sexta-feira, 24 de junho de 2016

Aconteceu!

O que poderia esperar-se de um país que conduz pela esquerda, que teima em andar ao contrário de todos os outros europeus? Eu já esperava que isto acontecesse. Conheço, de ginjeira, esta cambada de empertigados que parecem ter engolido um guarda-chuva e não conseguem dobrar a espinha.
Na ressaca desta decisão que tomaram os britânicos, duas coisas há que me deixariam muito contente se acontecessem. A primeira seria a unificação da Irlanda que é uma vergonha que dura há séculos e a segunda a independência (finalmente) da Escócia, cujos habitantes têm pouco a ver com os ingleses e estão fartos deles até às pontas dos cabelos. E, como complemento, poderiam deixar de considerar Gales um país, pois não passa de uma província pobre da Inglaterra.
Depois deste arranjo, a Inglaterra poderia então ser um país "à moderna" separado do resto da Europa, tal e qual como eles gostam. Não tenho muito a certeza que a juventude, cidadãos abaixo dos 40 anos, goste tanto da saída da UE como os velhos imperialistas que sentem saudades dos tempos em que tinham um batalhão de escravos às suas ordens para lhes servir o chá. Mas isso é um problema que eles vão ter que resolver com os seus concidadãos mais velhos. Nós, os pobres da Europa que somos forçados a viver com a emigração, teremos um destino a menos para procurar os meios que garantam a nossa sobrevivência.
Pelos últimos números conhecidos, há perto de meio milhão de portugueses a trabalhar, legal ou ilegalmente, no Reino Unido. Para eles começa, hoje, uma nova vida. Quem não tiver autorização de residência ou um emprego que lhes permita consegui-la, pode começar a fazer a mala. As fronteiras vão começar a ser fechadas em breve e o câmbio da libra esterlina pode dar alguns desgostos a quem tem que cambiar em euros o que de lá traz para Portugal.
Os outros destinos da emigração não estão em condições, infelizmente, de suprir a falta do Reino Unido. A Suíça é pequena demais e Angola está um caos. E o resto do mundo é uma autêntica paranóia, sem oportunidades que valham a pena, talvez exceptuando o Canadá que tem acolhido alguns portugueses nos últimos anos. Pena estar tão longe e ser tão frio.
P.S. - O senhor que vêem na imagem acima é um dos maiores responsáveis pela saída e que, desde ontem à noite, não se cansa de deitar foguetes e festejar o resultado do referendo.  

6 comentários:

  1. O Brexit deu-se por uma razão à vista de todos: "o politicamente correcto" iria terminar com o chá das 5 dos ingleses dentro de poucos anos... A partir de agora talvez a Holanda faça um referendum igual ou a França de La Pen, a Bélgica, essa coitada já está inundada de eleitores com outras prioridades... É preciso tomar decisões drásticas e quanto mais rápido melhor.

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  2. Esperei algum sinal de que a não saída, tinha vencido até às 3 da manhã. Fui-me deitar convencida que o resultado ia ser o sim ao Brexit. Estava tudo demasiado silencioso. Se a tendência fosse contrária à saída, aquela hora já haviam sinais disso.
    Como sou optimista, sempre pensei que a saída dos ingleses, podia ser o abanão que a Europa precisa para mudar de rumo. Disse-o em vários blogues quando o tema era este. Se estiver enganada, acredito sim que este será o principio do fim da União Europeia.
    Quem viver, verá.
    Um abraço

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  3. Pode ser que a União Europeia, que a penas o tem sido só na teoria e não na prática, com a saída do Reino Unido aprenda a lição. A União Europeia tem sido a Alemanha. A Alemanha é que dita as regras, e essa tal de união que nunca existiu obedece. Penso que os ingleses têm razão em não querem continuar a receber ordens da Alemanha. Os alemães que dêem ordens lá no seu país, e deixem os outros em paz!

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  4. Vai ser complicado! Os ingleses sempre tiveram um pé fora, outro dentro, foi desta que deram o fora, vai ser difícil para os jovens portugueses que recentemente se instalaram naquele país, como difícil vai ser para as nossas empresas exportadoras, esta decisão vai fazer tremer os investidores e as bolsas de todos os países, conclusão: Na minha humilde análise, a UE nunca mais vai ser a mesma porque a Merkel e os seus apoiantes falharam!

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  5. Apesar de incertezas, quanto à permanência ou não da Inglaterra na União europeia, estava convencido de que o sim ia vencer . Finalmente, deu-se o contrário . Para quem conhece a mentalidade inglesa, certamente, não ficou surpreendido . Senhores absolutos do seu reino e com complexos de superioridade, até entre si existe descriminação ; isto é, os que se consideram de origem inglesa exigem a designação de britânicos e os restantes de nacionalidade inglesa ! Naturalmente, trata-se de cidadãos que, regra geral, são evoluídos/desenvolvidos e com grande capacidade de trabalho a vários níveis . Agora, a sua saída da União Europeia vai ao encontro daquilo que, em número elevado, sempre foram : conservadores, com teoria dominante e, ainda, convencidos de que há duas raças de gente e eles de raça superior ! Logo, tais mentalidades, não podiam coabitar e estar sujeitas a regras impostas por burocratas que, ao serviço desta União Europeia, têm demonstrado incompetência inqualificável, falta de imparcialidade e de sensibilidade para resolução dos problemas concretos e, consequentemente, agravando crises em vez de as solucionar ! Tudo isto, tem levado a descrenças e a atitudes de desunião/desagregação . Depois, não me parece que o abandono dos ingleses poça causar grande transtorno, na medida em que já beneficiavam de várias excepções, relativamente aos restantes países, o que se pode considerar intolerável ; aliás, bem vistas as coisas, nunca deveriam ter entrado, dado que ao exigirem ficar com moeda própria, colocando-se numa posição de superioridade, tal não devia ter sido admitido . No que toca à emigração, também não acredito que daí possam surgir grandes problemas para quem está lá, na medida em que só dão trabalho, face a necessidades de mão de obra e não para ajudar seja quem for . Creio mesmo, que a saída em causa vai gerar mais desestabilização no Reino Unido do que nos restantes países da U.E. e, talvez, quem sabe, uma oportunidade para se repensar políticas a seguir . Um abraço .

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  6. Peço desculpa pelo erro : possa em vez de poça . ;

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