terça-feira, 25 de outubro de 2016

A sentir-me ... crítico!

Já ninguém se lembra do Relvas, aquele que também era doutor sem o ser, o que foi comprando as "cadeiras" que lhe faziam falta conforme encontrava quem lhas vendesse. Há uma coisa que ele teve coragem de fazer e que só peca por não ter ido mais longe. Estou a falar da reorganização administrativa do território nacional, distritos, concelhos e freguesias.
A coisa para ser bem feita devia começar por cima. Há distritos que talvez não se justifiquem, como o de Aveiro ou Leiria, assim como também há muitos concelhos que deviam desaparecer, pois não se justifica a sua existência. Mas não é assunto fácil de pegar para os políticos, pois reduzir a existência de pólos administrativos, significa reduzir poleiros (tachos) para eles e seus amigos (camaradas).
Assim, foi decidido mexer apenas nas freguesias, acreditando que seria possível conter o coro de reclamações que surgiria pela certa de norte a sul do país. Como não foi possível pôr de acordo os autarcas envolvidos no processo, a reorganização foi feita à força. Algumas coisas ficaram bem feitas, outras nem tanto e houve algumas que ficaram uma miséria. Eu culpo os autarcas pelo mau resultado conseguido, pois nunca se mostraram prontos a colaborar para optimizar o resultado, mais preocupados com os seus interesses e pontos de vista.
O mais importante seria reorganizar os concelhos e depois disso responsabilizar os autarcas pela reorganização das suas freguesias. Mas está quieto ó mau, nisso não acredito eu que venham a mexer. A não ser que venha por aí outra troika que os obrigue e eu vou rezar para isso.


A título de exemplo, daquilo que, hoje, me leva a sentir crítico, vou mostrar-vos aqui uma imagem do concelho de Guimarães que me caiu debaixo dos olhos por acaso e que é um bom exemplo daquilo que deve ser corrigido.
Vêem aquele pingarelho lá em cima, no canto superior direito do mapa? Pois aquilo eram duas freguesias, antes de o Relvas atacar. Depois do ataque transformaram-se numa só, mas o que devia ter acontecido era serem anexadas pelas freguesias do sul do concelho da Póvoa de Lanhoso. Reparem no mapa abaixo e vejam lá se não se nota a falta daquela fatia que ficou em Guimarães.


E é assim a vida, sobra a uns o que falta a outros e não há quem ponha ordem nesta bagunça. Ah troika, troika, por onde andas tu que tanta falta fazes aqui!

4 comentários:

  1. mas que raio se passa na água da Póvoa de Varzim? Expulsavas a Troika, agora pedes a Troika, será que não te andas a Troikar todo? Eu acho que é melhor pedires a Catarina Martins para o lugar do Costa, deixa estar as Freguesias, os Concelhos e os Distritos, porque quantos mais acabarem mais longe temos que ir e já não temos pernas para isso.

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  2. Estou complemente em desacordo com essa reorganização desastrosa,que seria mais ainda do que já o é para as pessoas que lutaram, para que os serviços delas se aproximasse e não delas se afastasse. principalmente, dos mais idosos que tem dificuldades em se deslocar! Quanto à Tróika, que se deixe andar lá por onde anda. Não tenho nenhumas saudades dela, nem de quem por causa dela se apoderou do que por direito me pertencia!

    Por se tratar dum impostor,
    que o não era mas queria ser
    quanto a esse Relvas, falso doutor
    por agora nada mais tenho a dizer!

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  3. Estão redondamente enganados os dois comentadores que me fizeram o favor de ler o que escrevi e se deram ao trabalho de comentar.
    Os serviços públicos postos à disposição dos cidadãos não têm nada a ver com distritos, concelhos ou freguesias. mas sim com aglomerados população. Ou seja, por uns tantos milhares de cidadãos tem que haver um centro de saúde ou hospital, uma loja do cidadão ou um tribunal. E nada a ver com a Câmara a quem reportam. Até porque hospitais e tribunais não reportam a qualquer Câmara, mas sim ao poder central.
    A ideia de reorganizar é para eliminar presidentes, vogais e assembleias que não servem para nada, a não ser para garantir tachos aos políticos. E com o dinheiro poupado poderiam melhorar-se alguns dos serviços.
    Muito mais poderia dizer sobre o assunto, mas isso não cabe num simples comentário.

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  4. Posso estar enganado, mas tenho a certeza que as populações, têm mais apoio do poder local que do poder central. É o poder local que ainda vai fazendo alguma coisa para o bem dos seus munícipes. Porque o poder central concentra-se nos grandes centros populacionais e tá-se nas tintas para o interior!

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