quarta-feira, 18 de junho de 2025

Fogo de artifício!

 Olhando para as imagens que a CNN nos enfia pelos olhos adentro os mísseis disparados pelo Irão sobre Israel fazem lembrar o fogo de artifício de S. João, no Porto. São é um bocadinho mais mortíferos, quando o míssil chega ao seu destino há meia dúzia, ou mais, de pessoas que vai para os anjinhos.

E diz o Irão que a festa a sério ainda não começou, mas começará em breve. O fanfarrão de Trump, habituado a mandar em tudo e todos, exige que o velho Kamenei se renda e entregue sem condições. Os Estados Unidos, país paladino das liberdades e da democracia (???) só quer tornar o Irão num país livre, em que as mulheres também tenham voz.

O Kamenei e os seus acólitos é que não estão pelos ajustes, pois ter as mulheres todas de joelhos à sua frente e dispostas a aguentar tudo em troca da vida, é a coisa que mais prazer lhes dá. Fazer-se de forte entre as mulheres não é grande prova de carácter, antes um sinal de fraqueza de quem não tem coragem de enfrentar os seus inimigos.

Nunca tinha ouvido dizer que o filho do antigo Xá Reza Pahlevi fosse candidato a ocupar o lugar que foi do seu pai, no caso de o regime actual ser deposto. Ouvi-o ontem, na CNN, estamos sempre a aprender!

Em meados da década de 1970, contando com o aumento das receitas do petróleo, Mohammad Reza iniciou uma série de planos ainda mais ambiciosos e ousados ​​para o progresso de seu país e a marcha rumo à "Revolução Branca". Mas seus avanços socioeconômicos irritavam cada vez mais o clero. Líderes islâmicos, em particular o clérigo exilado aiatolá Khomeini, conseguiram concentrar esse descontentamento com uma ideologia ligada aos princípios islâmicos que defendia a derrubada do Xá e o retorno às tradições islâmicas, chamada de Revolução Islâmica. O regime Pahlavi entrou em colapso após revoltas generalizadas em 1978 e 1979.

Imagino que o Trump, habituado a andar nas nuvens, já esteja a pensar como será o Irão com um Pahlevi no poder. A primeira viagem ao estrangeiro será para o visitar na Casa Branca e mostrar ao mundo como é viver em democracia. E, pois claro, assinar um contracto para que todo o petróleo do Irão seja vendido aos EE UU para refinação e posterior venda a quem pagar melhor.

Um Irão democrático e livre rodeado de países muçulmanos por todos os lados não me parece muito possível, mas isso sou eu a pensar e disso eu não percebo nada. Se dessem às mulheres daquela região o direito ao voto, em 3 tempos morreria o Islamismo, pois, como em qualquer outro canto do mundo, elas gostam de ser livres, de estudar, de vestir bem, de namorar, ir à discoteca ou conduzir um carro descapotável. Rapidamente, os homens passariam de mandões em objectos de decoração (!).

Família Pahlevi
O mais velho, ao centro da imagem,
deve ser o putativo candidato ao poder

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