quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Agora nós!

Hoje é dia de o Benfica entrar em campo e espero, sinceramente, que não passe pelo mesmo aperto que passaram, ontem à noite, os nossos congéneres lusitanos. O Porto quase que dava um desgosto ao Pinto da Costa num momento em que ele tanto precisa de dinheiro, fama e glória. Estás a ver como eu te trago sorte, deve ter-lhe dito a nova namorada ao telefone, mal o jogo terminou. Por seu lado, o Sporting teve a paga daquilo que merece, por ter um presidente e um treinador que se preocupam mais com o que se passa no Bairro de Benfica do que na Charneca do Lumiar. Tantas vão levar que hão-de aprender!


Mas, voltando à vaca fria que é como quem diz àquilo que me interessa, a jogar bem ou ao pé coxinho, o Benfica tem que ganhar o jogo de hoje, na Ucrânia, senão vai parar à Liga dos pobres e vê os milhões a voar pela janela fora. Alguns reforços do mês de Outubro, como o treinador chama aos lesionados acabados de regressar aos treinos sem limitações, já viajaram para Kiev, mas o mais certo é ficarem a coçar o cu no banco de suplentes, pois não têm ritmo competitivo aceitável. E lá terá que ser, outra vez, o velho Luisão a capitanear as hostes encarnadas para conquistar os dois milhões de euros que são precisos como pão para a boca na Luz. É que a despesa está feita e é preciso pagá-la.


E em dia de Benfica faz-nos bem à alma recordar as coisas boas que têm acontecido nos últimos tempos. Os milhões são importantes e os troféus conquistados ficam muito bem no Museu do Benfica, mas há também as pessoas que são a coisa mais importante de todas. Temos vindo a pagar o devido tributo aos mortos, como o Eusébio, Coluna, Mário Wilson e outros, mas é, principalmente, nos vivos que nos devemos concentrar. E é por isso que quero, aqui e agora, recordar a carreira fulgurante do puto maravilha que no espaço de seis meses deu o salto da equipa B do Benfica para um dos maiores e mais ricos clubes de futebol do mundo, deixando, como recordação da sua "muito curta" passagem pela equipa principal do Glorioso, uma verba de 45 milhões de euros para "aquecer as contas" do seu clube do coração. Estou a falar do Renato Sanches, está claro.
Só falta alguém lembrar-se de onde ele veio e dar uma ajudinha ao Águias da Musgueira que vive mergulhado em dificuldades. O exercício da época passada terminou com um saldo negativo de 8.500 Euros que pouco significado teriam para o Benfica (um almocito a menos para os administradores) e eu só espero que alguém se lembre de lá ir levar o cheque. Haja alguém que passe a mensagem ao Nuno Gomes para ele tratar disso!

2 comentários:

  1. Nunca em toda a minha vida,
    em milhões tanto ouvi falar
    tudo anda numa roda vida
    para mais e mais abarbatar!

    Porque são os milhões,
    que no mundo em rebuliço
    na horta fazem crescer os feijões
    e aumentar o mel no cortiço.

    Que as abelhas vão fabricando,
    todos os dias a trabalhar, para adoçar a boca
    a quem por este mundo vai passando
    e deixando alguns milhões em troca!

    A tua ideia de ajudar,
    o Águias da Musgueira
    bem poderão esperar
    sentados numa cadeira?

    Quem muito tem,
    mais quer amealhar
    não se lembra porém
    de quem precisa ajudar!

    Não roer as unhas em desespero,
    para que hoje o Benfica venha
    lá de Kiev, com pontos no talego!

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  2. Grande reportagem futebolística, não foi à meia noite cheio de sono, mas foi às dez da manhã, estiveste muito bem PARABÉNS!

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