Para os mais jovens tem pouco significado este dia. Não se trabalha, não há aulas, se vier um solzinho até dá para ir até à praia! Bora, gozar a vida que ela é curta e cheia de dissabores!
Liberdade ou a rebaldaria em que vivemos hoje é muito mais fácil de aceitar do que a vida antiga do tempo em que eu nasci. Na escola onde frequentei a Primeira Classe, na freguesia vizinha daquela onde nasci, havia uma fotografia do Salazar e outra do Marechal Carmona. Eu tinha apenas 6 anos e meio de idade, mas tinha que me levantar cedo para ter tempo de percorrer os cerca de 3 Kms, através de um pinheiral que separava as duas freguesias.
No ano seguinte, mudei para a escola da minha aldeia e reparei que por cima do quadro preto, ao lado do Salazar, aparecia uma foto diferente, a do General Craveiro Lopes. Tinha havido eleições e ele fora o escolhido para ocupar o lugar de Carmona, mas isso a mim não me aquecia nem arrefecia. E as ditas eleições foram cozinhadas em Lisboa, entre um grupo de amigos. Sim, porque nesse longínquo ano de 1951 já era o Salazar a dar as cartas e só entrava no jogo quem ele queria.
Agora é tudo diferente, ainda ontem estive a assistir ao debate televisivo, entre Montenegro e Ventura e aquilo foi um circo com dois palhaços de muito baixo nível. Um dizem que é corrupto, o outro que quer acabar com a corrupção. A mim parecem-me dois rapazes muito mal educados que pensam ter a liberdade de dizer o que lhes vem à cabeça sem respeito por nada nem por ninguém.
A Liberdade conquistada no 25 de Abril não é bem aquilo a que assisti, ontem, na SIC, mas aceito-a, pois mais vale este exagero do que a mordaça que éramos obrigados a usar nos tempos dessa outra senhora que infernizou a vida a muita gente. Eu até nem me posso queixar muito, tinha 26 anos de idade, quando o Salazar morreu, tinha cumprido o meu dever militar e levava uma vida de emigrante na Alemanha. A PIDE não me dizia grande coisa.
Como não me meto em políticas, pouca diferença noto nas 3 etapas da vida que vivi. A primeira como estudante nem fazia ideia o que era a política, vivia total e completamente arredado dessa realidade. A segunda, até ao 25 de Abril, aguentei como pude, fiz a tropa e fui para a guerra durante 5 anos e mais uns pozinhos, saí, casei-me, arranjei um emprego e comecei a adaptar-me a uma nova vida, como civil e pai de família.
A terceira etapa e que ainda vai durando começou no 25 de Abril e tem-me mostrado o que é fazer, ou tentar fazer política. Muitos maus políticos e outros tantos arrivistas tem-me provado que não é fácil ser um bom político e em Portugal, onde falta tudo e a corrupção teima em alastrar mais difícil se torna ainda. Tenho visto e testemunhado muito disso, nos últimos anos.
E se me perguntarem se estamos melhor que antes da Revolução dos Cravos, eu terei que responder que depende. Em alguns aspectos estamos melhor, noutros estamos pior! Há liberdade a mais e isso gera uma bandalheira que não é aceitável.
Que arrogancia , este filho de puta de montemerda . Como caimos
ResponderEliminartao baixo ! Este pobre de espirito nao se reconhece . Como Portugal pode avançar com Merda desta as manetes ?
Além das fotos de "antão" tinhamos também um crucifixo no meio! A PIDE era do pior! Felizmente que hoje não temos mordaças e também ouvi o debate de ontem e nem um nem outro estiveram bem pois pareceram dois meninos mal comportados onde a Clara de SOusa esteve bem.como professora.
ResponderEliminarNão dou crédito a nenhum que disseram barbaridades de barrrig cheia!
Fico fula sim com os milhões que irão ganhar nas arruadas para além do que já ganham.
Beijos e um bom dia
Sem a ajuda da PIDE muito mais vidas se perderiam em Africa. No Cobue lembro-me bem do pançudo do agente. Em Portugal a PIDE só perseguia os komunas e nunca os portugueses de bem. Hoje passados 51 anos temos pela primeira na Historia do nosso país 2 milhões de extra-europeus que irão fazer um estrago incalculável à nossa cultura e temos uma policia focada nos criminosos que comem bifanas no Martim Moniz. Aconselhavel chegar a conclusões antes do dia 18.
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