As muitas horas de televisão a que assisto devido à minha imobilidade forçada, fazem-me ver e pensar em coisas que de outro modo nunca me passariam pela cabeça. O almirante das vacinas anunciou, finalmente, que vai anunciar (?) a sua candidatura no dia 29 deste mês e só depois disso o poderemos considerar um verdadeiro candidato ao mais alto cargo da nação.
Lembro-me de o Marocas Soares afirmar que Portugal é um país laico e civil, pelo que o presidente da república deveria ser sempre um civil e nunca um militar. Claro que ele estava a fazer-se ao cargo do general Eanes e não poderia dizer outra coisa. Eu, por outro lado, acho que o presidente da república, desempenhando também o cargo de Comandante Supremo das Forças Armadas, deveria ser sempre um militar, como aconteceu sempre, ou quase, no tempo da II República.
O mui conhecido «Ganda Noia» apareceu logo a comentar a notícia, com os jornalistas de tudo que é canal de TV a perguntar-lhe o que achava da decisão do almirante. Que raio é que ele haveria de achar? É mais um obstáculo no seu caminho que já é demasiado estreito. Ao vê-lo na televisão, com aquela cabeçorra de anão desproporcionado, pensei (cá para comigo mesmo) que ele ficaria muito melhor fora desta corrida de que sairá todo chamuscado.
Não escondo, não posso nem quero, que o almirante é o meu candidato favorito e, considerando os seus opositores, até agora conhecidos, prevejo que ganhe a corrida com perto de 80% dos votos expressos. A única coisa que o prejudicou fortemente foi aquele caso do NRP Mondego, cujas penas disciplinares foram agora consideradas nulas por um tribunal superior. Um oficial subalterno que fazia parte da guarnição do Mondego é neto de um filho da minha escola e esteve connosco no almoço do passado dia 3 do corrente mês, em Fátima. Por solidariedade com os camaradas, talvez ele se abstenha ou vote num adversário do almirante.
E dando um salto de Portugal até à Turquia, tenho-me fartado de rir com as opiniões de tudo que é comentador sobre o que faz e o que pensa o Trump e o Putin. Ontem, voltei a ouvir o comunista Agostinho Costa (general do exército tuga) a debitar barbaridades sobre o Zelensky, a Ucrânia e todos aqueles que não podem com o seu amigo Putin. Que a guerra não vai parar, ou que só parará quando as tropas invasoras chegarem à Transnístria, avisou ele como se estivesse ao corrente das ideias do inquilino do Kremlin.
A esta hora, em Istambul, estão os enviados de Putin, de Trump e mais alguns que não terão voz activa neste assunto a desbobinar os seus discursos e alinhavar o relatório que levarão aos deus chefes, pois, a sério, muito a sério nada poderão fazer para ajudar na resolução desta pendência. Isso será coisa para os 3 grandes do momento, Trump, Putin e Jimping, decidirem no segredo dos seus gabinetes e depois de contabilizados os ganhos e perdas de cada possível solução.
O Putin quer pôr a NATO em cheque a qualquer custo, o Trump é capaz de alinhar nisso para poupar uns dólares e o chinês terá menos um adversário a atrapalhar na questão da Ilha Formosa que quer anexar à China continental, o mais depressa possível.
A UE que deveria ter um papel principal neste caso foi chutada para canto e não sei se terá o seu futuro garantido. Talvez dando gás na hipótese de o Reino Unido reverter o processo do Brexit, venha a ganhar alguma importância e assim mostre ao Trump que a EUROPA é suficientemente grande e importante para não precisar da protecção dos Estados Unidos da América.
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