quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025

O Judeu Errante!

A figura do eterno caminhante surge em numerosas lendas. Nas grandes religiões, são indivíduos condenados a uma deambulação perpétua, por terem proferido blasfémias ou desobedecido a Deus, como é o caso de Caim no judaísmo, de Píndola no budismo ou de al-Sameri no islão. O cristianismo criou a lenda do “judeu errante”.O ponto de partida da história encontra-se no Evangelho de João, onde são referidas certas personagens que, ao assistirem ao suplício de Jesus, lhe negaram ajuda ou demonstraram desprezo. Noutra passagem, faz-se igualmente alusão a Malco, criado do sumo sacerdote de Jerusalém, que participou na detenção do Messias no Monte das Oliveiras. Baseando-se nestas referências, por volta de 1228 o beneditino inglês Mateus de Paris escreveu uma primeira versão da lenda. O seu protagonista era Cartáfilo, um porteiro do pretório romano que deveria executar a sentença da morte de Jesus. Quando Jesus caiu a caminho do Gólgota, Cartáfilo agrediu-o e forçou-o cruelmente a levantar-se e a prosseguir. Jesus olhou-o com severidade e advertiu-o de que ele estava a caminhar até à crucificação, mas que Cartáfilo caminharia, sem descanso, até ao dia do Juízo Final. Após a morte de Jesus, Cartáfilo, comovido, converteu-se ao cristianismo, adoptando o nome de José, e começou a sua deambulação eterna.

Pelo que se passou no tempo de Cristo talvez não, mas pelo que se tem passado em Israel no último ano e meio, eu acredito que o Netanyahu vai ser o mais recente judeu errante conhecido. Como ele deve haver muitos mais - estou a pensar naqueles americanos que não se cansam de pôr o barretinho na cabeça e fingir que são os mais sinceros crentes da religião judaica - e haverá outros, no futuro, quando estes já forem passado.

Aceitar aquilo a que o Hammas os obrigou, teatralizar a entrega dos reféns, vivos ou mortos, não o vai ajudar a expiar as suas culpas e melhor faria se os mandasse metralhar a todos, para que os que ficassem vivos aprendessem de uma vez por todas que aquilo não se faz. O que fizeram no dia 7 de Outubro de 2023 já foi suficientemente grave, mas o que fizeram depois, torturando e matando inocentes - estou a pensar no bebé com menos de um ano de idade que, segundo o médico que fez a autópsia, foi estrangulado - não tem perdão possível.

E libertar 600 presos com culpa formada por troca com 5 cadáveres de judeus faz-me ferver o sangue. Se lá estivesse não sei se me conteria! Na Bíblia, na Tora ou no Corão deve haver qualquer castigo que se possa aplicar a quem comete tais crimes!

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