Em 1974, veio de Paris (cheio da boa vida) o Marocas Soares que conseguiu convencer o povo português a converter-se ao Socialismo. Democrático, dizia ele com medo de ser comparado ao grupo das repúblicas socialistas soviéticas de má fama que dominavam metade da Europa, desde o fim da primeira Grande Guerra. Por vezes ainda afirmou ser Marxista-Leninista, mas quendo o povo se mostrava contra fazia marcha-atrás mais que depressa.
Em 2025 (18 de Maio), uniram-se o Montenegro e o Ventura e mandaram o Socialismo à urtigas. Os dois juntos dominam dois terços do Parlamento e podem decidir o que bem quiserem. Podem mudar a Lei Eleitoral ou até fazer uma revisão da Constituição da República.
O PNS encostou-se tanto à esquerda que até descarrilou. O que aconteceu ao PCP e BE quase o arrastava na enxurrada. O Ventura não exagera quando diz que deitou abaixo o partido do Mário Soares, cilindrou o de Álvaro Cunhal e por pouco não fez evaporar o BE de Francisco Louçã, agora liderado por uma das filhas de Camilo Mortágua.
Em cada século há 4 gerações, eu pertenço à terceira do século XX, aquela que chegou à maioridade entre 1950 e 1975. Nesse tempo, não se pode dizer que houvesse comunistas, em Portugal, o que havia era anti-salazaristas. Quem não se revia nas opções do António de Santa Comba, era do contra, para simplificar as coisas começaram a chamar-lhes comunistas. Os estudantes do Ensino Superior, armados em sabichões, eram todos do contra e por essa razão ... comunistas.
Depois do 25 de Abril, as coisas seguiram um caminho diferente, os mais jovens e mais sabidos juntaram-se aos partidos contestatários, tipo MRPP e outros do género. Os mais velhotes, em especial os que moravam a sul do Tejo, fartos de levar porrada da GNR e de ser explorados pelos latifundiários, ouviram a voz de Álvaro Cunhal e fizeram.se comunistas. O resto da população deste país dividiu-se em dois grupos, os mais católicos fizeram-se sociais-democratas e os menos católicos seguiram o Mário Soares que se afirmava republicano, laico e socialista.
Tal como afirmei acima, tudo isto mudou, a partir destas eleições. Os mais velhos que acreditaram nas teorias libertárias do Álvaro Cunhal já devem estar todos no cemitério. Os mais novos que, antigamente, por serem estudantes e se acharem mais iluminados gritavam contra o Salazar e as suas políticas, não existem mais. A juventude de hoje, cheia de doutores e engenheiros acha que já sabe tudo e quer fazer ouvir a sua voz. Assim prefere o Chega, a IL ou o Livre, pois os do costume andam a destruir Portugal, desde a Revolução dos Cravos.
Tal como eu afirmei na minha publicação de ontem, os partidos da esquerda não se quiseram unir e foram varridos para debaixo do tapete. O André Ventura foi escolhido como paladino das liberdades e atingiu resultados eleitorais nunca imaginados. A direita constituída por todos aqueles que ganham mais de 1500€ por mês e se chamam a si próprios «A Classe Média» elegeu o Luís Montenegro como seu líder, mandando às urtigas a sua falta de ética. Isso é coisa que não dá de comer a ninguém, dizem eles para calar a sua consciência.
Bem pode o Pedro Nuno Santos rebelar-se contra isso e continuar a dizer que o Primeiro Ministro não tem credibilidade nem princípios éticos que o recomendem para o cargo, pois ninguém o ouve. O Presidente da República vai ser obrigado (?) a entregar-lhe o destino do nosso país e nós teremos que desejar, com todas as nossas forças, que ele seja bem sucedido. E ele, o filho de sapateiro, vai ter que regressar às origens e procurar outro emprego, pois na política ... nunca mais!
Uma última palavra para referir que o Livre cresceu, porque é o partido dos comunistas mais graduados. O Paulo Raimundo lidera o grupo dos comunas iletrados, remanescentes do partido de Cunhal, Carvalhas e Jerónimo de Sousa que vivem da agricultura ou indústria que não lhes pode pagar mais que o salário mínimo nacional. Uma tristeza que todos querem esquecer e deve ser banida de Portugal, quanto mais depressa melhor!
Arranjaram uma bela salada cada um com a sua gamela e assim lixaram o povo e de quem mais precisa! Ninguém vive só de obras e mais obras etc etc que não servem para nada. É o que temos!
ResponderEliminarBeijos e um bom dia
Mario Soares ficará na História por ter sido o único politico que ameaçou os portugueses com a morte e o Salazar por ter cometido um erro que nos iria custar bem caro: ter mandado o Soares para São Tomé em vez do Tarrafal! O resultado das Eleições não foi exactamente o esperado. Posso estar enganado mas penso que a pressão do Chega como Oposição será demasiada para o governo se aguentar mais de um ano. Sem RE-MIGRAÇÃO nunca teremos um país estável.
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