quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Agricultura no Minho!


 Nasci no mundo rural do Baixo Minho, aquele que faz fronteira com o distrito do Porto. No tempo dos meus avós que foram também eles lavradores, as culturas principais eram o milho e o vinho. A riqueza das pessoas media-se "carros de pão" e "pipas de vinho". As pessoas da minha idade, mas nem todas, ainda sabem o significado dessas palavras, mas os meus netos arregalariam os olhos de estupefacção se lhes fizesse a pergunta. Para eles, pão é o que se compra na padaria e o vinho em garrafas nos super ou hipermercados.

E lembrei-me disto, porque a seguir ao S. Martinho, em que o vinho já repousa no fresco ambiente das adegas e o milho está guardado a bom recato para não ser atacado pelo gorgulho, os agricultores entravam num tempo mais calmo, sem grandes correrias ou aflições. Depois da ceifa do milho a terra era lavrada e semeada com erva para alimentar o gado e dar origem a feno para guardar para o inverno seguinte. As videiras ficavam à espera da poda e amarração, mas isso fazia-se nas calmas até fim de fevereiro ou meados de março. Ou seja, até chegar à semana santa havia pouco que fazer e descansar bastante para a próxima corrida que começaria daqui a instantes.

E depois de soar o tiro de partida que dependia em larga medida das condições atmosféricas, ninguém mais parava até chegar ao S. Miguel, padroeiro das boas (ou más) colheitas, lá bem no fim de setembro. Era levantar antes de o sol nascer e deitar perto da meia noite. Ia-se para o campo em jejum e por volta das 8 horas aparecia lá uma criada com o açafate cheio do que servia para matar a fome. O que por vezes não era muito, às vezes umas migas de broa de milho com cebola estalada em água a ferver.

A meio da manhã, uma côdea de broa com meia dúzia de azeitonas (se as houvesse) e um copo de água-pé. Um almoço engolido a correr e a merenda, a meio da tarde, que era uma repetição do lanche matutino. À noite, o jantar à volta da lareira e com o corpo já a pedir descanso, mas havia ainda tarefas por fazer. Os animais que ajudavam a puxar os carros e moverem as alfaias agrícolas também precisavam de ser cuidados e alimentados e só depois disso vinha o período de descanso que era sempre mais curto do que o corpo pedia.

Com o passar dos anos os costumes foram mudando, a indústria veio, em larga medida, substituir os trabalhos agrícolas, levaram as pessoas para mais próximo das cidades, ou para dentro delas, e começaram a surgir, aqui e ali, campos abandonados. A partir do fim do século, as indústrias que tinham nascido, depois da II Grande Guerra, e vivido da mão de obra barata, deslocaram-se em direcção aos países do sol nascente, em que a fartura de mão de obra a mantinha em preços acessíveis.

E os envelhecidos agricultores do Baixo Minho foram obrigados, pela segunda vez em poucos anos, a mudar de vida. Voltar ao tempo do pão e do vinho era impossível e optaram, em vez disso, por criar vacas leiteiras - fartam-se, agora, de barafustar, porque o preço do leite não dá para viverem como gostariam - e cultivar frutas e legumes em estufas que cobrem muitos hectares. Semear erva, durante o inverno, e milho para silagem, durante o verão, é tudo o que fazem os lavradores que escolheram as vacas leiteiras em vez da horticultura.

Esse tipo de agricultura ocupa apenas o pai e a mãe, os filhos vão estudar até fazerem 18 anos, idade em que é já impossível ensinar o corpo a "dobrar a espinha". Não me perguntem a mim o que vai fazer essa gente toda, com muitos estudos e pouca vontade de trabalhar, pois não vos sei responder. Os trabalhos agrícolas terão que continuar a ser feitos, sob risco de morrermos todos à fome, mas para isso teremos os tais trabalhadores baratos que vêm dos países do sol nascente, porque lá a vida se lhes tornou impossível.

E a Terra continua a girar à volta do Sol até que o nosso Criador (porque ele existe, não tenham a menor dúvida disso) a mande parar e então, plim, plim, plim, nos transformaremos em poeira a vogar no espaço celeste!





quarta-feira, 20 de novembro de 2024

Esquerdas e direitas!


O primeiro pensamento que me abalroa (alguns cromos dizem albarroa) é o meu tempo de recruta em que o sargento Bicho se fartava de gritar, esquerda, esquerda, esquerda, direita, op, dois, na tentativa de fazer o pelotão acertar o passo. Alguns tinham dificuldade em o conseguir! Houve até um transmontano que foi colocado na posição de sentido, em frente da formatura, segurando um tijolo na mão esquerda para nunca mais se esquecer qual era a mão que tinha que levantar, quando o pé direito tocava no chão.

Depois vieram as lições em que quem levava o passo trocado dava um saltinho para trocar de pé e continuava a marcha em sintonia com todos os camaradas da Companhia. Ao toque da caixa marchavam 150 homens, fardados de camuflado, a caminho de Moçambique para cumprir a vontade expressa pelo nosso ditador, Salazar.

Isso foi há muito tempo e o Salazar já morreu há 54 anos. Mas para o russo Putin parece que o tempo não passou, ou então passou, mas ele decidiu regressar ao passado e quer toda a gente de passo certo ao toque da sua caixa. Ele diz que é das esquerdas (???) e não quer ninguém a virar à direita que isso é o grande defeito dos estadunidensses.


Mas isso é tudo uma questão de opiniões, pois mais liberdade têm os povos do mundo livre do que aqueles que vivem sob o jugo da Rússia, da China, da Coreia, de Cuba ou da Venezuela. Esses tentam fechar a porta para os seus súbditos não copiarem hábitos alheios, com medo que eles descubram qual é o valor da liberdade.

Aliás, no mundo em que vivemos e com a informação difundida pela internet, do modo que é, actualmente, é quase impossível eles segurarem o "gado na cerca". Qualquer dia deitam a cerca abaixo e desatam a dar gritos de liberdade.

Ameaçar o povo com a bomba atómica ou uma guerra global não me parece a melhor solução, mas eles é que sabem, se o decidirem fazer também eles serão vítimas do seu erro. Como se disse e escreveu, no tempo de Reagan, uma guerra dessas não terá vencidos nem vencedores e, portanto, é melhor ficar quietinho e deixar que a zanga passe.

Uns copitos de vodka talvez ajudem!!!

terça-feira, 19 de novembro de 2024

Putos da escola!

 


O Putin assinou o decreto que permite o uso alargado das armas nucleares. Acabei de ler isto na SIC-Notícias e voltei atrás para ler de novo, pois me pareceu ter percebido mal.

Ele é que manda, ninguém faz "absolutamente" nada sem autorização dele. Então para que serve o decreto? Ah, já entendi, é para provocar o chefe da Nato, pois ele sabe que do lado de cá as coisas se fazem de maneira diferente e ninguém anda por aí a dizer que vai explodir uma bomba atómica em cima de seja quem for. Quando tiver que ser feito, faz-se e no mais absoluto segredo.

O Putin faz-me lembrar aqueles putos da escola que por serem filhos do Sr. Fulano de tal se achavam no direito de mandar nos outros e autorizar ou proibir aquilo que lhes desse na mona! Assim a modos que aquele puto que trazia a bola para jogarmos e quando as coisas não lhe corriam de feição, pegava nela e ia-se embora deixando-nos a olhar para o boneco.

E depois o chefe da Nato põe-se a dizer coisas como: - o Putin não pode ganhar esta guerra, a Ucrânia tem direitos que ninguém pode esquecer. Gosto mais da conversa do Joseph Borrell que se limita a dizer que a Ucrânia tem direito a disparar os mísseis para onde, como e quando quiser. Não é isso que o Putin faz também? Aliás, ele infringe todas as regras, mas não permite que os ucranianos façam o mesmo!

Fico a pensar que deve haver alguma parte da História que eu não estudei. Onde raios está escrito que a Rússia tem o direito de escravizar os seus vizinhos?

segunda-feira, 18 de novembro de 2024

Eu gostaria de ...!

 ... vos acompanhar, mas os meus planos hoje levam-me para Trás-os-Montes. Que se há-de fazer, amanhã continuaremos e, como diz o ditado, um dia não são dias!

domingo, 17 de novembro de 2024

Deutschland über alles!

 O título desta publicação é parte integrante do hino da Alemanha!

Após o fim da coligação entre o SPD, os Verdes e o FDP, o presidente federal, Frank-Walter Steinmeier, demitiu três dos quatro ministros do FDP do gabinete do chanceler Olaf Scholz (SPD).
Ao mesmo tempo, Jörg Kukies, consultor de política econômica de Scholz, foi nomeado o novo ministro das Finanças. O ministro da Agricultura, Cem Özdemir (Verdes), também assumirá o Ministério da Educação. O ministro dos Transportes, Volker Wissing, é o único político do FDP a permanecer no governo. Ele saiu do FDP. Steinmeier também o nomeou como o novo ministro da Justiça.

Há cerca de 15 dias começou a turbulência na Alemanha, a coligação do semáforo desfez-se e vai ser necessário convocar novas eleições que só acontecerão no Ano Novo de 2025. Quanto mais cedo melhor, dizem os políticos, pois "desgovernados" é que não podemos ficar!

Em um comunicado conjunto à imprensa, o vice-chanceler e ministro da Economia, Robert Habeck, e a ministra das Relações Exteriores, Annalena Baerbock, lamentaram o término da coligação e o consideraram desnecessário. Ainda que houvesse soluções possíveis, o FDP “não estava preparado” para “seguir por esses caminhos”. Tendo em vista as novas eleições, Habeck disse: “Vimos o que acontece nos EUA quando o ódio e a agitação, quando o populismo e a divisão envenenam a campanha eleitoral e o debate político. A Alemanha pode fazer diferente, e a Alemanha fará melhor."

Entretanto, o demissionário chanceler foi até à Rússia tratar da vidinha que é como quem diz, mostrar serviço, para ver se convence os eleitores a votarem no partido dele, quando chegar a hora. Ele pensa e nisso eu estou de acordo com ele que a Alemanha e a Rússia são os dois países europeus mais prejudicados pela «Guerra da Ucrânia». E pensando bem, podiam juntar esforços e acabar com ela.

Já vamos a caminho de 3 anos de guerra e muitos milhões foram queimados nessa guerra fratricida. A Rússia está pouco menos que falida e a Ucrânia feita num monte de destroços. Vai ser preciso muito dinheiro, milhares de milhões para consertar uma e a outra e quanto mais cedo começarem, melhor será. Muita gente está convencida que foi a vitória de Trump, nos Estados Unidos, que motivou esta viagem de Scholtz a Moscovo e que será ele, como grande chefe da NATO a provocar a mudança que trará com ela a paz, naquele canto do mundo.

A Rússia é o maior país da Europa e segue-se a Alemanha, por conseguinte, tem toda a lógica que sejam os seus líderes a pôr o problema em cima da mesa e tentar resolvê-lo. Com maior ou menor cedência de ambos os contendores a paz é possível e mesmo não sendo a solução que agrada a todas as partes, sempre será melhor que continuar este morticínio. Entre russos e ucranianos já vai para lá de um milhão de mortos e, embora o Putin faça tudo para esconder essa verdade, há-de chegar o dia em que tudo se saberá e, nessa altura, não acredito que a popularidade do líder russo valha um caracol.

É preciso não esquecer que a Alemanha encerrou as suas minas de carvão, por razões ecológicas, e se ligou à Rússia, através do Mar Báltico, para receber o petróleo e gás que precisa para mover a sua indústria e aquecer os seus habitantes. Ora, as sansões impostas à Rússia, pelos países da Nato, obrigaram a encerrar o Nordstream I e II, deixando a Alemanha numa penúria energética. É claro que tudo se resolveu, mas a que custo?

A já anunciada política externa de Trump de não financiar a NATO para forrar as costas aos europeus é um recado claro para acabar com a guerra ou suportar os seus custos. E a União Europeia não está nada, mesmo nadinha, preparada para aguentar esse encargo, Nem o Reino Unido e outros parceiros europeus que têm um medo danado da Rússia e não sabem como resolver o assunto. Mas, pior que isso, faltam-lhe os meios para o fazer. Não há um único país que tenha as contas folgadas para aumentar a sua participação no orçamento da Nato.

Por isso, digo eu, a única solução é convencer o líder da Ucrânia a aceitar a situação como ela está, antes que piore, dando uma hipótese ao Putin de parar a ofensiva sem ficar muito mal na fotografia. E nisso a Alemanha, como maior potência europeia e parceiro da Nato, é o mediador preferencial para tratar do assunto. Ninguém me tira da cabeça que foi isso que o Olaf Scholz foi fazer a Moscovo.

sábado, 16 de novembro de 2024

O «Pombal»!

 Esta semana estive numa reunião de família em que se falou no pombal que o meu pai construiu na casa onde nasci, para criar pombos. Pombos e pombas e pombinhos também. Depois a conversa descambou para o «Zé da Amélia» que era um vizinho nosso e ainda parente afastado da minha mãe. Quem não gostava nada dele era o meu pai que o acusava de lhe roubar as pombas.

O meu pai tinha muitas pombas que faziam criação e poucos pombos, pois estes tinham pouca serventia. A selecção era feita, quando eram ainda borrachos, as fêmeas ficavam, os machos iam para a panela do arroz ou eram vendidos. Uma forma fácil de gerir o negócio.

O Zé da Amélia funcionava de forma diferente, não fazia criação, ou se fazia era por acidente, livrava-se das pombas e ficava com os machos apenas. Ele tinha aprendido que as pombas, na época da postura, seguem o macho e ficam com ele até acabar a postura e criação dos borrachos. Esse pormenor da natureza fazia as pombas do meu pai irem criar os filhos na casa do vizinho que comia os borrachos e mantinha a pomba presa no seu pombal para evitar que ela regressasse a casa.

Isso para o meu pai era um roubo descarado e um dia foi a casa da Tia Amélia e exigiu revistar o pombal para ver se alguma das pombas que lá encontrasse era sua. E vendo que tinha razão forçou o Zé a manter a porta do pombal aberta até todas as pombas saírem para dar uma volta. Com alguma sorte, algumas iriam dormir no seu pombal, assim que o sol se pusesse.

Recordei esta história ao ver uma foto de Beirute, onde uma bomba judia atirou um prédio abaixo, e outra de Valência com pessoas presas nos andares superiores, enquanto as caves e rés-do-chão estavam debaixo de água. As pessoas, hoje, vivem como as pombas do meu pai, encasteladas umas em cima das outras, por falta de espaço.

A casa onde nasci era pequena e quanto mais a família crescia, ao ritmo de um novo filho a cada 20 meses, mais pequena se tornava. Eu dormia com um irmão num pequeno quarto construído na varanda, fora das paredes de granito da casa, propriamente dita, com 2,5 mts de comprimento e 1,5 mts de largura. Por baixo desse quarto era o galinheiro (que tal e qual como o pombal fornecia a cozinha da minha avó Maria) que o meu pai, habilidosamente, dividiu em dois, reservando o rés-de-chão para as galinhas e o 1º andar para as pombas.

Tal e qual como fazem os engenheiros levantando prédios cada vez mais altos, em que vão encastelando as pessoas, como o meu pai fazia com as aves. O céu é o limite, pensam eles, e enquanto as autarquias permitirem subir, eles aproveitam, pois o terreno, onde plantaram a cave e o rés-do-chão, já foi pago.

Um dia pernoitei numa cidadezinha, nos arredores de Manchester, e perguntei a um morador porque é que as casas estavam tão longe umas das outras. Se alguém gritasse por socorro ninguém ouviria, pensei eu. A resposta surpreendeu-me, mas agora entendo-a bem. É para as pessoas terem espaço e não viverem umas em cima das outras, disseram-me. Cada lote de terreno tinha que ter, pelo menos, 50 metros de frente para a rua e, assim, um espaço de +/- 40 metros entre casas.

 Se o Rúben Amorim ler esta minha publicação ainda vai à procura desse local para viver em paz, na terra que escolheu para morar nos próximos anos e que os Red Devils esperam que sejam muitos e com enorme sucesso. De futebol estamos falados, ontem a nossa selecção ganhou por 5 a 1 aos polacos de Lewandovsky & C.ia!!!

sexta-feira, 15 de novembro de 2024

Más notícias para mim!

 A doença da «Língua Azul» está a atacar os rebanhos de ovelhas, lá para o sul. Os borregos morrem às centenas e, por tabela, a carne desse bichinho que só vem a este mundo para saciar a gula de alguns comilões, entre os quais não me incluo, vai aumentar de preço. Como acabei de afirmar, não sou consumidor habitual dessa carne e devia, por conseguinte, ficar a assobiar para o lado.

Mas quem levantou o problema disse logo que a carne de cabrito aumentaria também, pois os consumidores comprariam esta por lhes faltar aquela. Não devia ser assim tão líquido, mas para quem comentou o assunto parece ser. E eu que me lixe, pois uma perna de cabrito é um luxo que, de vez em quando, permito a mim mesmo. E já não está nada barato, pois desde que começou a guerra na Ucrânia aumentou cerca de 20%. Dizem que é por causa das rações que são fabricadas a partir de cereais que vêm daqueles lados.

E se eu lhes disser que o cabrito é muito melhor se nunca comer rações e se alimentar apenas do que encontra na natureza? Ninguém quer saber disso, querem é aproveitar todas as desculpas para facturar mais uns euritos. Se o cabrito não precisa de rações, precisa o pastor e o dono das cabras e a vida está cada vez mais cara. Culpa do turismo, dizem alguns.

E nós que, à falta de indústria, pensávamos ter descoberto no turismo a galinha dos ovos de ouro, ficámos de cara à banda, pois os turistas vêm cá e só nos complicam a vida. Aparecem em todo o lado, ocupam o nosso espaço e, não tarda que tenhamos de mudar de lugar para ter direito a alguma paz e sossego. Viver nas cidades grandes está muito difícil!

Por favor, salvem os borregos para o cabrito não aumentar de preço no meu talho!

Cabras sapadoras que limpam o terreno para prevenir incêndios

quinta-feira, 14 de novembro de 2024

Até parece anedota!

 Mas não é, aconteceu mesmo!


Um camionista tinha parado para almoçar e quando acabou e se dirigiu à viatura para prosseguir a viagem foi abordado por outro homem do mesmo ofício que lhe perguntou:

- Vais para o norte?
- Vou, respondeu o primeiro.
- Podias dar uma boleia a esta catraia que veio cá visitar o pai e agora quer regressar ao Porto.
- Ok, disse ele, sem problema.

Fez sentar a miúda ao seu lado e pôs o motor em marcha, iniciando o regresso a casa, no Minho. De vez em quando, lançava um olhar de soslaio à miúda (que já era bem crescidinha) e, às tantas dispara-lhe uma pergunta:

- Tu ainda és virgem?
- Não, respondeu ela.
- E já fizeste sexo muitas vezes, insistiu ele?
- Já, disse ela com os olhos fixos no alcatrão da estrada que corria ao seu encontro, como se lhe quisesse entrar pelos olhos dentro.
- E também fazias comigo se eu te pedisse?
- Claro, sem problema!

A meio da tarde, uma pausa para descansar um pouco a vista e esticar os músculos das pernas. O parque de descanso, ao lado da estrada, tinha um renque de mimosas que serviram de cortina para quem passava na estrada e escondeu o parzinho que, durante alguns (não muitos) minutos se dedicou a uma série de flexões tratando de apagar o fogo que os consumia. É que para isso não é preciso tirar o curso de bombeiro, embora o camionista fizesse parte da corporação de bombeiros lá da sua terra!

quarta-feira, 13 de novembro de 2024

Sabem que mais!

 Estou de abalada, vou até à Bairrada para comer um bom ... Cozido à Portuguesa!


Quem me convidou é daquela zona e deve estar farto de comer leitão, portanto, vamos no cozido! É um velho camarada fuzileiro que também andou por Moçambique e estava farto de me convidar. Hoje foi o dia escolhido para dizer sim. E lá vou eu que a minha boleia já está à porta.

Uma boa quarta-feira para todos e até breve!!!

domingo, 10 de novembro de 2024

A vida é um jogo!

 


Não tinha a mínima intenção de voltar ao blog, hoje, mas o resultado dos dois grandes jogos desta noite a isso me obrigaram. No caso do Braga-Sporting, eu queria muito que o Sporting perdesse para o Benfica o ter ao seu alcance, quando chegar o dia de se enfrentarem. Por outro lado, gostaria que o Rúben Amorim se despedisse do nosso campeonato em grande e, às tantas, dei por mim a incentivar o Sporting para que recuperasse dos 2 a 0 com que chegou ao intervalo.

E aconteceu, o Sporting teve uma entrada de leão, na segunda parte, e em pouco tempo conseguiu o empate. Mas não parou por aí e no fim registava-se o resultado de 4 a 2 que garante ao Sporting o primeiro lugar e com 5 pontos de avanço sobre o Benfica. Amanhã o Rúben apanha um avião para Manchester e teremos outras hipóteses de ganhar pontos ao Sporting, pois ainda há muito campeonato pela frente.

E quanto ao Benfica-Porto tenho várias coisas a dizer. A vitória folgada que o Benfica conseguiu sobre o Porto era aquilo que me faltava para acreditar que o «reinado da trafulhice» inventado e levado à prática pelo Pinto da Costa chegou ao fim. A saída do presidente, do treinador e dos dois brasileiros insurretos, Pepe e Octávio, abriu o caminho para que o FCP se possa considerar um clube "normal". Para completar o processo só faltava que o Benfica enfrentasse e derrotasse, sem sombra de dúvida e dentro das 4 linhas, o clube que mais títulos ganhou nos últimos 40 anos, embora saibamos que alguns foram ganhos de forma pouco clara.

E aconteceu hoje, véspera de S. Martinho, em que o Benfica ganhou o jogo por 4 golos a 1 e podiam ainda ser mais, pois oportunidades não faltaram e eu sinto que entramos numa nova era do futebol nacional. O Vieira tentou imitar o Pinto da Costa, mas deu-se mal. E ainda bem que isso aconteceu, pois não gostaria que os sucessos que o meu clube possa conseguir ficassem manchados pela sombra da dúvida. Ainda estamos longe de poder garantir que tudo será feito com absoluta lisura, mas estamos muito mais perto do que nunca de o conseguir.

E viva o Benfica que depois de jogar com o Nacional, no mês que vem, ficará em segundo lugar e poderá ir à caça do leão que vai a fugir na nossa frente. Assim espero eu !!! 

Alemanha em crise!

Para ver o video clicar em «Ver no Youtube»!

Por casualidade, eu estava na Alemanha, no dia 9 de Novembro de 1989. Acomodado num bom hotel que se situava ao lado da Catedral de Colónia, vi com o maior espanto o povo a trepar o muro e saltar para o lado de cá (!!!) sem que os soldados comunas os abatessem a tiro, como era costume fazerem.

Comecei a ouvir grande burburinho na rua e indo à janela que dava para o largo da Catedral vi uma grande multidão que saltava, cantava e dançava como se lhe tivesse saído a sorte grande! Parece que foi há séculos, mas passaram apenas 35 anos, pouco mais que uma geração.

A política e os políticos estão de cara à banda, na Alemanha, não sabem se devem festejar o 9 de Novembro, data da libertação da metade oriental do seu país, ou chorar pela situação política que atravessam. O mais certo será irem de novo a eleições, mas tal como foi difícil formar a coligação que agora se desentendeu, difícil vai ser também encontrar outra que dê melhores resultados.

Já se sabia que a herança de Ângela Merkel não iria ser fácil de gerir, mas a situação que se vive no mundo, que não apenas na Alemanha, é mais devida à "Globalização", à ambição de China de suplantar os Estados Unidos e à vontade de Putin de voltar a ter uma mãe Rússia, como era quando ele nasceu. Apenas 50 anos se passaram sobre o fim da "Colonização" e o mundo ainda não aprendeu a viver essa nova realidade. Em especial para a Europa isso foi e ainda continua a ser um parto longo e difícil.

Se o general Custer não tivesse matado tantos índios, no tempo em que a Inglaterra colonizou a América d norte, a coisa seria ainda mais dolorosa, pois teríamos a raça branca expulsa da América e devolvida a uma pobre e envelhecida Europa, onde já não havia onde escavar para encontrar ouro ou outras riquezas. E não teriam sido carregados tantos navios negreiros carregados de escravos para cultivar aquele imenso território que era ainda virgem de tudo.

Os nativos do continente americano são os índios, os colonos brancos pertencem à Europa e os escravos negros à África. Se todos pudessem ser devolvidos às suas origens e os índios, desde a Terra do Fogo até à imensidão gelada do norte do Canadá, comandassem a vida dos verdadeiros donos daquela terra, talvez o mundo fosse melhor. Ou talvez não, ninguém sabe!

 Ainda um dia hei-de descobrir a razão de os países do norte serem mais ricos que os do sul. Será o equador a separar o mundo em duas metades, uma ocupada pelos mais ricos, mais empreendedores, mais trabalhadores e a outra pelos indolentes que preferem dormir a sesta e passar fome em vez de trabalhar e lutar pela sua subsistência?

Outra cogitação que, de vez em quando, me assalta a mente é reconhecer que os países colonizados por ingleses se tornaram ricos, enquanto que os colonizados por portugueses e espanhóis só criaram miséria. Olhando para o continente americano vemos que tudo o que fica a norte do Trópico de Câncer, outrora colonizado pela Inglaterra, é mais rico e evoluído que o lado sul, em que só há miséria fome e droga. Será a herança genética dos latinos a fazer a diferença?

E termino como comecei, a Alemanha, hoje unida e com perto de cem milhões de habitantes é o motor da Europa e se o motor gripa ... a carruagem não anda! Tenho a certeza que não faltarão na Alemanha génios capazes de liderar o seu país, só têm que esquecer a política (que os divide) e pensar na sua «Vaterland» de que fala o seu hino nacional.

sábado, 9 de novembro de 2024

A cada dia um recomeço!

 Ontem, a escrita correu-me mal. Como tinha um encontro de família, por volta das 11 horas, tive que desligar a maquineta e pôr-me a andar.

Hoje, também não vai haver grandes escritos, pois foi o dia que reservei para fazer a minha sementeira de favas - e já vai com uma semana de atraso - e esse plano quero respeitar. Quando chegar o mês de Abril, quero ir à horta e colher umas favinhas boas para fazer uma sopa à minha moda. Ou um guisado de favas com chouriço, mas para isso tenho que mandar vir umas linguíças de Trás-os-Montes que por aqui não encontro nada que preste.

Os assuntos que ficam por tratar são:

A) A situação em Moçambique
B) A eleição de Trump, a reunião em Budapeste e as guerras na Europa
C) A queda do governo alemão que veio na pior altura e vai dar muito que falar

A seu tempo, pegarei nestes temas e direi o que penso a respeito.

Mas, agora, tenho um encontro marcado com a minha enxada!


sexta-feira, 8 de novembro de 2024

Há dias assim!

 

Dizem que, hoje, ainda vai chover, mas, por enquanto, ainda brilha o sol!

Acabei de escrever a minha publicação de hoje e sem perceber porquê, o cursor deu um salto para o princípio da página e apagou tudo o que eu tinha escrito. Tenho pena, mas não tenho tempo para recomeçar, vou sair de casa, agora mesmo.

Viva Moçambique e abaixo a Frelimo (meu inimigo de sempre)!!!


quinta-feira, 7 de novembro de 2024

Estou um pouco atrumpalhado!


Nas eleições de 2016 pedi a todos os santos para que Trump ganhasse e fui ouvido. Esta farto das políticas da família democrata e a última coisa que queria ver era a Clinton como presidente. Os 4 anos de Trump foram uma grande trapalhada que acabou com a sua derrota, em 2020 e, ainda por cima, com a invasão do Capitólio, coisa que ficou muito mal num país que diz ser o baluarte da democracia.

Nesta campanha mantive-me neutro, nem republicanos nem democratas, nesta situação muito complicada que o mundo atravessa, com os extremistas da esquerda a ameaçar uma guerra global e os da direita a responder à bomba. No meio disso tudo, a economia mundial a ressentir-se, uma vez que todas as poupanças vão para a Defesa em vez de serem investidas no desenvolvimento e modernização da indústria que garante a maioria dos empregos no mundo.

Talvez ainda mais grave que a guerra política, a que me referi no parágrafo anterior, há também a guerra comercial com as grandes potências mundiais a quererem afirmar a sua posição. Desde o Século XV até ao Século XX, a Europa viveu à custa do Colonialismo, trazendo da África e da América as riquezas que nos faziam falta para continuar a viver a vida a que a Monarquia se habituou.

Algumas das monarquias da Europa já se extinguiram, como a nossa, mas as repúblicas que lhes sucederam não conseguiram (ainda) encontrar o caminho para viver sem as matérias primas e outros bens que recebiam das colónias. Africanos, americanos e asiáticos aprenderam a gerir as suas riquezas e fazem-se pagar bem por elas. O comércio mundial rege-se, hoje, por regras que em nada fazem lembrar os tempos do colonialismo. O ouro, o petróleo, os metais raros e outros bens são cotados nas bolsas mundiais e quem os quer tem que pagar o preço, justo ou especulativo, que os vendedores exigem.

As maiores economias mundiais estão ainda a ajustar-se a esta realidade e os gigantes asiáticos, China e Índia, querem ter uma palavra a dizer nessa matéria. Os Estados Unidos da América estão habituados a ser líderes dos negócios globais, mas vêem, agora, essa posição ameaçada. O recém-eleito presidente Trump diz que sabe como resolver isso e eu cá estou para ver o resultado final dessa guerra. Diz quem sabe que a China, em meia dúzia de anos, ultrapassará tudo e todos, mas isso ainda terá que ser provado.

Ao presidente Trump desejo toda a sorte do mundo, pois a Europa beneficiará se ele for bem sucedido!

quarta-feira, 6 de novembro de 2024

Contra factos não há argumentos!

 É assim que reza um velho ditado que, ontem, provou ser verdadeiro.


No Estádio José Alvalade, em Lisboa, o Pep Guardiola, reconhecido como o melhor e mais bem sucedido treinador de futebol, levou uma lição que nunca mais vai esquecer. O Sporting Clube de Portugal é um clubezeco, quando comparado com o Manchester City treinado pelo Pep. Mas não são as vitórias do passado que contam mais, as do presente é que provam quem vale alguma coisa e quem não vale coisa nenhuma. A era do Pep é passado e ele com tantos títulos no seu palmarés já não tem nada que o incentive a suar a camisola. O Sporting ganhou por 4 bolas a 1 e contra esse facto não há qualquer argumento.


Nos EUA, depois de uma campanha "acesa" todos, ou pelo menos muita gente, vaticinavam que o Trump perderia as eleições. De facto aconteceu o contrário, ele já fez o discurso de vitória e, mesmo que tenha havido alguma trafulhice pelo meio, o resultado estado a estado é demolidor para a candidata dos democratas.

Essa coisa de chamarem republicanos a uns, quando os outros não são monárquicos, ou democratas aos outros, quando na verdade ambos os partidos defendem os valores da democracia, faz-me muita confusão. Mas é assim que é e que eles gostam e quem sou para lhes dizer que estão errados? É mais uma daquelas coisas que se assume como um facto consumado e ... contra factos não há argumentos!

terça-feira, 5 de novembro de 2024

O Troll americano!

 Fui espreitar o que sabe a Wikipédia sobre "trolls", mas não fiquei esclarecido!

Na literatura nórdica, o trol aparece em várias formas, uma das mais recorrentes tem orelhas e narizes enormes. Nesses contos também lhe foram atribuídas várias características, tais como a sua transformação em pedra quando exposto à luz solar, e ainda a sua perda de poder ao ouvir o badalar de sinos de igrejas.

O típico TROLL é a cara chapada do Donald Trump, não há outro como ele (que eu conheça). Estão quase a abrir as urnas de voto, na costa leste dos Estados Unidos. A esta hora, já há homens a barbear-se e mulheres a maquilhar-se para ficarem bem nas fotos e nas câmaras de TV que os vão transportar até aos 4 cantos do mundo (se dizem que ele é redondo, perdoem-me a incongruência).

Vai ser uma paranoia se ele perder, pois já afirmou, para quem o quis ouvir, que não aceita o resultado se isso vier a acontecer. A Kamala ainda tem idade para voltar a concorrer, se não ganhar deste vez, mas ele não, tudo o que se refere à política para ele termina hoje à noite, ou seja, logo que os resultados sejam conhecidos, pois a coisa pode demorar um pouco.

Tirando o tempo dedicado ao Sporting que joga, logo à noite, uma boa parte do seu futuro, vou passar o tempo a saltitar de um canal para o outro, procurando o programa mais apelativo e menos chato, porque isso depende dos meninos e meninas envolvidos na transmissão e alguns deles não têm jeito nenhum, melhor fossem para padeiros (que também trabalham de noite) que a vida de trolha é um pouco mais pesada e obriga-os a saltar cedo da cama.

A China, a Rússia e a Índia, além de outros actores mais humildes, como o Maduro da Venezuela, vão estar tão atentos como eu e muitos deles a rezar que o Troll ganhe, pois com ele esperam encontrar mais buracos na muralha americana por onde consigam ir tratando dos seus interesses. Aquela sua promessa de taxar as importações que ameaçam os empregos dos americanos pode tornar-se um caso sério, até para nós europeus que estamos a viver uma situação aflitiva com a desindustrialização.


Desde o ano 2000 que a palavra de ordem era comprar onde for mais barato, o que levou as nossas indústrias à falência com a transferência das unidades de produção para o Extremo Oriente. Agora é tempo de torcer a orelha pelo erro cometido, mas mesmo com a orelha torcida não vai ser nada fácil reverter a situação. Na minha óptica terá que passar por taxar as importações e ajudar as empresas europeias que queiram investir de novo na indústria, mas é um caminho difícil de trilhar.

Não copiar o exemplo de Trump, radical demais, mas procurar um caminho alternativo que nos ponha no rumo certo. A Alemanha vai despedir 10 mil trabalhadores das fábricas da VW e isso tem que ser tomado como um sinal de alarme para nós que adormecemos à sombra da bananeira e reagimos tarde demais. Atenção, Frau Úrsula von der Leyen, contamos consigo para nos livrar do desastre!

segunda-feira, 4 de novembro de 2024

O futebol é negócio de muitos milhões!

 Para quem gosta de futebol vem aí uma semana em cheio!

Há Sporting com o campeão inglês, há Benfica com o maior da Alemanha e até a equipa do Cristiano Ronaldo vai jogar na CMtv para dar uma alegria aos seus fãs. Não sei se vai ser alegria ou tristeza, pois se o nosso capitão não ganhar, ficam todos de beiça!

No meu caso, não sei se o Benfica se aguentará com os bávaros, mas eu já estou por tudo. Depois de ver o jogo com os holandeses, uma derrota, e com o Farense, uma vitória muito sofrida, não tenho grandes expectativas para o jogo de quarta-feira. O Harry Potter turco tem alegrado a malta, mas nem sempre está inspirado, no último jogo, contra o Farense, ficou em branco e teve que ser o Grego a resolver as coisas.


No nosso campeonato, o próximo jogo é com o Porto e quem o ganhar fica numa posição de vantagem em relação ao perdedor e se esse papel calhar ao Benfica, fica já toda a época em questão. O Sporting vai, lá na frente, com as velas abertas ao vento, e o Porto a dar tudo por tudo por manter a distância para o primeiro lugar. Portanto ... o Benfica que se cuide!

Rúben Amorim, o treinador do Sporting, está a trabalhar a última semana, em Lisboa. Prometeu preparar a equipa para ganhar ao City e, se o conseguir chegará a Inglaterra, na próxima semana, com uma coroa de louros que nem o César de Roma. Terá ainda o jogo com o Braga que ele também quer ganhar, de modo a deixar a equipa bem lançada para ser, de novo, campeão.

E depois disso, iniciará uma nova carreira, como treinador do segundo maior clube do mundo e com um salário três vezes superior ao que ganha hoje. Se tudo lhe correr bem, coisa que não depende apenas dele, mas também dos seus novos patrões que podem ou não dar-lhe todos os trunfos de que ele precisa para ser bem sucedido, será um senhor em Manchester. Há muitos anos que o United não vê um título de campeão e isso é o que procura resolver com a sua contratação.

Da minha parte, desejo-lhe toda a sorte do mundo e que seja campeão o mais depressa possível. Este ano já é pouco menos que impossível, mas terá tempo de alinhavar bem as coisas, dispensas e contratações de novos jogadores, para que a próxima época comece de forma bem diferente desta e possa sonhar com o sucesso. Ganhando o título de campeão poderá permanecer no cargo por muitos anos! 

sábado, 2 de novembro de 2024

Sem paciência para escrever, dou-vos música!


Admiro o Jorge Palma que foi até ao fundo do buraco e conseguiu sair dele de novo. O meu irmão Jorge seguiu um caminho paralelo, mas ficou por lá, já lá vão 30 anos e uns meses!

sexta-feira, 1 de novembro de 2024

Tempo perdido!

 


Ontem, perdi algum tempo a ouvir os nossos políticos "botando palavra" no Parlamento. Uma coisa que devia ser séria e honesta transformada num acto teatral, parte da tragicomédia que é a nossa vida de cidadãos deste país. País que foi conquistado a Leoneses e depois a mouros a golpes de espada pelo nosso primeiro rei, D. Afonsp I de Portugal. E que alguns séculos depois foi esticado a todos os continentes por navegadores, como Vasco da Gama, Álvares Cabral, Cristóvão Colombo, Fernão de Magalhães e sem esquecer o Zarco que descobriu a Madeira e Porto Santo e que era descendente de outro que foi o primeiro - dizem as más línguas - a chegar à América, quase 100 anos antes do Colombo.

Quando falam dos pobrezinhos e dos reformados, a quem eles querem dar tudo - pelo menos prometer - não se lembram quão caros eles ficam ao erário público. O salário que recebem, mais os subsídios para isto e mais aquilo, somam três vezes o salário médio de qualquer cidadão honesto e trabalhador deste país. Digo honesto e trabalhador, porque há quem ganhe muito mais, mas cujos meios são discutíveis. Gostaria de ver um deles levantar-se e fazer uma proposta ao Parlamento para reduzir em 30% os seus ganhos de modo a permitir um aumentozinho maior aos desgraçados que não ganham o suficiente para:

Pagar a renda de casa
Pagar a água luz e gás
Pagar a conta da farmácia
E contar o que lhe sobrou para comer alguma coisinha

Escrevi isto assim mesmo para ficar em destaque e dar a perceber, a quem o ler, quais são as prioridades do povo sofredor a quem apetecia chegar o fogo a tudo, como foi feito na Amadora, pelos moradores que se sentem marginalizados e por mais que falem ninguém os ouve.

Aquela mocidade que da faculdade passou para o Parlamento e nunca fez nada de útil nesta vida, quer regular a vida dos portugueses, mas tudo o que fazem é defender o partido que lhe garantiu um lugar na lista dos ilegíveis e participar no "bota-abaixo" do partido oponente. Para eles o que conta é manter-se ali e, se possível, garantir já um lugar para o próximo acto eleitoral. É preciso não esquecer que 12 anos de serviço público dão direito à reforma.

Uma reforma que lhes dará direito a não sei quantas vezes aquilo que recebem os "pobres" da Segurança Social com 40, ou mais, anos de descontos.

Ai, o que isto me enerva !!!