segunda-feira, 28 de outubro de 2019

Morte ao terror!

Morreu Abu Bakr Al Bagdahdi, o grande chefe do Califado que reuniu á sua volta um enorme exército para pilhar as riquezas dos países árabes do Oriente Médio e com elas custear a guerra contra os infiéis, ou seja, os não muçulmanos. É engraçado como, nos velhos tempos, os infiéis eram eles, na boca dos cristãos do Ocidente e agora virou-se o bico ao prego. Desde o tempo das Cruzadas, na Idade Média, que a Terra Santa era invadida pelos infiéis que tinham que ser combatidos pelos Cristãos, de modo a não ocuparem a terra onde nasceu e morreu Jesus.
Nesse tempo ainda se não explorava o petróleo e a razão para movimentar tanta gente era a «Fé Cristã». O Papa se encarregava de mexer os pauzinhos para que reis e príncipes gastassem as suas economias (e o dinheiro dos impostos do seu povo) a organizar exércitos para combater esses infiéis que profanavam a Terra Santa. Depois da descoberta do petróleo correm rios de dinheiro por aquela zona que foi o berço da cristandade e movem-se os interesses de todo o mundo para tentar ficar com a fatia maior desse bolo.

O seu nome verdadeiro é Ibrahim Awwad Ibrahim al-Badri. Nasceu em 1971 na cidade de Samarra, no Iraque, no seio de uma família sunita de classe média baixa. Na juventude Baghdadi adorava recitar partes do Corão, e observava as regras do islamismo de forma rigorosa.
Baghdadi terá um elevado nível de conhecimento académico em Estudos Islâmicos, da Universidade Saddam, em Bagdade. De acordo com a biografia que circulou pelos fóruns extremistas em 2013, será detentor de uma licenciatura, mestrado e doutoramento em Estudos Islâmicos pela Universidade Islâmica de Bagdade.



Estive a fazer um pequeno exercício de memória para ver se me lembrava de quantos cabecilhas árabes já foram eliminados, nos tempos mais recentes. Tudo começou com aquela guerra que opunha o Irão e o Iraque, uma guerra fratricida entre sunitas e xiitas, em que os Estados Unidos apoiaram primeiro um e depois o outro, de modo a garantir que os seus interesses na região ficassem protegidos. Isso levou à morte de Saddam Hussein.
Por esses tempos nasceu a Al-Caeda liderada por Osama Bin Laden para lutar por todos os meios contra interesses americanos. Acusado de mil crimes, com o ataque ás Torres Gémeas de Nova Iorque em primeiro lugar, foi perseguido e caçado atá à morte.
Outro que pôs o seu dinheiro e as suas influências ao serviço da luta contra os infiéis (agora, os não muçulmanos) foi o Kadafi, o ditador líbio que matava impiedosamente quem se atravessasse no seu caminho. Podiam ser líbios ou estrangeiros, seguidores de Maomé ou de Jesus Cristo, desde que fossem contra ele estavam condenados à morte. O caso mais marcante de que me lembro foi aquele avião com perto de 300 pessoas que foi explodido em peno voo, nos céus da Escócia. Pagou com a vida o seu envolvimento nesta cruzada contra os interesses norte-americanos e deixou o seu país numa crise que dura até hoje.
Pelo meio deve haver outros de quem não me lembro, ou que não tiveram o mediatismo destes três. A luta que opõe judeus e palestinianos já levou à morte de muita gente e continua a ser a razão de fundo de todas estas guerras. Claro que pelo meio existe o petróleo e outras muitas riquezas que estão nas mãos de judeus que dominam a alta-finança mundial, pelo que haverá sempre um Bin Laden ou Abu Bakr que continue a eterna luta que sobreviverá, enquanto o mundo for mundo.

2 comentários:

  1. Muito bem explicado. O maldito petróleo, o dinheiro, o desejo pelo poder, e os fabricantes de armas. Isso explica todas as guerras.

    Abraço e uma boa semana

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  2. Morreu um nasceram dois ou três,
    para se juntarem aos que já cá estão
    são contra tudo aquilo que Deus fez
    por isso tudo ao contrário eles farão!

    Boa semana com a chuvinha,
    por aqui caindo lentamente
    de certa maneira miudinha
    para alegrar esta boa gente!

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