quarta-feira, 28 de outubro de 2020

Daqui fala o benfiquista!

 

O olho fino da águia

Não seria um bom benfiquista se, hoje, ficasse calado como qualquer cobarde que se esconde na sombra para não correr o risco de enfrentar os inimigos que se acirram contra o grande Benfica. Todos se sentem mais ou menos necessitados de uma mudança, mas também pouco confiantes nas capacidades dos candidatos que se perfilam para suceder à direcção de Luís Filipe Vieira.

 Talvez eu devesse começar por declarar a minha intenção de voto, mas não me sinto capaz disso. Não vejo grande competência em qualquer dos 3 candidatos que hoje serão sufragados pelos sócios do Glorioso e dar um salto no desconhecido não é o meu forte.

O Rui Gomes da Silva (RGS) começou por ser o candidato mais forte, aquele em que os benfiquistas mais conhecidos todos apostavam. Hoje, à boda das urnas, colocam-no em último lugar e atribuem-lhe uma percentagem dos votos abaixo de 10.

João Noronha Lopes (JNL) foi olhado sempre com desconfiança, considerado um incompetente e ligado a interesses obscuros fora do Benfica. Isto é o mesmo que dizer, ao serviço de Pinto da Costa para dinamitar o seu maior rival de Lisboa. Hoje, é-lhe dado o segundo lugar e considerado como o único adversário capaz de discutir a eleição com o actual presidente.

Bruno Costa Carvalho (BCC) desistiu da corrida por, alegadamente, não estar em condições de concorrer. Dizem os estatutos que só podem concorrer às eleições quem tiver 25 anos de sócio que ele não tinha. Se isso for verdade, ele nunca foi um candidato a sério e a Mesa da Assembleia Geral deveria ter recusado a sua candidatura. Ontem, comunicou ao público a sua desistência da corrida.

Luís Filipe Vieira (LFV) é o actual presidente e deixei-o para o último lugar, de propósito. Dizem que «os últimos são os primeiros», assim rezam os evangelhos, e eu não quero contradizer quem fez essa afirmação. O LFV pode ter muitos defeitos, mas foi o único presidente que eu conheci que tirou o Benfica da sargeta, onde estava enterrado desde que o FCP (e os seus comparsas) assumiu a liderança do futebol nacional. Lembro-me de ouvir o Vale e Azevedo falar na criação do centro de treinos no Seixal, aliás, foi ele quem fez a permuta daqueles terrenos por uma parte da área da propriedade dos terrenos da Luz. Mas foi este presidente que pegou na ideia e a transformou no sucesso que hoje se lhe reconhece.

Acusam o LFV de estar enterrado em processos na Justiça e eu digo, em sua defesa, que o que fez foi necessário para combater o inimigo que se vangloriava de ganhar todas as batalhas que o Benfica movia contra ele. Já ninguém se lembra do caso em que amigos bem colocados (na Judiciária) o avisaram para se pôr ao fresco, pois ia a caminho uma brigada com um mandato de prisão. Isto é só um exemplo dos esquemas fraudulentos que o LFV tinha que combater para conseguir levar o Benfica a algum lado. Pelo caminho não evitou algumas escorregadelas que o inimigo, sempre atento, foi aproveitando.

Eu, pessoalmente, também gostaria que não fosse necessário recorrer à falcatrua para chegar ao sucesso, mas o que fazer se o nosso adversário directo e mestre nesse tipo a actuação e a ele recorre sempre que necessário. E por isso, eu ilibo o meu presidente de todas as culpas que lhe são imputadas no campo da corrupção desportiva. E chegado aqui, lembro o velho ditado que diz: "ladrão que rouba a ladrão tem cem anos de perdão".

E assim sendo, eu sinto-me obrigado a dizer sim à continuação do actual presidente à frente dos destinos do maior clube de futebol da nação portuguesa, o BENFICA. 

1 comentário:

  1. Luís Filipe Vieiera disse. "Eu só tenho a 4ª. classe e não sei falar inglês". Também não precisará do inglês para continuar a ser presidente do Benfica.
    E para se defender dos ataques dos inimigos. Acho que, também, tem habilidade?

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