sexta-feira, 10 de janeiro de 2025

Mudei de ideias!

 Tinha planeado falar, hoje, de Putin e da sua falta de mar que tanto o aflige. Qualquer país que queira ter uma grande «Marinha de Guerra» precisa de muito mar, assim como tem Portugal (só mar que Marinha não tem) ou os Estados Unidos (que se podem gabar de ter as duas coisas). A Rússia e a China têm grandes marinhas, mas falta-lhes o mar, o que os obriga a tentar apoderar-se do mar de outrem.

Mas um comentário do Valdemar, vindo lá das antípodas, fez-me mudar de planos. A questão dos 5 "W" que devem nortear o trabalho de qualquer jornalista são o cerne da questão e fizeram-me pensar que aqui, em Portugal, esse princípio não deve ser conhecido, ou então é conhecido e não praticado.

O caso mais paradigmático que me vem à cabeça, assim de repente, é o da CMtv e dos seus jornalistas. A Tânia Laranjo (e agora a sua filha também) funcionam como os inspectores da PJ, à procura de casos que possam interessar à polícia. Elas as duas ajudadas por uma troupe de mal preparados repórteres, espalhados por todo o país, vigiam as portas dos tribunais, as estradas nacionais, igrejas, cadeias e cemitérios na procura de qualquer coisa que possam servir aos seus clientes que os faça arregalar os olhos, botar uma lágrima ou berrar contra os políticos que, ao fim e ao cabo, são os culpados de tudo.

Os 5 "W", (Who, What, When, Where, Why) para a CMtv pouco importam, o seu objectivo é outro. Um pouco como eu estou fazendo agora, falar da Tânia, em vez de o fazer de todos os jornalistas, em geral. Todos não sei como se comportam, mas os da TV que aparecem à minha frente a toda a hora, são um desastre. Eu tenho a televisão ligada durante as 24 horas do dia, até a dormir é raro eu desligá-la, de vez em quando abro um olho e quero ver o que vai pelo mundo. CNN, Al Jazeera, RTP Africa e quejandos estão sempre a debitar algo que eu quero ver ou ouvir.

O recado do Valdemar fez-me lembrar que também eu - que teimo em ser cronista aqui no meu canto - devo respeitar essa regra e não alinhar em sensacionalismos bacocos. Ontem, foi noticiado que a saúde do ex-presidente do FCP tinha piorado e eu reagi logo, dizendo que é uma desculpa habilidosa para não comparecer no tribunal, onde deveria ir depor (a favor) do Fernando Macaco, no processo Pretoriano.

E pode ser assim ou não ser, um jornalista que se preze não pode alimentar o público com uma notícia que não sabe de onde vem, se é verdade ou mentira e que pode ser apenas "fake news". Eu não quero ser uma Tânia Laranjo!

Ontem, foi o dia de regresso do Venâncio Mondlane a Moçambique. Ele estava fora do país por razões. de segurança e resolveu enfrentar os caciques da Frelimo para dar um passo em frente na sua luta contra o processo eleitoral que ele e muitos outos classificam de fraudulento. Tal e qual como está a acontecer na Venezuela, os comunistas lêem todos pela mesma cartilha estejam onde estiverem.

Esta notícia eu posso retransmitir, pois sei o que significa para ele e para o povo de Moçambique. Ou vai ou racha, digo eu. O presidente venezuelano vai tomar posse no exílio e este poderia fazer o mesmo, mas terá outro impacto se o fizer no seu país e com o apoio, indesmentível, do povo. Talvez os frelimistas tentem, ou até consigam, eliminá-lo, mas ficará na História como o primeiro presidente não comunista, escolhido pelo povo, ao fim de 50 anos de ditadura frelimista!

Sem comentários:

Enviar um comentário