No Niassa havia o rio Lunho
Comer e beber é uma festa
Tendo sono dorme-se a sesta
Em Vila Real a 18 de Junho
Mal inspirado anda o poeta
Pela musa foi abandonado
Mas sabe escrever sem caneta
Batendo com força no teclado
Corvetas há na Marinha de Guerra
Bom chouriço em Trás-os-Montes
Bem fresquinha brota da Terra
A água daquelas fontes
Se mais soubesse mais escrevia
Assim, não sabendo fico calado
Se me deixassem até dormia
Uma bela soneca descansado!
Havia, pois eu bem sei,
ResponderEliminardisso eu sou testemunho
três meses junto dele acantonei
desse tão falado do Rio Lunho.
Cheguei lá num dia de muita chuva.
chovia que se fartava
no citado rio, corria água turva
em seu redor o perigo espreitava.
Naquele sítio medonho,
de noite no céu só se via a lua
não havia aguardente de medronho
nem tão pouco mulher nua.
No dia 9 de Março,
toda a noite não me vi livre dela
bem disso eu ainda me lembro
de mil novecentos sessenta cindo
que me causou algum tormento
apanhei lá uma cadela, não minto.
Quem diz a verdade,
não merece castigo
não fiz nenhum disparate
por isso é que o digo!
Eu te dou os parabéns poeta,
tão bem te safas na poesia
deixa sempre a porta aberto
para entrar a fresca maresia!
Mandava embora a a tristeza,
antes, quando alegre cantava
fui apanhado de surpresa
com esse belo poema não contava!
Quando chegar o dia,
pelos caminhos de Portugal
sairei da Póvoa de Santa Iria
a caminho de Vila Real!
Queria escrever cinco, não cindo!
ResponderEliminarCom o regresso da chuva
ResponderEliminarNão deu para passear
Como um poeta deste a curva
E a Vila Real foste parar.
Acordou inspirado.
ResponderEliminarUm abraço
Poetas do caraças
ResponderEliminarQue botam faladura
Haja em VR carcaças
E pinga com fartura
Artur "Leiria", no Canadá,
ResponderEliminarvai aparecendo de quando em vez
mas, creio que não se esquecerá
de que um bom cidadão Português!
"... não havia medronho, nem tão pouco mulher nua"... Uma frase que merece ficar na história.
ResponderEliminarMulher branca nem vê-la,
ResponderEliminarpretinha também era raro
desaparecia o sol no ocaso
chegava a noite com a tristeza!