sexta-feira, 12 de janeiro de 2024

Falar do tempo!

 - Olha, diz-me cá uma coisa, quando vais namorar de que falas com as gajas?

- Não havendo melhor assunto falo do tempo. Ontem choveu, hoje está nevoeiro, o mais certo é termos sol amanhã! E se a minha previsão der certo vamos dar um passeio atá à praia.

- Qual praia, aqui não há praia!

- Vamos até ao Senhor da Pedra. Preciso de ir lá rezar e pedir um milagre.

- Que milagre?

- Vou pedir ao santo que me ajude a arranjar uma namorada que goste de mim.

- Então e eu?

- Tu, se gostasses de mim já mo tinhas dito, mas ainda não ouvi nada!


Este diálogo continuou ainda durante alguns minutos, mas não adivinho o que veio a seguir. Talvez os meus assíduos seguidores queiram dar um palpite. Será que a rapariga lhe abriu o coração e desataram aos beijos até sentiram aboca seca? Ou pelo contrário, ela amochou e não lhe deu a saber a verdade dos seus sentimentos? Ela podia até nem gostar dele por aí além, mas o rapaz por quem se sentia atraída não largava a sua melhor amiga!

Esta história de paixões e romances podia levar-me por aí além, mas não foi disso que vim aqui falar. Desta vez é mesmo do tempo que vos vim falar e tenho motivos para isso. Infelizmente, a grande maioria das casas, em Portugal, não estão preparadas para grandes frios. Não sei se a culpa é dos construtores que pensam que vivemos num país tropical, ou das Câmaras Municipais que são o máximo a cobrar pela Licença de Construção, mas lá obrigar os projectos e quem os faz a respeitar a nossa necessidade de conforto ... está quieto ó mau!

E, segundo os entendidos na matéria, que falham mais vezes que aquelas em que acertam, a próxima noite vai ser a mais fria do ano. Com temperaturas negativas, em muitos cantos deste rectângulo lusitano. Por isso arranjem uma aquecedor que vos proteja a sério. Um rapaz na casa dos 30, para as minhas amigas, e uma rapariga na casa dos 20, para os meus amigos, é a sugestão que me vem à cabeça, assim de repente. Mas podem optar por outras, só desaconselho o cobertor eléctrico que vos pode transformar num churrasco.

Eu durmo (habitualmente) com uma mulher que mais parece um iceberg, só começa a derreter depois de eu me meter na cama e transferir as minhas calorias para o corpo dela, mas isso demora uma boa meia hora em que dou saltos cada vez que lhe toco. Ouvi dizer que isso é próprio das mulheres por perderem sangue, na menstruação, durante cerca de 30 anos, e ainda nos partos que podem ocorrer nesse mesmo período.

Fiquei a pensar nisso e ocorre-me que cada gravidez poupa à mulher 9 meses de sangramento, logo quanto mais partos tiverem menos resfriadas ficam. Tenho pena que a minha mãe tenha já falecido, senão ia a correr confirmar com ela, pois com 12 partos e ainda mais dois abortos espontâneas, ela devia sentir muito menos frio que a minha mulher que só teve dois partos. E pela vontade dela não tinha tido nenhum!

Bem, isto já não tem nada a ver com o tempo, de que vim aqui falar, mas a visita à praia do Senhor da Pedra também não tinha e não ouvi ninguém a reclamar por eu ter abordado o assunto. Por isso fica o recado dado, cubram-se, tapem-se, encostem-se a alguém que esteja quentinho, façam os possíveis por não morrer de frio que os funerais estão pela hora da morte. E as flores são muito caras e não têm isenção de IVA.

E, por último, mas não menos importante, eu preciso de vós para lerem e comentarem aquilo que me dou ao trabalho de teclar todos os dias. Combinado?

1 comentário:

  1. Combinadíssimo!!
    O pior é que são tantos os temas numa só publicação que a gente se perde e, das duas uma, ou vai anotando no bloco o que se vai seguindo, tipo memorandum, ou então fala sobre o último parágrafo que leu.
    È o que estou a fazer agora...eheheheh

    Bom fim-de-semana.

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