O meu novo estatuto!

Não, não fui promovido, não é disso que se trata. Deixei de ser "EX" qualquer coisa e passei a ser uma entidade legal com direitos e deveres. Nos fuzileiros dizem que nunca seremos ex-fuzileiros, pois «fuzileiro uma vez, fuzileiro para sempre». Até há bem pouco tempo chamavam-me Ex-combatente da Guerra Colonial, agora passei a ser "antigo combatente". Obrigado por me considerarem uma antiguidade, assim terei mais valor.

Pois é do «Estatuto do Combatente» que venho falar-vos hoje. Recebi no meu e.mail uma cópia do documento aprovado na Assembleia da República e li-o de fio a pavio. Como diz o outro, cheirou-me a "muita parra e pouca uva". Muitas coisas que serão resolvidas por uma entidade a criar, não se sabe muito bem como nem quando, é uma espécie de "carta de intenções" que poderá servir para alguma coisa, se houver alguém que se interesse em dar seguimento ao assunto.

Pondo de parte os chamados "deficientes", há 3 coisas que interessam à maioria dos que ainda estão vivos, a fixação do valor do complemento anual (a que se refere a lei do Paulo Portas), a isenção das taxas moderadoras e a gratuitidade dos transpores públicos. Para isso bastará mostrar o «Cartão de Combatente» que um dia será emitido e enviado a cada um de nós, só não se sabe como nem quando. Há uma Secretária de Estado a tratar disso, só espero que seja rápida e cumpridora dos seus deveres.

Ah, ia.me esquecendo de um pormenor importante, quando morrermos temos direito a levar a bandeira nacional sobre o caixão. Mas temos que deixar esse pedido exarado antes de fechar os olhos, pois ninguém poderá decidir isso em nosso nome.