terça-feira, 16 de dezembro de 2025

Como irá isto acabar?


As notícias veiculadas, ontem, pela comunicação social não conseguem convencer ninguém do bom resultado das negociações de Berlim, no que respeita à Guerra da Ucrânia. O povo ucraniano e o seu presidente não entregam o território que é seu sem dar luta. Só porque o presidente dos EUA meteu isso na cabeça e os europeus não ganham coragem de o mandar dar uma volta, o caminho não é esse.

Mesmo que uma parte da população residente no Donbass prefira ser russa, em vez de ucraniana, isso não é razão suficiente para entregar à Rússia toda a população que ali vive. Iniciar um processo de referendo e traçar uma linha virtual que separe esse território em dois, levaria bastante tempo a fazer a migração dos que teriam que mudar o seu local de residência. E a questão da propriedade privada seria uma coisa difícil de resolver.

Lendo nas entrelinhas o que disse o presidente Zelensky, antevejo que por este caminho vamos cegar a ... nenhures! Talvez um interregno nos bombardeamentos, durante a época natalícia, e isso já seria um ganho de causa, mas, no mês de Janeiro, voltará a chover metralha. Li em qualquer lado - leio tantas coisas sobre este assunto que misturo tudo, algumas horas depois - que um país vizinho, salvo erro a Chéquia, estava a enviar cerca de 1,2 milhões de munições de artilharia pesada para manter os russos sob pressão.

A pressa do Trump em resolver este assunto é directamente proporcional à vontade de ganhar alguns milhões com os negócios combinados com o presidente russo. Seja no controlo da produção de energia com base nuclear, seja no petróleo e gás ou nos minérios que escasseiam nos países amigos da América, ele quer lucrar alguma coisa com esta guerra. Até as armas que ele fornece à NATO ou a cada um dos beligerantes em separado ele quer cobrar. E já está de olho nos activos russos congelados para ver se fica com uma parte. Aliás, esse era um dos 28 pontos do famoso acordo que não deu em nada.

Enquanto vou escrevendo, estou a ouvir a narrativa do video que vai junto e, curto que está de homens, Putin já quer enviar as mulheres para a linha da frente. Ele não recua nos seus propósitos de ficar com uma fatia da Ucrânia e quanto maior melhor. Se ele pudesse chegar até à fronteira da Roménia que é também a da NATO, certamente o faria. E se agora o não conseguir, talvez ele tente de novo, num futuro não muito longínquo!

1 comentário:

  1. Desconhecia e estou e estarei sempre do lado dos ucranianos! O Putin não esperava por esta situação!

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