Comecei a ouvir grande burburinho na rua e indo à janela que dava para o largo da Catedral vi uma grande multidão que saltava, cantava e dançava como se lhe tivesse saído a sorte grande! Parece que foi há séculos, mas passaram apenas 35 anos, pouco mais que uma geração.
A política e os políticos estão de cara à banda, na Alemanha, não sabem se devem festejar o 9 de Novembro, data da libertação da metade oriental do seu país, ou chorar pela situação política que atravessam. O mais certo será irem de novo a eleições, mas tal como foi difícil formar a coligação que agora se desentendeu, difícil vai ser também encontrar outra que dê melhores resultados.
Já se sabia que a herança de Ângela Merkel não iria ser fácil de gerir, mas a situação que se vive no mundo, que não apenas na Alemanha, é mais devida à "Globalização", à ambição de China de suplantar os Estados Unidos e à vontade de Putin de voltar a ter uma mãe Rússia, como era quando ele nasceu. Apenas 50 anos se passaram sobre o fim da "Colonização" e o mundo ainda não aprendeu a viver essa nova realidade. Em especial para a Europa isso foi e ainda continua a ser um parto longo e difícil.
Se o general Custer não tivesse matado tantos índios, no tempo em que a Inglaterra colonizou a América d norte, a coisa seria ainda mais dolorosa, pois teríamos a raça branca expulsa da América e devolvida a uma pobre e envelhecida Europa, onde já não havia onde escavar para encontrar ouro ou outras riquezas. E não teriam sido carregados tantos navios negreiros carregados de escravos para cultivar aquele imenso território que era ainda virgem de tudo.
Os nativos do continente americano são os índios, os colonos brancos pertencem à Europa e os escravos negros à África. Se todos pudessem ser devolvidos às suas origens e os índios, desde a Terra do Fogo até à imensidão gelada do norte do Canadá, comandassem a vida dos verdadeiros donos daquela terra, talvez o mundo fosse melhor. Ou talvez não, ninguém sabe!
Ainda um dia hei-de descobrir a razão de os países do norte serem mais ricos que os do sul. Será o equador a separar o mundo em duas metades, uma ocupada pelos mais ricos, mais empreendedores, mais trabalhadores e a outra pelos indolentes que preferem dormir a sesta e passar fome em vez de trabalhar e lutar pela sua subsistência?
Outra cogitação que, de vez em quando, me assalta a mente é reconhecer que os países colonizados por ingleses se tornaram ricos, enquanto que os colonizados por portugueses e espanhóis só criaram miséria. Olhando para o continente americano vemos que tudo o que fica a norte do Trópico de Câncer, outrora colonizado pela Inglaterra, é mais rico e evoluído que o lado sul, em que só há miséria fome e droga. Será a herança genética dos latinos a fazer a diferença?
E termino como comecei, a Alemanha, hoje unida e com perto de cem milhões de habitantes é o motor da Europa e se o motor gripa ... a carruagem não anda! Tenho a certeza que não faltarão na Alemanha génios capazes de liderar o seu país, só têm que esquecer a política (que os divide) e pensar na sua «Vaterland» de que fala o seu hino nacional.
O Muro de Berlim devia ser um caso de estudo para qualquer portugues que ainda pense votar na Organization sediada no Largo do Rato: basta saber para que lado os socialistas fugiram.
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