Entrei no carro, liguei o GPS e escrevi Barcelos no destino. Meia hora depois estava às portas de Barcelos, mas não consegui entrar pela ponte do costume por estar encerrada para uma qualquer prova desportiva que metia bicicletas todo o terreno. Tudo bem, há mais duas pontes para atravessar o rio e era só escolher a mais conveniente. Escolhi a que fica a montante da romana por me ficar mais perto.
O objectivo era ir almoçar, mas também queria visitar a «MERCADONA» loja da cadeia espanhola que está a abrir lojas em tudo o que é vila ou cidade, aqui no norte. Pois, fizeram-na encostadinha ao LIDL, o que não me agradou muito. As entradas são a 10 metros uma da outra e obrigam-me a pensar naquilo que vou comprar e em qual delas será mais barato. Fiquei logo sem vontade de entrar, ainda por cima era dia de inauguração e a confusão nestas situações é demais para mim. Dei meia volta ao cavalo e pus-me a andar dali para fora.
Próximo objectivo, almoçar. Há 3 ou 4 restaurantes na cidade que costumo frequentar, conforme aquilo que me apetece comer escolho um deles. Em primeiro lugar está um restaurante churrasqueira que pertence a um fuzileiro que fez comissão na Guiné e serve umas coisas jeitosas a preços que agradam a todos. E por isso tem uma fila à porta que desencoraja o mais valente.
A minha cara-metade estava mais virada para um peixinho grelhado e ela já sabe onde é que o fazem do jeito que ela gosta, mas é um bocado carote, não se pode repetir a visita com muita frequência. Disse-lhe que era melhor deixar para a próxima, seguimos viagem. Sempre rodando perguntei-lhe porque não um rodízio à brasileira, ementa que me agrada, pois há muita comida por onde escolher e cada um deixa de lado o que menos lhe agradar. Para além disso tem uma garrafeira boa e a preços aceitáveis.
Ela não é fã de carnes grelhadas, diz que não as consegue digerir, pelo contrário para mim são as preferidas. Umas entraditas, pouco para não encher o estômago, e depois atirámos-nos ao rodízio. Ela foi debicando um bocadinho aqui e outro ali e pondo na borda do prato aquilo que reservava para o almoço do nosso cachorro e que traria depois para casa.
Uma garrafa de «Casa de Santar» (talvez a melhor adega do Dão) por 8€ que noutros restaurantes custa 10 ou 12, alumiava a minha mesa. E à luz dela foram desfilando as carnes, umas atrás das outras, que eu fui provando mais que comendo, mas que no fim da última garfada já quase lhe chegava com o dedo.
Acham que isto é almoço para diabético que se preze? Agora vou ter que ficar toda a semana a pão e água!
N.B. - As fotos são do Taleigo Alentejano, em Lisboa, para fazer recordar ao Eduardo o seu Alentejo.