Lisboa está hoje em estado de sítio por causa da "manif" dos taxistas contra a Uber. Embora não seja parte interessada, nem esteja muito por dentro do assunto, eu diria que os taxistas se estão a envolver numa guerra perdida à partida. A fotografia que vêem abaixo parece uma aguarela pintada por um grande artista. É assim Lisboa, uma das cidades mais bonitas do mundo. E os nossos taxistas planeiam torná-la, durante o dia de hoje, num verdadeiro inferno. Ninguém merece!
Como é costume ouvir da boca dos empreendedores, o futuro é hoje. E o futuro é «automóvel sem condutor». O primeiro exemplo é o daqueles carros da Google que trabalham no projecto street view e, segundo tenho ouvido dizer, com grande sucesso. E, na minha humilde opinião, o último exemplo que podemos esperar será um serviço de táxi sem condutor. E acredito que não vai ser preciso esperar muito por isso.
Por outro lado, as fábricas de automóveis estarão interessadíssimas em oferecer aos seus potenciais clientes carros com cada vez mais tecnologia e com os avanços da informática e da robótica isso está a um curto passo de distância. Veja-se o exemplo da Tesla.
Um sistema de auto-pilot permite ao condutor do Tesla S dormir a sesta, fazer a barba ou navegar na internet, enquanto se desloca pelo meio do trânsito. O GPS, as câmaras de video e os sensores de todo o tipo mantém o carro no rumo escolhido, controla a velocidade, optimiza o consumo de combustível e deixa o viajante gozar a vida em vez de ficar stressado durante a viagem.
Aposto que a Uber, ou qualquer outra empresa do género, terá carros na rua sem condutor em menos de dez anos. O melhor que os taxistas podem fazer é ir preparando a sua retirada com muita calma para não serem obrigados a fazê-lo à pressa, no último minuto. O sucesso de qualquer negócio está no conhecimento e antecipação daquilo que lhe reserva o futuro. Portanto, de pouco servirá andar a tocar a buzina, gastar gasóleo e encher o ar de Lisboa de CO2, porque se trata de mais uma batalha de uma guerra que já está perdida.
A última vez que utizei taxi em Portugal (Airport to Graça) fui roubado... Quem é que precisa de táxis quando existe um melhor serviço?!
ResponderEliminarCom o avanço e a modernização cada vez mais da tecnologia, tubo é muito lindo, e muito confortável. O pior está ainda para vir. Quando não houver dinheiro para pagar a quem a tecnologia manda para o desemprego, é que vão ser elas! Não servirão os carros sem condutor para transportar mais nenhuma passageiro. Nem os táxis, nem os autocarros, nem os comboios, nem os aviões e nem os barcos. Porque os homens estão incendiando o planeta e tudo o que nele existe será transformado em cinza?
ResponderEliminarEstou a ver as notícias e parece que a coisa está difícil.
ResponderEliminarUm abra abraço
Até fiquei gaga. Queria dizer, um abraço
ResponderEliminarEm Agosto passado, em Singapura, foram lançados os primeiros táxis de condução autónoma. O objectivo é ter 50 táxis em 2019 - mas há uma explicação concreta porque pode ali triunfar este segmento de negócio: apenas 15% da população tem carro próprio, a geografia proporciona a condução autónoma e o governo local apoia este tipo de iniciativas.
ResponderEliminarNoutro continente mas na mesma altura, a Uber anunciou ir lançar uma frota de carros autónomos em Pittsburgh. A razão para apostar nesta cidade dos EUA deve-se a estar ali localizado o departamento de robótica da Carnegie Mellon University, que os mentores do projecto conhecem, declarando que o seu objectivo é "substituir o milhão de condutores humanos da Uber por condutores robóticos - tão depressa quanto possível".
ResponderEliminarDaqui a alguns anos, ainda veremos taxistas e condutores de empresas como a Uber unidos numa manifestação contra os carros autónomos?
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