Muitas horas da minha juventude passei-as na companhia do Bud Spencer, um dos actores que mais apreciei nas telas de cinema. Infelizmente, hoje, é o dia de me despedir dele, pois disse adeus a este mundo cruel que não se compadece de ninguém, seja rico ou pobre, alto ou baixo, bonito ou feio, loiro ou moreno. Imaginem uma enorme fila indiana, em movimento em direcção a um grande precipício. A cada passo que a fila avança, cai aquele que vai em primeiro lugar. Ontem foi a vez deste grande cómico que tantas gargalhadas arrancou a milhões de espectadores em todo o mundo.
De seu nome verdadeiro Carlo Pedersoli (o nome artístico Bud Spencer surgiu como forma de homenagear o ator Spencer Tracy e a sua cerveja preferida, a Budweiser...), o intérprete tornou-se conhecido do grande público por via das muitas comédias de ação que protagonizou, duas dezenas das quais ao lado de Terence Hill, nomeadamente nos chamados “western spaghetti” rodados no sudeste de Espanha.
Quase sempre em figuras de brutamontes desmazelado e de poucas palavras, Bud Spencer deixou na memória popular figuras como o Bambino no díptico "Trinitá, Cowboy Insolente" (1970) e "Continuaram a Chamar-lhe Trinitá" (1971), ao lado de Hill, ou o Inspector Martelada em "O Inspector Martelada" (1973), "O Regresso do Inspector Martelada" (1975), "Piedone l'Africano" (1978) ou "O Inspector Martelada no Nilo" (1980), sem esquecer fitas outrora tão populares como "Juntos São Dinamite" (1974), "Chamavam-lhe Bulldozer" (1978), "O Xerife Quebra Ossos" (1980), "Banana Joe" (1982) e "Os Dois Superpolícias em Miami" (1985).
É como dizes, estamos todos na fila e os artistas não fogem a ela!
ResponderEliminarQuando um ou uma se vai,
ResponderEliminarpelo menos vem, outra ou outro
se dentro de casa água cai
é porque o telhado que está roto!
O que nasce, cresce e morre,
sempre assim foi e há-de ser
há gente rica, e rica gente pobre
trabalha e não tem pão para comer!
Isso ainda menos presta,
mais valia não ter nascido
morre quem anima a festa
que tenha um descanso merecido!