quarta-feira, 8 de outubro de 2025

Agostinho Costa, o comunista!

 Um militar de carreira chegar ao mais alto posto (Major-General) do ranking militar, em Portugal, deveria pressupor que se trata de alguém com dotes especiais que lhe permitiram chegar tão longe. Neste caso do comunista que é comentador habitual na CNN, desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, só lhe reconheço a gaguez como predicado que se note.

Qualquer coisa que venha dos lados da UE, NATO, ou dos governantes do ocidente democrático lhe merece as mais duras críticas e desaprovação, ao passo que acha muito bem tudo o que vem de Moscovo e do seu ídolo Putin. A última coisa que o enerva e faz tirar do sério é o «Muro de Drones» que os europeus planeiam construir ao longo das fronteiras com a Rússia.

Cada vez são mais os drones a voar sobre cidades europeias, algumas já, relativamente, afastadas das fronteiras russas, como é o caso de Munique, na Baviera. Ninguém conhece a sua origem nem quais são os propósitos que os fazem voar sobre terras não russas. Até pode dar-se o caso de nem russos serem, mas o desconhecido é o pior inimigo nestas circunstâncias e foi concluído que se trata de espionagem, seja ela de que tipo for.

Abatê-los logo que sejam avistados é melhor solução, mas não é fácil fazê-lo, pois é preciso o recurso a armas antiaéreas que só existem a bordo de navios ou zonas militares devidamente protegidas. Fazer levantar um caça-bombardeiro para abater um drone que voa a baixa altitude e sobre zonas densamente povoadas é impensável, além de perigoso.

Imagino eu, portanto, que o tal muro de drones se deve referir a baterias anti-aéreas munidas de radar a instalar em toda a fronteira com os países comunistas, desde a Finlândia à Roménia. Pelo que se diz, o orçamento feito para levar isso à prática ultrapassa os 6 mil milhões de euros e é isso que faz ferver o sangue do general. Então não há dinheiro para resolver os graves problemas da Saúde, da Habitação, da Educação, da Assistência aos idosos e cidadãos mais desvalidos e aparecem, como que por milagre, 2 mil milhões para ajudar o Zelensky a massacrar soldados russos e ainda 6 mil para enterrar em armas defensivas?

Segundo palavras do general, o Putin não faz mal a ninguém e não representa qualquer perigo para os europeus, a guerra é contra os EUA que não o deixam fazer o que quer e contra a NATO que (por ordens de Washington) os mantém espartilhados atrás da cortina de ferro. Imagino que este general, se tivesse algum poder no nosso país, enviaria as nossas tropas especiais, paraquedistas, comandos e fuzileiros, dar uma ajudinha à Rússia para acabar com a resistência dos ucranianos.

Seja neste caso ou na ida da flotilha humanitária aos mares de Israel ouve-se cada comentário nas nossas rádios e televisões que bradam aos céus. Como há por aí tanto comunista escondido e pronto a vender-nos à Rússia se surgir essa hipótese! Já não fico nada admirado da caça que o Salazar lhes fez, durante a vigência do Estado Novo, eles são uma peste que urge travar por todos os meios.

Volta a este mundo, António! Estás perdoado de todos os crimes de que te acusaram !!!

terça-feira, 7 de outubro de 2025

Uma raridade!

 


Visto ser uma raridade devia ser comemorado em 29 de Fevereiro e não em 28 que é um dia como os outros! Mas quem estabelece essas coisas não sou eu e portanto devo vergar-me à vontade de quem manda.

Vem isto a propósito de ontem ter passado uma hora em longuíssima entrevista com duas médicas (muito jovens) no Hospital da minha zona. Tive que lhes contar a minha vida toda e falar das doenças, minhas e dos familiares, que me afligem ou afligiram nos tempos mais próximos. Desde a diabetes que matou todos os primos de um ramo da família, aos cancros e outras maleitas, inclusivé a doença de Ahlzheimer que fez da minha bisavó materna uma celebridade, lá na freguesia em que nasci.

Faço análises ao sangue duas vezes ao ano. Não faço a mínima ideia de isso é necessário ou é apenas para fazer andar o sistema, justificar a existência dos médicos de família e dar dinheiro a ganhar aos amigos da mesma profissão. Nestas coisas eu sou muito desconfiado e vejo o mal em cada canto. Na última análise feita a minha médica descobriu indícios de anemia. Falta de ferro e eu que me sinto totalmente enferrujado!

Para se livrar de responsabilidades, assim como quem chuta a bola para canto, de modo a evitar um golo, mandou-me à consulta de Hematologia no hospital central da minha zona de residência. Lá repeti todas as análises e mais alguma e a Sr.ª Doutora que me atendeu, disse-me para não me preocupar muito com a anemia ou com a contagem das plaquetas, mas que tinha encontrado qualquer coisa que justificava posterior análise, suspeita da existência de uma doença rara.

E lá fui eu, ontem, ter com essas duas meninas que foram encarregadas de me investigar para ver se descobrem o fio da meada. Apalparam-me todo, analisaram todas as mazelas que o meu esqueleto denuncia, viram-me os pés e os joelhos e quiseram saber mais da minha dificuldade em andar. Estive quase para lhes citar aquele velho ditado que diz: - "quem andou já não tem para andar", mas encolhi-me a tempo não fossem elas ficar desagradadas e correr comigo pela porta fora.

Como resultado, lá vou ter que voltar, um dia destes, em jejum para repetir as análises ao sangue e ver se é desta que localizam o inimigo que se esconde nas minhas veias. Mas há uma análise específica que vou ter que ir fazer ao Hospital de Santo António e isso é mais uma contrariedade, pois vou ter que arranjar um condutor que me leve e traga de volta, pois não vejo como chegar lá usando os transportes públicos, metro, autocarros e isso tudo. Às tantas seria hora de almoço e eu ainda sem lá ter chegado!

Por vezes tenho vontade de dizer à minha médica, também ela uma jovem em princípio de carreira, para não se dar a tanto trabalho, em busca de doenças raras, e me deixe envelhecer e morrer naturalmente como qualquer outro ser vivo na natureza. A vida, um dia, terá que chegar ao fim e não vale a pena andar a fintá-la para ver se leva outro na nossa vez. A fila continua a andar e é proibido sair do lugar para beneficiar ou prejudicar alguém! 

segunda-feira, 6 de outubro de 2025

Assim vai o mundo!

 Às segundas deve falar-se de futebol! Durante o fim de semana joga-se e na segunda faz-se o balanço e os comentários ao que se passou. É assim, há muitos anos, e não vale a pena tentar mudar isso. Todos sabemos que o "Foot" move milhões, alimenta paixões e incendeia corações.

Mas antes de mergulhar nesse assunto, não posso deixar de falar em duas ou três coisas que me chamaram a atenção. O regresso a casa dos nossos heroicos navegadores do Mediterrâneo que ontem encheu o aeroporto Humberto Delgado de gente da comunicação social fez-me olhar com tristeza para a pequenez da nossa comunicação social.

A participação de 4 portugueses na flotilha humanitária que rumou a Gaza para levar ajuda ao povo de Gaza, coisa que as forças da ordem de Israel dizem ser mentira, pois nada encontraram a bordo que se parecesse com qualquer ajuda, mereceria uma notícia de rodapé ou nas páginas interiores, onde aparecem outras pequenas notícias e nunca as parangonas nem os exageros televisivos que vimos ontem. Até os programas sobre futebol, a doença do povinho, foram interrompidos para mostrar os heróis que regressaram triunfantes de uma missão que ainda não se sabe bem quem financiou.

O parágrafo anterior reflete o meu desgosto pelo que alguns políticos tentam fazer com o Povo e o comportamento da Comunicação Social que dá cobertura a tudo isso e mais alguma coisa. E depois acabam falidos, como a SIC que anda à procura de quem lhe pague as dívidas e receio que vá redundar numa série de despedimentos. Como quem extirpa um tumor, eu espero que seja a parte má a ser despedida e desaparecer do meu écran televisivo.

Em França, a coisa já estava preta, mas este fim de semana piorou ainda mais. O Macron escolheu um novo PM que não durou uma semana. As coisas são como são, se não garantirem a quem governa as condições mínimas para o fazer, não haverá quem o faça. Estão a dar palco à direita para tomar o poder e parece não haver quem possa contrariar isso. Mais dores de cabeça para a Sr.ª Von der Leyen! Na Bolsa de Paris sentiu-se, esta manhã, o resultado dessa situação e a minha carteira levou mais um sério abalo!

No dia 10 do corrente, serão anunciados os vencedores do prémio Nobel. O Trump continua sentado, na sua Casa Branca, à espera que lhe comuniquem que é um dos felizardos. Mas fazer por isso não tem feito muito, as guerras em que tentou interferir, no sentido de as fazer parar, continuam a destruir bens e matar pessoas. Podemos dizer que este presidente dos EUA é uma espécie de fogo-fátuo, aparece mas não alumia nem aquece ninguém.

Por cá, nós continuamos a preparar as eleições para as autarquias de modo a melhorar alguma coisa, o que se mostra difícil se não impossível por falha na governação. Sem regras claras sobre muitas coisas, como a saúde ou a habitação, as autarquias ficam um autêntico pântano onde os espertos do costume continuam a encontrar um meio de fortuna que escapa à maioria. Entretanto temos um novo Governador do Banco de Portugal, um tal Álvaro que foi ministro num dos governos anteriores e de pouco sucesso.


Mas no futebol nós estamos bem. Nos jogos grandes só houve empates e assim a classificação não mexeu muito. O Porto e o Sporting continuam separados por 3 pontos que vieram da serrota dos leões frente aos dragões. O Benfica que começou ao pé coxinho e perdeu 4 pontos nas primeiras jornadas, aguentou-se, ontem, no Estádio do Dragão de modo a não ficar a 7 pontos de distância.

As duas surpresas do nosso campeonato são, em primeiro lugar, o Gil que tem vencido jogos em que não era favorito, ocupando um honroso 4º lugar e, em segundo lugar, o Braga que não tem mostrado o seu valor e tem apenas 10 pontos ganhos, com direito ao 8º lugar. Mas, ontem, conseguiu resistir ao Sporting, impondo-lhe um empate que travou a sua marcha à conquista do 1º lugar.

Agora haverá uma paragem para os jogos de preparação para o Mundial 2026 e a nossa Selecção vai defrontar a Irlanda e a Hungria que, digamos, não são os adversários mais temidos. No entanto, a bola é redonda e muitas vezes rola para onde não queríamos, por isso máxima concentração precisa-se. Não temos ficado de fora, nos últimos anos, e também não queremos ficar agora. Na Era Ronaldo isso seria uma (grande) vergonha!!!

Mergulho no vermelho!!!

domingo, 5 de outubro de 2025

A Filisteia!


Vindos da ilhas do Mediterrâneo, os Filisteus tentaram instalar-se no Egipto, mas foram derrotados por Ramsés III e estabeleceram-se na costa da Ásia Menor.

Origem e Chegada a Canaã:
Povos do Mar:
A teoria mais aceita é que os filisteus eram parte dos "povos do mar" que migraram pelo Mediterrâneo, vindo de regiões como Creta e Chipre.
Conflito com Egito:
Eles tentaram invadir o Egito, mas sem sucesso, e acabaram se estabelecendo na costa sul de Canaã.

Passei duas horas a estudar a origem dos Palestinos e fiquei sem tempo para escrever a crónica do costume. É engraçado que o primeiro lugar onde pisaram terra é hoje o palco da intensa guerra movida pelos israelitas. Até parece termos voltado ao tempo do Rei David, uma das figuras de referência do povo judeu, tempo em que as tribos israelitas conseguiram correr com os seus inimigos e iniciar um período de paz e prosperidade.

Deixo-vos o mapa, onde aparece marcada a zona de "aterragem" dos filisteus, mais tarde chamados de palestinos, para que o comparem com a actual Faixa de Gaza que aparece nos écrans das nossas televisões em tudo que é noticiário de todos os canais televisivos e pensem nos muitos séculos que medeiam entre esses dois momentos da História.

sábado, 4 de outubro de 2025

É apenas a minha perspectiva!

 

A eleição de Ramalho Eanes para presidente da república foi uma espécie de calmante para os espíritos mais inflamados do tempo do PREC.

Voltamos a ter uma espécie de disciplina militar nos meios políticos, à moda de antigamente em que só um mandava e ou outros obedeciam. Talvez a contragosto, mas iam executando as ordens recebidas de cima. Foi o tempo mais "calmo" que se viveu em Portugal, depois da revolução de Abril.

Depois disso, o Mário Soares, como bom socialista, laico e republicano que era, desatou a gritar que já era tempo de ver um civil na presidência e acabar com o velho hábito salazarista de escolher um militar reformado para desempenhar o mais alto cargo da nação. E os portugueses deram-lhe razão e elegeram-no para ocupar o cargo nos 10 anos seguintes.

Outro socialista lhe sucedeu no cargo e lá ficou por mais 10 anos. Foram 20 anos de uma pobreza franciscana em que Portugal foi mergulhando sempre mais e mais para o fundo. E o Povo cansado dos socialistas que abriam muito a boca quanto à revolução de Abril, mas nada tinham feito para lançar Portugal na rota do desenvolvimento, elegeram Cavaco Silva, a «Múmia de Boliqueime».

Ele era um economista de ideias renovadas e todos esperavam que, finalmente, poria o nosso país no caminho certo. Mas, infelizmente, não aconteceu assim, debaixo de uma chuva de subsídios europeus para protecção disto e daquilo, ou deste ou daquele país mais interesseiro ou influente, ele alheou-se dos nossos problemas e deixou a coisa derrapar ainda mais para o fundo do abismo. Não gostei desse tempo nem um bocadinho.

Depois de 10 anos de Cavaquismo, o Povo procurava um presidente mais popular que entendesse e ajudasse a resolver os seu problemas. E entre os candidatos escolheu aquele que melhor conheciam e acreditaram que ele faria melhor que os seus antecessores, o Marcelo. Ora, este presidente que, como todos os anteriores, ocupou a cadeira do poder por 10 anos consecutivos e cansou os seus governados. Está todo o mundo ansioso de o ver pelas costas (eu incluído).

E o que se segue? Em boa verdade não sei, acho os candidatos muito fraquinhos, em alguns casos hilariantes, e talvez a solução seja voltar ao de antigamente, eleger um militar que mantenha a disciplina no país, como se este fosse uma grande caserna. Alguém se revê num país governado pelo «Ganda Nóia» Marques Mendes? Seríamos a chacota de toda a UE! E os outros, socialistas ou não, poderão ser bons chefes de família, mas devem limitar as suas responsabilidades a essa meritória tarefa e nada mais.

Temos um trimestre inteirinho para pensar no assunto e assentar ideias, depois temos que ir lá e pôr a cruzinha no nome da nossa escolha. E é quase garantido que o veremos no poleiro até 2036, ou seja, eu não terei vida suficiente para conhecer outro PR. Por essa razão, eu quero que ele seja melhor que todos os que o antecederam e o povinho possa dizer, depois do Ramalho Eanes este foi o melhor!

sexta-feira, 3 de outubro de 2025

Os dias de azar!

 


Parece-me que posso dizer que hoje estou num dia normal!

Esta minha crónica começa onde acabou a de ontem que desapareceu e não pude publicar. Nela falava de gente importante, como a Mariana Mortágua que está presa em Israel, o Trump, o Putin e o Netanyahu, pelas razões de sempre, o Costa, a Von der Leyen e muita mais gente, homens e mulheres que têm a ver com o estado a que o mundo chegou.

Se não estivesse cheio de sono, a crónica ter-se-ia chamado «A indústria da defesa ao serviço da Economia» pois começava com a notícia dada pela presidente da Comissão Europeia anunciando a oferta de 2 mil milhões de euros (2 billions na linguagem de Trump) para os ucranianos fabricarem ou comprarem mais drones para despejar sobre a cabeça dos russos.

Lutar contra o desemprego, reindustrializar a Europa, assim como os EUA, aumentar o PIB para melhorar a vida das pessoas. Parece ser esta a lição aprendida com a invasão da Ucrânia, arma-te até aos dentes para não seres invadido e com isso melhoras a Economia do teu país. Há uma empresa cotada na Bolsa de Frankfurt que já dobrou a cotação, desde que decidiu aumentar o fabrico de armas pesadas, seguindo o conselho dos líderes europeus que tremem de medo só de ouvir o nome de Putin, "o sacripanta".

Na quinta feira da passada semana, fui ao dentista com queixas de dor de dentes. Vim embora sem remédio para as dores, pois a médica disse-me que os dentes que ainda possuo estão bem, apenas velhos e como é normal (?) com a idade tendem a cair. Ele abana, disse ela, e provoca-lhe alguma dor, quando não a aguentar volta cá e eu arranco-lho.

Ontem, uma semana depois da visita ao dentista, decidi ir à feira comprar umas árvores para o meu pomar, pois já não tenho saúde para andar de cavadeira na mão a lutar contra as ervas daninhas. Dei uns 2 mil passos e cheguei a casa com os pés doridos, mas parece que funcionou como remédio para os males que me afligiram durante toda a semana. Dos dentes a dor tinha-me passado para a garganta, inflamando-me as amígdalas que já tirei, quando tinha 36 anos, impedindo-me de engolir a comida e até a saliva que se acumulava na boca.

Ontem à noite, pus-me a ver o jogo do Porto com os REDS de Belgrado, uma espécie de treino para o jogo do próximo domingo que será contra os REDS de Lisboa. Ao intervalo caí no sono, nada de admirar, pois na noite anterior devo ter dormido menos de duas horas, e quando acordei tinha a televisão desligada pelo "timer" e o relógio já marcava 1 da madrugada. Pensei que não conseguiria adormecer de novo, mas enganei-me, mergulhei na cama e dormi mais 5 horas seguidas.

Não admira que me sinta melhor, hoje, pois o sono é um dos melhores remédios que há e, ainda por cima, não custa nem um mísero cêntimo. Por isso, chega de lamentações e peguemos, novamente, na história da Mortágua, representante 1/230 avos da população portuguesa no Parlamento. Eu não faço parte desse grupo, pois abomino comunistas. Eles até podem ser boas pessoas, mas nunca foram mandados para a Sibéria de castigo, senão mudavam logo de ideologia.

Nós somos pela LIBERDADE e não admitimos que mandem em nós. E nos países onde impera o Comunismo isso não é aceitável, o partido manda em ti, na tua família e em tudo aquilo que tu tens ou poderás vir a ter. Queres ser comunista tens que aceitar esse "modus vivendi" e eu nem consigo pensar nessa remota possibilidade. Se eu vivesse na Rússia ou na Venezuela passaria a vida a tentar fugir de lá ou morreria a tentar.

Temos, aqui na Net, alguns camaradas que professam essa religião, mas vivem em casas modernas com todas as mordomias, incluindo aquecimento central, digamos, de barriga cheia, e assim não custa nada ser comunista e debitar alarvidades contra os governos e as pessoas que vivem em liberdade e num país livre. Livre o suficiente para permitir que andem por aí a fazer vergonhas como aquelas que os 3 tugas da flotilha tem protagonizado. O que eles fizeram foi tirar umas férias num «Cruzeiro pelo Mediterrâneo» e eu bem que gostaria de saber quem os financia.

Tinha apontado uma coisa no meu subconsciente, para não me esquecer de a incluir na crónica de hoje, mas quase que me ia passando. Trata-se do famoso ISP que nos aliviou um pouco o preço dos combustíveis, neste tempo após a pandemia de Covid 19, e que os poderes da Europa acham que deve ficar por aqui. Não me parece mal que a UE se meta nestas coisas para evitar excessos e abusos de posição dominante, mas parece-me também que não o pode fazer só em certos casos. Para andar de automóvel os portugueses pagam exageros a que nenhum outro país está sujeito.

Tudo começa com a compra da "máquina". Como cidadãos de pleno direito devíamos pagar o preço de venda e depois o VAT (o nosso mais que famoso IVA) e nada mais. Mas o nosso preço inclui ainda um ISV (imposto sobre os veículos) e mais 23% de IVA calculado sobre as soma dos outos dois custos (preço + ISV). E nos combustíveis nem se fala, pois os preços se homologados ao nosso nível de vida deveriam descer para metade. Como exemplo temos os alemães que têm um rendimento líquido pelo dobro do nosso e pagam a gasolina ao mesmo preço que nós.

Deu para perceber? A UE deveria estabelecer factores de correcção para cada um dos países da União, tendo em conta o seu nível de vida. Não quer dizer que resolvessem 100% das nossas desgraças, mas sempre poderiam dar uma ajudinha. Ir agora desenterrar uma pequena medida correctiva que nos foi concedida em tempos de desgraça parece-me exagero de burocratas que não têm mais nada que fazer!

Um dos barcos da flotilha fez-me lembrar da
Fragata D. Fernando II e Glória

Insónias!

 


Os dois primeiros dias de Outubro são para esquecer, tudo me correu mal!

Até a crónica que escrevi, ontem, depois de uma noite sem dormir, desapareceu numa rabanada de vento outonal. Uma hora, inteirinha  a dar às teclas e no fim, num gesto insensato, deve ter sido do sono que me pesava nas palpebras ... eliminei-a!

Não vale a pena chorar sobre o leite derramado, diz o ditado, e eu não o vou fazer, deixo aqui a prova que ontem trabalhei para vós, como faço todos os dias, depois de tomar o desjejum! 

quarta-feira, 1 de outubro de 2025

Sara!

 Sara foi uma mulher abençoada por Geová que lhe concedeu um filho, depois de ela e o marido, Abraão, já terem ultrapassado a idade de conceber. O marido de Sara era o patriarca do Povo de Deus e o filho que lhe foi concedido serviu para garantir a continuidade da família e dar um novo líder ao povo. Esse filho chamou-se Isaac e também teve os seus problemas para garantir a continuação da espécie e, portanto o futuro do Patriarcado. Foi precisa muita oração para que Rebeca engravidasse e desse à luz os gémeos Jacob e Esaú.

Sendo gémeos foi complicado estabelecer quem era o primogénito. Como sabemos da História, só o primogénito tinha direitos e era importante saber-se sobre quem recaía a escolha. O pai inclinava-se para Esaú, mas Rebeca preferia Jacob e engendrou um estratagema para enganar o marido e conseguir que fosse o seu preferido a receber as honrarias. E foi este primogénito aldrabão, cujo nome Geová mudou para Israel, de teve 12 filhos e com eles formou as 12 tribos de Israel que estão no princípio da história dos judeus de quem temos falado e ouvido falar (muito) nos últimos 2 anos. 

Estava aqui a pensar nisso e cogitar no destino a dar aos palestinos que não têm nada a ver com esta história e acredita-se que são ciganos vindos da Península do Indostão, tal e qual como aqueles que vivem em França, na Roménia ou em Portugal, entre outros países com menos significado. É por saber isso que eu sou todo a favor de Netanuahu e compreendo que ele defenda com unhas e dentes a terra onde estão enterrados os patriarcas judeus, a começar por Sara, a primeira mulher como pilar da "seita" judaica.


Não há dados seguros, mas acredita-se que Abraão viveu no Século XX, antes de Cristo, tinha 100 anos, quando nasceu o seu filho Isaac e este 40 anos, quando a sua mulher Rebeca lhe deu os gémeos. Os 12 filhos de Israel (ex-Jacob) teriam nascido entre a segunda metade do Século XIX e a primeira do Século XVIII A.C. e só a partir daí podemos entender a evolução do Estado de Israel.

O túmulo de Sara está localizado na Cisjordânia, cidade de Hebron, e não acredito que os judeus, Netanyahu ou qualquer outro, aceitem perder o controlo das terras que consideram sagradas. Por isso ele continua a afirmar que - There will never be a state of  Palestine - e eu compreendo-o. É assim a modos que o talhão do cemitério, onde repousam os restos mortais da minha avó, mãe, pai e o irmão mais novo, levado pela doença da moda aos 44 anos de idade, cuja propriedade não aceitarei que me seja usurpada.

Chegamos ao Século XXI da nossa era e vemo-nos obrigados a arranjar um cantinho onde meter os ciganos que fartos de miséria vieram por aí acima e se espalharam por todos os recantos da Ásia Menor, na impossibildade de ir mais além. É reconhecida a dificuldade que esta gente tem de se miscijenar com outras culturas ou religiões, mas não podem culpar disso os povos com quem se vieram misturar, obrigados pelas condições de miséria que tinham no seu país de origem.

É engraçado notar que eles continuam a vir, só que agora de avião e pedindo a cidadania no país que os acolhe. Basta ir a Lisboa para conhecer essa realidade. Será que daqui a outros 20 séculos eles quererão tirar-nos Portugal, dizendo que cá estão, há muitos, muitos anos. A Península do Indostão já foi dividida em vários países, sendo que a metade norte e nordeste professam a religião muçulmana. Daí a protecção que os países muçulmanos do Médio Oriente lhes dispensam, mas sem os considerar parte do seu povo.

  Então, o que fazer com os palestinos? Onde enfiá-los pelos próximos séculos? Isso é um segredo que o Trump e o Netanyahu devem ter discutido nos últimos dias, mas não se descoseram com qualquer pista para a comunicação social internacional. Deixem o Hamas depor as armas e depois estudamos isso, pensam eles, mas não dizem nada para não espantar a caça !!! 

terça-feira, 30 de setembro de 2025

Não sei se fale de futebol, do Benfica, de Mourinho ...!


 Farto de Trump e das suas trumpalhadas e mais um Netanyahu a dizer amen a tudo o que ele diz e faz, acho boa ideia virar-me para a bola que é redonda, por mais que a maltratem e dêem pontapés, e por vezes entra na baliza certa.

Eu sou mais Manchester que Londres, devido à minha carreira profissional no mundo dos trapos e o Mourinho, para me ganhar a corrida, foi feliz em qualquer dessas cidades. Mais numa que noutra, mas isso talvez se deva ao Sr. Abramovich que lhe depositou na conta muitos milhões de libras esterlinas.

O Benfica é vermelho e grande como o Manchester United, embora isso sejam prerrogativas de tempos já passados que um e outro clube gostariam de ver de volta. Por casualidade, ambos são hoje treinados por portugueses, treinadores com créditos firmados que ninguém se atreve a pôr em questão. Se me perguntassem qual destes dois treinadores eu acreditava que viria a treinar o meu Benfica, eu responderia, sem hesitar, Rúben Amorim. E, como vêem, estava redondamente enganado.

A minha aposta centrava-se nas dificuldades que o Rúben enfrenta, em Manchester, e na necessidade absoluta de substituir o Lage que, opinião minha, não tem pedalada para voos desta grandeza, é e será sempre um treinador de segunda linha. Logo que corressem com o Rúben do Man United ele cairia direitinho na Luz. As eleições e a candidatura do Rui Costa precipitaram as coisas. Ele tenta dar o golpe da sua vida e ganhar as eleições trazendo o Mourinho para a Luz esperando que ele retire o Benfica do Limbo, onde caiu.

Se vai dar certo ou não ninguém sabe, mas depois do jogo de hoje à noite saberemos mais sobre esse assunto. Ele foi o Special One em Stamford Bridge.

E poderá voltar a sê-lo, hoje, mas desta vez pela razão contrária, derrotando a equipa que já foi de Abramovich e dando a vitória a quem lhe paga o salário, agora. Aliás, ele precisa tanto desta vitória como o Benfica, porque depois de passar pelo Chelsea e Man United, nunca mais teve verdadeiro sucesso. Tanto como no Totenham, Roma ou Fenerbache a carreira do treinador português foi sempre ladeira abaixo. Só um êxito retumbante no Benfica o traria, novamente, para a ribalta.

O SLB contratou uma mão cheia de craques a peso de ouro, gastando dinheiro que não tem, e eles não provam em campo o estatuto que levou à sua contratação. Uns dizem que é cansaço, outros que são os jogadores a "fazer a folha" ao treinador e ainda há quem pense, eu incluído, que os olheiros do Benfica meteram água e, tanto o Lage como o Rui Costa, provaram não perceber nada da poda deixando-se enganar ao contratá-los.

Depois do jogo de hoje ficaremos mais elucidados sobre esta questão (espero eu) e talvez possamos começar a pensar num futuro menos cinzento para o Benfica. Ou sim ou sopas, se é do treinador ou dos jogadores a solução será substituí-los. É capaz de custar caro, mas continuar nesta senda de maus resultados também tem custos para o Benfica que é uma grande empresa (cotada na Bolsa) e como tal tem que ser gerida (doa a quem doer)!

A camisola do Benfica dá pelo nome de "Manto Sagrado" e pode mostrar-se pesada demais para alguns jogadores. Esses há que localizá-los e retirar-lhes a hipótese de a voltarem a vestir, de outro modo não vamos a lado nenhum!

Carrega, B E N F I C A !!!

segunda-feira, 29 de setembro de 2025

A caixinha das surpresas!

 A televisão, melhor dizendo, o televisor é verdadeiramente uma caixinha de surpresas que traz até nós as mais diversas coisas, umas boas, outras más e outras surpreendentes. Ouvimos os grandes actores internacionais, como o Putin, o Trump, o Erdogan, o Zelensky, etc. a debitar citações para todos ouvirem e ninguém acreditar. Pelo menos é o que a mim parece pelo que resulta dos acontecimentos que se seguem. Quando parece que a paz está ali ao virar da esquina cai o Carmo e a Trindade com centenas de drones e mísseis que voam de um lado para o outro ou prédios que voam em estilhas (com gente lá dentro).

A escada-rolante da ONU parou e fez o Trump subir os degraus um a um, como uma demonstração do poder que afinal ele não tem, nem na sua terra consegue que as coisas funcionem e as pessoas lhe obedeçam, como haveria de consegui-lo lá fora, em Moscovo, Pequim ou Teerão? Diz ele acreditar que estamos quase, quase a atingir um acordo para acabar com a guerra e o seu "amigo" Putin dispara milhares de mísseis sobre a Ucrânia.

Ouvi, na CNN, a entrevista feita a um líder do Hamas que me deixou estarrecido. Ele diz que nunca o Hamas esteve tão bem (credível) e que os mil e tal mortos, em 7 de Outubro, mais os 250 reféns que levaram para Gaza e ainda os sessenta e tal mil mortos palestinos foram um preço baixo pelo resultado conseguido para a "Causa Palestiniana". O Hamas está vivo e continuará a ser a força que regulará o destino dos seus irmãos na Cisjordânia.

O Erdogan recebeu muitos cumprimentos e palmadinhas nas costas, como se dependesse dele o futuro e o destino de russos e ucranianos, de palestinos e judeus. Qual será o segredo ou o poder deste homem que é, ao fim e ao cabo, outro ditador como Putin, em Moscovo, ou Assad, em Damasco? Será pelos pipe-lines que atravessam a Turquia e ligam o Mediterrâneo até meio caminho do Oceano Pacífico? O medo de morrer gelado num inverno que está aí à porta?

E juntaram-se todos em Nova Iorque, na sede da ONU, com Guterres a representar o papel de maestro de uma orquestra que não consegue afinar o som dos seus instrumentos. O Putin e o Lavrov ameaçam fazer pagar caro a quem lhe abater os drones, o Netanyahu diz que só para, quando em Gaza não restar pedra sobre pedra. E até o presidente da Bielorrússia, o gigante Lucashenko, diz que não brinquem com o seu país, pois quem o fizer se arrependerá.

A Europa, na voz dos seu líderes que desapareceram da ribalta, está cada vez mais sem saber como dar a volta ao texto. É uma boa ideia aumentar o fabrico de armas e munições, em vez de as comprar aos EUA, e com isso beneficiar os níveis de emprego na União e contribuir para o aumento do PIB. Mas vê-se obrigada a prometer a Trump que continuará a comprar essas mesmas armas na América para que lhe sejam perdoadas as tarifas de exportação dos seus automóveis e outros produtos que precisam de vender do lado de lá do Atlântico. Uma equação difícil de resolver!

Nem quero lembrar do caso do nosso PM a prometer que vai dar um bónus para ajudar a pagar as rendas até 2.300€. Aquela senhora que o confrontou na rua quase o comia! Então os portugueses, cujo salário mínimo, ainda não chegou aos 1.000€ e o médio ainda está longe dos 2.000€ vão pagar rendas desse valor para terem direito a um bónus? E quem recebe as rendas? Ah. é aí que reside o busílis da questão, os ricaços dos senhorios que pertencem ao grupo dos felizardos para quem o Montenegro governa. Alguém tem que defender os interesses desse senhores, ou não?

Quando vivi em Lourenço Marques, nos idos de 1965/1966/1967, foi inaugurado, na Avenida 24 de Julho, o cinema Manuel Rodrigues (não sei quem foi este senhor que deu o nome ao cinema, mas prometo investigar, logo que acabe esta minha crónica), onde me lembro de ir ver 2 filmes de grande impacto. O primeiro foi um musical que ficou famoso, «Música no coração», e o segundo foi «O Mundo-cão» uma sátira sobre quem regula este mundo em que vivemos.

O mundo, tal como está hoje, é o verdadeiro mundo cão, onde manda quem tiver os dentes mais fortes para cortar a jugular dos seus inimigos e os fazer esvair em sangue. Esses dentes são, hoje, os drones que voam de uma lado para o outro e estraçalham tudo que encontram pela frente. Coitados daqueles que sem qualquer culpa no cartório vêem entrar-lhes pela janela dentro um drone que faz tudo em estilhas.

E tudo pela ambição de mais uns dólares na conta bancária !!!


domingo, 28 de setembro de 2025

Honte, la seule chose que je n'ai pas!

 Uma vez, estava eu de conversa com um senhor já velhote que era italiano, mas morava em Barcelona. Ele era vendedor (caixeiro viajante, em linguagem antiga) de têxteis e a nossa conversa era meramente profissional. Ao lado dele sentava-se a sua mulher a quem ele tratava por "Gioia". A conversa fluía fácil num inglês que ambos dominávamos a mais de 50% (mais não se pode pedir a um estrangeiro).  

De repente, virou-se para mim e disse: -se ambos somos latinos, porque estamos a falar inglês? Francês eu ainda compreenderia, pois é língua irmã da nossa, agora inglês com todas aquelas particularidades e expressões idiomáticas (acredito que ele queria dizer idiotas) sou contra. Podemos falar italiano, castelhano ou português, ou até uma mistura de tudo isso e eu serei um homem feliz!

Vem isto a propósito de eu ter acordado a pensar em inglês e recordar um colega de trabalho que cometia sempre o mesmo erro, embora eu já o tivesse chamado a atenção para isso mais que uma vez, usando aquilo que é proibido, a dupla negativa. Eu não tenho nada com isso, dizemos nós na Língua de Camões, mas na de William Shakespeare no e nothing não jogam juntos. I don't have nothing against it, dizia ele e eu bufava no meu canto pensando, lá está ele outra ve a meter a pata na poça!


A Língua de Albert Camus ou Victor Hugo é, de facto, mais compreensível para nós que partilhamos a raiz latina. Li alguns romances deste autor, mas sempre traduzidos em português, não sabia é que ele também se dedicava à poesia. Ora vejam esta ode ao amor:

Demain, dès l'aube, à l'heure où blanchit la campagne,
Je partirai. Vois-tu, je sais que tu m'attends.
J'irai par la forêt, j'irai par la montagne.
Je ne puis demeurer loin de toi plus longtemps.

Je marcherai les yeux fixés sur mes pensées,
Sans rien voir au dehors, sans entendre aucun bruit,
Seul, inconnu, le dos courbé, les mains croisées,
Triste, et le jour pour moi sera comme la nuit.

Je ne regarderai ni l'or du soir qui tombe,
Ni les voiles au loin descendant vers Harfleur,
Et quand j'arriverai, je mettrai sur ta tombe
Un bouquet de houx vert et de bruyère en fleur.

Tinha razão o caixeiro viajante que morava em Barcelona, mas era italiano e tratava a sua mulher, tão velha quanto ele, por Gioia. Nunca soube o nome dela e tanto à chegada como á partida, eu limitava-me a dizer signora, comme va ou ariverdeci. Ambos reconhecemos que seria mais lógico falar francês do que inglês, mas nunca pronunciámos uma única palavra nessa Língua.

Há uma coisa que me desagrada no Francês, o biquinho que é preciso fazer com os lábios para pronunciar o "U". Se calhar é por isso que fujo de falar francês, quando me surge essa possibilidade. E vem-me sempre à memória os brasileiros que não conseguem pronunciar o "THE" ou aspirar o "H" e dizem Rell em vez de Hell!

Bem, desliguemos o complicómetro e voltemos a falar português que nesta não há truques que nós não consigamos dominar. Tenham todos um bom domingo e preparem.se para mais uns dias de sol que virão logo que o ciclone vá chatear os nossos vizinhos espanholes!!!

sábado, 27 de setembro de 2025

Uma sexta-feira diferente!

 


Ontem, foi dia de convívio dos «Fuzos Poveiros» e eu não quis faltar. À hora do jantar jogava o Benfica e ainda pensei em não ir, mas como o restaurante escolhido fica no meu bairro, a menos de 500 metros da minha casa, acho que o organizador iria levar a mal a minha falta. Havia um pequeno televisor num canto da sala e, talvez a contra-gosto, ligaram-no e pude ver algumas imagens do jogo e ir seguindo o resultado.

No grupo dos fuzos, cá da terra, eu sou o mais antigo - na Marinha diz-se que antiguidade é um posto - por isso a pessoa mais respeitável que estava presente. Eu sou do tempo em que não havia barras no nosso número de matrícula, moda que começou na primeira incorporação de 1964. Só esteve presente outro camarada cuja matrícula não tem barra, todos os outros pertencem às barras. O mais antigo é barra 71 (salvo erro) e o mais marreta barra 85.

Este barra 85 era oficial e gaba-se de não ter número de matrícula, pois os alunos da Escola Naval eram, identificados pelo nome e número do curso (número sequencial dado pela escola a cada curso que começava), mas quando ficam no quadro recebem um número como toda a gente. No tempo da Guerra Colonial todos eram obrigados a ficar pelo menos 7 anos, 4 de curso e depois mais o tempo de comissão e alguns acrescentos, agora fazem 2 anos de serviço obrigatório, depois do curso, e por vezes nem isso.

Quando me casei e fiquei a viver cá na minha rua, esse rapaz tinha apenas 4 anos e lembro-me de o ver brincar com os putos da idade dele. Nunca soube que ele tinha ido para a Escola Naval e muito menos que foi obrigado a ir para o Curso de Fuzileiros. Foi, portanto, com grande surpresa que o vi entrar e sentar-se no lugar à minha frente. E parece que tinha engolido um gravador, desde que ele entrou mais ninguém teve vez para falar. E num tom de voz que desafiava os ouvidos mais sensíveis.

Mas isso pouco interessa, o jantarzinho estava bom, ementa à Ponte de Lima, e a conversa sobre os velhos tempos e memórias navais de cada um são um alimento para a alma. A maioria já não passou pela comissão em África, mas há sempre umas aventuras a relatar e a recordação de alguns camaradas que foram autênticos cromos e ficaram na memória de todos serve para preencher o tempo.

E, no fim, comentou-se o jogo do Glorioso que nem com o Mourinho consegue encontrar o seu caminho. Não se entende como jogadores que o Benfica pagou a peso de ouro não são capazes de fazer um jogo que agrade aos adeptos. Como sou sócio e simpatizante do Gil Vicente, acabaria sempre por festejar a vitória de um ou do outro, embora a derrota do Benfica tenha outras consequências, já que é aspirante a campeão em cada época que começa.

Como o meu lema é «a ganhar ou a perder sou Benfica até morrer» fiquei contente com a vitória, embora seja obrigado a aceitar que a não mereceram !!! 

sexta-feira, 26 de setembro de 2025

A impotência de uns!

 E a prepotência de outros fazem deste mundo um lugar onde é difícil, para não dizer impossível, viver!

O presidente Trump senta-se numa posição que parece estar na sanita! E a sanita é o lugar onde se faz aquilo que ele tem feito, desde que foi eleito, ou seja, merda!

Esta semana foi à ONU e, entre outras coisas, disse que a guerra pode estar por dias. Faz parecer que com um estalar de dedos ele pode parar a guerra de Gaza. E sobre a Ucrânia que ele tão mal tem tratado, afirma agora que o presidente Zelensky poderá recuperar o território ocupado (ilegalmente) pelos russos. Seria tão bom se assim fosse!

Quanto a Gaza, acredito que ele terá o poder de manejar o PM de Israel como quiser, já que a dependência é tanta que não restará outra opção aos judeus senão obedecer à voz do seu dono. No entanto, na Ucrânia, a realidade é outra muito diferente, há um enorme interesse económico em jogo e Putin não largará a sua presa a não ser em troca de qualquer outra coisa que lhe desperte o mesmo interesse.

Eu daria tudo para saber, exactamente, o que eles os dois discutiram durante o encontro no Alaska. Aquelas palmadinhas nas costas da mão de Putin levam-me a crer que há algo que eles partilham em que nós nem sonhámos. Dizem os comentadores da alta finança que o Elon Musk já é, ou será, em breve, o primeiro trilionário do mundo e que a fortuna de Trump teve um crescimento exponencial, depois da sua eleição para este mandato.

O negócio da compra (ou controlo) do Tik-Tok ronda os 14 biliões de dólares e será o Trump a selar esse negócio, o que pode render-lhe um grande retorno. Aquilo é como nadar no meio de um enorme cardume de salmões, com possibilidades de apanhar os que quiser, e todos sabemos a como corre o preço do salmão. É peixe que só entra em casa de ricos!

Por alguma razão eles se juntaram os dois, durante a campanha. Ambos tinham a ganhar e muito com o assalto ao poder. Um domina as tecnologias e o outro assina as ordens presidenciais para fazer aquilo que mais jeito lhes der. Quando penso que até os drones que os ucranianos fazem voar contra os russos são guiados pelas ferramentas electrónicas do Musk e que ele pode ligar ou desligar, quando lhe der na real gana, até sinto suores frios!

Vivemos num autêntico mundo-cão em que só sobrevive quem tiver os dentes mais fortes. Parar a guerra em Gaza e acabar com aquela vergonha que vemos passar nos ecrans dos nossos televisores 24 horas por dia, seria uma obra de caridade e está nas mãos de Trump fazê-lo. Mas que ganharei eu com isso, deve ele questionar-se?

quinta-feira, 25 de setembro de 2025

A alegria da minha juventude!

 Ontem, saí tão cedo de casa que nem liguei o computador e cheguei tão tarde que nem seria bom pensar nisso! Um dia de folga!


Mas aconteceu, ontem, algo que me teria feito escrever qualquer coisa, umas palavras bonitas, para servirem de adeus a uma artista que partiu para o além, Claudia Cardinali, uma actriz de quem gostei muito mais que da Gina (Lollobrigida) ou da Sofia (Loren).

Vi centenas de filmes, mais barretes que bons filmes, com toda a certeza, mas há filmes em que gostamos de quem lá está dentro, mesmo que a história não valha um pataco, como era o caso com filmes onde esta menina entrava, ora mais sérios, ora mais hilariantes. Ela valia pela sua figura, pela sua beleza e pela maneira como se entregava ao papel que representava.

Vi muitos, de alguns nem o nome lembro, quando olho para a longa lista de títulos publicada. Ela contracenou com grandes nomes do cinema e teve a companhia de muitas colegas bonitas como ela, vi vários filmes com ela e a Mónica Vitti, por exemplo. E foi dirigida por milhentos realizadores que a escolheram como primeira figura dos seus enredos.


Ela era mais velha que eu uma meia dúzia de anos e estava na sua melhor forma quando eu andava na casa dos 20 anos. Nos tempos da Marinha não vi muitos filmes, a vida e o salário que recebia não davam para grande coisa, mas depois de me casar, enquanto a mulher se entretinha a criar os filhos, eu zarpava para o cinema e ia ver a Claudia. Belos tempos esses !!! 

Agora ela foi para junto de S. Pedro e ficará à minha espera até eu lá chegar. Ente tanta gente famosa e tantos artistas de reconhecido mérito, espero ser capaz de a reconhecer e reapreciar a sua beleza tipicamente latina, uma morena capaz de fazer parar o trânsito !

terça-feira, 23 de setembro de 2025

O 23 de Setembro!



Como muitas outras datas vai ficar na História. Não posso ainda prever se por bons ou maus motivos. Já disse que sou contra o reconhecimento da Palestina e não é por ser teimoso ou aprovar aquilo que o «rei dos judeus» está a fazer em Gaza, muito pelo contrário. Se estivesse nas minhas mãos, eu pararia a guerra neste mesmo momento e daria de comer a quem tem fome, mas as coisas não são assim tão simples.

Os criminosos que, há décadas, aterrorizam Israel e matam inocentes têm que ser isolados e castigados. Tenho bem vivas na memória as imagens de autocarros, carregados de pessoas inocentes, explodidos em nome de Alá. Eu nasci um bocadinho antes de Israel, 4 anos, 2 meses e 5 dias, e acompanhei a evolução deste novo estado durante os melhores e mais jovens anos da minha existência. Entre outro eventos de menor importância, vejam abaixo os acontecimentos e respectivas datas a que me refiro.


I - Parte

A guerra árabe-israelense de 1948, também conhecida como a "guerra de independência" ou como "a catástrofe", começou após a retirada britânica e com a declaração do Estado de Israel a 14 de Maio de 1948.

Os árabes rejeitaram o plano de partilha da Palestina (Resolução 181 de 29 de Novembro de 1947 da Assembleia Geral das Nações Unidas), que propunha o estabelecimento de um estado árabe e outro judaico na região da Palestina. Milícias árabes começaram campanhas com vista ao controle de territórios dentro e fora das fronteiras estabelecidas.

II - Parte

A Guerra do Suez, de 1956, foi uma operação conjunta de Israel, Reino Unido e França, na qual Israel invadiu a Península do Sinai e as forças francesas e britânicas ocuparam o porto de Suez para ostensivamente separar as partes conflituosas, apesar de a real motivação destes dois últimos países ter sido a de proteger os interesses dos investidores no Canal do Suez. Esses interesses tinham sido afetados devido à decisão do presidente egípcio, Gamal Abdel Nasser de nacionalizar o canal.

III - Parte

No início da década de 1960, os estados árabes estabeleceram a OLP. O artigo 24º da carta (ou pacto) de fundação da OLP, de 1964 [6] estabelecia: "Esta Organização não exerce qualquer soberania territorial sobre a Cisjordânia, sobre a Faixa de Gaza e sobre a Área de Himmah."

IV - Parte

A Guerra dos Seis Dias decorreu entre 5 e 10 de Junho de 1967. Foi desencadeada por Israel contra o Egito e a Jordânia nos termos de uma guerra preventiva, já que o estado israelita sentia-se ameaçado pela política pan-árabe do presidente egípcio Nasser (que se traduziu em alianças militares com a Síria e a Jordânia) e pela partida de forças das Nações Unidas presentes no Sinai desde 1956. Alegando um iminente ataque do Egito e da Jordânia, Israel antecipou-se, atacando preventivamente. Reconhece-se atualmente, entretanto, que não havia quaisquer intenções agressivas dos países árabes atacados antes da guerra.

Em consequência da guerra, Israel expandiu-se territorialmente, ocupando a Cisjordânia (conquistada à Jordânia), a Faixa de Gaza e a Península do Sinai (conquistadas ao Egito) e os Montes Golã (conquistados à Síria). A parte da Cidade Antiga de Jerusalém (também chamada Jerusalém Oriental), tomada a 7 de junho por Israel à Jordânia, seria reunificada por Israel com a Cidade Nova, formando um único município sob jurisdição israelita.

V - Parte

A Guerra do Yom Kippur (1973) começou quando Egito e Síria lançaram um ataque surpresa em conjunto, no dia do jejum judeu, no Sinai e nas Colinas de Golã. Os egípcios e sírios avançaram durante as primeiras 48 horas, após o que o conflito começou a balançar em favor de Israel. Na segunda semana da guerra, os sírios foram completamente expulsos das Colinas de Golã. No Sinai ao sul, os israelitas atacaram o ponto de encontro de dois exércitos egípcios invasores, cruzaram o Canal de Suez (antiga linha de cessar-fogo), e cortaram todo o exército egípcio assim que um cessar-fogo das Nações Unidas entrou em vigor. As tropas israelitas finalmente retiraram-se da região oeste do canal e os egípcios mantiveram as suas posições sobre uma estreita faixa no leste permitindo-lhes a reabrir o Canal de Suez e clamar a vitória.

VI - Parte

A Guerra do Líbano de 1982 começou quando Israel atacou o Líbano, justificada por Israel como uma tentativa de remover os militantes Fatah liderados por Yasser Arafat do sul do Líbano, onde tinham estabelecido, durante a guerra civil do país, um enclave semi-independente utilizado para lançar ataques terroristas a civis israelenses.

A invasão, que levou à morte de 20 mil libaneses, foi amplamente criticada tanto dentro como fora de Israel, especialmente após o ataque da milícia cristã a civis palestinos da região, no episódio que ficou conhecido como massacre de Sabra e Shatila.

VII - Parte

A Primeira Intifada (1987-1993) começou como uma revolta dos palestinos, em particular os jovens, contra a ocupação militar israelense na Cisjordânia e Faixa de Gaza. Líderes da OLP exilados na Tunísia rapidamente assumiram o controle, mas a revolta também trouxe um aumento da importância dos movimentos nacionais palestinos e islâmicos.

VIII - Parte

A Intifada de Al-Aqsa começou no fim de setembro de 2000, na época em que o líder da oposição israelense Ariel Sharon e um grande contingente de guardas armados visitaram o complexo Monte do Templo/Al-Haram As-Sharif em Jerusalém e declararam a área território eterno israelita. Amplos motins e ataques eclodiram em Jerusalém e em muitas das grandes cidades israelenses, e se espalharam por toda a Cisjordânia e a Faixa de Gaza. Um grupo israelense de direitos humanos, B'Tselem, estimou o número de mortos em 3 396 palestinos e 994 israelenses, embora esse número seja criticado por não mostrar toda a imagem, e não distinguir entre combatentes e civis (terroristas suicidas, por exemplo, são contados entre os mortos).

IX - Parte

E, em 7 de Outubro de 2023, já todos sabem o que aconteceu e não tem perdão possível.

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Tenho pena de ver um português, António Guterres, metido nesta alhada e ainda mais de ver o governo de Montenegro mandatar o seu ministro dos negócios estrangeiros ir a Nova Iorque levar a nossa decisão de apoiar a causa palestiniana. Isso parece ser uma atitude humanista que todo o mundo civilizado apoiará e até aplaudirá, mas o problema ficará por resolver. Onde meter os palestinianos? Como garantir-lhe autonomia?

Os palestinianos são uns párias e ninguém os quer por perto, nem judeus nem árabes. Assim não será fácil resolver o seu problema e ir para Nova Iorque apoiar a atitude (errada) de Guterres não ajuda nada. A Palestina deve ser criada como um enclave, dentro de Israel e sujeito às suas leis e a primeira coisa determinar as fronteiras desse enclave. Não será, de modo algum, possível manter a situação de Gaza, pelo que eu apoio a posição do governo de Israel, esse território é de Israel e não poderá lá viver quem se rebele contra as ordens desse país.

Portanto, a grande questão, em que ninguém quis pegar até agora é que território deve constituir esse futuro enclave. Nem os judeus querem pensar nisso, pois construíram tantos colunatos na Cisjordânia e que não querem abandonar que não sabem como resolver o problema. Se me perguntarem a mim, eu que tenho a mania de meter o bedelho em tudo, eu diria que alguns quilómetros quadrados a norte e outros tantos a sul da Cisjordânia deveriam ser dados em troca da Faixa e assim os deslocados teriam para onde ir.

Esta solução permitiria que a futura Palestina ficasse com fronteiras tanto com judeus como com árabes (com o rio Jordão a separá-los) e teriam hipótese de escolher com quem se dariam melhor e em função de quem conseguiriam levar uma vida livre de problemas. Isto porque os palestinos nunca serão auto-suficientes e precisarão dos seus vizinhos para comerciar ou pedir/oferecer emprego.

Levem a minha opinião ao Guterres com o pedido para discutir isso na Assembleia Geral da ONU, em vez de se meter por caminhos sem saída. E lembrem bem das palavras de Netamyahu que eu faço minhas: - There will never be a state of Palestine!

segunda-feira, 22 de setembro de 2025

É segunda-feira!

 Dia de olhar para trás e ver o que foi, como correu, o fim de semana desportivo. Os meus dois clubes ambos ganharam, o Benfica ao aspirante AFS (Aves Futebol Sad) que regressou ao convívio dos grandes e ali quer permanecer, o Gil ao osso duro de roer que é o velho Estoril Praia, já nosso conhecido Ou seja, um e outro subiram mais um degrau na escada para o pódio, onde só caberão os melhores.

Grande mudança do lado do Benfica, com a saída de Lage e a contratação de Mourinho. E uma vitória por 3 a 0, no Minho, que tanto poderia acontecer com um ou outro treinador a acompanhar a equipa. Não seria por aí que o gato nos iria às filhós. A vida não é só gravar videos ou fazer fotos para encher as redes sociais e os jogadores precisam de alguém com mão firme para lhes fazer ver a realidade.

Nos próximos 15 dias, além de disputar o jogo que tem em atraso, o Benfica terá que ir a Londres defrontar o Chelsea e receber o Bayer Leverkusen na Luz e aí veremos se os rapazes escolhidos pelo Rui Costa com aprovação do Lage terão qualidade para dar conta do recado. Há o prestígio do Glorioso e muitos milhões em jogo e é aí que o Mourinho pode fazer a diferença. Ele conhece toda essa gente de ginjeira e está habituado a grandes palcos, se ele não conseguir fazer os nossos atletas darem o litro ninguém conseguirá.

No grupo dos primeiros 7 falta jogar o Sporting e Moreirense, mas isso não alterará, grandemente, a classificação, pois ambos permanecerão neste grupo restrito. Aliás eles estavam empatados, com 4 vitórias e uma derrota, e o jogo que se disputará logo à noite, servirá para os desempatar. Isto digo eu, mas só no fim do jogo saberemos se se confirma, o Sporting tem uma equipa muito superior, mas por vezes entra o diabo em cena e muda tudo.

N.B. - Em relação ao assunto de ontem, foi sem surpresa que ouvi um grande número de comentadores internacionais partilharem a minha opinião sobre a Palestina, o reconhecimento deste território como um estado independente não levará a nada, pois não é exequível, não há a mais remota esperança de o levar à prática!

domingo, 21 de setembro de 2025

O que se compra e onde!

 Poderia falar-vos de pronto-a-vestir que foi o meu mundo, durante muitos anos. Poderia falar-vos de muitas outras coisas que se vendem e compram, em qualquer lado, desde que haja dinheiro para isso. Até sexo, para ir ao fundo da questão. Mas não é nada disso que me motiva a dar ao dedo e transmitir-vos o que me passa pela cabeça.

O assunto não é senão a continuação daquilo que escrevi, ontem, o reconhecimento da Palestina como um estado independente. Independente de quem? Dependente de todo o mundo, a começar pelos árabes (muçulmanos) que os rodeiam e pretendem manter como inimigos figadais dos judeus que vivem e mandam em Israel. Nunca, em tempo algum, conseguirão os palestinos viver em paz!

A ideia partiu do Macron, francês que vê o seu futuro comprometido pelo avanço da direita em todos os países europeus. Ele é muito novo para ir para a reforma e todos garantem que não terá lugar num futuro governo. Vai daí, inventou esta de liderar uma cambada de impreparados para lutar contra o Netanyahu e dar palco aos que lutam contra os judeus. Má escolha, diria eu, pois os judeus detém o combustível que faz girar o mundo. Não é o petróleo, não senhor, é o dinheiro, a mola real da vida.

A França, por qualquer razão que me escapa, foi sempre o país de onde nasceram as grandes mudanças na sociedade. A Revolução Francesa não trouxe apenas o fim da Monarquia e a implantação da República, como nova forma de governar os povos, trouxe também uma nova forma de pensar a sociedade em que passaríamos a viver depois desses acontecimentos que puseram toda a Europa em polvorosa.

Montaigne, Descartes e Voltaire já eram pensadores que todo o europeu ligado à cultura conhecia, mas depois das revoluções francesas Paris passou a ser o centro do mundo, no que à Filosofia dizia respeito. Os pensadores modernos seguiam todos as ideias vindas de Paris e qualquer aluno dessa área tinha que passar por Paris, antes de se poder considerar formado na matéria. Mas, depois de Napoleão ter aberto a Caixa de Pandora, começaram a aparecer outros pensadores que mudaram o mundo, tais como Jean Paul Sartre, Simone de Beauvoir ou Albert Camus, entre outros.

Isto para dizer que, ao longo dos últimos séculos temos vivido de ideias vindas de Paris. Será que a ideia de Macron, discutida e implementada durante este fim de semana, virá a motivar uma grande viragem na política mundial? Uma nova ordem, na qual os Estados Unidos deixam de ter importância e ditar aquilo que se pode ou não fazer no mundo? E substituídos por quem? Pelos árabes do petróleo ou pelos chineses que só reconhecem Buda e Confúcio e nem sabem quem foi, ou que importância teve o profeta Maomé?

Bem, de pensador para pensador, parece-me que a ideia de Macron não dará em nada e da França ficaremos apenas com as "francesinhas" que são, actualmente, a moda, aqui pelo norte de Portugal, em especial na Póvoa de Varzim. Os palestinos são e serão sempre uma espécie de ciganos que ninguém quer ver por perto, mas, por razões humanitárias, teremos que aturar!

E esta veio de lá, mas não foi ideia do Macron

sábado, 20 de setembro de 2025

A Palestina

 É apenas um lugar, no Estado de Israel.


Segundo as más-línguas, a Google, grande empresa americana, já apagou a Palestina do Google Maps. A Palestina era a Terra Prometida por Deus aos seus fiéis seguidores. Era a terra onde corria o leite e o mel, segundo palavras da Bíblia, e para aí se dirigiu o Povo de Deus, depois de conseguir libertar-se da escravidão dos faraós egípcios.

Não é segredo para ninguém que a vida está ligada à água e, por consequência, aos rios. Durante a fome que grassou na Síria, no tempo em que Isaque e seus filhos e netos ali viviam, estes refugiaram-se no Egipto para sobreviver. O rio Nilo gerava a abundância que a todos matava a fome.

Passaram-se séculos e os escravizados seguidores de Geová, levados por Moisés, iniciaram o regresso a casa. O seu destino era a Palestina, a Terra Prometida, e não a Síria de onde eles eram originários. Se aí houve um erro teremos que apontá-lo a Deus, pois os tristes viajantes do deserto do Sinai queriam apenas um lugar onde pudessem parar, descansar o esqueleto e criar umas quantas cabras e ovelhas que ajudassem a matar-lhes a fome.

Essa terra que lhes foi prometida teria que ter um rio, pois sem água não há vida, e esse rio foi o Jordão. Claro que não foi uma vida fácil a que tiveram, pois já ali viviam outros povos que não ficaram nada felizes com a chegada dos descendentes de Abraão. Foi preciso lutar e defender aquelas terras que reclamaram como suas (oferecidas pelo seu Deus) e uma das doze tribos de Israel foi destinada para essa função.

E passaram-se muitos mais séculos, até que a Inglaterra e a França dividiram entre si toda a Ásia Menor e até o Egipto. No tempo da ocupação europeia deixou de ouvir-se falar de judeus e palestinos, aliás, árabes, sendo uns mais comerciantes e os outros mais pastores nómadas. E então, para piorar as coisas, sobreveio a II Guerra Mundial que transformou toda aquela zona numa barafunda total.

Depois da guerra, os europeus acharam que era chegada a hora de entregarem aquelas terras a quem lá sempre viveu e regressar à sua origem. E foi aí que meteram água, muita água, dando terras a quem não tinha direito a elas e reservando um espaço para os judeus que os árabes não queriam por perto.

Já Cristo tinha vindo ao mundo e a religião católica estava implantada, tanto no velho (Europa), como no novo (América) continente. E o Cristianismo transformou-se na nova religião do Povo de Deus com o seu trono em Roma, deixando os judeus à margem, pois estes se tinham rebelado contra o seu Deus e lhe mataram o filho enviado a este mundo para corrigir o que estava mal.

Estava mal, antes de Cristo, e ficou ainda pior depois e franceses e ingleses terem repartido as suas antigas possessões entre árabes e judeus. Por azar, havia um grupo de gente, nem judeu nem árabe, mas que seguia a religião muçulmana, que não foi considerado nesta partilha, os Palestinos. Eles não eram oriundos daquelas terras, eram uma espécie de nómadas ciganos que, nos tempos da ocupação europeia, se foram arrumando naquele pedaço de terra, situado na margem ocidental do rio Jordão.

Ora, tinha sido ali que Deus decidira trazer o seu filho ao mundo e, mais tarde, os seus seguidores mandaram construir o Templo de Salomão, fazendo com que aqueles lugares, Jerusalém, Belém e Nazaré, se tornassem sagrados e de culto para todos os cristãos. Não sendo cristãos, os palestinos - vamos chamar-lhes assim para facilitar as coisas - deveriam ter-se afastado para lugares que considerassem mais apropriado para o seu culto, já que em vez de Cristo preferiram aderir aos seguidores de Maomé.

Entretanto, durante a Idade Média, o Cristianismo conheceu tempos difíceis e aquela zona do mundo foi dominada pelo Império Otomano, período em que ocorreram várias mudanças importantes nos monumentos antigos, herdados de judeus e árabes. A Mesquita AL Aqsa instalada contra os muros dos templos cristãos, no século VIII e renovada no século X, tornou-se no templo sagrado de quem seguia a religião muçulmana e veio criar um dos maiores problemas que subsiste até aos dias de hoje, a partilha de um mesmo lugar por duas religiões antagónicas.

Nem os Cruzados que lutaram por reaver a Terra Santa que os infiéis ocupavam, há séculos, foram capazes de separar as águas, como poderemos nós, passados tantos anos, fazer aquilo que eles não conseguiram? Seria preciso demolir a mesquita dos muçulmanos e e construí-la noutro lado, onde não embaraçasse a vida dos cristãos, judeus ou não. Mas, infelizmente, não é essa a única razão que dificulta a vida dos actuais palestinos que são, eles também, arrivistas e mal-queridos pelos árabes.

Ou seja, fazer aquilo que um grupo de países europeus, Portugal incluído, decidiram fazer, reconhecendo a Palestina como um estado independente, não vai resolver nada nem facilitar a vida aos judeus a quem foi garantida a propriedade do Estado de Israel, em 14 de Maio de 1948. Um estado a funcionar dentro de outro estado, sem fronteiras com qualquer outro, além daquele em que vive aprisionado, nunca dará certo. Se problemas houve no passado, continuará tudo na mesma, ou pior, enveredando por essa política.

Não me interessa o que outros portugueses possam fazer, eu voto contra essa decisão!

Al Aqsa

sexta-feira, 19 de setembro de 2025

Os 3 dias da esperança!

 Ontem, foi celebrado o contrato com o Mourinho!

Hoje, vai ser feito o diagnóstico do plantel por quem percebe da poda!

Amanhã, vão todos à Vila das Aves com o credo na boca, pois precisam de uma vitória a sério para mostrar que o Benfica seguirá por outros caminhos, a partir de agora!


quinta-feira, 18 de setembro de 2025

Será que Trump gostaria de ser rei?

 


Enquanto chineses e russos, sem esquecer os norte-coreanos, fazem paradas para mostrar o seu poderio militar, com grandes máquinas de guerra que impressionam os mais temerosos, os britânicos organizam um passeio com carroças e cavalos que deixam o mundo de boca aberta. Será que aquilo existe mesmo, depois de decorrido já um quarto do século XXI? Só na cabeça dos ingleses, diria eu, pois até os vizinhos escoceses, irlandeses e galeses já deitem aquilo pelos olhos!

Um grande coche, puxado por muitos e lindos cavalos, com a coroa do rei em cima, onde o rei e o seu convidado desfilam perante o povo sempre curioso. Atrás, numa carroça mais humilde, também encimada pela coroa da rainha consorte, seguem as senhoras dos dois mandantes de um e outro lado do Atlântico. Cavalos e cavaleiros, uniformes e librés, sempre foram os maiores nestas andanças, os ingleses!

Não sei explicar porquê, mas diria que o Trump adora isto, ser o foco das atenções de meio mundo. O outro meio deve estar a espreitar cheio de inveja por não poder fazer o mesmo, já que só pelo terror conseguem impor a sua presença aos que comandam. Se ele pudesse mudar a lei nos States para ficar no cargo até que a morte o leve e deixar o lugar de herança ao seu filho, seria o homem mais feliz do mundo!

Nós, por cá, temos que nos contentar com o Mourinho, o Rui Costa ou, em alternativa, o André Ventura que são as figuras mais destacadas na nossa pequenês de país do fado e do futebol. Todo o resto é demais para nós, 3 refeições por dia e um tecto para nos abrigar da chuva é o máximo das nossas ambições. Com uma tarde domingueira  animada por um jogo de futebol é tudo que um tuga precisa (ou tem direito a sonhar).

O melhor que podemos fazer é alhearmo-nos das políticas e guerra que vão por esse mundo fora, pois não temos arcaboiço para nos metermos nisso. Deixemos essas coisas para russos e chineses e mais quem queira meter-se com eles, os americanos tratam disso por nós, enquanto aguentarem. E quando não aguentaram uma nova ordem surgirá, mas isso a mim não interessa, pois já cá não estarei para ter voto na matéria!

Como diz o ditado, quem viver verá !!!



 

quarta-feira, 17 de setembro de 2025

terça-feira, 16 de setembro de 2025

Sobrevoando Varsóvia!

 Não conheço a vista, nunca voei para lá da fronteira alemã. Os russos também não conhecem muito bem, senão não enviariam os seus drones para fiscalizar a área. A menos que estejam mesmo a provocar a Polónia para ver se ela reage. Sinceramente, não sei se é melhor fazer de conta que não demos por isso, porque de contrário teríamos que mandar-lhes uma carga pesada como resposta e depois seria um Deus nos acuda com metralha a voar de um lado para o outro.

Que Deus nos livre de mais guerras, mas o filho de uma grande Putina está mesmo a pedi-las. Não sei por quanto mais tempo a NATO poderá ficar sem reagir. Pela diplomacia parece-me que já não vamos a lado nenhum e a Europa está cada vez mais desunida. Não bastava o Reino Unido ter saído da União, agora é a Hungria e a Eslováquia a desafiar a Srª Von der Leyen, mesmo a pedir para serem escorraçados do convívio daqueles que não gostam da Rússia nem das atitudes do seu líder.

Viver em paz seria muito melhor para todos, em especial para os russos que teriam o mundo aberto à sua frente, mas há uns quantos que não pensam assim e compete-lhes a eles resolver o problema. Mas começa a ser difícil aguentarmos tanta provocação, por vezes pergunto-me se os dois amigos, Trump e Putin, não estarão feitos um com o outro para nos obrigar a ir pelo caminho que querem.

Eles são homens de negócios e só pensam no lucro que podem conseguir em todas as situações e a guerra serve a um e outro para aumentar a despesa com a defesa. Fabricar armas, à doida, gastando biliões de dólares, de maneira manter o inimigo quedo e mudo com medo de um dia provocar um cataclismo nuclear. E o Trump a esfregar as mãos de contente, pois esses dólares iriam parar às suas mãos, em grande parte.

Não quero nem pensar nisso, felizmente, não tenho qualquer responsabilidade na governação de qualquer parcela de terra deste planeta. Prefiro virar-me para o futebol que também é uma guerra, mas com menor risco de haver mortos e feridos. Até o Sr. Google está atento a estas coisas, vejam como abre a página deles no dia de hoje,


E depois, temos ainda a desgraça do meu clube do coração a participar nesta guerra e todos esperamos que não nos acertem um tiro no coração, logo no dia de abertura das hostilidades.
Carrega BENFICA !!!