terça-feira, 15 de janeiro de 2019

A cara da corrupção!

Se há uma cara que pode ser a imagem mais pura da corrupção, em Portugal, essa é a de Armando Vara. Aliás, como poderia um anónimo empregado de Balcão da mais anónima dependência bancária da CGD, da ainda muito mais anónima vila de Vinhais, chegar a Presidente dessa instituição bancária. Além de Secretário de Estado, de Ministro, administrador do (então) grande Banco Comercial Português, entre outros títulos menores e também menos conhecidos. Só mesmo pelo caminho mais simples e mais conhecido de todos, pela via política e embalado pela corrupção partidária. O PS e os seus dirigentes precisavam de rapazes prontos a cumprir ordens sem levantar muitas questões e encontraram nos dois amigos transmontanos, Sócrates e Vara, a solução ideal.


O transmontano de Vinhais que chegou a dirigente socialista quando era um simples empregado bancário numa agência da Caixa Geral de Depósitos (CGD) de Trás-os-Montes, acabaria por ter um regresso badalado à vida pública quando, em 2005, passou de um cargo anónimo de diretor na CGD a administrador do banco público. Para ocupar esse cargo, precisava de ter uma licenciatura: concluiu-a três dias antes de ser nomeado para o cargo pelo governo de José Sócrates, na mesma universidade onde se licenciou o então primeiro-ministro (Universidade Independente).

Esta notícia vem na sequência daquela bronca em que ele se envolveu por ter criado uma fundação que não era mais que um mal disfarçado SACO AZUL de recolha de fundos para o partido que o trouxera de Vinhais para Lisboa, o tinha feito doutro e Secretário de Estado.
Daí até à cadeia de Évora vai um grande caminho, mas não será com 5 anos atrás das grades que pagará as suas culpas. Foi apanhado com a boca na botija, quando se aliou ao sucateiro do norte para negociar na ferrugem, mas os grandes casos de corrupção estão ainda por julgar (se alguma vez o forem), tais como o seu envolvimento na Operação Marquês ou o desaparecimento misterioso de 5 mil milhões das contas da CGD. Por isso é que o PS o meteu lá, para continuar a fazer aquilo que começou a fazer na tal fundação, mas agora em larga escala. Uma questão de adicionar mais 3 zeros aos números com que trabalhava.
A bem desta desgraçada pátria que tais filhos alberga, espero vê-lo entrar, hoje ou amanhã, em Évora e por lá ficar até ao fim dos seus dias. Se eu fosse deputado, apresentaria, hoje mesmo, uma proposta de alteração de lei para acabar com os cúmulos jurídicos que aliviam as costas a muito criminoso. Cada crime, cada pena e após um certo limite de gravidade, nada de libertação a meio da pena. Amargar cada dia até ao fim e sair de lá para o cemitério que é o único lugar onde não conseguirão corromper ninguém (que o S. Pedro não vai em conversas de políticos de meia tigela).

3 comentários:

  1. Amando Vara é só um dos muitos mais que existem em Portugal. Então e os outros? Será que passam despercebidos à justiça e não são condenados? Se a corda parte sempre pelo lado mais fraco. Se os restantes continuam em liberdade é porque pertencem à parte mais forte? Então, do que é que o Poder Judicial estará à espera para os condenar?

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  2. Isto é um faz de conta ... e não é para levar a sério . Cinco anos para cumprir ? - Nem pensar, depois de estar lá quarenta meses dos sessenta em causa, pena cumprida e liberdade para continuar a sua vidinha ... ! De facto, os pilha galinhas são mais importantes do que se possa pensar, visto que vão sendo mais ou menos responsabilizados, mantendo o poder ... ocupado com eles e sem tempo suficiente para pescar tubarões que, por uma razão ou por outra, vão navegando por todo o lado, a demonstrar o que valem e do que são capazes ... Enfim, são tantos os péssimos exemplos, bem conhecidos, artimanhas diabólicas, recursos inadmissíveis e expedientes dilatórios que levam à descrença total e a que não se acredite em nada nem em ninguém . Um abraço .

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