sábado, 22 de outubro de 2016

Eu não sou da Lourinhã!

A Língua Portuguesa (ou o pessoal que a utiliza) é cheia de expressões com duplo significado que a tornam mais rica ainda. Quando afirmo que não sou da Lourinhã (nasci em Barcelos e moro na Póvoa) quero apenas dizer que não sou nenhum tolo, tenho todos os parafusos bem apertados na minha mona. Tu és da Lourinhã é o mesmo que dizer, tu és um parvo.
Da mesma maneira se chama cabeça de abóbora a um gajo desmiolado que não funciona com os parafusos todos. Seu cabeça de abóbora!
Está aí a chegar o «Dia das Bruxas», efeméride muito festejada nos Estados Unidos, mas não entre nós, e as abóboras recortadas em forma de caveira e com uma velinha acesa lá dentro fazem a alegria da pequenada. Mas esquecendo a palermice a que as abóboras, sem culpa nenhuma, andam ligadas, é bom não esquecer que são importantes para a nossa alimentação, produto de fina pastelaria e, em última análise, uma fonte importante de alimento para os nossos animais domésticos, como a vaca ou o porco, que nos põem a carne na mesa.


Vem tudo isto a propósito da feira da abóbora que começa hoje e dura uma semana, na Lourinhã. Como não poderia deixar de ser, a gastronomia estará em primeiro lugar nesta feira e desde uma suculenta sopa até uma bela torta de abóbora, passando por muitas outras variantes desse produto, tudo estará ao alcance de quem quiser dar um saltinho até lá.
Aquilo não vai ser parvoíce nenhuma, vai ser uma coisa mesmo a sério!

2 comentários:

  1. Têm essas duas abóboras muito mais valor,
    do que todos os cabeças de abóbora em São Bento
    do trabalho ardo inundam o pais de suor
    quando aprovam leis contra o povo no Parlamento!

    Eles são mesmo tentação,
    a uns sonhos de abóbora
    nunca se deve dizer não
    sabem bem a qualquer hora!

    Seja no inverno,
    ou seja no verão
    onde há um aldrabão
    há um chico esperto!

    A feira é um lugar,
    onde se negocia
    para quem lá vai comprar
    nem que seja só uma bacia...

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  2. Este ano tenho que recorrer à feira, se as quiser para os doces do Natal, porque as ervas daninhas tomaram conta delas, é o 1º ano que falhei na sementeira e no local escolhido! Haja saúde que os doces não faltarão na mesa.

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