PM de Israel que não dá ouvidos a ninguém, até o amigo Trump foi deixado para trás, bombardeia o aeroporto de Saná e destrói o último avião que ainda estava intacto levando ao encerramento do aeroporto.

O mundo não para, enquanto nós paramos para bater palmas ao Montenegro, ao Ventura e ao almirante, o resto dos habitantes deste planeta continuam a tratar dos seu próprios interesses e nem se dão conta que existe um pequenino país, no ponto mais ocidental da Europa, fundado no Século XII por um fidalgo galego, descendente de franceses da Borgonha, que também tem vida própria e se sente mais importante que os importantes do resto da Europa.

Na verdade é um pobre país, onde grassa a corrupção - veremos se o partido CHEGA vai conseguir fazer alguma coisa para mudar esse estado de coisas - e fica com as contas num 8 se decide dar um aumento aos médicos para eles não abandonarem o SNS ou legalizar a situação dos professores que o PS de Costa decidiu ostracizar, durante os anos em que esteve à frente dos nossos destinos.

Esse pequeno país já foi avisado pelas instâncias europeias que vai entrar em recessão e que voltará ao déficit que era , e se calhar vai voltar a ser, uma marca da nossa pequenez e insignificância. Mas mesmo assim, na boca de alguns políticos, estamos prontos para gastar 5% do nosso PIB na defesa e manutenção da NATO. E quanto menor for o nosso PIB menor será a nossa comparticipação nesse grande projecto que é armar a Europa para que esta não dependa dos Estados Unidos.

Não tenho ouvido nada sobre as maluqueiras de Trump que queria tomar conta do Canadá e da Groenlândia. E se a Rússia, de repente, resolve pôr em questão a venda feita, em 1958, da região do Alaska? Ao pretender recuperar tudo que pertencia à União Soviética, o Putin pode lembrar-se do Alaska e que jeito lhe daria ter ali um posto avançado para controlar o inimigo americano. E talvez até instalar ali uma base de mísseis apontados à Casa Branca e ao Capitólio!

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