Podia falar dos ordenados chorudos que o nosso governo decidiu pagar aos administradores da Caixa Geral de Depósitos. Seria um bom assunto, mas ainda deixaria os meus leitores mais predispostos a um fim de semana mais triste do que aquele que têm pela frente, por causa da previsão meteorológica.
Também podia optar pelos milhões que ficam reservados para gastar no BPN, durante o próximo ano de 2017, mas não teria mais sucesso do que com o primeiro tema. Neste assunto só há uma coisa que me deixa cheio de dúvidas e que tem a ver com a necessidade de continuar a alimentar um morto que já se finou há tantos anos. Desconfio que anda alguém a aproveitar-se da situação para ir mantendo a mama na boca.
Ou talvez comentar a evolução da campanha eleitoral nos Estados Unidos, pois aquilo está a ferver. Há um meio-irmão do Obama que apoia o Trump. E há a Madonna que apareceu estes dias num comício de apoio a Hilary Clinton e prometeu sexo oral a quem votasse na sua candidata. E garante que é boa nisso. Que pena eu não ser cidadão daquele país! Punha-me já na fila!
Outra hipótese a considerar seria a saga do "Piloto" de Arouca que não encontrou um avião para fugir dali para longe, mas encontrou maneira de deixar a nossa GNR, além da Polícia Judiciária, com cara de otários. Só que teria que competir com todos os canais de televisão nacionais, liderados pelo Correio da Manhã, que decidiram transmitir aquilo como se se tratasse de uma novela da vida real, com flashes informativos de hora a hora. Não, não quero pegar neste assunto, há-de haver algo melhor que justifique o meu rico tempinho que é de borla, mas tem um valor especial para mim.
E foi então que me lembrei que às sextas-feiras é dia de carne e nada melhor do que contar-vos a história de uma catraia que fez "içar a bandeira" a milhares de homens (se não milhões) por esse mundo fora. Katie May, coelhinha da Playboy e, entre outras coisas menos apelativas, modelo fotográfico de grande sucesso. Muitas e muitas fotografias publicadas no Instagram e milhões de seguidores sempre ansiosos pela próxima e com menos roupa se possível.
Enquanto universitária foi cheerleader na sua escola, no interior dos Estados Unidos. Depois de adulta mudou-se para Los Angeles à procura de fama e fortuna. Trabalhou por conta de outrem, foi empreendedora e montou o seu próprio negócio, passou pelo desemprego, vendeu roupa e quejandos pela internet, enfim, tentou de tudo para singrar na vida.
Dona de uma juventude, saúde e beleza invejáveis acabou por descobrir na fotografia artística o modo de pagar as suas despesas. A passagem pela Playboy ofereceu-lhe aquele pedacinho de publicidade que a projectou para o sucesso. Entretanto, nas curvas da estrada da vida aconteceu ser mãe solteira e mais teve que aplicar-se para garantir o sustento da menina, sua única descendente.
Em Janeiro último, durante uma sessão fotográfica, deu uma queda que lhe afectou o pescoço. Depois de uma passagem pelo hospital que não detectou qualquer lesão grave, decidiu recorrer a um quiroprático (especialista em corrigir desvios da coluna vertebral) para ver se lhe tirava as dores que a afligiam. Um ou dois dias depois teve que regressar ao hospital, pois sentia-se tonta e com a vista turvada. Em pouco tempo caiu em coma e quatro dias depois o hospital decidiu desligar o suporte de vida, por morte cerebral.
Esta semana saiu a informação de que a morte se ficou a dever a uma artéria vertebral que o quiroprático, acidentalmente, esmagou, interronpemdo o fluxo de sangue para o cérebro. Triste fim para uma "raparigona" que fez sonhar tanta gente!