À conta das comemorações republicanas de ontem, estive a recapitular aquilo que se passou em África e, em especial, nas nossas antigas colónias. Os países colonizadores (europeus) começaram a abandonar as suas colónias africanas por volta de 1950. Portugal foi o último, fazendo-o apenas em 1974/1975. Ao sair, não houve um único que tivesse organizado as coisas de modo a que os novos governos que os substituíram fossem capazes de ter sucesso. Talvez Portugal tenha sido o pior de todos, entregando as suas antigas possessões aos amigos de Moscovo e Pequim.
Ao fim de todos estes anos pouco mudou e nem sempre para melhor. Os ditadores esmifraram as riquezas dos seus países e o povo vive pior agora que no tempo dos colonizadores. Um dos factores que servir para tornar as coisas ainda piores foi o ressurgir do Islamismo por falta da influência europeia que o vinha contendo desde há séculos. Os missionários católicos e anglicanos encarregavam-se de manter essa religião à distância para bem de todos. Agora é o que se vê todos os dias nas notícias, guerra, fome, miséria, raptos e morte.
Nas duas maiores possessões portuguesas em África, Angola e Moçambique, fomos substituídos por chineses que, embora não sejam reconhecidos por esse nome, funcionam como verdadeiros colonos. A China, com quase um quarto da população mundial, precisa de bens e matérias primas de toda a espécie para alimentar as suas indústrias de modo a criar riqueza para dar de comer a tanta gente. Angola e Moçambique têm muito daquilo que os chineses precisam, a começar por petróleo, gás, carvão, madeiras, minérios e oportunidades de investimento.
A reconstrução das vias de comunicação, estradas e caminho de ferro, assim como a construção civil, em geral, foram as primeiras áreas onde muitos milhões de dólares foram investidos. Mas há mais, muito mais e a dependência dos dólares que uns têm e aos outros fazem falta está a tornar estes países em verdadeiros escravos da China. A coisa já está feia, mas pode ainda piorar muito, especialmente se os governantes não conseguirem adoptar uma verdadeira democracia e diversificar os seus investidores, de molde a reduzir a exposição à China.
No próximo ano há eleições em Angola e já começa a ser tempo do J. Eduardo dos Santos entregar a pasta a outro. Talvez seja o ponto de inversão de marcha para Angola. Em Moçambique as coisas parecem mais fáceis, mas não há abertura do lado comunista. Acabar com a designação de Frelimo para o partido que está no poder seria um bom princípio, mas esse nome funciona como uma droga que mantém o povo adormecido.
A própria Renamo devia começar a pensar num novo nome para o seu partido de modo a agregar à sua volta todos aqueles que não se revêm na doutrina comunista ou prefeririam outros investidores em vez dos chineses. Moçambique poderia, por exemplo, tornar-se um grande entreposto comercial para servir os países centro-africanos, a começar com o Zimbabué, a Zâmbia e o Malawi e, mais tarde, com os países que confrontam com estes. Para tanto bastaria construir uma rede de estradas e de caminho de ferro, da zona da Beira ou Nacala para o interior. Acredito que isso também traria benefícios a esses países que não têm acesso ao mar. Vejo aí possibilidades ilimitadas!
Bem visto! Mas,mas, os governantes desses países, Angola e Moçambique, não estarão a pensar nisso? Enquanto eles na política não se entenderem uns com os outros a nível interno. Não passarão da cepa torta. Os senhores do poder vivem bem com todas as regalias e o povo que trabalha para eles as terem que se lixe. A riqueza que existe por explorar naqueles países, não a sabem aproveitar, para o seu próprio bem estar. Deixam que terceiros e explorem e eles governantes ficam de braços cruzados sem se importarem que o povo passe fome ou não?
ResponderEliminarÉ engraçado, sem graça nenhuma, então o comunismo não é esmolar com os que menos têem, ajudam os trabalhadores, dividem riqueza,? Ou será que eu oiço mal quando eles cantam no poleiro? Pobres daqueles que se deixam enganar por quem muito promete, mas nada faz, há vários exemplos no mundo, mas o Zé não aprende, só espero que o desespero do nosso Costa a fazer contas e a inventar impostos, não nos traga mais austeridade para cumprir o que prometeu quando se autoproclamou 1º Ministro.
ResponderEliminarImpossivel visitar os países limitrofes com Moçambique e não notar a presença chinóca... só que se nota igualmente o barato producto made in china. Mas definitivamente vieram para ficar.
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