São Pizzi de Bragança!

Não tinha intenção de escrever uma letra que fosse sobre o jogo do Benfica, ontem à noite. Por uma razão muito simples, não gostei do jogo e teria gostado ainda menos se o jogo tivesse acabado empatado, como estava perto do fim. Um Benfica a jogar assim não tem qualquer hipótese de ir longe nesta prova que é para verdadeiros campeões. Talvez amealhe mais alguns milhões com a participação na fase de grupos, mas depois disso cairá à primeira rajada de vento que sopre na sua direcção. Prometeu tanto no primeiro jogo da época, derrotando o Sporting por 5 golos sem resposta e caiu num buraco, com o jogo contra o Porto, de onde não parece ser capaz de sair.

As lesões e a fraca forma de alguns jogadores não explicam tudo. O caso do Pizzi que ora joga muito, ora não dá uma para a caixa, é sintomático do que pode estar a acontecer com o plantel do Benfica, o desinteresse. Os jogadores contrariados por não jogarem, aqueles a quem foi apontada a porta de saída e outros que se julgam melhor do que são na realidade e sonham jogar no Real Madrid, Liverpool, ou no City de Guardiola, não estão para correr muito pelo Benfica. Ora temos Jardel, Fejsa ou Cervi, ora desaparecem do mapa sem explicação. Parece-me ouvir o Bruno Fernandes a confidenciar ao amigo (man ou mano, como lhe chamava naquela gravação que foi difundida vezes sem conta) que via ao seu lado jogadores que não corriam, não se esforçavam, não suavam a camisola pelo Sporting, tudo o que queriam era ver o dinheiro cair na conta no fim do mês.

Há quem não goste de ver os putos da academia a jogar, mas disso eu não me queixo. Ontem tivemos o Rúben, o Ferro, o Tomás, o Florentino e o Gedson e todos cumpriram o seu papel. Aí estou de acordo com o LFVieira, é puxar por eles para se transformarem em grandes artistas e renderem milhões ao clube que sem isso depressa desapareceria do universo do futebol de topo. Alguns ficarão por cá algum tempo e partirão depois em busca do ouro e fama que merecerem.

E termino falando da única coisa que me fez saltar do sofá, aquele golo do Pizzi que foi um autêntico milagre. A anedota do guardião do Lyon a colocar a bola em zona proibida, mas essencialmente o sentido de oportunidade e a rapidez, sem esquecer a pontaria, do nosso médio a enviar a bola para o fundo da baliza do adversário.

Grande golo, ficará com certeza na história do Benfica e do Pizzi também!