Bárbaros fomos até os romanos chegarem à Península Ibérica e nos ensinarem tudo aquilo que ainda não sabíamos. Muitas coisas que eles trouxeram e ensinamentos que nos transmitiram continuam por cá até aos dias de hoje. O nome do mês que hoje termina, Agosto, deve o seu nome a Júlio César, o imperador de Roma que usava o cognome de Augustus. Não me perguntem o porquê de o 8º mês do ano se chamar Agosto e não Augusto, como a personagem a quem deve o nome, pois não vos saberia responder.
O que sei é que Agosto termina hoje e isso representa uma mudança radical na vida de muita gente. A começar por aqueles que ainda fazem um mês de férias completo e exigem começar no dia 1 deste mês, o que significa que amanhã têm que se apresentar no trabalho e dizer adeus ao bem-bom que foram as férias. A seguir lembro-me dos treinadores de futebol que amanhã poderão respirar de alívio, pois não lhe poderão vender mais nenhum dos seus atletas.
Mas mais que tudo lembro-me de mim mesmo e dos meus conterrâneos que, a partir de amanhã, estaremos livres dos banhistas e dos seus automóveis que nos últimos dois meses transformaram a minha cidade num sítio em que é impossível viver. Sendo a praia da Póvoa a mais famosa do norte de Portugal (acima da foz do Douro) entende-se que todos aqui venham parar. E acredito que alguém tira vantagens disso, mas os desgraçados dos poveiros (como eu) é que pagam o patau, vivendo num autêntico pandemónio enquanto dura a época balnear, especialmente em Agosto.
A Póvoa como ela era quando cá cheguei, em 1960
A Póvoa de hoje. Dá para perceber a diferença?