A ASAE anda a ver se descobre a razão do aumento dos preços. Acredito que não vai chegar a lado nenhum, porque cada um faz o preço que quer e Portugal é o país dos trafulhas. No talho e na peixaria talvez seja mais fácil, mas no mercado dos frescos, hortaliças e afins, a coisa fia mais fino. Nas lojas onde me abasteço (sou eu que vou às compras) quase tudo aumentou para o dobro, a começar nos tomates, passando pelas cenouras e acabando nas alfaces. Das batatas nem falo, no ano passado, o preço manteve-se na casa dos 5€ por saco de 20 Kgs. Este ano, começou nos 8€ e já vai em 13€. Na cebola (eu compro por atacado para todo o ano) começou nos 0.60€ por Kg e já vai em 1.40€ (cento e tais por cento).
A Guerra da Ucrânia serviu de desculpa para tudo, a começar pelo aumento dos combustíveis e a falta dos cereais e seus derivados, farinhas, pão, rações, etc. O aumento exponencial dos combustíveis serve de desculpa para aumentar tudo, pois a distribuição implica o uso de transportes. Na agricultura, além do aumento dos combustíveis, também os adubos e outros produtos químicos utilizados, fizeram disparar os preços. É claro que é muito difícil perceber que aumento devem ter os produtos vindos do campo, pois as variantes são imensas. Já tínhamos o problema das alterações climáticas, a grande seca, depois veio a guerra e começou a falar-se nos aumentos que aí vinham. Já os comerciantes tinham os armazéns cheios de produtos comprados ao preço antigo, mas mal ouviram falar em aumentos, começaram a vender o que tinham com 20 ou 30% de aumento.
A fruta duplicou de preço e casos há que ainda passa disso. Uma caixa de morangos com 2 Kgs custava 5€, agora é a 5€ o Kilo. Maças e peras que não valem a ponta de um corno vendidas a mais de 3€. Felizmente sou cliente de uma casa que vende maçãs a 5€ por caixa, era assim no ano passado e continua. São maçãs que não têm o tamanho mínimo requerido ou têm pequenos defeitos, mas para mim servem, não sou esquisito. As alfaces e os tomates é que são o meu problema, sou um grande comedor de saladas, e os preços dispararam, enquanto a qualidade é cada dia pior.
Tudo o que a ASAE pode fazer é pedir a factura da compra e compará-la com a da venda para ver se houve especulação. E quem vai perguntar ao agricultor por que preço vendeu ao primeiro intermediário? Não vejo como conseguirão travar o processo inflacionista que está mais na cabeça das pessoas que na realidade das coisas. O gasóleo aumentou muito, mas ao dividir isso por toneladas de mercadoria transportada não se chega nunca a aumentos de 50 ou 100%.
E depois ainda há os impostos que também aumentaram muito com a introdução da taxa de carbono que incide sobre tudo e mais alguma coisa. E o Iva que sobe sempre e nunca mais desce.. Começou em 7%, ainda no tempo da outra senhora, com a revolução dos cravos chegou a 16%, logo a seguir a 17%, com a Troika a 21% e com os Socialistas do Costa & C.ia passou para 23%. É tudo a lixar o pobre!
O pacote de leite Mimosa cálcio que o médico aconselhou ao marido custava 79 cêntimos, custa agora 1,19€ a massa, o arroz, o óleo o azeite, tudo aumentou. Comprava um garrafão de 3 litros de azeite virgem 0,7 marca branca a 9,99 . Custa agora 17,99. Praticamente o dobro. No pão, um saloio aumentou 15 cêntimos. Não sei, onde isto vai parar.
ResponderEliminarAbraço e saúde
E as oliveiras já estão plantadas há muito, nem de rega precisam e nem de fertilizantes ou pesticidas. É tudo lucro!
EliminarBom dia
ResponderEliminarÉ caso para dizer :
- Paga zé e não bufes.
JR