segunda-feira, 3 de abril de 2017

A terra dos fenómenos!


Linha do Norte para um lado e Linha da Beira Baixa para o outro, assim nasceu o nome do Entroncamento dado a uma terra onde antes dos comboios não havia nada. Durante a Guerra do Ultramar, devido ao grande aumento do número de efectivos do Exército, esta terra foi pisada por muitos milhares de "botas da tropa". Vinham do norte, vinham do sul, vinham das Beiras, iam para Lisboa, para o Porto, Tancos e Abrantes e sabe Deus mais para onde.


Aí está a estação onde se tinha que mudar de comboio, principalmente quem vinha do norte e não seguia para Lisboa. Os soldados em viagem de fim de semana, dos quartéis de Tancos, Santa Margarida, Abrantes, ou mesmo do Entroncamento que também lá havia quartel, enchiam as carruagens até não caber mais ninguém. Lugar sentado, querias mas não há, esticado no corredor talvez dê para tirar uma soneca. As histórias vividas nesses comboios que carregavam e descarregavam militares no Entroncamento, davam para fazer um filme ou escrever um livro.


Entroncamento, terra de comboios e ferroviários. Houve tempos em que 50% dos habitantes desta terra trabalhavam para os Caminhos de Ferro e a eles deve o seu desenvolvimento. Não admira, portanto, que tenham elegido esta velha locomotiva como símbolo da cidade.
Dos fenómenos que dizem acontecer nesta terra não sei nada e por isso nada vos conto. Boa viagem e andem de comboio que é mais saudável e ecológico.

5 comentários:

  1. Já se lá vai o tempo em que o comboio entrava e saía da estação do Entroncamento, carregado de magalas, pela linha a apitar, a caminho de Lisboa. Onde o barco os esperava para os levar, cujo o destino era a guerra do Ultramar. Uns voltaram outros não. E dos que voltarem qualquer dia também já cá não estarão?

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  2. Passei por lá algumas vezes de comboio, via Soure/Santa Apolónia, ou Telhada/ Rossio, linha do Oeste, mas fui sempre sentado e às vezes com companhia querendo que o comboio só parasse no Algarve! Até um colega me tentar vender uma lambreta que me deixou a pé umas sete vezes da Escola de Fuzileiros até Soure, a minha sorte foi que veio à experiência sem dinheiro de sinal.

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  3. E segundo me disseram, hoje tem um exceleu museu ferroviário.
    Um abraço

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  4. E segundo me disseram, hoje tem um exceleu museu ferroviário.
    Um abraço

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