Eu sou daquele tempo em que se coleccionavam cromos. Ora de animais, ora de bandeiras, ora de futebolistas ou ciclistas, havia cromos para todos os gostos. Lembro-me duma colecção, em particular, quando eu ainda nem tinha ido para a Marinha, que era de «bichos» e os dois bichos mais difíceis de arranjar eram o cabrito e o bacalhau. As figurinhas eram os papeis que embrulhavam rebuçados de tostão, um escudo dava 10 papelinhos desses que a gente desenrolava com pressa de "ver" a nossa sorte e sem passar cartão aos rebuçados.
Passaram quase 70 anos e o cromo mais valioso, neste ano de 2024, é o André Ventura. É ele que vai determinar a sorte do PS e do PSD e vai depender dele termos ou não um governo capaz, no dia 11 de Março, próximo. Nunca em tempo algum se viveu uma situação semelhante, desde que os portugueses escolheram ser uma república. No tempo dos reis, rezava-se para a rainha dar à luz um menino são e escorreito para nos governar na geração seguinte. Nem sempre acontecia, mas lá se iam arranjando soluções, com maior ou menor habilidade, para ultrapassar o obstáculo. Por vezes, nem sequer o rei era o pai, mas era filho da rainha e isso bastava.
Para o André Ventura se fazer político ninguém rezou, mas ele apareceu e derrubou todos os obstáculos que lhe foram pondo no caminho. O partido começou por se chamar "Basta", mas os cromos do Supremo não gostaram e acabaram por aceitar a segunda versão "Chega". Basta de corrupção era o grito de revolta de Ventura, com a palavra chega em vez de basta não muda nada, mas a vontade dos artistas que alguém nomeou para o Supremo tinha que ser satisfeita e assim nasceu o partido em muitos luso-descontentes vão votar no dia 10 de Março. Não porque seja um partido melhor que os outros, mas porque estão fartos dos outros.
E eu sou homem para fazer o mesmo, será o meu voto de protesto contra os socialistas que prometeram, no 25 de Abril, tomar o poder para mudar Portugal e fizeram-no, mudaram tudo para pior do que já era. Talvez não adiante nada, mas se houver uns milhares de descontentes a pensar como eu, é possível que mandemos o PS para a prateleira por uns anos. E que fique por lá muitos anos, até ganhar teias de aranha e se escrever a história dos seus desmandos.
E mais não digo! Que cada um ponha a mão na sua consciência e vote naquele que acredita ser o melhor para endireitar o país que não consegue sair do mau caminho. Tantos que já tentaram e todos falharam! É caso para dizer "basta", ou "chega" que vai dar ao mesmo!
André Ventura é uma daquelas personagens - como o Eusébio no futebol ou Amália no fado - que quando nos aparecem estimulam o orgulhoso de sermos aquilo que sempre fomos - portugueses. Para muitos de nós André Ventura é a última esperança para restabelecer a dignidade de uma Nação que nestes últimos anos foi afundada pela socialismo e pela ignorancia politica. Tenho a certeza que no dia 10 de Março milhões de emigrantes estarão agarrados a uma cruz com a esperança que o André Ventura consiga erradicar o socialismo da nossa Pátria.
ResponderEliminarEu só rezo para que Deus, lá nas alturas, te dê razão e empurre a tal cruzinha para a quadrícula certa.
EliminarPena, ele, o Ventura, não ser menos racista. Manifesta-se tão contra pretos e ciganos o que faz dele uma pessoa algo tenebrosa. Senão...
ResponderEliminarUm primo meu lá do Alentejo, pessoa esclarecida e informada, dizia-me já aquando das últimas eleições legislativas que havia 20 anos que não votava, voltou às urnas para votar no Chega.
Isto, no Alentejo profundo.
Sou eu, o Anónimo!
EliminarNo dia 10 de Março vou ser eu a fazer o papel do primo alentejano!
Eliminar