segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023

E assim vão as coisas!

 


Com alguma sorte e a sua habitual categoria, o Braga ganhará o jogo, logo à noite, e voltará a ocupar o 2º lugar, empurrando o Porto para baixo, para o lugar que merece.
Agora já acredito que, este ano, poderemos ir festejar ao Marquês e calar a matraca do FCP. O que mais gostei, das peripécias ligadas ao jogo de ontem, no Dragão, foi o Pinto da Costa a arengar contra o VAR e quase com as lágrimas a cair-lhe dos olhos. E logo quem! O Porto tem sido o mais beneficiado pelas más decisões do VAR, arranja sempre maneira de ter um amigo num dos lados, no relvado ou no VAR. Se o jogo de ontem fosse sem VAR, seria a roubalheira do século. Algumas irregularidades foram travadas pelo VAR, mas muitas outras passaram em claro. O Pepe também devia ter sido expulso, o Uribe já tinha escapado ao vermelho numa jogada anterior e na jogada do penalty não houve cartão para o infrator (difícil de acreditar), numa palavra, só visto é que se pode acreditar!
Acho que o Porto merece o título de campeão da FIFA, não é essa FIFA em que estão a pensar, é o conjunto de FItas e FAltas a que assistimos em cada jogo do clube dos morcões. Quem assina pelo Porto é obrigado a tirar um curso completo de «Como travar um adversário» e «Como enganar o árbitro». O Octávio tirou um excelente nesse curso. Eu passo-me dos carretos cada vez que o vejo em acção. Bendito árbitro do Inter que o topou logo e o pôs na rua. Assim haverá um jogo um pouco mais limpo na segunda mão, com ele a assistir na bancada.

domingo, 26 de fevereiro de 2023

Grande novidade!


 Vim a correr para vos contar a novidade - estou sem fôlego, deixem-me respirar - o Porto levou no pelo e quem lhe chegou a roupa (ao pelo) foi o meu clube, o Gil Vicente!

Grande festa de aniversário que eles prepararam para celebrar os 40 anos do Pepe! Foram derrotados e envergonhados, acabaram a jogar com 9 e porque o Sr. árbitro perdoou o cartão vermelho ao Pepe, seria demasiado pô-lo na rua em dia de aniversário. Até o Uribe só foi expulso à segunda vez que fez asneira e ainda se achou com razão para refilar com o árbitro.

O Sérgio Conceição nunca passou por tal vergonha, acredito que lhe apeteceu virar as costas e voltar para Nantes, onde ele estava tão bem, quando o Pintinho o foi lá buscar. Daí para cá, ele tem aguentado tanta azia que o seu fígado já deve estar ressequido de todo.

O Gil ficou embriagado com tanta fartura que até perdeu a qualidade do jogo, contra 11 jogaram bem e contra 9 andaram com o credo na boca várias vezes. Correu o risco de empatar ou até perder o jogo, quando podiam ter construído um resultado histórico que ficasse de recordação, em Barcelos, para os próximos 100 anos. Gil Vicente, a equipa que envergonhou o Porto e lhe roubou a hipótese de ser campeão. Quando foi isso? Na semana do Carnaval de 2023!

O Pinto da Costa está quase a chorar! E a culpa é do Benfica! Ainda lhe dá uma coisinha má e então é que são elas!

Domingo!

 

É domingo!
Dia de não fazer nada!
De ficar na cama até ao meio-dia!
E do almoço, quem trata?
A Maria, claro, para isso já se levantou, há horas!
Isto é conversa de homem!
Mas o meu filho não tem essa sorte!
A mulher fica na cama e diz-lhe assim:
- Queres almoço? Vai fazê-lo!
Ai, meu filho, não aprendeste as lições todas que tentei ensinar-te.
Talvez eu tenha errado em qualquer coisa, em qualquer altura da vida.
Espero bem que ele saiba ultrapassar as dificuldades do dia-a-dia!
Ele já foi casado e se divorciou uma vez.
Portanto, não é virgem, se não estiver bem que se ponha!

sábado, 25 de fevereiro de 2023

Fora o árbitro!

 


Não há jogo em que não se tenha que dizer mal do árbitro. Hoje até o alemão foi para a rua. Ele que parece uma estátua, não tuge nem muge, aconteça o que acontecer, levou um vermelho. Que terá ele feito que eu não me apercebi de nada? Será que disse alguma asneira em alemão que o 4º árbitro ouviu, entendeu e transmitiu ao árbitro do jogo? Pode ser, mas duvido!

Não há dúvida que foi um jogo difícil para o Benfica com alguns lances que puseram a nossa defesa em dificuldades. O Vizela tem alguns avançados rápidos que em contra-ataque chegam rapidamente à baliza adversária. Mesmo com uma defesa considerada segura o Benfica viu-se às aranhas com eles. Felizmente, acabou o jogo sem passarem por nenhuma vergonha.

O Bah veio de um castigo, por ter dado uma pisadela num adversário, e hoje repetiu a gracinha, ainda por cima dentro da área. Foi sorte o sr. árbitro não ter os olhos fixos nas chuteiras dele, senão ia de novo para a rua e haveria um penalty contra nós.

No ataque o Glorioso foi pouco eficaz, o Vizela arranjou maneira de rechaçar todas as investidas dos nossos avançados. Custa-me ver como tanto se tenta e tão pouco se consegue, mesmo com jogadores fora de série. O Neres, hoje, não conseguiu fazer nenhum daqueles raides à baliza do Vizela, como ele tão bem sabe fazer, parece que deixou a habilidade em Lisboa (ou no Seixal).

O João Mário é que vai bem lançado para a lista dos melhores marcadores, um golo de bola corrida e um de penalty, mais dois para a conta. Deus queira que ele se mantenha assim afinadinho no próximo jogo com os belgas do Brugges. Passar aos quartos e com quase 3 milhões no bolso é mesmo do que estamos a precisar!

Carrega Benfica !!!

Quem sabe sabe!

 


Valeu a pena o meu pedido de socorro. Veio a JANITA com meia dúzia de palavras e resolveu-me o problema. Como poderia eu adivinhar que normal e parágrafo estavam na origem do problema?

Pelo que consegui perceber, o blog assume, automaticamente, o modo parágrafo, logo que começamos a escrever e para uma escrita normal (?) temos que ir à barra de comandos e mudar a coisa. E o anormal sou eu?

Não costumo escrever poesia neste blog, pelo que nunca me apercebi deste pormenor. Hora da poesia é o blog que fundei, em tempos que já lá vão, para permitir a alguns amigos mostrar a sua habilidade a fazer versos. Eu dava uma ajuda para eles não desanimarem, mas o gás acabou-se-lhes depressa. O único que foi fazendo um mano-a-mano comigo foi o Eduardo Nunes, mas por motivos de saúde perdeu a vontade.

Entrei lá e fui testar a solução da Janita e funcionou. Pode-se escrever o que quiser e formatar o texto no fim, ou começar por mudar para o modo NORMAL antes de começar. É só escolher o modo que der mais jeito.

Para ilustrar o que digo

um exemplo vos vou deixar

sem mudar eu não consigo

os meus versos alinhar!

---------------------------------------------------------

Para ilustrar o que digo
um exemplo vos vou deixar
sem mudar eu não consigo
os meus versos alinhar!

Os versos de cima escritos em modo parágrafo e os de baixo formatados, à posteriori, para o modo normal. Simples, não é? Desde que se saiba como, tudo se torna fácil!

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023

Teste!

Eu quero ver-te a sorrir
Seja por que motivo for
E quero é  ver-te alegre
Oh, morena meu amor!

 

S.O.S.!

 


Sabem o significado destas letras? É um pedido de socorro, a mesma coisa que HELP.

Aos blogueiros mais experimentados peço ajuda. Quem escreve poesia não gosta que cada vez que muda de linha o cursor salte duas posições, ficando cada verso separado por uma linha em branco.

Quem sabe como evitar isso?

Depende do template escolhido?

Ou pode-se formatar isso em qualquer template.

Eu sou um desastre a fazer versos, mas de vez em quando tinha umas ideias. Mas deixei-me disso, quando me senti impotente para regularizar a escrita. No que escrevo mando eu, ou não escrevo!

Quem souber, p.f. dê um passo em frente!

A Mona!

 

Se é Lisa ou não, não sei!
Esta chama-se Mariana e comenta futebol na CNN.
Ela não aparece sempre, às vezes vem a Sofis que é mais bonita que esta,
mas é muito convencida, pensa que sabe tudo.
Começou a trabalhar no Canal 11, onde quem manda é o Pedro Sousa. Pôs-se ao barulho com ele e teve que se pôr a bulir, porque ele também pensa que é doutorado em futebol e ai de quem o contraria. Estou a falar da Sofia que veio para a CNN e foi despejada num mundo de homens com quem tem que disputar um lugar ao sol.
Da Mariana não sei nada, mas não se deixa ficar para trás, sempre que a discussão aquece. Liguem a TV na CNN, nas horas do futebol, e talvez a apanhem lá. Depois me dirão o que pensam das semelhanças que eu lhe encontro com a famosa MONA.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2023

Fevereiro 24!


 Amanhã, fará um ano que começou a guerra na Ucrânia. As nossas televisões não tiveram paciência para esperar e já começaram hoje a comemorar. Todos os canais, horas seguidas, a mostrar as imagens que já vimos, pelo menos, 100 vezes. Eu que até durmo com a TV ligada, devo ter visto muito mais que isso.

Estou a pensar a sério em fugir para qualquer lado, onde não haja televisão. Amanhã é sexta-feira e posso passar a manhã na feira de Vila do Conde, ver a ciganada a vender roupa e calçado contrafeito, ver as lavradeiras que aparecem para vender qualquer coisinha para fazer uns tostões, sejam produtos da horta ou apenas um coelho ou um par de frangos ou, simplesmente, ver a cara de outros como eu que não quiseram ficar em casa a aturar a SIC Notícias, a CNN ou a CMTV.

E cada canal conseguiu encontrar um oficial do Exército reformado que sabe tudo da guerra e nos explica aquilo como se fosse um jogo de xadrez. Desde 1945 que não há guerra nenhuma, por isso eu pergunto-me onde teriam eles aprendido aquilo tudo que vomitam pela boca fora. E há uns que são um nadinha mais pró-Putin que outros. E fazem elogios ao Zelensky, mas se fossem eles fariam alguma coisa diferente.

Os pobres dos ucranianos , aqueles que não tiveram o azar de morrer, é que sabem o que a guerra lhes custa. A viver nas catacumbas, como os antigos romanos, sem água, nem luz, nem aquecimento, o que comer e o que beber. E cada vez que metem a cabeça fora do buraco arriscam-se a levar com uma bojarda em cima da cabeça e acaba-se-lhes ali o sofrimento. E estes palhaços, aqui, em ambiente climatizado e com um copo de água na sua frente, enchem o peito de ar para debitar teorias de que ninguém quer saber.

Não gosto disso, nem de ver os enviados para o teatro de guerra a passear por entre ruínas e fazer de conta que andam a passear por entre balas e morteiradas disparadas de um e outro lado, tentando vender-nos aquilo como um espectáculo digno de passar no Teatro D. Mari II, no Rossio. Não gosto de nada e ponto final, amanhã farei greve à televisão!

Sou um bom pagante!

 


Pago à NOS para ter uma net com boa velocidade, no mundo da 5G, mas o que acontece é que raramente funciona bem. Seja por isto ou por aquilo, seja culpa minha ou culpa deles, o facto é desde ontem à tarde até agora, é preciso paciência de santo para insistir em usar a internet.

São todos uns chupistas, querem é vender a banha da cobra e a gente que se dane. Ainda há dois meses refiz o meu plano com eles - olhe que por mais 5 euros oferecemos-lhe este mundo e o outro e ainda leva um prémio de 10 Gigas de dados móveis - aceitando pagar os 5 euros extra que, em geral são mais 10 ou 15, pois há sempre quem fure o tecto permitido. Não tardará que me voltem a ligar para voltar a baralhar e dar de novo.

Como isto não anda nem eu tenho paciência de santo ... por aqui me fico!

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2023

Oba, apanhei um paulista a ler o meu blog!

 Cada vez é mais raro entrar no meu blog e ver outros a fazer o mesmo. Não sei se são assim tão poucos ou se os nossos horários andam desencontrados. Antigamente era um emigrante a residir na Baixa Saxónia, Alemanha, que me aparecia de vez em quando, mas até esse desapareceu. 

Casas típicas da Alemanha, na zona onde estive emigrado! Casas feitas com barrotes de madeira e paredes cheias com taipas de argila.

Toca a recolher!

 


Há umas quantas terras portuguesas que ainda vão fazer Carnaval, hoje, contrariando as regras da Santa Madre Igreja. Eu sei que igrejas há muitas e com os padres cada vez mais desacreditados, até percebo que haja tanta gente a remar contra. Sujar a testa com um pouco de borralha obtida com a queima dos ramos de oliveira usados no Domingo de Ramos, é uma promessa de bom comportamento até ao Domingo da Ressurreição.

Eu sou católico, mas muito fraco, pois nunca vou à igreja nem gosto de homens que se vestem com uma saia preta, até aos pés, e fazem mal às crianças, meninos e meninas, não são nada esquisitos! Acho que tudo está errado na Igreja e não apenas os padres, mas quem sou eu para querer mudar o mundo!

O Casamento, o Baptizado, a Comunhão e, até, o Funeral transformaram-se em "eventos" que dão dinheiro a muita gente e pouco têm a ver com religião e quem alimenta isso merece mais castigo que um prémio. Se no fim da vida terrena esperam ir para o céu ... estão bem enganados, o caminho não é por aí.

Vá, portem-se bem e não acrescentem muitos mais pecados ao rol que já deve ir longo!

terça-feira, 21 de fevereiro de 2023

Eu crítico!


Hoje, vou atirar-me aos colegas da blogosfera. Quem se mete nestas lides tem que mostrar um certo profissionalismo e mostrar aos seus leitores que os respeita e lhes dá o melhor de si.

E digo isto, porque há blogs que gosto de ler, mas mal o consigo fazer  - desculpem-me o termo inglês, mas não gosto da versão portuguesa, blogue não me cheira a nada - umas vezes pelo tamanho da letra, outras pela cor escolhida, quer para o fundo, quer para o texto. Tenho um blogueiro amigo, no Brasil, que não põe data nas suas publicações nem tem uma lista, em ordem cronológica, das publicações que faz. Já o ameacei, a brincar claro, que deixaria de o ler e comentar se ele não mudasse aquilo. Não adiantou nada, admito que ele não o saiba fazer. Ele deve usar o blog como uma folha em Word, onde escreve o que lhe vem à cabeça e, no fim faz, save and close (guardar e fechar).

Será que a palavra que usei, no parágrafo anterior, existe? Em inglês BLOGGER dá para tudo, é a ferramenta que nos mantêm em rede e também designa cada um de nõs que usa essa dita ferramenta. Eu sou um blogger e uso o BLOGGER da Google. A Língua Portuguesa está em constante mutação e diz-se que a Língua é do Povo. Ou seja, logo que uma palavra seja repetida várias vezes por várias pessoas entra para o dicionário. Há palavras que são uma autêntica aberração e soam mal aos meus ouvidos, mas BLOGUEIRO não me soa mal. Portanto, eu sou um blogueiro e tenho muitos amigos e comentadores que também são blogueiros, como eu.

Um blogueiro que se preze deve:

1) Escolher um bom e bonito template (base) que seja apelativo, se não tiver unhas para o transformar à sua imagem.

2) Deve formatar o blog para ter uma data e hora que corresponda ao seu fuso horário.

3) Deve também ter um arquivo das publicações para guiar os seus leitores.

4) Numa das colunas deve ter, bem visível o seu perfil, com ou sem foto, com algumas informações básicas e de preferência com o endereço de e.mail para um possível contacto.

5) Quanto ao resto, lista de blogs seguidos, etiquetas, relógio e outros enfeites são ao critério de cada um.

Hoje, é Dia de Carnaval, não me levem a mal e ... bloguem muito !!!

Ufa, foi por pouco!

 Estava a ver que era hoje que sofríamos o tal revés que nos roubaria a possibilidade de ser campeões. Até um penalty falhámos para fazer a coisa mais negra. Com a equipa do Petit toda metida dentro da área estava a ser difícil meter a bola lá dentro. E o Bracali que já vai para lá dos 40 teimou em defender todas as bolas, penalty do João Mário incluído. Foi ele o homem do jogo.

Por mais que o Benfica lutasse não via a hora de nos pormos à frente, coisa que bem merecíamos face ao jogo apresentado. E depois de conseguir uma vitória magrinha, por um golo apenas, vai o Boavista lá à frente e pimba, empata o jogo de novo. Apeteceu-me atirar com um sapato à televisão e deixar de ver o resto. Vá lá que depois da entrada do Gonçalo Guedes as começaram a sair um pouco melhor.

Isto é como na maratona, os últimos quilómetros são os que mais custam a correr, os músculos estão em brasa, não se sentem as pernas e só uma ordem do cérebro mantêm o atleta na corrida até à meta. Foi assim comigo, até entrar o golo do Musa fiquei em modo automático à espera de um desgosto ou a confirmação de uma vitória tão desejada.

O treinador colocou no banco novos jogadores que teria estreado se o resultado não estivesse em risco até perto do fim. Não há problema, fica para a próxima. O campeonato são 34 jornadas, hoje jogou-se a 21ª, faltam 13 e só depois da 27ª poderemos saber das nossas hipóteses de ir festejar ao Marquês. Isso seria uma espécie de panaceia para apagar o período negro de Vieira & Jesus e partir para uma nova realidade.

BENFICA contra tudo e contra todos !!!

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2023

Cada um é como cada qual!

 O Carnaval é a oportunidade que muitos homens têm para sair do armário, mas mantendo a porta bem fechada durante todo o resto do ano. Em cada carnaval, por esse país fora, vemos montes de homens vestidos (mais ou menos) de mulher, dando caminho livre ao que lhe vai no pensamento nos restantes 362 dias do ano. Então, em Torres Vedras, é o descalabro total, homens que já passaram a meia idade e já deviam ter juizinho na mona, vestem-se de mulheres e vão ao concurso das matrafonas para ver qual ganha o prémio de melhor imitação.

Do lado das mulheres a coisa é mais natural, gostam do Carnaval à brasileira para mostrarem aquilo que Deus lhes deu, as mais novas, e aquilo que a idade já lhes tirou, as mais velhas. Só lhes falta um clima quentinho, como há lá no Brasil, porque com o frio que faz aqui, há muitas moças que não arriscam tirar a roupinha. Conheço alguns, devia antes dizer, assisti a alguns mais brasileiros que outros, mas os que mais me agradaram foram os de Loulé e da Mealhada.

Além de me ficar mais perto, o da Mealhada é a minha primeira escolha, durante o dia muitas nádegas para admirar - algumas nem o merecem, mas agradeço a boa vontade com que as mostram - e depois de recolherem a casa há bom leitão para continuar a festa da carne. E eu não me faço rogado, aprecio ambas com igual afinco, gosto de comer bem e em matrafonas não alinho.

Aproveito a ocasião para dizer duas ou três coisa sobre Lisboa que não abonam nada em seu favor. Dizem os lisboetas que o Carnaval deles é em Torres Vedras, o que equivale a eu dizer que o meu é em Ovar, a distância é, mais ou menos, a mesma. Quer o meu Carnaval seja bom ou não valha um pataco, nunca direi que o meu é o de Ovar. Também afirmam os alfacinhas que a sua praia é na Ericeira. Se calhar é por isso que o Zé Pinóquio foi para lá viver (numa casa que o seu famoso primo lá comprou). A praia mais frequentada é a da Costa da Caparica, mas como pertence a Almada, outro concelho, e a Setúbal, outro distrito, preferem eleger a Ericeira como "a praia de Lisboa".

Ser pobre é uma infelicidade, já agora deixem-me perguntar se conhecem a lenda que justifica a existência dos pobres. Não conhecem? Não faz mal, eu conto-vos. E isto é o meu contributo para que os pobres de Lisboa não fiquem tristes por não ter um Carnaval nem uma praia a que possam chamar seus.

Então, a lenda reza que no princípio do mundo que começou com a expulsão do Adão e da sua tentadora Eva do Paraíso Terreal, os nossos ancestrais parentes não tinham mais que fazer, além de colher na natureza os frutos de que se alimentavam. No resto no tempo, entretinham-se a brincar um com o outro e, como é natural, os filhos foram aparecendo uns atrás dos outros. Muitos dias depois da expulsão, Deus quis ver como o Adão "se virava" no mundo real e foi fazer-lhe uma visita. Ao ver tantas crianças à sua volta, pensou que o Adão, assim como a Eva também, está claro, devia ter uma vida difícil para garantir a subsistência da sua prole. Então, decidiu oferecer ao Adão um dote para cada filho para que pudessem crescer e chegar à sua maioridade e independência sem problemas de maior. Aí perguntou ao Adão: - Diz-me quantos filhos tens e eu os dotarei do necessário para a sua vida. O Adão olhou para a sua mulher, a tal que o enganou com uma maçã e o continuou a enganar, depois disso, mesmo sem precisar da maçã, e, envergonhado por tanto sexo e tantos filhos, respondeu: - Tenho dez filhos, Senhor.

E Deus deu um dote generoso e esses dez filhos de Adão - que representam os ricos de hoje - deixando na penúria os outros dez que o Adão não reconheceu ter. E, como é sabido, os pobres têm sempre mais filhos que os ricos e assim se foram multiplicando até, hoje, serem cerca de 90% da população mundial.

Vão gozar o Carnaval e se não tiverem uma Eva, em cas, tragam uma! Mas escolham bem, pois não haverá trocas no fim da festa!

domingo, 19 de fevereiro de 2023

Até o Camões sairá da tumba!

Isabel Lucas, uma das mais conceituadas jornalistas culturais portuguesas, empreende uma viagem-descoberta pelo Brasil, esse país simultaneamente tão próximo quanto longínquo, tão íntimo quanto desconhecido. Fez as malas e partiu da literatura brasileira dos seus escritores e das suas obras basilares como a forma possível de perscrutar a identidade dessa geografia imensa, o maior país do mundo em território, o sexto em população.


Fui atraído por uma notícia que falava na Língua de Camões e, como sempre que isso acontece, mergulhei fundo para ver se aprendia mais qualquer coisa que ainda não sei. E o que não sei deve muito significativo, pois refere-se nessa notícia que há 400 mil vocábulos em português. E há ainda quem acrescente que, espiolhando bem, talvez se chegue aos 600 mil.
Não sei se algum dia terei oportunidade de ler este livro da Ana Lucas, mas pelo que li percebo que temos algumas ideias muto diferentes em relação à Língua que falamos. Ela defende que o Brasil, com os seus mais de 200 milhões de habitantes imporá a Língua que quiser, como e quando quiser. E que devemos ser nós, os portugueses, a aprender com os brasileiros e aceitar muitos vocábulos que eles usam no seu linguajar.
Por exemplo, a interjeição "OI" que pode ser traduzida por Olá, mas também como, "o quê, pode repetir?" E que tal comparar a nossa palavra "tipo" ou "gajo" com o brasileiro "cara". Cara para mim pode ser um substantivo feminino (Ex. Gosto da cara que tenho) ou adjectivo (Ex. Minha cara amiga), mas admito que na frase, "és uma cara sem vergonha" estamos quase a copiar os brasileiros.
A escritora/jornalista diz que o Brasil, no que toca à Língua de Camões, é o país do futuro, ou seja, com a enormidade da sua população que continua a crescer acabarão por nos fazer desaparecer como marcador importante da Língua que ambos os países falam. Que algumas palavras brasileiras possam ser adicionadas ao nosso dicionário eu aceito, mas depois de passarem por um crivo bastante fino para acabarmos a achar que "jacarépaguá" pode ser considerado português.
No Brasil ainda sobrevivem alguns indígenas que falam a sua própria Língua, mas quando vão à escola é para aprender português e não outra coisa parecida a que chamam brasileiro. E há muitos brasileiros que falam um português macarrónico, porque nunca foram bons alunos na escola e aprenderam a linguagem de rua. Também há disso, em certas zonas de Londres ou Paris!
Tenham um bom Domingo Gordo e um melhor Carnaval !!!

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2023

Eu pergunto!

 


Alguém sabe como acabou aquela história dos lucros excessivos das grandes empresas portuguesas?

Na altura falou-se nas empresas de energia, como a EDP ou a GALP e nas grandes superfícies de distribuição, como o Continente, Pingo Doce ou Pão de Açúcar. Mas nunca falaram nos Bancos e para mim os lucros desses exploradores foram os maiores e mais criticáveis de todos. A começar pela CGD que é o banco do (nosso) povo e foi dos que mais ganhou. E os ganhos foram entregues ao Ministro das Finanças para ter ainda mais dinheiro para fazer a festa do Socialismo.

Um governo que governa de facto, não deixa isso acontecer. E se acontecer, por qualquer razão inesperada, como foi o caso, em 2022, por mor da galopante inflação, corrige com impostos especiais a aplicar sobre esses ganhos de usura. Repararam bem no substantivo que eu utilizei? Usura é crime proibido por lei e quem o comete deve ser punido.

Alguém me sabe dizer o que fizeram os nossos governantes a esse respeito? E a oposição, no Parlamento, entretida com os casos e casinhos das demissões no governo, nunca mais se lembrou disso. Ou pior, fizeram vista grossa para proteger os padrinhos que os mantêm lá, na gamela de S. Bento.

O pobre do S. Bento nasceu rico, viveu como pobre, fundou a Ordem Beneditina e não merecia ter esta corja de interesseiros a viver no palácio a que emprestou o seu nome!

-----------

P.S. - Esqueci-me de falar na vitória do Benfica, mas assisti ao jogo e gostei, especialmente, da segunda parte, em que foram marcados os dois golos que deram origem à festa dos benfiquistas na Bélgica.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2023

Falar (mal) de política!

 


Vem de longe o hábito de dizermos mal da política e dos políticos que nos governam. Sempre haverá quem discorde das políticas seguidas, mas há alturas em que os políticos são de qualidade tão baixa que o POVO não consegue ficar calado. Aconteceu na mudanças da Monarquia para a República, situação que só foi corrigida com a subida do Salazar ao poder. Foram os anos passando e as coisas piorando até que foi preciso um 25 de Abril para pôr cobro ao descalabro.

Este novo período da nossa História, de 1974 até hoje, começou a entrar pelo cano, de novo, e alguém ou alguma coisa terá que acontecer para mudar este estado de coisas. Nos tempos da Monarquia, os nobres viviam num constante forrobodó, enquanto o Povo penava numa infinita miséria. Actualmente, vivemos o tempo do Socialismo, trazido de França pelo Dr, Mário (Bochechas) Soares, em que a classe governante nos esmifra com impostos que depois gasta e rouba da maneira mais escandalosa, deixando os pobres a morrer à míngua e os remediados enterrados em dívidas e créditos que não conseguem pagar de forma nenhuma.

Não respeitar a regra de aumentar os salários (obrigatoriamente para públicos e privados) pelo valor da inflação, de modo a manter o poder de compra é um crime que merece castigo. Deixar os bancos em roda livre, cobrando os juros que mais lhe convêm e não pagando na mesma moeda a quem lhes confia as suas economias é outro caso que atesta bem a capacidade de desgovernar o país. Um terceiro caso que merece todas as críticas é o preço da habitação. Pagar uma renda de casa maior que o salário mínimo, onde está encostada uma grande maioria dos nossos trabalhadores, é de bradar aos céus. E isso só se resolve com uma legislação apertada que não prejudique os senhorios, mas não caia também sobre os arrendatários. Uns 30% do rendimento líquido do agregado deveria ser o máximo exigível às famílias para pagar a renda e quem caísse fora desses parâmetros teria que entrar num confronto entre senhorio e inquilino para ver quem estava a proceder mal.

Esta greve dos professores é um bom exemplo de como o nosso país vai à deriva, parece a Jangada de Pedra do Saramago. Há professores "estacionados" na mesma posição e salário, há anos, e há novos professores recém-admitidos que lhes passam por cima sem que haja a menor explicação para tal incongruência. E já nem falo do meu caso particular que me reformei em 2001 e recebo, hoje, menos 200€ do que a reforma que me foi atribuída nessa altura. Quanto subiu o custo de vida nestes últimos 22 anos?

Rua com o Socialismo, venha outra política que corrija o que está mal neste país !!!

terça-feira, 14 de fevereiro de 2023

A santola!

 Os lisboetas são como as santolas, só têm merda na cabeça!


A Fonética é para eles um caso sério. Não abrem a boca para pronunciar as vogais, como o "a" na palavra cama. Dizem quento em vez de canto, mas o pior de todos os erros é que dizem "pérda" em vez de "pêrda". Eu sou levado a perceber que têm a cabeça cheia de merda, o que faz com que cada sílaba "er" tenha direito à mesma acentuação.

Num comentador ou num jornalista, pessoas habituadas a comunicar com o público, este erro é inadmissível.

Ontem, foi dia de ir ao médico e marcar a operação às cataratas para melhorar a visão que está cada dia mais "opaca". Lá para Maio, disse o médico, vamos chamá-lo e começamos com o olho direito.

Ainda tenho os olhos meio piscos por causa das gotas que me puseram para fazer o exame!

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023

Et voilá!

 Lembram-se que eu prometi ler alguns livros do nosso Nobel da Literatura, o Zé comunista da Golegã, para definir, de uma vez por todas, se gosto dele ou o ponho de lado para sempre? Pois, a conselho de um amigo, escolhi «O ANO DA MORTE DE RICARDO REIS» e já vou na página 155  

Para já, vou mantendo a minha opinião, mas admiro a facilidade com que ele arranja conversa para botar fora. Coisas que não têm ligação com coisa nenhuma e quem nem ao diabo lembram, a ele servem para encher páginas e mais páginas, umas atrás das outras que motivam o leitor a manter a leitura e ver até onde ele vai.

Claro que não vai a lado nenhum, como eu já percebi ao ler «A JANGADA DE PEDRA», mas consegue prender o leitor, curioso de ver até onde a inspiração chega. Eu que sou muito prático e aprendi com bons professores, poria numa página A4 tudo aquilo que ele escreveu nas 155 páginas que já li. Esta reflexão leva-me até à minha infância e vejo-me a seguir com os olhos um carreirinho de formigas que trabalham, laboriosamente, para encher o seu celeiro para o inverno. Eu escolhia uma formiga que carregava qualquer coisa diferente das outras, por exemplo, uma folhinha maior que ela e que esbarrava em mil e um obstáculos no seu caminho para o formigueiro e seguia-a até onde a minha vista permitia. De repente, como se tivesse percebido que estava a fazer asneira, a formiga largava a carga, misturava-se com as outras e eu não conseguia descobrir para onde ela fora.

Se eu fosso o Zé da Golegã, levaria esta formiga a andar para trás e para diante, enchendo 4 ou 5 páginas de texto para vender ao leitor. Talvez a formiga tenha procurado a ajuda de alguma irmã para cortar aquela folhinha em duas e cada uma delas carregaria a sua metade até ao formigueiro. Desculpem-me os meus leitores, pois estava a cair no vício do Saramago, falar de coisas absurdas que nada têm a com a história que é o tem central do livro.

Quem não conhecer a obra de Fernando Pessoa e os heterónimos que ele usou, não perceberia nada deste livro que fala da morte da personagem aqui encarnada. O Fernando Pessoa morre, o Ricardo Reis conta a história e até o Álvaro de Campos vem à baila. E as conversas com o fantasma do morto são outra ideia absurda. Isto de pôr o morto a falar consigo próprio, como se estivesse a olhar para um espelho. Só mesmo na cabeça deste ribatejano!

A seguir a este, vou ler «A VIAGEM DO ELEFANTE» e depois darei a minha opinião em definitivo. Mas cada vez gosto menos desta escrita desorganizada sem pontuação de qualquer espécie e ao arrepio daquilo que eu aprendi, frases curtas com orações completas, onde o sujeito, o predicado e os complementos deviam aparecer de forma cristalina. O meu último professor de português foi o AUGUSTO GIL, escritor pouco conhecido, que gostava de mim por eu ter estudado 4 anos de Latim e entender muitas questões linguísticas que escapavam aos meus colegas de turma. Talvez eu lhe deva um pouco da vontade que sinto de continuar a escrever.

domingo, 12 de fevereiro de 2023

E ficou assim!

 

Por enquanto, continuamos lá em cima
Esperemos que até ao fim!

Hoje é que vai ser!

 E dizia o paneleiro (da anedota), Deus queira que eles empatem!

Para mim é uma alegria ver o FCP jogar, pois aquilo é como um circo, onde há artistas, palhaços, velhos jarretas e gajas boas com'ó milho. Estou numa ansiedade que nem vos conto. Rezo para que o Porto perca, para os ver mais ao longe, o Sporting pode ganhar, pois ainda não é ameaça que se tema. Empatados perdem dois pontos cada um e para mim também serve.

Logo, à noite, quero ver o Rúben a defender o Paulinho e o Esgaio, nem que eles não tenham dado uma para a caixa. E quero ver o Sérgio (aziado) a disparar em todas as direcções, especialmente, se apanhar mais um cartão vermelho matéria em que é recordista.

É como eu digo, para os benfiquistas vai ser uma alegria ver como eles se ferram todos e até se esquecem do BENFICA que é o seu (deles) inimigo Nº 1. Se o Sr. árbitro não estragar, tem tudo para ser uma grande jogo e uma noite para comemorar!

sábado, 11 de fevereiro de 2023

Turquia sem terramotos!

 


Depois de tantos dias a ouvir falar na Turquia e na cidade de ADANA, resolvi escolher esse assunto para a minha publicação de hoje. Só fiz uma viagem à Turquia e depois de passar pelo aeroporto de Orly, em Paris, e pelo Ataturk, em Istambul, aterrei em Adana, terra que conhecia apenas de nome e pouco. Aí pegaram em mim e levaram-me de carro até Mersin, na costa, que me fez recordar a Póvoa.

Mas isso é assunto que merece mais algumas palavras para além desta introdução. Deixaram-me num hotel que devia ficar num destes prédios à beira-mar, pois, de manhã, quando acordei e abri a janela, foi esta a vista que tinha perante os meus olhos. Era noite, quando cheguei, já tinha passado a hora de jantar e fui até ao bar do hotel comer uma sandocha e beber uma "birra". Estava a ser transmitido um jogo de futebol com o Galatsaray e muita gente a assistir. Eu fui apenas mais um, um turista acidental.

Saí cedo do Porto para apanhar a ligação para Istambul, em Paris. Tinha comprado uns sapatos novos, bem bonitos por acaso, e no tempo gasto em Paris, a andar de um lado para o outro a fazer horas, já tinha os calos a arder. Sem conhecer os meandros do aeroporto francês e sem me ter preparado, só tarde e a más horas me apercebi que o meu voo sairia de outro terminal que não aquele em que me encontrava. Pus-me a caminho, sem saber o tempo que isso me levaria e, além de ter rebentado com os meus pés, quase perdia o avião. Num último esforço corri os últimos metros e cheguei mesmo a tempo de passar a porta de embarque, antes de esta ser fechada. Fui o último dos últimos a embarcar.

Claro que não vi nada de Adana, era noite quando aterrei e atravessei a cidade duas vezes, sempre de carro, no sábado de noite, a caminho de Mersin e na segunda-feira, de manhã, a caminho da fábrica têxtil, onde iria trabalhar todo o dia. Lembro-me de termos passado em Tarso (que fica no trajecto entre Mersin e Adana), terra de S. Paulo e o nosso condutor encarregou-se de nos contar as histórias que se contam a respeito do santo. E disse "nos", porque comigo ia um sueco que era o meu contacto entre a fábrica que fornecia o tecido e o cliente a quem se destinavam os fatos, milhares deles, que seriam confeccionados por nós, em Vila do Conde.

Gente importante, como eu era (bom cliente é sempre assim), tive direito a um almoço especial, com vários pratos, servido numa sala que a Direcção da empresa tinha reservada para esse fim e na companhia dos cabeças grandes que geriam o negócio. Quando me perguntaram se tinha alguma limitação no que se refere aos alimentos ingeridos, em terras de outra religião é preciso cuidado, disse-lhes que podiam estar à vontade, o que visse marchava. Como já tinha estado na Índia, no ano anterior, já estava à espera disso e correu tudo bem. Muitos temperos novos, muitas especiarias, e um modo diferente de servir, mas comigo não há problema, andei na guerra, no mato de norte de Moçambique, e depressa me habituo a tudo.

No dia seguinte, à noite, despacharam-me para Istambul e nunca mais ouvi falar de Adana, até acontecer este terramoto que ma trouxe de volta em imagens de desgraça. Em Istambul, fui visitar o palácio do sultão mais famoso da História, Suleiman, e a Mesquita Azul que são as coisas mais famosas para turista ver. Ah, e aturar os vendedores de tapeçarias que não largam o cliente por nada deste mundo. Um deles até me levou a casa dele e me ofereceu um chã de maça (?) para beber, enquanto me tentava convencer a ficar com uma carpete que valia mil euros!

Ainda pensei em atravessar a ponte e pôr um pé na Ásia, mas o taxista disse que era difícil, ficava caro e demorava mais tempo do que eu dispunha. Num dos dias que lá passei, recomendaram-me ir jantar a um restaurante português, situado numa das praias do Mar de Mármara. De português pouco mais tinha que o nome, Lisboa, e o dono do restaurante que era um lisboeta que se apaixonara pela Turquia. Nessa altura, o custo de vida era muito inferior ao nosso e com marcos alemães no bolso era fácil gostar daquilo. 

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2023

O caminho estreita-se cada vez mais!

 


O meu Benfica está a dois passos de viver outro ano de seca. Começou tudo muito bem, mas vai ficando tudo mal, conforme o tempo passa. Resta-nos a Liga dos Campeões - que é uma questão de tempo até chegarem os tubarões - e o Campeonato Nacional que é onde nós podemos (temos que) brilhar.

Neste fim de semana que está aí à porta haverá o «Clássico das Riscas» e a situação tenderá a ficar mais clara. Se pudessem perder os dois seria o ideal, mas como não podem que ganhe o da casa, pois sempre vem mais atrasado e incomodará menos o Benfica, na ponta final da prova. Se não puder ser assim que empatem e dar-me-ei por satisfeito.

No jogo de ontem, foi notório que o árbitro não morre de amores pelo Benfica. Se fosse o caso, talvez tivesse expulsado o Racic e não tivéssemos de jogar duas horas com um jogador a menos. A falta foi exactamente a mesma, uma pisadela com os pitões sobre o pé do adversário. Talvez o jogador do Benfica tenha chegado até à canela do Pizzi, mas existe diferença na falta, pisão é pisão e basta.

E, no cômputo geral, notou-se que foi mais rigoroso a punir os jogadores do Benfica que os do adversário, mão pesada para um e mão leve para o outro. Vou ficar de olho neste árbitro! Para já temos dois jogadores à espera de castigo e qualquer deles nos faz grande falta.

O Porto e o Braga têm uma auto estrada, à sua frente, até à final, tudo jogos de cacaracacá, a fava calhou ao Benfica! Fico a torcer pelo Braga que é do meu distrito!

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2023

Porra para a Genealogia!

 Ontem e hoje gastei horas a tentar decifrar os livros de assentos de baptismo e casamento da freguesia de Gueral, de onde veio a família do meu pai, mas finalmente, consegui encontrar um dos registos que procurava! Ufa!

Eu queixo-me do Saramago escrever mal, sem respeitar a mais elementar regra de pontuação, mas os abades, ou quem eles arranjavam para os ajudar com a escrita, eram muito pior. O que nos salva é que a ladaínha é sempre a mesma e tiram-se as coisas umas pelas outras. Eu sei que passaram 200 ou 300 anos e a tinta, em alguns casos era muito aguada, mas escrever por fora das linhas e não respeitar os espaços entre registos é demais. E para piorar as coisas, o Registo Civil moderno fazia os averbamentos por cima de tudo e mais alguma coisa. Que martírio!

A título de exemplo, deixo-vos aqui um recorte do registo que procurava. Tentem decifrá-lo. Se tiverem uma lupa, daquelas que usam os coleccionadores de selos, isso pode ajudar.

Hoje, à hora do jantar, joga o Benfica. Talvez ainda venha aqui benficar mais um pouquinho (como diz um colega dos blogs)!

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2023

Labirintite, o que é?

"Na orelha interna encontramos o sáculo, o utrículo e os canais semicirculares que formam o aparelho vestibular, muito conhecido como labirinto.

O sáculo e o utrículo são duas bolsas cheias de um líquido gelatinoso contendo células sensoriais ciliadas e também otólitos (pequenos grãos de carbonato de cálcio), que se deslocam conforme o movimento do corpo, estimulando as células sensoriais que mandam as informações até o cérebro, onde serão interpretadas. Dessa forma, podemos dizer que o labirinto é a estrutura responsável por informar o nosso cérebro sobre a direção dos movimentos da cabeça e do corpo; e a labirintite nada mais é do que o termo utilizado por muitos para designar uma inflamação ou uma infecção no labirinto."

Os marinheiros conhecem bem a sensação que estou a sentir, desde o passado fim de semana. No mar, quendo ele está bravo e apetece gritar ao Gregório, assim como em terra, depois de ter bebido uns copos a mais e sentir o estômago a subir-lhe à boca.
A última vez que estive assim, espalhei-me ao comprido, no meio da horta, e foi sorte a mulher estar em casa para me vir ajudar a pôr em pé. Depois desse episódio, fui ao Otorrino e o médico que me atendeu, além de me chupar 80€, disse-me que os meus ouvidos estavam como novos e mandou-me embora. Bem lhe contei que tenho tido episódios destes desde os meus 50 anos e ele respondeu-me que só acreditava no que os seus olhos viam. Aspirou-me uns miligaramas de cera dos ouvidos e disse, à laia de despedida: - é tudo o que posso fazer por si.
Eu devia ter ficado todo contente, não? Com os ouvidos novinhos em folha aos 80 anos não era para qualquer um! Só que ele sabe da vida dele e eu sei da minha. E ando, novamente, agarrado às paredes para não cair ao chão. A falta de equilíbrio é uma sensação esquisita, não dói, mas atira-te ao chão em questão de segundos. Nem tempo tens de soltar um ai!
E aproveito para vos contar uma das minhas aventuras da mocidade
Estávamos no mês de Julho e era sexta-feira, último dia de trabalho, antes de ir para férias. Um doa colegas chega-se ao pé de mim e segreda-me: - fulano, sicrano, beltrano e eu vamos jantar a qualquer lado e depois beber uns copos, queres vir também? O que eles queriam era que eu os levasse de carro e os trouxesse de volta a salvamento, pois gostavam de beber mais que a conta e não queriam meter-se em aventuras.
Eu que não costumo perder o controlo e sei quando devo parar, disse-lhes que sim, arrumei as minhas tralhas e preparei-me para ... as férias. Telefonei para casa avisando que não ia jantar (a mulher e a canalhada faziam uma festa quando eu não estava, café com leite e torradinhas com manteiga para todos e a sopa ficava guardada para mim) e ala, a caminho de um restaurante já conhecido. Eu bebi uma garrafa de branco fresquinho, mas estava como se não tivesse bebido nada. Um deles emborcou para aí umas 3 garrafas e, no fim, atestou com 3 bagaços. Para ele a festa acabou ali, ficou a dormir dentro do carro, enquanto nós continuámos a viagem.
Eu já sabia que era obrigatório passar pela Boite para olhar para a cara das garinas, mas nessa noite, por decisão não sei de quem, fomos parar a uma discoteca, perto de Viana do Castelo. Eu bebi apenas uma Cuba Libre, mas o barulho da música, no máximo que as colunas permitiam, começou a abalar-me o cérebro e comecei a sentir-me, tal e qual como estou hoje, sem sem capaz de equilibrar-me.
Depois de mais ou menos uma hora de sofrimento, consegui arrancá-los dali e retomar o caminho de casa. No estado em que eu estava, foi um milagre chegar à Póvoa, levá-los a casa, um por um, e regressar à minha sem me espetar. Para não ver a estrada a dobrar, eu fechava um olho, pestanejava vezes sem conta para afinar a visão, quando via duas ou três estradas à minha frente metia pela do meio e assim venci os 50 Kms que me separavam de casa.
Lembro-me, vagamente, de ter chegado à minha rua, mas depois o cérebro apagou-se e nunca soube o que fiz depois disso. Mas acordei na minha cama e com a mulher a rezar-me a oração do costume:
- Vinhas bonito, ontem, gostava de saber por onde andaste!

domingo, 5 de fevereiro de 2023

O que há em Leça?

 

Há muitas coisas.

Umas boas, outras más e outras assim assim.

Há uma praia formidável, há o Farol do Cabo do Mundo, há a antiga refinaria da Galp que é preciso demolir e despoluir e ninguém sabe como nem quem pagará a factura. Há uma Etar fedorenta que bem podiam ter feito noutro lugar menos frequentado por pessoas de nariz sensível.

E há muitas mais coisas que não interessam para aquilo que aqui me trouxe, mas há uma, em particular, que me fez decidir escrever esta queixa, uma CHURRASQUEIRA, onde eu gostava de ir almoçar ao domingo. Durante a pandemia, ou ainda antes, o sítio entrou em obras e ficou fechado quase um ano.

Quando soube que tinha aberto, fui lá almoçar e não gostei. Tudo me pareceu diferente, as pessoas, a qualidade da comida e os preços, estes subiram, enquanto aquela desceu e bastante. Paguei a conta e à saída fui dizendo à minha mulher: - não sei se voltaremos aqui!

Mas voltamos e ficámos ainda mais desagradados com tudo e mais alguma coisa. Há coisas que se sentem e não se consegue explicar a razão. A carne de vitela transmontana era o grande chamariz daquela casa, mas nesta visita serviram-nos um pedaço de carne que nem vitela era. Talvez um pedaço de vitelão escolhido por alguém que não percebe nada da poda.

Acabamos por lá voltar, mas decididos a comer qualquer outra coisa que não a tal vitela, para evitar reclamações. Não correu nada bem e decidimos riscar aquele restaurante da nossa lista. A decisão estava tomada, mas ...!

Hoje, peguei no carro e rumei a sul. Fomos andando, o tempo estava óptimo, a convidar a um passeio pela beira-mar. Quando chegou a hora da paparoca, como por artes mágicas, íamos passando em frente à tal churrasqueira. perguntei à minha parceira: - Importas-te de lá voltar? Nem que a gente coma apenas um frango com batatas fritas, que tal?

Ela concorda com tudo, não gosta de entrar em confronto comigo, ter que justificar as suas decisões e por aí fora. E lá fomos nós outra vez ao engano. Se antes foi mau, hoje foi um desastre. Ela acabou por não comer nada e eu trouxe o almoço embrulhado num guardanapo para dar ao meu cão. Sendo carne ele não se queixa, marcha tudo, mal a mastiga!

Juramos, ambos, a pés juntos que agora é para valer, nunca mais lá pomos os pés !!! 

Home, sweet home!

 Ontem, de manhã, andei pela África do Sul e falei-vos da minha juventude! Á noite, regressei a casa, já velho e cansado, porque em casa jogava o Benfica e eu queria assistir ao jogo. E valeu a pena, ganhámos aos "Gansos" por 3 a 0.

Começou o espectáculo com a despedida do André Almeida, o eterno suplente, que decidiu desligar-se do Benfica para estudar o que fazer com o seu futuro. Acho que fez bem, estar ali a ver os outros jogar e servir apenas como saco de treino não é de homem. Foram esquecidas ou perdoadas as barracadas do tempo de Jesus, foram recordados aqueles jogos em que teve que fazer a lateral direita, com todas as forças do seu esqueleto, porque não havia mais ninguém para o lugar, e assim o André - por alguns acusado de ser uma das vacas sagradas do Benfica que era preciso correr do balneário - pôde partir com um abraço do presidente Rui Costa e muitos aplausos do público presente na Luz.

Depois, apareceu um jogador que sendo bom se via menos em campo, quando jogava o Enzo e o Gonçalo Ramos, o João Mário que marcou dois golaços e já começa a aparecer na lista dos melhores marcadores. Lá diz o ditado, quem não tem cão caça com gato e este gato é melhor que muitos cães que andam por aí a
armar em bons.

Daqui até ao fim do campeonato é ver quem escorrega menos vezes. Eu bem me lembro de o Benfica ir meia dúzia de pontos à frente dos outros e ficar pelo caminho. É bom não esquecer a grande verdade que encerram aquelas palavras ditas muitas vezes a este respeito, isto não é como começa, é como acaba! Até aqui têm sido só rosas e espero que assim continue até ao final.

EU QUERO VER O BENFICA CAMPEÃO !!!

sábado, 4 de fevereiro de 2023

Realizar um sonho!

 Para um jovem com menos de 20 anos, a viver em Lourenço Marques, o primeiro sonho era ir à África do Sul. Joanesburgo ou Pretória chegava, porque a cidade do Cabo ficava muito longe. Para isso, o primeiro passo era arranjar uma namorada naquele país e ir treinando o inglês. Eu fiz isso tudo e, em 1963, meti o requerimento para me autorizarem a tornar o sonho realidade. Fiquei com receio que fosse indeferido, mas para surpresa minha veio deferido e logo comuniquei à rapariga que morava em Bloemfontein que me aguardasse. Ela ficou radiante, se calhar mais que eu, pois numa terra de pretos era difícil encontrar um namorado branco.

Capital do Orange Free State

Foi um sonho nunca realizado, pois antes de chegar a data apanhei um castigo, daqueles que ficam registados na Caderneta Militar e influenciam a nossa Classe de Comportamento. Lá se foi o sonho de ir até Bloemfontein visitar a namorada, testar o meu inglês e ver se havia ali uma oportunidade de futuro para mim, pois no ano seguinte acabava a comissão e poderia pedir para levar baixa e ficar em Moçambique. Mesmo que fosse obrigado a cumprir os 2 anos de Marinha que me faltavam, poderia sempre ficar no Comando Naval, à espera da hora certa para seguir a minha vida.

O destino não quis assim, perdi o contacto com a namorada - nem o nome dela recordo - e arranjei outras que eram da zona do Cabo. Nessa altura, não fazia ideia que, em breve, passaria por Cape Town, mas o destino tece a teia das nossas vidas como bem entende, deixando-nos fora dessas decisões que só a nós interessam.

Entretanto, os Frelimos desataram aos tiros, no norte de Moçambique e eu fui destacado para lá, adiando em quase 6 meses o fim da minha primeira comissão de serviço. De Setembro de 64 a Janeiro de 65 não houve mais contactos com as namoradas sul-africanas nem planos para um futuro imediato. Quando se ouvem balas a zumbir à volta da nossa cabeça há outras prioridades e fazer planos para o futuro fica adiado sine die.

Estava longe de imaginar que a minha viagem de regresso à Metrópole portuguesa já estava a ser preparada e, pouco depois de termos regressado à capital, soubemos que o nosso meio de transporte para o regresso seria o paquete «Infante D. Henrique», o melhor da nossa frota comercial, e faria uma paragem no Cabo.

Cidae do Cabo e a Table Mountain

Voltou o frenesim à volta das namoradas que cada um de nós tinha arranjado e vá de avisá-las que ficassem de olho no tal paquete que, na última semana de Março, passaria pelo Cabo, pois queríamos vê-las todas no cais a acenar-nos as boas vindas.

E assim aconteceu, mas acabei por nada ver da cidade, pois levaram-nos para casa delas e por causa do Apartheid, lá ficamos, no bem-bom até, serem horas de reembarcar. No dia seguinte, levantámos ferro e rumámos a Luanda que era a próxima paragem. E depois de Luanda, as Canárias, a Madeira e, finalmente, Lisboa, do dia dia 11 de Abril de 1965. Há um camarada da CF2 que não esquece este dia e faz questão de me chamar a atenção para isso a cada ano que passa. Talvez ele tivesse receado pela sua vida e ver-se de regresso à sua terra, são e salvo, tenha calado fundo na sua alma!

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2023

Uma experiência!

 Pela primeira vez estou a usar o meu smartphone para publicar qualquer coisa no blog.

Se não ficar como eu espero vai para o caixote do lixo.

Há duas coisas que posso já adiantar, a primeira é que é mais rápido, pois escreve por nós e a segunda é mais complicado pelo tamanho do teclado. A rapaziada mais nova escreve com os polegares, mas eu só consigo usar o indicador e a coisa torna-se lenta.

E pronto, para teste já chega!



Correr o fado!


Hoje não estou com muita vontade de romper os neurónios, portanto vão ter, os meus estimados leitores, que contentar-se com isto que vos arranjei para ajudar a matar o tempo que vos sobra.
Eu fartei-me de espremer os miolos para ver se recordava a cantilena, como a minha avó a dizia, de correr por 7 fontes e passar por baixo de 7 pontes, mas não resultou. Paciência, fica a minha intenção.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2023

O que é um moreno!

 


Na internet há várias referências ao nome Moreno, mas vão todas no mesmo sentido, dizem que é o mesmo que mouro. Gente de pele mais escura, originária do norte de África, possivelmente, da Mauritânia foi o que li, mas não concordo. O nome Moreno pode ter as origens mais diversas e nada ter a ver com os mouros do norte de África.

Nos velhos tempos em que ninguém do povo tinha apelido toda a gente juntava ao seu nome próprio o nome do pai (ou da mãe). Na aldeia onde nasci, havia 4 ou 5 apelidos - recordo-me de Pires, Martins, Gonçalves e Araújo - e só nos fins do Século XVII começou a haver apelido para toda a gente. E os abades das freguesias tinham um grande poder inventivo para dar nomes às pessoas - José do Poço, Manuel da Torre, Joaquim do Paço, António da Cruz (por referência ao cruzeiro que havia ao pé da sua casa) ou até Francisco do Paço, assim ficou escrito nos livros de «Assentos de Baptismo».

Lembro-me ainda de um caso mais caricato que se passou com uma senhora que era minha vizinha. Ela chamava-se Maria e até ao casamento era, simplesmente Maria e mais nada. Quando chegou a hora de se casar, já no Século XX, o padre que a casou escreveu no Assento de Baptismo: perante mim apresentaram-se os nubentes José Alves e Maria Leitoa e bla, bla, bla, os declarei marido e mulher. Onde foi o padre buscar o nome de Leitoa? Muito simples, porque era filha do Sr. Leitão, abastado lavrador da freguesia.

O Moreno que, actualmente, treina o Guimarães tem de facto a pele escura, mas não acredito que daí lhe venha o apelido. E o pai dele, de quem herdou o nome, quase de certeza não veio da Mauritânia, ou de Marrocos que é mais perto e onde há mouros que nunca mais acabam. Alguém lhe inventou o apelido, ao pai, avô, bisavô ou qualquer outro avô mais velho ainda. E assim ficará até que morra e desaparecerá se não tiver descendentes do sexo masculino.

Se alguém souber de algum MORENO que tenha nascido no século XIX diga-me onde ele nasceu que me encarregarei de fazer uma investigação e tentar descobrir de onde veio o apelido.

E foi isto que me deu para escrever, hoje, quem não gostar pode passar adiante!

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2023

Vão-se os dedos ...!

 ... ficam os anéis!

Marcou 2 golos, é ele que merece atenção e não o desertor!

Não é bem assim que reza o ditado, mas há uma certa semelhança das coisas. O ENZO era a pérola que descobrimos na Argentina, em meados do ano passado, os ingleses vieram e levaram-no com eles para Londres, onde espera brilhar, como fez no Benfica ou no Campeonato do Mundo, em que foi eleito como «o melhor jogador jovem» da prova. Aquele prémio ninguém lho tira, já deve ter ficado na Argentina, à guarda dos pais ou de quem toma conta das suas coisas.

O Benfica recebeu uns bons milhões e viu-se amputado de um dos pés direitos mais valioso do seu plantel. As contas ficaram mais equilibradas, enquanto que o plantel, por agora, ficou perneta. Mas tudo tem remédio, não tarda aparece outro craque que ocupará o seu lugar e o Enzo ficará na História do Glorioso como uma operação financeira que possibilitou fechar o exercício no verde e calar as más-línguas que nunca estão satisfeitas, aconteça o que acontecer.

Entretanto, os restantes jogadores deslocaram-se à serra da Freita, onde fazia um frio de bater os queixos (que nem castanholas), e brindaram os adeptos com uma saborosa vitória por 3 a 0. Cada jornada que passa leva-nos para mais perto do título de campeão e isso é o que temos que conseguir para calar os descontentes e dar uma base de apoio ao novel-presidente Rui Costa que precisa de se afirmar na gestão desportiva, como o conseguiu fazer dentro das quatro linhas.

Depois de estar a ganhar por 2 a 0, eu esperava que o treinador metesse um dos nórdicos chegados na semana passada, para começarmos a perceber o que eles valem, mas, em vez disso, meteu o João Neves que eu nem sequer sei quem é. Será uma nova e valiosa promessa ou um afilhado de alguém dentro da direcção do Benfica? A ver vamos, como diz o cego!