A Cruz Vermelha Internacional indicou que pelo menos 400.000 pessoas estão desalojadas na Beira, considerando que se trata da “pior crise” do género em Moçambique.
O Idai, com fortes chuvas e ventos de até 170 quilómetros por hora, atingiu a Beira (centro de Moçambique) na quinta-feira à noite, deixando os cerca de 500 mil residentes na quarta maior cidade do país sem energia e linhas de comunicação.
Por vezes, algumas horas é o máximo que as pessoas resistem numa situação como esta. Se a enxurrada não os arrastar e afogar, num primeiro momento, resta o frio, a fome e o medo para abalar a saúde física e moral de qualquer um. Hoje é o oitavo dia, após a passagem do ciclone. Que esperam encontrar os fuzileiros portugueses, além de cadáveres? Neste momento, devem estar ainda a descarregar os botes do C-130 e a prepará-los para dar a primeira corrida. Deviam lá ter chegado no sábado passado e não hoje.
Reagir tão lentamente a um desastre deste tamanho é quase como não fazer nada. Eu sei que a maior dificuldade são as burocracias entre políticos e a pouca abertura da Frelimo para ver tropa portuguesa, de novo, no seu país, mas tudo tem um limite. Se fosse minha a responsabilidade e não recebesse luz verde para avançar, num prazo de 24 horas, já não iria. Ir apenas recolher cadáveres não vale o esforço, e a despesa, que a tarefa acarreta.
Ai, o que me custa ver estas coisas!
Burocracias, dizes bem burocracias que por vezes custam a vida de seres humanos, também a mim me dói ver aquela pobre gente em cima de árvores e telhados ao frio e à chuva!
ResponderEliminarBOM FIM DE SEMANA.
É costume dizer-se mais vale tarde do que nunca. Mas no caso de Moçambique, O socorro às pessoas que dele dependem devia ser prioridade de todas prioridades. Cada segundo que se passa, pode ser tarde de mais para salvar o maior número de pessoas com vida?
ResponderEliminarAs imagens mostram bem a realidade: Moçambique tem pela frente um grave problema que não será capaz de o resolver sózinho e o sistema 'do refresco' em nada vai ajudar… Espera-se ajuda rápida da velha Metrópole mas parece que vão gastar 75% dos donativos só no transporte… Votos para que o povo moçambicano supere mais uma vez a Lei da Natureza.
ResponderEliminarUma tragédia destas nunca vem só. Os que sobreviveram ao Idai têm agora pela frente a cólera e outras doenças. Além da fome, sede e frio.
ResponderEliminarAbraço e bom fim de semana