Quinta-feira é dia de feira na minha terra.
Gosto (ou gostava, visto que agora é raro fazê-lo) de ir até lá e passear-me por entre as barracas dos feirantes. Não os que vendem roupa que isso só interessa ás mulheres e só por castigo me deixo para lá arrastar. Mas todos os outros, desde os que vendem azeitonas e bacalhau, passando pelos enchidos, pão, fruta e bolos, até aos que arrastam para a feira os produtos da terra, prontos a usar, a comer e a plantar. Vende-se e compra-se tudo, ferramentas e alfaias, flores e árvores de fruto, pintos, frangos, galinhas, patos e perus. E como não podia deixar de ser, fazem-se engates, arranjam-se namoradas e combinam-se casamentos. No campo dos touros (era este o antigo nome do espaço onde hoje se faz a feira semanal) acontece tudo. E tudo isso me enche de satisfação.
O Facebook faz-me lembrar esta feira da minha terra. Vê-se lá de tudo um pouco, coisas boas e bonitas e coisas feias que bem podiam deixar de aparecer por lá. Mas isso já depende das pessoas que por lá andam e algumas nem o nome de pessoas merecem. O Facebook, assim como a internet em geral, é o repositório de muita coisa boa, mas também é uma enorme lixeira, onde despejam todo o tipo de merda que não serve para nada nem para ninguém.
Também aí se arranjam namoros e casamentos, mas nada que se compare àquilo que se passa na feira da minha terra, é tudo muito virtual e impessoal, faz-me lembrar os lenços de papel que se usam e deitam fora de seguida.
Olhem bem para as fotografias que vos deixei acima e digam-me se não tenho razão.
Do que nada lá falta,
ResponderEliminarmontado no teu burro
vai, não fiques em casa
nas feiras há de tudo!
Agora com tudo à farta,
continua a nova geração
para mais animar a malta
sem se perder a tradição!
Do que era está diferente,
veja lá um barril e piões
pelas ruas não muita gente
para evitar os encontrões?
Adoro estas feiras que aqui chamamos mercados.
ResponderEliminarUm abraço
Tens toda a razão! quando era solteiro haviam duas feiras anuais que eu não faltava era a feira de Seiça no concelho da Figueira e a do S. Mateus em Soure, a de Seiça há vários anos que lá não vou e a Soure só vou para comer um almoço de chanfana.
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