Já aqui confessei várias vezes que S.Tiago é o meu santo predilecto. Isto porque vários acontecimentos da minha vida estão ligados a ele ou à data em que é festejado. Nasci numa freguesia onde se festejava S. Tiago, no dia 25 de Julho e até ter saído de lá S.Tiago era sinónimo de festa e nunca tinha visto outra festa a não ser aquela. Enquanto somos pequenos e num mundo pequeno como aquele não poderia ser de outra forma.
Agora sou gente grande e vivo numa cidade com milhares de habitantes. Queria comprar uma pequena estátua do meu santo de eleição e "plantá-la" num pequeno jardim que há nas traseiras da minha casa, mas aquilo é um espaço público e para o fazer tenho que obter autorização da Câmara Municipal. Mas gosto tanto dessa gente e das regras estabelecidas por eles que só de pensar em lá ir dá-me urticária.
Há vários S.Tiagos, o Maior, o Menor, aos Mouros e sei lá que mais, mas na origem suponho que são todos a mesma coisa, ou seja, o apóstolo. A única coisa que muda é a sua representação. E apóstolo como ele era, há 2.000 anos, por esta hora, estava no cemitério a reclamar que tinham roubado o corpo do seu mestre. Ele tinha ressuscitado, mas o que Tiago, o seu irmão João e todos os outros pensaram é que alguém o tinha roubado. O único que não pensava coisa nenhuma era o Judas que estava pendurado numa figueira com a língua de fora.
Por isso, vem um tanto ou quanto a propósito falar nele, hoje, que se celebra o «Dia da Ressureição». E também por outra razão que passo a explicar. Se não estou equivocado, o Eduardo Nunes que, há bastantes anos me acompanha nestas lides blogueiras, nasceu no Vale de Santiago e cresceu, como eu cresci, a ouvir falar neste santo. Não sei se para ele tem o mesmo significado que tem para mim, mas tenho a certeza que ele aparecerá por aqui para me tirar as dúvidas.
Em meados do Século XIX, altura em que viveram os bisavós do Eduardo, havia no Vale de Santiago cerca de 700 pessoas. Fui espreitar aos documentos arquivados na Torre do Tombo para ver se entre eles havia muitos ou poucos usando o apelido Nunes, mas bati com o nariz na porta. Os registos paroquiais estão ainda em fase de tratamento e sabe Deus quando estarão disponíveis para curiosos como eu.
Entretanto vamos pensando noutras coisas para ocupar o tempo!
Bom dia
ResponderEliminarpor acaso nasci no dia 25 de Julho e diziam os meus pais que eram para me porem o nome de Tiago, não me recordo agora o motivo porque não o fizeram, mas venero sempre esse Santo nesse dia que comemoro a data do meu nascimento.
continuação de um bom dia de Pascoa e vou ver se o cabrito está assado para o poder regar com um bom tinto do douro.
JAFR
É bom saber-se a história do Santo predilecto ! Por sinal, também vivi na freguesia de Santiago - Lisboa - muitos anos, mesmo defronte do Miradouro de Santa Luzia e onde gostei de morar . Hoje é dia de festa, para ti e família, bem como para os comentadores que por aqui passam, desejo sincero de Páscoa Feliz e tudo de bom . Um abraço .
ResponderEliminarTenho andado afastado da blogosfera, por causa das lunetas, que me fazem doer os olhos, quando olho para o ecrã do computador. Estou à espera de umas novas para continuar com os meus comentários. Nasci no Monte do Vale Burro-Fornalhas Velha, freguesia Vale de Santiago, Concelho de Odemira. Não sei dizer quantos serão os seus habitantes. Penso que, actualmente, serão menos de 500. O meu Pai era Francisco Nunes, a minha Inácia Maria. Os seus 2 filhos e 3 filhas, todos de apelido Nunes. Uma irmã do meu pai tinha filhos e filhas 12, todos com o apelido de Nunes. Havia e ainda lá muitas famílias Nunes, no Vale de Santiago!
ResponderEliminarHás-de dar-me também o nome do teu avô, pai do teu pai, para eu fazer um estudo, quando os registos de Odemira aparecerem na internet.
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