quarta-feira, 31 de janeiro de 2024

As especiarias da Índia!


 O que os portugueses sofreram para ir buscá-las àquele longínquo canto do mundo! Quantos morreram pelo caminho, quantos foram cortados às postas pelas espadas, sabres e alfanges dos mouros e malaios, para satisfazer a cobiça dos mercadores portugueses que queriam lucrar o máximo, vendendo-as ao mercadores da Flandres.

Basta estudar um pouco a História de Portugal, no reinado de D. Manuel I para se perceber a importância da coisa. Ele esfalfava-se a organizar viagens para a Índia e tinha vigias, em Belém, à espera de vê-las despontar no horizonte, a caminho da barra do Tejo. E até ia ao cais ver descarregar aqueles tesouros.

Este D. Manuel que vos fala - deve ser o III, pois o I e II já deram o que tinham a dar - tem a vida muito facilitada, não tem que esperar pelas caravelas, nem colocar um vigia em Belém para o avisar da chegada do caril que encomendou a um empregado da fábrica de malhas do meu filho que foi à terra natal passar um mês de férias. Cada vez que lá vai, já sabe qual é o meu pedido, caril para o frango. Chegou ontem e quando lhe perguntei quanto lhe devia pela caixinha de 100 gramas (podia ter trazido, pelo menos, meio kilo) repondeu, não é nada chefe. Olhei para o preço na embalagem, 55 Takas, mais ou menos 50 cêntimos do euro, não ficou pobre com a compra.

A industrialização dos aviários começou a tirar-me a vontade de comer frango. O cheiro a penas que fica na carne enoja-me. Ora, o caril foi inventado pelos indianos para ocultar o cheiros das carnes quando já estavam para lá do prazo de validade. Como é sabido, o calor acelera e muito a putrefação dos alimentos e frigoríficos não existiam ainda, nem tão pouco electricidade para os fazer funcionar, portanto era preciso consumir as carnes rapidamente, ou enchê-las de caril para se poderem comer sem enjoos.

Se calhar, nos tempos do Vasco da Gama, ainda não havia caril, mas havia alguma coisa parecida que os locais retiravam das plantas que cultivavam, há milhares de anos. Já se passaram 500 anos, após o reinado de D. Manuel I, agora e aqui, reina o D. Manuel III que vos deseja ...

... um bom dia!!!

terça-feira, 30 de janeiro de 2024

Um problema de dois olhos!

 


Estou a começar a odiar o SNS, ou seja quem for responsável, pelo atraso da cirurgia ao meu olho esquerdo. Já vai a caminho de 6 meses que me operaram o olho direito e a ideia era fazer o mesmo ao esquerdo, 90 dias depois. Se não estou enganado, isso chegou a estar programado para a segunda quinzena de Outubro, mas chamaram-me lá só para me dizerem que as coisas estão um pouco atrasadas e teria que ficar para o ano novo.

Pois é, já estamos no limiar do segundo mês do ano novo e ... nada, nem recado nem mandado!!!

Não sei se já alguma vez passaram pela mesma situação, um olho com lente de contacto para corrigir a miopia e o outro sem. Se ponho os óculos, fico a ver bem do olho esquerdo e embaralha-me a imagem do lado direito. A conduzir tenho que tirar os óculos para ver alguma coisa, no computador é ainda mais complicado, comprei uns óculos de leitura, mas a focagem é óptima nas teclas e falha por completo no monitor. Assim a modos de quem tem que olhar uma coisa de cada vez. Se eu tivesse tirado o curso de dactilógrafo, talvez fosse capaz de teclar sem olhar para o monitor e para as teclas, tipo às escuras.

Se conhecerem alguém - talvez o Prof. Marcelo - que possa meter uma cunha para acelerar o meu processo, eu agradeço!

segunda-feira, 29 de janeiro de 2024

Crónica desportiva!

 


Há tempos que não faço a minha crónica desportiva, como era hábito, nos velhos tempos. Um certo desalento tomou conta de mim, quando vi o Benfica perder o primeiro jogo desta época, em casa do Boavista. Depois disso, tenho assistido a exibições pobres, eliminação na Liga dos Campeões e o mesmo na Taça da Liga, muito recentemente..

O jogo de hoje, na Reboleira, também não começou muito bem e quase me fazia desistir de seguir o resto do jogo. Mas, nos últimos 3 ou 4 minutos da primeira parte, o Benfica conseguiu marcar dois golos e isso foi como um injecção de moral que me fez regressar ao meu posto, depois do intervalo.

Na segunda parte houve uma expulsão do lado do adversário e dois golos marcados pelo Glorioso, o primeiro pelo Otamendi e o segundo pelo novo atacante, Marcos Leonardo. Estava feito o resultado (4 - 1) e depois disso, se o jogo já não me agradava, deixou de me interessar. Houve uma estreia, um jogador argentino com nome de alemão e cabelo pintado à viking, assim como o regresso do Alex Bah, depois de 3 meses passados a contas com uma lesão.

Não gosto deste tipo de jogo, muita posse de bola e poucos remates à baliza. Os jogadores cansam-se a correr atrás da bola e cada vez que sentem dificuldades em penetrar na área adversária voltam para trás, entregam a bola aos médios ou, pior ainda, aos centrais que sobem até ao meio do terreno e recomeçam tudo de novo, como se estivessem montados num carrocel zero.

A continuar assim, vou perder o interesse na competição e pouco me importa quem leve o título de campeão. O Benfica tem tradição de jogar bem à bola, ter grandes equipas e deixar os seus adeptos entusiasmados, capazes de correr país de norte a sul para assistir a todos os jogos. Mas não é nada disso que vejo neste Benfica, até o treinador que na época passada prometia muito, anda ali de mãos nos bolsos, como se aquilo não fosse nada com ele.

Ainda vamos ter que discutir a Taça de Portugal e a Liga Europa. Deus queira que o resultado não me venha desaminar mais do que já estou !!!

Pôr a nossa História num blog!


Ontem, participei numa reunião familiar para pôr em dia a conversa e comunicar que o meu blog, no qual relato tudo que guardo na memória sobre a minha pessoa e a minha família, uma espécie de filme em que sou o actor principal.

Surgiram algumas perguntas sobre haver afirmações e capítulos em que a história parece contrariar-se a si própria. É verdade e a explicação é muito simples, quando o narrador da História fala de si próprio tudo é tal e qual como descrito, mas quando fala de coisas que lhe foram contadas por outrem, limita-se a guardar informação para os outros lerem.

Um blog é uma espécie de pirâmide que vai acumulando bloco sobre bloco, e alguns desses blocos são trabalhados por artistas diferentes e podem esconder pequenas diferenças. Conforme a pirâmide vai subindo, vai-se aperfeiçoando a forma e ficam despercebidos pequenos desvios da sua estrutura.

Muito do que escrevi nesse «Blog Familiar» foi-me contado ou descoberto na consulta de velhos documentos, residentes na sacristia de algumas igrejas do Minho, por isso tudo depende da origem da informação. O que conta é o resultado final.

E depois, revolver o passado e pôr em questão algumas ideias instaladas na cabeça de cada um, é a função que me foi destinada e de bandeira desfraldada ao vento, continuarei no mesmo rumo.

Bom dia e divirtam-se, o tempo corre e não cansa e daqui a 3 dias já estaremos em Fevereiro, mês do Carnaval e das cenas alegres (ou tristes) que gostamos de ver!

domingo, 28 de janeiro de 2024

Marcha dos Marinheiros!


Ontem, ninguém me ligou, nem a mim nem ao que escrevi, por conseguinte, hoje, pago na mesma moeda. É domingo, dia de descanso e vou descansar, como mandam as regras. Vocês encontrarão outra forma de passar o tempo, tenho a certeza.

Então, até amanhã!!!

sábado, 27 de janeiro de 2024

A personagem!

 


Nunca tive o costume de bajular pessoas, quer o mereçam ou não. Quando é para reconhecer o seu mérito até acho bem, mas haverá sempre quem discorde da nossa opinião e podem criar-se atritos por isso. O que me leva a pensar que mais vale ficar caladinho e deixar a cada um o poder da sua opinião, mesmo que não a dêem a conhecer.

Mas como sou um homem de futebóis que segue no dia a dia tudo o que se diz e escreve a esse respeito, decidi, hoje, falar dum senhor alemão que foi para Inglaterra treinar um dos 6 grandes e deu muito que falar, além de muitos desgostos aos seus rivais, Jürgen Klopp.

Este senhor que permaneceu em Inglaterra 8 anos sempre no mesmo clube decidiu que quer ser treinador de bancada, ou seja, passará a ser meu colega de profissão. Ganhou muitos títulos, muita fama e muito dinheiro e quero crer que o seu futuro no futebol não acaba aqui, um dia qualquer vê-lo-emos aparecer, para viver uma nova aventura, em qualquer canto do mundo, onde haja um clube de futebol com ganas de vencer. Pode ser na Europa, no Brasil ou na Arábia, todos o conhecem e reconhecem o seu valor.

Fala-se que o rei das Arábias quer levar o Mohamed Salah para jogar no seu campeonato e cumprir a promessa de que a Liga do seu país será tão apelativa como a inglesa, a italiana ou a espanhola. Ele é cidadão egípcio, portanto muçulmano, e será para ele uma honra jogar no país do profeta de quem herdou o seu nome, além de poder rechear ainda mais a sua conta bancária.

Fiquei a pensar que isto talvez seja uma das razões que levou o Klopp a fazer a pausa que nos anunciou, recentemente. E depois, há sempre aquela situação de cansaço dos adeptos por verem que no seu clube nada muda, mesmo quando se perdem títulos. Quando se falha na Champions e na Liga, alguém tem que pagar o pato, não pode ficar tudo na mesma. Para mim foi essa a razão que o leva a sair agora, enquanto ainda é visto como ganhador, como é hábito dizer-se, sair pela porta grande.

Com o que ele ganhou na Premier League não deve faltar-lhe dinheiro e tem, por isso, a possibilidade de dedicar à mulher e filhos 2 ou 3 anos de companhia e compensá-los pelo tempo que passou fora da su terra natal. A família talvez tenha estado sempre com ele (não faço a menor ideia), mas viver na Inglaterra ou na sua Alemanha Natal é muito diferente. Um alemão não dispensa as suas salsichas, com mostarda ou ketchup, acompanhadas por uma grande caneca de cerveja. Na Inglaterra, cerveja também há e boa, mas as famosas "wurst".

Eu também as "manjei", quando lá vivi

sexta-feira, 26 de janeiro de 2024

Mulheres Inteligentes!


E a que vocês escolheram, caros leitores do sexo forte, é inteligente ou "normal"?

quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

Três anos perdidos ...!

... e um traste. Ivo Rosa, que devia ser engavetado, juntamente com o Sócrates, o Ricardo Salgado, o Vara, Carlos Silva, o Granadeiro, o Zeinal Bava e ainda uns quantos actores menores que também tiveram o seu papel nesta trama.

Acaba de sair o resultado do recurso da decisão do juiz Ivo Rosa, colocado na Relação pelo Ministério Publico, o qual tinha decidido inocentar o ex-PM da maioria dos crimes, incluindo a corrupção que era o mais grave de todos. Na minha opinião, muito bem, a Relação reverteu a decisão do juiz Ivo Rosa que deixou, já lá vão 3 anos, um intenso cheiro a esturro na Justiça Portuguesa.

Como eu tenho dito várias vezes, quando um juiz contraria outro é caso muito grave e que deveria requerer um procedimento inquisitório para punir o que errou. Os dois não podem ter razão e, por conseguinte, por interesse ou desconhecimento dos factos um deles prevaricou. Sempre me pareceu que o Ivo Rosa, tinha interesses na coisa, pelas declarações do Sócrates que depois de muitas queixas dos juizes que lhe calhavam em sorte, saiu-lhe o Ivo Rosa e ele afirmou, para quem o quis ouvir: - até que enfim, um juiz a sério!

E assim tudo volta ao estado (miserável) em que estava a Operação Marquês em 2021. Nisto é que a nossa Justiça é boa, espalhar pedras pelo caminho para que todos tropecem nelas e não consigam andar para a frente. E claro, os envolvidos vão chulando mais umas massas, a uns e outros, engordando as suas contas bancárias. São agentes da Justiça e fazem chacota da Justiça que temos, como se não fizessem parte do problema.

Os advogados são especialistas em Direito que assistem os seus clientes para que a Justiça os trate como deve ser, em razão da sua culpa. No entanto, o que eles fazem na prática é escolher um caminho tortuoso, onde os magistrado se enredam em mil problemas e acabam por não conseguir condenar os arguidos, mesmo sabendo que são culpados do que os acusam.

Que ódio que eu tenho dessa gente! Aos ladrões ainda os entendo, tentaram a sua chance e falharam, mas a quem os defende, com unhas e dentes, sabendo que são culpados, quero vê-los a arder no inferno!

quarta-feira, 24 de janeiro de 2024

Coisas tristes!

 A CM tv passa os dias à procura de escândalos e desastres para encher as suas 24 horas de transmissão. Faz plantão à porta dos tribunais para encontrar algo que interesse.

Hoje, são as  pesqisas na Madeira para ver se é possível mandar o Miguel Albuquerque a tribunal acusado de corrupção. Ontem, foi o caso das penas aplicadas e confirmadas no caso da menina Letícia. E ainda o caso caricato da Operação Marquês que o juiz Ivo Rosa, já lá vão 3 anos, reduziu ao mínimo, quase inocentando o corrupto.

São tantos os casos de governantes e entidades públicas a conta com os tribunais que a gente começa a pensar que não há ninguém sério na política. Vários membros do anterior executivo estão a ser inquiridos, não são ainda arguidos, mas apresentam-se a eleições como se fossem anjinhos caídos do céu. As confusões à volta da TAP e o Pedro Nuno Santos (que a voz do povo considera culpado do que aconteceu e dos milhões deitados à rua) são um bom exemplo daquilo que não devia ser permitido na política. Espero que os eleitores digam da sua justiça, no dia 10 de Março.

O caso que me deu mais vontade de rir, muito embora isto não devesse ser motivo de risota, foi o do F.J.Marques que recorreu da pena aplicada e a Relação aumentou-a para o dobro. Acho que ainda houve mais casos, mas, de vez em quando, eu desligo o gravador de memória e nem tudo fica registado. Se eu fosse juiz da Relação era o que eu faria a 99% dos recursos. Já aqui tenho afirmado, e volto a repetir, que dar razão a um recurso é desautorizar o juiz que estabeleceu a pena e isso é muito grave, só em casos extremos deve ser aplicado.

E quando não há mais em que falar, põem a Tania Laranjo a repetir a história da Mónica que anda desaparecida, há mais de 3 meses, i ninguém consegue descobrir para onde ela foi. Há quem afirme que foi para o outro mundo e daí ninguém regressa e até apontam o nome do futuro avô (da criança que ela carregava no ventre) de ser quem lhe comprou o bilhete para essa viagem. Confesso que fico com enjoos quando ouço a voz da T. Laranjo. Se há alguém que não tem o mínimo jeito para repórter, é ela. E a sua voz enjoa qualquer um que a ouça.

Tribunais à parte, hoje à noite joga o Benfica para se candidatar a finalista na Taça da Liga. Ontem, jogou o Sporting e foi eliminado pelo Braga que é, cada vez mais, uma equipa a ter em conta. Não faz parte do trio da frente, em tamanho e sócios, mas, quando menos se espera dá um desgosto a um deles e justifica-se que se comece a falar nos 4, em vez de 3, grandes do nosso campeonato. É uma equipa pendurada no seu capitão, o Ricardo Rocha, e ninguém sabe dizer o que aconteceria se ele deixasse o Braga e fosse mostrar as suas habilidades para outro lado.

A nós cabe-nos a tarefa de eliminar o Estoril, se queremos ser finalistas. A mim resta-me dizer como o americano que inventou a expressão - Yes, we can !!!

terça-feira, 23 de janeiro de 2024

Por muito que nos desgoste!

 

Temos que nos focar na campanha eleitoral que ainda não começou, oficialmente, mas já está na rua desde que o Marcelo aceitou a demissão do Costa. A primeira fase foi escolher o novo manda-chuva do PS para dar seguimento às ideias de Mário Soares, Guterres, Sócrates e Costa. Recaiu a escolha no PNS que será reconhecido como o mais esquerdista de todos os líderes do partido, segundo a Vox Populi.

As sondagens indicam o Chega a morder os calcanhares da AD e se essa tendência se mantiver vai ser um «encher de rir» no dia 11 de Março. Não vai haver maioria de ninguém e portanto os partidos terão que se entender para governar. Se me perguntarem quem vai ganhar as eleições eu respondo, sem medo de me enganar, que será o PS.

O Montenegro disse que sairia de cena se não ganhasse, aposto que nem deve dormir de arrependido que está de não ter ficado caladinha. Pode ir arrumando as botas, pois, na minha opinião, já perdeu. E como jurou a pés juntos que com o Chega não quer ter qualquer ligação, é como se já estivesse a casa a lamentar ter-se metido nesta alhada.

O André Ventura e o seu partido é que vão estar na maior, pois, tal como ele sempre afirmou, não haverá governo sem o Chega. Haver até pode haver, mas o Parlamento só terá luz verde para legislar, quando ele estiver bem disposto, ou então quando o PS e a AD se puserem de acordo para o anular. E essa solução parece-me menos que provável, levaria o eleitorado que confiou neles a considerar que vale tudo em política. E não vale!

Quanto às promessas que andam por aí a fazer, só prova que a política não presta mesmo, promete tudo para ser eleita e depois fica rir-se dos seus eleitores, pensando ... vocês são muito parvos, não adivinharam que era tudo mentira?

A causa dos salários mais perto da média da UE e o problema (muito grave) da Habitação são para mim de primordial importância. A política de salários baixos não resolve nada na Economia e a Habitação está subordinada aos interesses da Banca e ao lobby da Construção Civil, com as agências imobiliárias a esfregar as mãos de contentes, pois nunca o mercado foi tão bom para eles.

O partido que mais se focar nestas realidades levará o meu voto!

segunda-feira, 22 de janeiro de 2024

Trio benfiquista!

 Trabalhei duro, no fim de semana, mas consegui acabar a empreitada em que me metera. Graças a Deus, posso morrer descansado que já deixei os registos em ordem.

Agora já posso dedicar-me a este blog e começo já com o Benfica que é uma doença para mim. Mas ainda bem que é uma doença que não tem nada de físico, talvez seja metafísica, o que é mais moderno e invulgar.

Esta semana é importante para as equipas que disputam a Taça da Liga que é o caso do Benfica e talvez se lembrem de dedicar a vitória, se conseguirem ganhar, ao Sven Eriksson que foi treinador do Glorioso, na década de 80 do século passado. Ele comunicou ao público que tem uma doença terminal e que os médicos lhe deram cerca de um ano de vida!

Vai ser um vê-se-te-avias a arrancar folhas desse calendário que depressa chegará à 366ª (por ser este ano bissexto terá mais um dia) e última do seu percurso na Terra. Nem quero imaginar a paranóia de ver as folhas caírem aos seus pés e saber que está quase a perder o direito a respirar.

Ainda bem que o dia da nossa passagem para o outro mundo não é conhecida, senão teríamos os manicómios cheios de candidatos sem vontade de dar o próximo passo.

Viva o Benfica que se tem aguentado na perseguição ao Sporting e que pode encontrá-lo na final deste troféu. Os adeptos esperam uma vitória nesta prova, assim como no campeonato, lá para Maio!

domingo, 21 de janeiro de 2024

Horas extras!

 Meti-me numa grande empreitada para copiar para o Blogger um blog de família que tinha no Sapo. Nem imaginam o trabalho que aquilo dá, mas não me sinto à vontade com o Sapo - que nem sapo é, apenas uma rãzinha de charco - e quero dizer-lhe adeus.

Assim, não se admirem se eu me mostrar ausente, durante uns tempos! Garanto que não ando a fazer coisas feias, nem tristes figuras e um dia regressarei ao vosso convívio ainda mais inspirado.

Bom domingo !!! 

sábado, 20 de janeiro de 2024

Depois de 3 balas ...!

 ... do tal remédio mágico, já me sinto melhor. Pelo menos já consigo usar a cabeça para pensar, em vez de a sentir a estalar com as dores.

Ser velho é muito mau, mas ninguém quer morrer novo!

Já imaginaram a cena que faz um homem para se sentar na sanita, quando os joelhos não dobram?

sexta-feira, 19 de janeiro de 2024

Não falem comigo, hoje estou intratável!

 


Passei uma noite horrorosa com dores nos meus joelhos (claro, se fosse nos joelhos de outrem, eu não sentia nada) e fiz um esforço enorme para me deslocar até à casa de banho. Depois fui buscar as canadianas que, por sorte, há meses que não usava e cá me vou arrastando, à velocidade da tartaruga, para dar as voltas necessárias.

Já nem me lembrava de tomar anti-inflamatórios, gabava-me de já não precisar disso. Mas junto com o almocinho meti um comprimido, desses que fazem milagres, no estômago. Logo, ao jantar, repito a dose e espero acordar bem disposto, amanhã.

Nada de mais, coisas da idade!

quarta-feira, 17 de janeiro de 2024

O Cavaco é um palerma!

 Estou aqui, sossegadinho, a assistir ao programa da CNN, onde se fala do Cavaco e do artigo que escreveu no Expresso a debitar umas alarvidades, como é, aliás, seu costume.

Com tantos telhados de vidro como ele tem, só ganhava em ficar caladinho no seu canto e esperar que as pessoas esqueçam todas as MERDAS que ele fez, enquanto Primeiro Ministro do nosso país. Por isso digo e repito, ele é um palerma de todo o tamanho.

Quem deu cabo da frota pesqueira e da agricultura portuguesa? Com a chuva de fundos europeus que recebemos nessa altura, ele pagou a quem quisesse desistir da pesca, não se esqueçam que vivo numa terra de pescadores e lembro-me bem do que isso foi. E na agricultura, um dia pagava para mandarem as vacas leiteiras para abate, pois havia excesso de leite na UE, para pouco depois pagar a quem montasse uma vacari. A arrancar videiras, pois o vinho não tinha qualquer valor comercial, para fazer por erva e palha para alimentas as vacas. Um amigo meu, com uma quinta que tem, aqui perto, ganhou 4 vezes com esses subsídios. A primeira foi para acabar com a vacaria que era a maior desta região. A segunda foi para arrancar todas as videiras e plantar um pomar de macieiras (boas maçãs comprei lá por tuta e meia). Depois recebeu mais dinheiro para voltar ao negócio das vacas que, há 3 ou 4 anos, tinha mandado para o matadouro. E, claro, teve que arrancar o pomar de macieiras e pereiras para voltar a cultivar erva e feno para as vacas.

Ele limitava-se a seguir as indicações de Bruxelas. Quando a Dinamarca e a Holanda inundavam o mercado com leite, davam-lhe uns quantos milhões para abater todas as vacas que havia aqui no norte de Portugal. Se a nossa frota pesqueira embaraçava os espanhóis, franceses e ingleses, manda retirar as nossas traineiras da Zona de Pesca que é maioritariamente portuguesa.

Depois meteu os rapazes dele no BPN e encheu os bolsos a todos os amigos e colegas do PSD. Sabem onde ele vive? Na Quinta da Coelha, onde tem uma propriedade que vale milhões e que lhe ficou por meia dúzia de patacos. E ainda por cima sem pagar os impostos devidos. Essa brincadeira custou aos cofres do estado cerca de 10 mil milhões de euros.

E numa das suas últimas intervenções públicas, quando aconselhou o povo a comprar acções do BES e do Banif, pois eram bancos tão sólidos que NUNCA poderiam ir à falência. Ele, o Sócrates e o ministro das finanças que ajudou à falcatrua do BPN deviam ser fechados num contentor e afundados ao largo das Desertas, onde ele foi ver as Cagarras!

Ao longo dos meus quase 80 anos, tenho conhecido muitas personagens, umas melhores e outras piores, mas um cromo como este nunca. Um palerma elevado à máxima potência!

O «Cromo mais valioso»!

Eu sou daquele tempo em que se coleccionavam cromos. Ora de animais, ora de bandeiras, ora de futebolistas ou ciclistas, havia cromos para todos os gostos. Lembro-me duma colecção, em particular, quando eu ainda nem tinha ido para a Marinha, que era de «bichos» e os dois bichos mais difíceis de arranjar eram o cabrito e o bacalhau. As figurinhas eram os papeis que embrulhavam rebuçados de tostão, um escudo dava 10 papelinhos desses que a gente desenrolava com pressa de "ver" a nossa sorte e sem passar cartão aos rebuçados.


Passaram quase 70 anos e o cromo mais valioso, neste ano de 2024, é o André Ventura. É ele que vai determinar a sorte do PS e do PSD e vai depender dele termos ou não um governo capaz, no dia 11 de Março, próximo. Nunca em tempo algum se viveu uma situação semelhante, desde que os portugueses escolheram ser uma república. No tempo dos reis, rezava-se para a rainha dar à luz um menino são e escorreito para nos governar na geração seguinte. Nem sempre acontecia, mas lá se iam arranjando soluções, com maior ou menor habilidade, para ultrapassar o obstáculo. Por vezes, nem sequer o rei era o pai, mas era filho da rainha e isso bastava.

Para o André Ventura se fazer político ninguém rezou, mas ele apareceu e derrubou todos os obstáculos que lhe foram pondo no caminho. O partido começou por se chamar "Basta", mas os cromos do Supremo não gostaram e acabaram por aceitar a segunda versão "Chega". Basta de corrupção era o grito de revolta de Ventura, com a palavra chega em vez de basta não muda nada, mas a vontade dos artistas que alguém nomeou para o Supremo tinha que ser satisfeita e assim nasceu o partido em muitos luso-descontentes vão votar no dia 10 de Março. Não porque seja um partido melhor que os outros, mas porque estão fartos dos outros.

E eu sou homem para fazer o mesmo, será o meu voto de protesto contra os socialistas que prometeram, no 25 de Abril, tomar o poder para mudar Portugal e fizeram-no, mudaram tudo para pior do que já era. Talvez não adiante nada, mas se houver uns milhares de descontentes a pensar como eu, é possível que mandemos o PS para a prateleira por uns anos. E que fique por lá muitos anos, até ganhar teias de aranha e se escrever a história dos seus desmandos.

E mais não digo! Que cada um ponha a mão na sua consciência e vote naquele que acredita ser o melhor para endireitar o país que não consegue sair do mau caminho. Tantos que já tentaram e todos falharam! É caso para dizer "basta", ou "chega" que vai dar ao mesmo!

terça-feira, 16 de janeiro de 2024

Olha que dois!


 Ontem, a CNN encheu-me a casa com imagens da vitória de Trump no Iowa. E, hoje, logo que liguei a televisão, a coisa continuou. Até parecia que já tinha ganho as eleições para a Casa Branca!

Para ele ganhar é como tomar uma droga bem forte que o mete, directamente, no mundo da felicidade total. Só conheço outro que é assim tal e qual, o Sérgio Conceição. Quando perde ninguém o atura, solta raios e coriscos pelos olhos e pela boca fora. Mas quando ganha é só sorrisos, beijos e abraços para todos e mais alguém que apareça para se juntar à festa.

É a isso que chamam bipolar? Então eles são ambos bipolares. Cuidado com eles, pois nunca saberemos como irão acordar amanhã!

E, como estamos no mundo do futebol, acabei de saber que a Roma mandou o Mourinho ir pregar para outra freguesia. Será que desta vez também traz os bolsos cheios ou vem com uma mão à frente e outra atrás? Já estou a vê-lo a caminho de Fiumicino para apanhar o avião até Londres ou Lisboa. Ele tem o coração num lado e a família no outro!

segunda-feira, 15 de janeiro de 2024

Sem assunto, além do Benfica!

 


A BTV está a dificultar-me a vida de comentador desportivo. Todos os jogos disputados na Luz ficam fora do meu alcance e eu não gosto de falar do que não vi. Dizem que o Benfica se viu às aranhas até o Rio Ave ter ficado reduzido a dez e os amigos da má língua já dizem que o árbitro foi amigo ao expulsar o brasileiro que é um brutamontes em campo. É raro ele ir à bola sem "massacrar" o adversário.

Depois desta jornada, a classificação mostra uma aparência mais normal com os 3 grandes na frente, seguidos dos dois clubes minhotos que já é um hábito ver na 4ª e 5ª posição..

Agora que vamos entrar na segunda volta, o que vai pesar mais são os confrontos directos, cada jogo pperdido representa um trambolhão na classificação que dificilmente será remediado. O Benfica terá que ganhar, ou pelo menos empatar os dois jogos para não entregar o ouro aos bandidos. O pior é que tanto o Sporting de Rúben Amorim, como o Porto de Sérgio Conceição, pensam da mesma maneira e a luta vai ser de morte !!!

domingo, 14 de janeiro de 2024

Desculpem, hoje vou meter os pés debaixo da mesa!

 


Alguns talvez não entendam o que isto quer dizer, mas eu explico. Essa expressão popular significa que é dia de festa, dia de comer e beber até não ser capaz de se levantar da mesa!

E o que é que me podia levar a isso, num dia que para muitos não tem qualquer significado? Pois, em 14 de Janeiro de 1997 - já lá vão 27 aninhos - a minha filha mais velha fez de mim avô. E conseguiu o milagre de fazer um filho igualzinho ao seu pai, isto é, euzinho da Silva.

Não é uma fortuna? E depois, visto que os pais da criança tinham que responder às suas obrigações laborais, foi a minha mulher e eu que nos encarregamos de criar e "fazer as vontadinhas todas" ao bebé que se tornou o rei desta casa. Não sei se fizemos bem ou mal em dar-lhe tantos mimos, mas os avós são sempre assim e acabam por estragar os netos. Mas nem todos acabam estragados, chega a uma altura da vida que eles tomam o leme da sua vida e tornam-se gente.

O Bruno, é esse o nome do meu neto Nº 1, não sabia o que queria ser na vida e eu empurrei-o para as engenharias, talvez porque eu tenha sonhado ser engenheiro também, mas não encontrei para lá chegar. Ao fim de dois anos a fazer o que não gostava, mudou de universidade e de curso, vivendo agora no mundo digital. Já terminou o curso, há dois anos e trabalha, agora, para o Ministério da Educação, acompanhando os alunos que como ele aspiram a dar cartas no mundo digital que é aquilo que está a dar.

Eu que já estou na rampa descendente do meu ciclo de vida, desejo que ele encontre o caminho que lhe traga fortuna e felicidade e que eu, quando desaparecer, não lhe faça falta. Ele ainda tem pai e mãe para o amparar nas escorregadelas, mas foi sempre habituado a que fosse eu a valer-lhe nas dificuldades. Também isso terá que mudar, ou será um independente a toda a prova, ou recorrerá aos seus maiores, quando tiver que ser.

Filho de pais divorciados, há já bastantes anos, ele habita a mesma casa que o pai, o qual recolheu à casa dos seus pais para tratar da mãe, desde que ela ficou viúva. Vive a 100 metros do Metro que o leva até à cidade universitária do Porto e o traz de volta ao fim do dia. Ou seja, por enquanto a vida não lhe é muito difícil e eu espero que assim continue.

Bem, é quase meio dia, tenho o tempo à justa para chegar a casa dele e ver que almoço me reservou. O vinho levo eu que ele ainda vive na idade da coca cola e batatas fritas!

sábado, 13 de janeiro de 2024

Eu quero ir a Viana!

Evidentemente que o nosso maior adversário, pela destruição que tem feito ao país e pela sua incapacidade de assumir responsabilidade, será o PS e Pedro Nuno Santos. Mas como o PSD também já deu mostras de que não fará ou não faria muito diferente do PS, estes são os adversários que temos que ultrapassar nas próximas semanas, e eu penso que com as sondagens que temos, com a força que vamos ter, isso é possível", defendeu André ventura.


Eu só não vou a Viana porque não estou inscrito no CHEGA e o mais provável é que não me deixassem passar da porta para dentro. Hoje, aquilo é reservado aos membros do partido que devem reeleger o André Ventura para seu líder. E depois disso escolher aí umas 100 pessoas para formar a lista dos elegíveis para deputados da Assembleia da República. Já foi tempo em que o Chega era um partido de um homem só e fizeram passar vergonhas ao Ventura, reservando-lhe um lugar num canto de difícil acesso.

Mas ele encheu o peito de ar, afrontou aqueles que queriam apoucá-lo e nas Legislativas seguintes encheu o Parlamento de deputados, passando a ser o 3º partido mais representado. E agora que o Costa pôs o seu lugar à disposição, vai de novo a votos e há quem tema que ele envergonhe a cara ao Montenegro do PSD e lhe passe à frente.

Eu não peço tanto, mas o meu desejo mais sincero é que ele crie uma força de bloqueio que não permita aos blocos de esquerda (união de todos os partidos à esquerda do PSD) nem à AD (todos os da direita, sem o Chega) ter uma maioria de votos no Parlamento que lhes permita governar. Aliás, eu estou convencido que isso vai acontecer com alguma naturalidade, com o PS a perder uma boa dúzia de deputados e a AD a não conseguir ficar com eles.

Se querem a minha opinião, eu adivinho que:

A) O BE vai receber alguns dos perdidos pelo PS
B) O Chega vai receber alguns dos que não gramam o Montenegro
C) A IL vai aumentar ligeiramente, por causa dos dissidentes do PS e PSD que não se revêem nas políticas pregadas por André Ventura e Mariana Mortágua

Faltam apenas 60 dias para sabermos toda a verdade e eu só quero que o PS não consiga eleger 100 deputados, talvez eu devesse dizer 70 ou 80, mas há tanto reformado e funcionário público que acredita no PS que o meu desejo sairia furado. E corremos o risco de ver o PNS convidado pelo Marcelo para formar governo, no dia 11 de Março.

Va de retro Satanás!!!


sexta-feira, 12 de janeiro de 2024

Falar do tempo!

 - Olha, diz-me cá uma coisa, quando vais namorar de que falas com as gajas?

- Não havendo melhor assunto falo do tempo. Ontem choveu, hoje está nevoeiro, o mais certo é termos sol amanhã! E se a minha previsão der certo vamos dar um passeio atá à praia.

- Qual praia, aqui não há praia!

- Vamos até ao Senhor da Pedra. Preciso de ir lá rezar e pedir um milagre.

- Que milagre?

- Vou pedir ao santo que me ajude a arranjar uma namorada que goste de mim.

- Então e eu?

- Tu, se gostasses de mim já mo tinhas dito, mas ainda não ouvi nada!


Este diálogo continuou ainda durante alguns minutos, mas não adivinho o que veio a seguir. Talvez os meus assíduos seguidores queiram dar um palpite. Será que a rapariga lhe abriu o coração e desataram aos beijos até sentiram aboca seca? Ou pelo contrário, ela amochou e não lhe deu a saber a verdade dos seus sentimentos? Ela podia até nem gostar dele por aí além, mas o rapaz por quem se sentia atraída não largava a sua melhor amiga!

Esta história de paixões e romances podia levar-me por aí além, mas não foi disso que vim aqui falar. Desta vez é mesmo do tempo que vos vim falar e tenho motivos para isso. Infelizmente, a grande maioria das casas, em Portugal, não estão preparadas para grandes frios. Não sei se a culpa é dos construtores que pensam que vivemos num país tropical, ou das Câmaras Municipais que são o máximo a cobrar pela Licença de Construção, mas lá obrigar os projectos e quem os faz a respeitar a nossa necessidade de conforto ... está quieto ó mau!

E, segundo os entendidos na matéria, que falham mais vezes que aquelas em que acertam, a próxima noite vai ser a mais fria do ano. Com temperaturas negativas, em muitos cantos deste rectângulo lusitano. Por isso arranjem uma aquecedor que vos proteja a sério. Um rapaz na casa dos 30, para as minhas amigas, e uma rapariga na casa dos 20, para os meus amigos, é a sugestão que me vem à cabeça, assim de repente. Mas podem optar por outras, só desaconselho o cobertor eléctrico que vos pode transformar num churrasco.

Eu durmo (habitualmente) com uma mulher que mais parece um iceberg, só começa a derreter depois de eu me meter na cama e transferir as minhas calorias para o corpo dela, mas isso demora uma boa meia hora em que dou saltos cada vez que lhe toco. Ouvi dizer que isso é próprio das mulheres por perderem sangue, na menstruação, durante cerca de 30 anos, e ainda nos partos que podem ocorrer nesse mesmo período.

Fiquei a pensar nisso e ocorre-me que cada gravidez poupa à mulher 9 meses de sangramento, logo quanto mais partos tiverem menos resfriadas ficam. Tenho pena que a minha mãe tenha já falecido, senão ia a correr confirmar com ela, pois com 12 partos e ainda mais dois abortos espontâneas, ela devia sentir muito menos frio que a minha mulher que só teve dois partos. E pela vontade dela não tinha tido nenhum!

Bem, isto já não tem nada a ver com o tempo, de que vim aqui falar, mas a visita à praia do Senhor da Pedra também não tinha e não ouvi ninguém a reclamar por eu ter abordado o assunto. Por isso fica o recado dado, cubram-se, tapem-se, encostem-se a alguém que esteja quentinho, façam os possíveis por não morrer de frio que os funerais estão pela hora da morte. E as flores são muito caras e não têm isenção de IVA.

E, por último, mas não menos importante, eu preciso de vós para lerem e comentarem aquilo que me dou ao trabalho de teclar todos os dias. Combinado?

quinta-feira, 11 de janeiro de 2024

O verão das 4 namoradas!

 


No ano de 1965, eu completei 21 anos de vida, era a maioridade, no tempo de Salazar. Um marinheiro de 21 anos de idade e uma comissão já concluída, em Moçambique, era um especialista no mundo das mulheres. Eu fiz os possíveis por não deixar os meus créditos por mãos alheias.

A minha relação com a namorada já vira melhores dias e naquele mês de Setembro, ela decidiu emigrar para a Alemanha para dar apoio financeiro à sua família que passava por dificuldades. Em Palhais, aldeia onde se situa a Escola de Fuzileiros, arranjei outra namorada para os dias em que não ia à terra. Fez-me boa companhia nos 6 meses que passei na Metrópole, antes de regressar a Moçambique, ainda hoje sinto saudades dela.

E vão duas, as que mais fundo calaram na minha mente, uma delas faz-me ainda companhia, nos dias que correm. Depois vieram mais duas que não passaram de dois acidentes de percurso, foram elas, aliás, que pediram para serem minhas namoradas. A primeira delas era a filha única da minha prima mais velha. Vivia no Porto com a mãe, num ambiente que me fez recordar o Bairro Alto. Fui visitá-la e dormi lá em casa, na cama dela que a mãe insistiu que ela dispensasse para o efeito. Deixou a cama para mim e levou a filha com ela para que não acontecesse aquela fábula do Lobo, o Cabrito e a Couve. A partir desse dia, ela passou a ser a minha namorada por correspondência. Não durou muito, a distância e a insistência da mãe fez arrefecer o meu interesse e antes de ter passado um ano ... já era!

A quarta namorada desse famoso verão de 65 foi arranjada no arraial de S. João, em Vila do Conde. Andei toda a noite com duas pretendentes penduradas no meu braço e antes da alvorada tinha que fazer a minha escolha e mandar a outra dar a volta ao cavalo. Assim fiz, escolhi a Alda e mandei a Isabel ir chatear outro. Como estava a meio do Curso de 1º Grau, na Escola dos Fuzos, esse namoro passou também a ser por correspondência. O romance com a "amada" de Palhais estava a ganhar força e ficava-me curto o tempo para andar com namoros por correspondência. E depois, a segunda carta recebida da Alda era taxativa, eu não ando aqui a brincar, escreveu ela, se queres casar continuamos, senão paramos aqui. Está visto que nem uma resposta mereceu essa carta. A (recusada) Isabel mora aqui ao meu lado, casada, mãe de filhos e avó de netos e, de vez em quando cruzámo-nos no caminho e leio nos olhos dela o desgosto que lhe causou aquela minha escolha, em noite de S. João com os foguetes a estourarem por cima das nossas cabeças.

Acabei por me casar com a namorada desavinda - isso daria uma história de mil páginas, mas vou guardá-la para uma outra vida - e das outras três, guardo apenas uma muita grata recordação da miúda de Palhais que por muito pouco ia assentando arraiais no meu coração para a vida. Salvou-me desse destino a convocação, à pressa, para me apresentar no Corpo de Marinheiros para seguir viagem para Moçambique. Nem de propósito, recebi nessa última semana de Setembro, as divisas de marinheiro, enquanto estava no Corpo dos (ditos) Marinheiros.

Nesse quente verão dos meus 21 anos, houve ainda a Luísa, uma senhora que "trabalhava" na Rua do Benformoso que sempre me dizia que se fizéssemos um filho ele nasceria com olhos cor de rosa, mas essa não conta para as estatísticas. Comecei por comprar o amor dela e ela retribuiu-me em dobro, no mínimo, aquilo que recebeu de mim. Aliás, diz-se que os afectos não têm uma medida própria, mas eu considero que se medem numa escala de 1 a 10 e a unidade de medida se chama Romeu. Eu gostava da Luísa aí uns 4 Romeus e ela gostava de mim mais 2, pelo menos. Fui com ela até à praia de Carcavelos para me despedir, antes de seguir viagem para Moçambique. Foi ela, só Deus sabe porquê, a única a ter direito a uma despedida de corpo presente.

Faço de vós, meus caros leitores, fiéis depositários destas minhas memórias que são o meu Bem Maior!

quarta-feira, 10 de janeiro de 2024

Dia histórico!

 O dia 9 de janeiro de 2024 ficará na História da Democracia Portuguesa. Foi o dia em que esquerdas e direitas se uniram para ir à Europa buscar 729 milhões de euros para esbanjar em obras de valor muito discutível. Peço a vossa atenção para a notícia abaixo veiculada pela SIC Notícias.

»»» Em setembro passado, a Comissão Europeia lançou então um novo convite à apresentação de propostas no âmbito do MIE para os transportes, no âmbito do qual estão disponíveis mais de sete mil milhões de euros para "projetos destinados a infraestruturas de transportes europeias novas, modernizadas e melhoradas no âmbito da rede transeuropeia de transportes".
"Os projetos de infraestruturas financiados no âmbito do presente convite melhorarão a segurança e a interoperabilidade da rede de transportes da UE", argumentava Bruxelas na informação divulgada na altura. «««


Não gosto muito de trilhar caminhos pouco conhecidos e este negócio é algo que "muito pouca gente" domina, não me incluindo eu nesse grupo restrito. No entanto não resisto a deixar aqui duas ou três considerações que devem passar pela cabeça daqueles que têm um pouco de bom senso.

As palavras "no âmbito da rede transeuropeia de transportes" terão sido entendidas por mim de modo diferente dos meus conterrâneos? Que interesse terá um troço do caminho de ferro entre o Porto e Oiã para a rede transeuropeia? Os espanhóis fizeram uma ligação moderna que ligará Sevilha a países como a França, a Alemanha ou a Polónia. E mais, tiveram o cuidado de abandonar a velha bitola ibérica e fizeram-na em bitola europeia, pois de outro modo pararia na fronteira de França. Espertos estes espanhóis, não são?

Entender-se-ia, ou melhor dizendo, esperar-se-ia que Portugal metesse, a toda a pressa, um projecto para, a partir de Lisboa, entroncar com essa linha espanhola - que passará a ser "europeia" - no ponto mais conveniente, entre Sevilha e Madrid. Agora, um projecto de Porto até Oiã, qualquer coisa à volta de 40 Kms, e ainda por cima na velha bitola ibérica, deveria merecer um rotundo não e zero milhões para os portugueses continuarem a esbanjar, como têm feito com tudo, nos últimos anos. Os nossos governantes querem manusear muito dinheiro para terem oportunidade de untar as mãos a uns e a outros, enquanto estão no poder, para se valerem deles, mais tarde, quando a teta da política já não der.

Podem não saber quem eu sou, nem ouvir a minha voz de protesto, mas eu voto contra. Imaginem-me em Bruxelas e a receber da mão do Pedro Nuno Santos o tal projecto para a tal linha, num qualquer canto escondido do norte de Portugal. A minha reacção seria: - que é isto, meu menino, aprendiz de político, em que escola estudaste que não entendes a tua Língua mãe? Onde fica Oiã? Que interesse tem para a rede de transportes trans-europeia esse pequeno troço que consta do teu projecto? Vai-te embora depressa e estuda melhor o nosso comunicado para evitar fazeres fracas figuras.

E lá viria o nosso "super-político" de rabindo entre as pernas, amuado com a ensaboadela recebida nas instâncias europeias que devem saber gerir os seus interesses um pouquinho melhor que os nossos passados e futuros governantes que mal sabem brincar às casinhas.

Eu, como membro desta grande comunidade europeia de 27 países, voto não ao subsídio de 729 milhões de euros para iniciar uma linha de alta velocidade que não segue uma linha directa a caminho da Europa Central. Em 2030 eu quero ir passar o reveillon à Lituânia e vou já fazer uma reserva antecipada para a viagem Lisboa- Vilnius, com passagem por Madrid, Lyon, Berlim. Quero assistir lá ao dealbar da nova década do Século XXI, naquela bonita cidade do norte da Europa. Faço votos para que o Putin tenha sido travado a tempo, pois ele planeia invadir também os Países Bálticos e dominar o Mar Báltico, depois de o ter feito na Ucrânia e no Mar Negro.

Quem quer acompanhar-me?

terça-feira, 9 de janeiro de 2024

Os meus livros!

 


O Natal trouxe-me 4 novos livros para eu ler. O primeiro é uma chachada a gozar com os serviços secretos de Israel, a famosa Mossad, que deu para a os últimos dias do ano velho e os primeiros do ano novo. Havia uma certa acção, portanto suspense, no texto o que ajudou à média de leitura de 50 páginas por dia. O segundo é o tal a imitar o estilo Saramago que conta a história do sr. silva, assim em letra miúda. como escreve o autor, não percebi ainda se a gozar comigo ou com o Saramago.

O pobre do Sr. Silva ficou viúvo e os filhos incapazes de coordenar a sua vida de trabalho com a dele que só lhes dava trabalho, enfiaram-no num lar. O velhote amuou e durante quase um mês não abriu a boca para falar fosse com quem fosse. O pessoal do lar armou-se de paciência e, ao fim de quase um mês, ele resolveu quebrar o silêncio e trocar umas palavras com os colegas de desgraça. Aos filhos e netos, durante esse período de greve, recusou-se, pura e simplesmente, a recebê-los, só à terceira visita tiveram ordem de entrada e mesmo assim os silêncios eram de cortar à faca.

Pus-me no lugar de velhote, afinal também eu sou o Sr. Silva cá de casa e poucos anos mais novo que este da história contada em jeito saramaguiano (deixa-me rir) e podia perfeitamente ter-me calhado o azar de ficar viúvo seguir o mesmo destino. Talvez não tivesse que recusar a visita dos meus filhos e netos, eles já aparecem tão pouco que talvez me isentassem desse papel de zangadinho da silva.

Leituras e livros à parte, a vida é um teatro em que nem sempre é fácil representar o papel que nos foi distribuído. Em miúdos somos dependentes dos pais e, não raras vezes, somos tratados à bofetada (por vezes merecidas), o que só quando chegamos à idade adulta compreendemos. Em velhos acabámos a embaraçar os filhos que só não nos tratam à bofetada por uma certa educação que lhes demos ou algum amor que foram capazes de cultivar no coração, enquanto partilhavam a sua vida com a nossa.

Estou a lembrar-me de um camarada fuzileiro que teve o azar de ficar viúvo, ainda novo, um tumor maligno roubou a vida à sua companheira de muitos anos e muitas andanças. Depois da vida de fuzileiro, ele ingressou na polícia e passou anos em Angola, a seguir a essa fase disse adeus à PSP e ingressou na Polícia Municipal do Porto, até à idade da reforma. Como reformado, regressou à sua terra natal, comprou um rebanho de ovelhas e foi fazer aquilo que fazia quando saiu da Escola primária.

A mulher acompanhou-o para todo o lado, veio de Trás-os-Montes para a cidade grande, foi com ele para Angola, viveu muitos anos no Porto e regressou depois a Trás-os Montes, como quem fecha um círculo, e passou o resto da sua vida a cozinhar as refeições do seu marido-pastor, até que a doença a levou. Os filhos tinham emigrado, salvo erro um estava em França e o outro na Alemanha. Vieram os dois ao funeral da mãe e regressaram aos países de acolhimento sozinhos, o pai recusou-se a acompanhá-los. Talvez tenha preferido ficar a curtir as suas mágoas sozinho, ou talvez não quisesse o encargo de escolher entre os dois filhos. Ficar um período ora com um, ora com o outro, era capaz de ser ainda mais inconveniente para todos. Se eu estivesse no lugar dele, talvez fizesse o mesmo.

Um velho sentado num canto a olhar para a televisão, enquanto os filhos vão trabalhar e os netos vão para a escola, não se me afigura um quadro muito agradável. Pensando de novo no assunto, eu era mesmo capaz de ter preferido ficar em Trás-os-Montes e esquivar-me a aprender francês ou alemão para me entender com os netos, já que eles de português pouco percebem. Os pais bem os tentaram ensinar, mas a convivência com os colegas de escola falou mais alto.

Deus me livre e guarde, viúvo não quero ficar, prefiro que seja a minha mulher a chorar e amargar a viuvez, afinal (como ela às vezes deixa escapar), eu só lhe dou trabalho e em morrendo livro-a do encargo. Mas se me calhar a mim a sorte de ficar sozinho, vou ali abaixo a um restaurante de uns filhos da minha terra, comer a diária ao almoço, e faço uma panelinha de sopa para o jantar que deve dar para dois dias. Uma sandes, uns rissóis, ou bolinhos de bacalhau e um copo de tinto, depois a sopinha e, sem fome a roer-me as tripas, serei um homem feliz!

segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

Os pretos e os brancos!

Pela cor da pele não somos capazes de dizer quais são os bons e quais os maus. Mas se consultarmos a História e recuarmos até ao início do Século XX, poderemos ver o Mouzinho a desancar o Povo Vátua, já com o Gungunhana preso e enviado para os Açores, por não ficarem quietinhos no canto deles e deixar os portugueses alambazarem-se com aquilo de melhor que havia em Moçambique. Preso o seu grande chefe e morto o seu número 2, não restou outra solução aos Vátuas senão amocharem e obedecer a quem tinha os "paus-de-fogo".

O Mouzinho pode para nós ser um herói e mereceu uma estátua na praça central, em frente à Câmara Municipal de Lourenço Marques, mas para o Povo Vátua os portugueses eram os maus que lhe invadiram as suas terras e os subjugaram, ao ponto de os tornarem escravos. Os brancos, os europeus, os maus da fita!

Agora, 100 ou mais anos depois, vemos os pretos africanos virem à conquista da Europa por não terem sido capazes de se ajustar a uma nova vida, após os brancos maus terem vindo embora. África é um continente rico e poderia oferecer aos africanos uma vida livre de miséria, mas todos os países têm à sua frente políticos que querem ser uns novos Gungunhanas , viver como uns nababos, e se esquecem dos milhões de habitantes, desde o Mar Mediterrâneo até à província do Cabo, que vivem na mais extrema penúria.

Nós, os portugueses, chegámos a Moçambique de aramas na mão e mandávamos bala em quem se recusasse a vergar a espinha e fazer o que lhe mandávamos. Agora, imaginem  a quantidade de embarcações que de África, seja na costa atlântica ou na mediterrânica, tentam "assaltar" a Europa à procura de uma vida melhor. Por miserável que seja, na Europa é e será sempre melhor que em qualquer país africano. Por falta de oportunidades e de organização, os "pretos do mato" rumaram às grandes cidades e agora, 50 anos depois da descolonização, vivem à volta das lixeiras à procura de algo que se possa comer ou transformar em dinheiro para comprar comida.

E nós estamos quase a pegar em armas, de novo, para correr com eles de volta para a África que é a sua terra e é lá que eles devem encontrar o que precisam. A memória é curta e ninguém se lembra que nós, há 100 anos, fomos à terra deles e tomámos tudo aquilo que nos convinha pela força. Eles vêm e limitam-se a pedir asilo, a pedir esmola ou a pedir um emprego em que possam ganhar a vida.

É a minha reflexão para este dia 8º do novo ano, depois de ter visto a quantidade de emigrantes africanos que foram presos na zona das Canárias, quando se preparavam para "assaltar" a Europa. A pate mais triste de toda esta história é que nós pouco mais temos que eles. No fim do século XIX, Portugal vivia uma miséria difícil de entender nos dias de hoje. Não havia indústria, o comércio pouco ajudava e todo o mundo vivia da agricultura que não gerava riqueza suficiente para contentar os grandes senhores, donos das terras, e os rendeiros que as trabalhavam. Valeu-nos a África que era virgem em todos os aspectos!

Agora, chegou a hora de pagarmos e com língua de palmo !!!

domingo, 7 de janeiro de 2024

Eu ando por aí!


 Passou o Dia de Reis que era uma data que eu gostava de festejar e nem sequer me dei ao trabalho de ligar o computador. O Telelé é uma espécie de computador em miniatura e, para quem o souber usar, faz tudo o que faz o computador. Eu também o uso e já me atrevo a fazer algumas coisas com ele e é esse filho da mãe que me leva a esquecer, ou pôr de lado, muitas coisas e pessoas até.

Associei-me um pouco à Elvira que perdeu o marido de uma forma muito mal explicada e fiz o luto por um camarada fuzileiro que ficou a fazer parte das estatísticas que noticiaram 1048 mortos, no período de Natal, para além do número que seria expectável. Tudo a dar a entender que foi a bagunça criada nas urgências dos hospitais e a incapacidade de governo e responsáveis médicos serem capazes de obstar a um problema que seria fácil de resolver se houvesse boa vontade.

Mas com o governo do Costa e tudo o que a maioria lhe trouxe está tudo no contra e querem que morra muita gente para lhe deitar as culpas também por esses tristes desenlaces. É sabido que a «Via Verde para o AVC» é um meio eficaz para salvar vidas. Ora a Elvira teve o azar, outra coisa não poderia ser, de levar o marido ao hospital, com sintomas de AVC, quando a Via Verde estava desactivada. Voltou para casa, acreditando que o marido ficara em boas mãos, e pouco depois telefonaram-lhe a avisar que já tinha falecido. Cá para mim nem chegaram a olhar para ele, num primeiro momento, e quando lá voltaram já ele se tinha afogado numa hemorragia descontrolada.

Ela perdeu o marido e eu perdi um camarada fuzileiro, rapaz da minha idade, que poderia ainda viver uns quantos anos felizes se os médicos que prestam serviço naquele hospital, e o director incluído, fossem mais respeitadores do Juramento de Hipócrates. E, infelizmente, não é caso único, os 1048 mortos (em excesso) vão pesar-lhes na consciência, se é que a têm.

Este fim de semana, é um soma e segue de lavar de roupa suja, de abraços hipócritas entre camaradas que se detestam, sem falar nos adversários políticos que só querem ver os socialistas enterrados na merda que fizeram durante os últimos 8 anos, com o Costa ao leme. Tudo o que os outros fizeram, não interessa quem, está mal feito, eu faria diferente e muito melhor. Até o Prof. Marcelo passou de burro a cavalgadura pelo que fez ao governo de Costa, actos que incluem o caso das gémeas brasileiras que só passaram a luso-brasileiras há pouco e por conveniência.

Prevejo que as eleições vão, mais uma vez, ser uma perda de tempo e dinheiro. O Povo é tão azelha que vai votar nos mesmos e levar ao mesmo resultado. Com 2 ou 3% para um lado ou para o outro, vai tudo dar ao mesmo, a direita portuguesa não tem qualidade para derrotar os socialistas. Com maioria ou minoria o PR vai ter que lhe entregar o governo de novo e continuaremos na cepa-torta. Com a mesma Justiça - um mundo de falcatruas protagonizadas pelos advogados mais ricos de Portugal - a mesma Educação - com os professores apoucados e sem vontade de evoluir sem sem o respectivo pago - a mesma Saúde - com falta de médicos e todos descontentes - e a mesma Habitação - mergulhada num mar de interesses de bancos e empreiteiros que querem é chular o governo e encher os bolsos. O Povo que se lixe !!!

Bem gostaria de ser mais optimista, mas não vejo nenhuma razão para isso. Até o Costa que fez o que fez e é culpado de tudo, promete andar por aí e ajudar o PNS no que ele precisar. É o prenúncio de mais ventos e tempestades que aí vêm.

P.S. - Até saí sem mencionar a vitória do meu Glorioso SLB, ontem, na Serra da Freita, que muito me alegrou. Mas as notícias más eram tantas que me taparam os olhos. Voltei atrás para corrigir o lapso! 

sexta-feira, 5 de janeiro de 2024

O Silva brasileiro!


Silva no Brasil é sinónimo de pobre! Parece que a culpa é dos Jesuítas - que têm a mania que são mais espertos que os outros - que começaram a registar todos os baptizados com o apelido de Silva, porque simplesmente vinham da, ou viviam na selva. Como sabem os eruditos da Língua Portuguesa que é filha natural do Latim trazido até cá pelos romanos, no início da era cristã, a palavra silva pode traduzir-se por selva. Isso quer dizer que os Jesuítas estudaram bem as lições de Latim e tiraram boas notas no exame final, mas escusavam de chegar às missões implantadas no Brasil e transformar aquela nossa colónia numa selva de Silvas.

Eu não faço a menor ideia onde foram os meus avós paternos buscar o Silva, mas juro que já existia esse apelido na minha aldeia, no fim do século XVI e não me custa acreditar que o Baixo Minho fosse uma autêntica selva, nesse tempo. Mas sei que os Jesuítas não paroquiavam as freguesias portuguesas, por conseguinte o meu nome tem outra desculpa para me ter sido transmitido pelo avô do meu avô que já se chamava Silva.

Vem isto a propósito de um livro que a minha filha comprou e me ofereceu como prenda de Natal. O Prefácio foi escrito pelo Caetano Veloso que fez uma série de elogios ao autor do livro, Valter Hugo Mãe, congratulando-se com ele por ser um "Saramaguiano" e escrever sem maiúsculas e estar a borrifar-se para a pontuação que é o segredo número um para que a nossa Língua seja considerada mais perfeita que o inglês (para isso não é preciso muito) e outras que se falam por esse mundo fora.

Isso já seria suficiente para me pôr contra o livro e o autor, mas ainda por cima o prefaciante resolveu implicar com o Silva só porque o Michel Brasil da Silva, assim como o Lula da Silva, serem dois políticos que ele considera rascas. Com isso fiquei também inimigo do Caetano Veloso que é fã do Saramago e acha uma piadão escrever tudo em minúsculas, como fez o autor deste livro que a minha filha teve a má sorte de escolher para mim. Desconfio que vou ler pouco mais de 10 páginas, só para ter a certeza do que digo, e depois lixeira com ele.

O Valter Hugo esqueceu-se que o Saramago, além de escrever sem pontuação, também nunca, ou raramente, fazia parágrafos, no fim de cada capítulo punha um ponto final e mudava de página. Mas começava sempre com uma maiúscula e não como este livro que tem montes de parágrafos que começam sempre (até onde li) com uma minúscula e um espaço à frente, como quem pede desculpa pelo abuso.

Este Silva não gostou nada de ver isso e se a tentativa era imitar o Saramago e roubar-lhe a fama, foi muito mal sucedido!

quinta-feira, 4 de janeiro de 2024

Ontem, não apareci!

 Ou melhor, aparecer eu apareci, mas ao ler a notícia veiculada pela Elvira perdi a vontade de escrever. Fui até ao meu outro blog que fala de fuzileiros e pouco mais, escrever umas palavras para dar conhecimento aos meus visitantes que um «filho da escola» tinha partido - recebido a guia de marcha para destacamento para outra unidade, como costumamos dizer - e deixar um pequeno elogio fúnebre. Pequeno, porque só o conheci nas palavras que a Elvira deixou na net e porque, em tempos, o camarada António Querido se referia a ele como se fossem filhos da mesma escola, quero dizer, tivessem feito a recruta juntos. Afinal eram de idades diferentes e também diferentes recrutamentos.


Para a Elvira que partilhou connosco a sua história, nos contou como se casou com ele e nos mostrou as fotos da cerimónia, em Nampula, foi uma grande perda, mas eu diria que algo do género era esperado depois de todas as ocorrências do passado ano de 2023. O companheiro de tantas andanças e aventuras partiu para o Além e o próximo capítulo da sua história terá que escrevê-lo ela sozinha.

Depois deste acontecimento e sendo hoje o dia do funeral, não há cabeça para pensar noutro assunto a não ser no funeral do camarada que logo à tarde se realizará no Barreiro e depois o enterro no cemitério de Vila Chã, lugar por onde ele e eu, como muitos, para não dizer todos, os filhos da Escola de Fuzileiros passaram de Maneliken ao ombro, em passo de corrida durante as provas de apronto físico.

Amanhã, voltarei com outro ânimo e um assunto menos triste para vos ajudar a passar o tempo. Isto de andar pelos blogs parece-me, cada vez mais, uma coisa de velhos e reformados que não têm mais em que pensar. A vida activa oferece-nos outras possibilidades e assuntos de conversa e centra-se mais no convívio que na partilha de vivências na internet. Para tudo há um tempo e os últimos anos da nossa vida são dedicados às memórias, uma espécie de revisão da matéria dada, antes do exame final!

terça-feira, 2 de janeiro de 2024

Os reis, o Benfica e eu!

 

D. Carlos I era rei em Portugal, quando nasceu o Benfica, na Farmácia Franco. Portanto ainda governaram Portugal dois reis que viveram os tempos iniciais do meu clube do coração, D. Carlos I e o seu filho Manuel.

Estava a pensar no Benfica e nos desafios que tem pela frente, neste ano em que comemora o 120º aniversário, quando me veio à ideia esta publicação para o dia 2 de Janeiro. A ligação dos nomes Carlos e Manuel fez-me voltar ao ano de 1962 e a um momento especial vivido na parada do Corpo de Marinheiros do Alfeite.

Até àquele dia eu sempre fora conhecido pelo meu nome próprio "Manuel" e algumas alcunhas que fui recebendo nos estabelecimentos de ensino por onde passei. Nesse dia e no momento em que avistei o Octávio, meu conterrâneo e também estudante como eu que do outro lado da parada me acenava gritando o nome de Carlos. Ainda pensei que pudesse ser para algum outro dos fuzos que estavam comigo a preparar-se para partir para Moçambique. mas as dúvidas acabaram no momento em que chegou ao pé de mim e me deu um abraço, enquanto gritava: - Carlos que bom que foi encontrar-te aqui!

E os meus camaradas da CF2 que comigo estavam esperando que a instrução de «Ordem Unida» começasse aproveitaram a ocasião para mandar às urtigas o 29 que vinham usando para me chamar, desde que eu entrara para a Marinha, e passaram a usar o Carlos que dura até hoje. O Octávio vive também na Póvoa, depois de uma longa vida de emigrante, na Suécia, onde casou e teve filhos. Nós os dois somos os fuzileiros mais antigos que a Póvoa conhece, eu o afilhado e ele o padrinho que me deu o nome de Carlos.

Carlos e Manuel, dois nomes que ficaram juntos desde 1962 (por obra e graça do Octávio, filho da escola de Setembro de 62), como Carlos e o seu filho Manuel encarnaram os nomes dos últimos dois reis de Portugal, ambos mal sucedidos no cargo de governar o nosso país que, tal e qual como agora, estava falido e sem dinheiro para comprar uma espingarda que servisse para nos defender.

Os ingleses que sempre foram para nós os verdadeiros «amigos da onça», aproveitaram essa fraqueza para nos obrigar a abandonar os terrenos entre Angola e Moçambique (lembram-se da história do Mapa Cor de Rosa?) do qual se apossaram formando as duas Rodésias, Norte e Sul, como suas colónias. Daí até ao regicídio foi um instante e o reinado do seu filho D. Manuel nunca se conseguiu afirmar, pois os republicanos (ai que ódio!) vinham ganhando força e obrigaram-no a fugir para Inglaterra para salvar a vida.

 Muitos dos meus camaradas que sempre me conheceram por Carlos, por vezes. quando nos encontramos nos nossos convívios anuais, perguntam: - Afinal tu não te chamas Carlos, que história é essa?

Só os posso convidar a passar por aqui e lerem o que acabei de escrever, está aí tudo!

segunda-feira, 1 de janeiro de 2024

Respiro, logo estou vivo!

 


Acordei cedo ou dormi pouco é mais ou menos a mesma coisa, mas como me deitei pelas 2 horas da matina a segunda afirmação está mais próxima da realidade.

Morreu muita gente, em Dezembro, eu felizmente, tive o privilégio de não fazer parte desse número e chegar vivo a Janeiro. A morte é uma coisa triste e faz verter lágrimas a muita gente, mas o nosso Ministro das Finanças fica contente, pois tem menos responsabilidades com as reformas a pagar.

Mas, hoje, pretendo escrever uma coisa alegre pelo que a morte não cabe aqui e peço que considerem o parágrafo anterior uma piada dirigida aos políticos de Portugal que é um país de velhos e assim continuará a ser segundo as previsões dos entendidos nessa matéria.

Tenho a absoluta certeza que, a esta hora matutina, há ainda muito boa gente que continua a divertir-se, com a garrafa de champanhe na mão e a dar vivas ao Ano Novo. Eu também já fui assim, quando a minha juventude funcionava como carburante para aguentar umas directas de cara alegre e ir trabalhar no dia seguinte, mas com as pestanas a pesar quilos e a dificultar-me a concentração.

A Alice era uma das costureiras que trabalhava na mesma empresa que eu. Um dia, entrei num bar de alterne, no Porto (nessa altura ainda lhe chamavam boites que era mais fino), e dei de caras com ela. Ela ficou meia embaralhada ao ver-me, mas não se descoseu, deu-me um beijo de leve no canto da boca e fez jus ao míster que ali a levara, sacar dinheiro aos clientes para enriquecer o gajo que lhe deu o emprego que, só por acaso, era um daqueles que formaram a equipa de anti-comunistas que andaram a espalhar bombas por aí, nos anos quentes do PREC.

Nessa altura, uma garrafa de espumante barato custava 400$00 e a alternadeira ficava com 80$00 para ela. A Alice, rapariga simpática, foi-me logo avisando que só tinha direito a meia hora, depois teria que ir chular outro. Eu já sei do que a casa gasta, não te preocupes comigo, és livre para levantar vela e partir quando quiseres. Tive direito a mais uma beijo, um pouquinho mais demorado, no canto da boca e fiquei sozinho a pensar na porca da vida.

O boteco fechava às 6 da manhã e deixei-me ficar por ali a ver que caminho a costureira tomava depois de sair. Nenhum amante secreto a veio buscar, pelo que fui eu a dar-lhe boleia para a cidade. Para onde, perguntei eu, pois não sabia onde ela morava. Vamos para o Farol, preciso de comer qualquer coisa para normalizar o meu estômago que está "assado" de tanto espumante empurrar pela goela abaixo. Não era bem a verdade, pois elas estavam treinadas para não beber muito, mas sim fazer os clientes beber. O balde que vinha cheio de gelo e a garrafa de "champanhe", voltava para dentro cheio de água e espumante que as raparigas para lá despejavam, mal apanhavam o cliente distraído. Bebe mais um pouco, querida, dizia o pendura enquanto lhe enchia o copo outra vez. Ela levava-o à boca, molhava os lábios e à mínima distração do seu cliente voltava a despejá-lo no balde.

Pois é, se não fosse assim como poderiam elas ganhar 10 vezes mais que na costura? Fiquei com ela no Farol até ser tarde demais para ir dormir, só passei por casa para fazer a barba e ala para o trabalho que o patrão não tolerava faltas. Naquelas quase duas horas que passámos juntos, ele lá me contou que não conseguia fazer face às despesas pessoais com o ordenado que a fábrica lhe pagava e fora obrigada a seguir o conselho de algumas "amigas" que tinham seguido pelo mesmo caminho. Não era coisa que lhe custasse muito fazer, dançar com os clientes, aguentar todo o tipo de apalpões e levar com um ou outro beijo meio lambuzado era tudo o que tinha que fazer. Um palminho de cara (que ela tinha) pouca roupa e muitas bugigangas que brilhassem com as luzes da pista de dança eram as ferramentas do ofício. Confessou-me que não lhe custou muito a habituar-se a essa rotina e o dinheiro que ganhava dava-lhe jeito para criar os filhos.

Eu mal tinha feito 30 anos e nessa idade fazem-se muitas asneiras, mas juro que essa foi uma das poucas vezes que deixei de dormir sem uma forte razão para isso. Agora, passados 50 anos, resta a recordação e sobra-me o tempo para dormir!