terça-feira, 30 de dezembro de 2025

Chegou a hora!

 

Este velhote de barbas brancas e pouco cabelo a cobrir a careca do frio invernal deseja a todos os familiares e amigos, assim como a todos os sobreviventes camaradas de armas que lutaram na Guerra Colonial, um Ano Novo cheio de felicidade, saúde e tudo o mais que há de bom neste mundo que Deus fez e pôs à nossa disposição!

Amanhã, talvez não tenha oportunidade de aqui voltar ou talvez sejam vocês que já estão noutra e não passem por aqui para ver aquilo que, diariamente, vos ofereço, é, por conseguinte, a hora certa para eu expressar os meus votos para o novo ano que começa amanhã, depois de nos despedirmos do velho 2025 que nos trouxe coisas que bem poderíamos dispensar!

Os dias sucedem-se a uma velocidade louca. Quando éramos novos, achávamos que o tempo não avançava e que demorava uma eternidade até chegar o dia de qualquer coisa muito desejada, mas, agora, ao contrário, achamos que ele anda depressa demais e bem gostaríamos de travar a sua marcha. Mas isso não é possível, cada coisa tem o seu tempo.

E este é o tempo de desejar que o futuro nos sorria e que nos faça esquecer o passado por ser melhor que ele. É assim que eu vejo as coisas e vos peço que as vejam assim também, amanhã será melhor que ontem!!!

segunda-feira, 29 de dezembro de 2025

Na ceia de Natal e Ano Novo!

 Nem só o bacalhau é rei, pois há muita gente que prefere outras coisas. E, como ontem só vos falei de carne, hoje será de peixe e outros que também vêm do mar que eu vos vou falar.

O meu sogro, que Deus tem há já bastantes anos, não alinhava no bacalhau, para ele o congro é que era bom e se a mulher não lhe arranjasse uma boa posta tínhamos o caldo entornado. Os dois primeiros natais, depois de me casar, passei-os na casa dele e depois de eu regressar da Alemanha, em 71, o Natal dele foi sempre em minha casa, até morrer, portanto eu seu do que falo.

Para mim o congro fica melhor em caldeirada e juntando-lhe mais alguns peixes sem espinhas, da família do cação, e algumas lulas para compor o conjunto. O mais importante é o tempero para molhar umas tostas e fazer da caldeirada um petisco de truz.

Outros há que preferem o polvo, cozido com molho verde ou simplesmente regado com bom azeite português. Eu, para ser sincero, prefiro o polvo assado no forno e servido ao almoço do Dia de Natal ou Ano Novo. Não sei explicar porquê, talvez porque sempre vi o bacalhau cozido com couves como o verdadeiro símbolo da Ceia da Natal que nada pode substituir.

E, enquanto o congro é para quem goste dele, o polvo é um petisco bom em qualquer altura do ano ou em qualquer jantarada que se queira organizar. Pode-se cozer, assar ou grelhar, mas também há quem se perca por um bom arroz de polvo. Quem vive no campo talvez esteja mais habituado a uma cabidela ou arroz de frango, mas para quem vive à beira mar é mais comum agarrar-se a uma caldeirada de peixe ou arroz de polvo ou marisco.

Para os "carneiros" (aqueles só gostam de carne) haverá sempre outras alternativas. Escolher o leitão, o cabrito ou o borrego é a primeira opção, mas podem também optar pelo peru, pela perdiz ou pelo coelho, no caso de gostarem de carnes mais secas. Isto para fugir do tradicional bife ou posta de vitela que pode aparecer à nossa mesa em cada um dos restantes 363 dias do ano.

Boas Festas e ... Bom apetite!

domingo, 28 de dezembro de 2025

Um bife para o almoço!

Em Portugal estão oficialmente reconhecidas 15 raças autóctones de bovinos: Alentejana, Algarvia, Arouquesa, Barrosã, Brava, Cachena, Garvonesa, Jarmelista, Marinhoa, Maronesa, Mertolenga, Minhota, Mirandesa, Preta, Ramo Grande. As 15 raças autóctones existem dispersas por todo o País, mas 12 delas em número reduzido sendo, por isso, consideradas em risco de extinção.

Hoje, como é domingo, reservei para o vosso almoço uma peça de carne bovina de onde podem cortar um bife do tamanho que cada um lhe apetecer. Como a minha oferta não pressupõe o pagamento, no final da refeição, podem esticar-se à vontade. Quem gostar de um naco de 400 gramas, pois que assim seja e lhe faça bom proveito.

Há dias, fiz publicidade à carne da raça "Cachena" que é a mais conhecida aqui na zona de entre Douro e Minho, mas garanto-vos que não diferencio umas das outras, quando me servem o bife. Olhe que esta é Cachena legítima, diz o empregado de mesa e eu encolho os ombros, assim como quem diz, é preciso é que me saiba bem, seja Cachena ou outra porra qualquer!

A "Posta à Mirandesa" é um petisco muito famoso, aqui pelo norte, muito embora o uso desse nome tenha sido proibido para protecção da marca. Mas trata-se de carne de vitela e não de um bovino adulto em que a carne é muito mais dura e há que ter bons dentes para a roer.

Do mesmo modo, é famosíssima a "vitela de Lafões" que é cortada de uma cria com seis meses de idade da raça Arouquesa. Se passarem pela zona de S. Pedro do Sul, Arouca ou Lafões não se esqueçam de provar o petisco. Dizem por aí que é de comer e chorar por mais. Lembro-me de uma vez, há muitos anos, ir a caminho da Serra da Estrela e parar em Lafões para jantar. Nesse dia comi carne, com certeza, mas de que raça era não perguntei nem mo disseram.

Para comer boa carne barrosã há que ir a Montalegre, Chaves ou Boticas, pois nos outros sítios podes comer carne espanhola ou coisa parecida importada sabe Deus de onde, pois só o preço importa. Mas quando vou para esses lados, eu vou com a ideia do porco bísaro e dos bons enchidos e defumados que fazem com a sua carne

Não sei se há mais alguma raça que valha a pena referir. Sei que os touros que são lidados nas Praças de Touros, muito frequentes na Península Ibérica, acabam também em bifes, mas não me perguntem se são tenros ou não, porque não saberia responder. Vejo-os pastar no Ribatejo, quando por lá passo, ou nas touradas que agora, culpa do PAN e da senhora gordinha que o dirige, estão proibidos em quase todo o lado.

Preparem uma boa garrafa de tinto para acompanhar e ... bom apetite!

sábado, 27 de dezembro de 2025

Calçada da Glória


O elevador da Glória espatifou-se, morreu um monte de gente, falou-se muito no assunto, mas ... tudo esqueceu já. Quem foram os culpados, porque por certo foram vários, não se sabe e talvez nunca se venha a saber, aliás, a Justiça Portuguesa é mestra nessas coisas de enterrar os mortos antes que comecem a cheirar mal e incomodar muita gente.

Na última vez que ouvi falar do assunto todos eram culpados, o cabo do elevador não devia ser aquele e quem o comprou quis apenas poupar uns tostões à Carris, vistorias também não eram levadas a sério e havia ainda mais um sem número de incongruências. Ora era o Moedas o culpado, ora não era e o assunto por aí se ficou.

Talvez as companhias de seguros que vão ser chamadas a pagar os prejuízos e as indemnizações acabem por trazer a história, de novo, para as notícias e então fiquemos a saber mais alguma coisa. Esbarrei-me com este video no Youtube, onde fui parar por acaso, e trouxe-o para me servir de mote para esta publicação e para vos alumiar as ideias!

Ontem, o dia terminou com mais uma triste afirmação de Donald Trump a respeito do encontro que terão, ele e o presidente ucraniano, amanhã, na Flórida. Nada desse plano tem algum valor antes de ser visto e aprovado por mim, disse ele como se fosse o dono do mundo!

Tenham todos um bom fim de semana e preparem-se para a grande festa que faremos com a chegada de 2026!

sexta-feira, 26 de dezembro de 2025

E a vida continua!

Este Natal já era, passou como passam todas as coisas na nossa vida! Quem não cair pelo caminho terá outro, daqui a trezentos e sessenta e tal dias. A cada dia que passa segue-se um novo dia, aquele poderá ser para cada um de nós marcante. Sabe Deus e mais ninguém aquilo que nos acontecerá nas próximas 24 horas. E isso não é problema, pois conhecer por antecipação o nosso destino tirava-lhe toda a piada.

Tenho reparado que a actividade bloguística tem vindo a decrescer a olhos vistos, suponho que o pessoal que se dedica a estas coisas da escrita arranjou melhor divertimento. Ok, cada um na sua e eu na minha que continua igual ao que tem sido, desde que descobri a internet e tudo aquilo que ela nos oferece. Depois do pequeno almoço, agora usado para dar cabo do resto do bolo-rei e das rabanadas que sobraram do dia da festa, reservo sempre duas horinhas para me perder na net, cuja maior parte é dedicada à escrita.

O Facebook serve-me para visitar um par de grupos frequentado por amigos e camaradas doutras eras, mas aquilo é mais likes que prosa bem cuidada e depressa lhe viro as costas. Ler o correio recebido, responder ao que merece ser respondido e depois ver como abriu a Bolsa por esse mundo fora. Tudo isso não me leva mais de meia hora e, por conseguinte, ainda me sobra muito tempo para escrever qualquer coisita e publicar nos blogues, meus ou dos amigos que acompanho.

Hoje, não decidi ainda do que falar, vou teclando devagar esperando que as ideias surjam seja de onde for. Os assuntos do costume hão-de sempre aparecer na conversa, pois os Trumps desta vida não dão descanso a ninguém e como a Bolsa de Valores está fechada até segunda-feira, o tempo que dedico a esta parte do meu programa diário até aumentou.

Por falar em Trump, ele quer acabar com a guerra na Ucrânia, mas anda dar morteirada por todo o lado. Primeiro foi na Venezuela, depois na Síria e agora na Nigéria. Não é nada demais, mas são 3 continentes diferentes e o homem não para. Até já enviou um representante para a Groenlândia para preparar aquela gente para aderir ao americanismo que é coisa melhor do mundo (pensa ele).

E não é pelos minérios ou petróleo que possam lá existir, mas porque dali pode dominar o Ártico e impedir que os comunas, de Moscovo ou Pequim, façam outro tanto e lhe venham espreitar pela janela. A amizade com Putin é para manter, mas cada um no seu canto, cada macaco no seu galho, como diz aquele ditado que vocês conhecem tão bem ou melhor que eu.

Na Nigéria as morteiradas foram disparadas contra membros do DAESH que são uma espécie de malfeitores que a coberto da lei islâmica espalham o terror no Médio Oriente e, agora, o levaram também para o continente africano. Talvez a seguir, o louco americano eleja aqueles que vêm aterrorizando a província moçambicana de Cabo Delgado e lhes descarregue uma boa dose de metralha em cima daquelas cabeças forradas de carapinha.

O cheiro a gás e a petróleo, na bacia do Rovuma, parece ser o que os atrai. Na Venezuela também existe essa desculpa, embora o Trump diga que não por isso que pôs o Mar das Caraíbas em polvorosa. O povo árabe sempre teve grande influência no norte de Moçambique, os portugueses tiveram alguma dificuldade em se livrar da sua influência, no fim do século XIX e início do século XX. Mal seria que, após a nossa saída daquele país africano, os árabes voltassem a tomar conta dele.

Na Ucrânia, o presidente Zelensky parece acreditar que o fim da guerra está próximo e que pode acontecer antes do fim deste ano de 2025. Eu penso que não, o Putin tem os dentes ferrados na presa e não a largará assim tão facilmente. O que lhe oferecem no tal acordo de paz é uma ínfima parte daquilo que ele quer e eu prevejo que a guerra estará para durar.

A contra-espionagem deveria aqui assumir o papel principal da guerra. Alguém se devia ocupar a encher a opinião pública da Rússia de opiniões negativas, falar nos muitos milhares de mortos e no enorme custo da guerra que está a desviar recursos que poderiam ser usados para melhorar o seu viver quotidiano. Aos oligarcas e ocupantes dos mais altos cargos políticos não falta nada, mas ao povo anónimo falta quase tudo, a começar pela liberdade de expressão.

E, quando o povo russo estiver convencido que o presidente Putin é mau para eles, acontecerá aquilo que todos queremos e ele passará à História. E não como um herói, mas sim como carrasco que sacrificou milhares de soldados para satisfazer a sua ânsia de poder e, talvez, aumentar um pouco mais a enorme fortuna de que já é dono.

E por agora é tudo o que tenho para dizer. Preparem-se para dizer adeus a este ano velho e saudar o novo que está aí à porta e mortinho para entrar e mostrar o que vale. Eu estou pronto e ansioso para ver que novidades nos vai trazer!



Imagens relacionadas com o tema de hoje!


quinta-feira, 25 de dezembro de 2025

É Natal!

 As crianças não mentem! Onde é que eu já ouvi isto? E, portando-me como uma criança, eu escrevi uma carta ao Pai Natal pedindo a prenda que quero que ele me traga da Lapónia.


Será que a minha carta chega ao seu destino? E o Pai Natal terá no seu grande armazém de prendas aquelas que eu pedi?

Pensamento positivo ajuda, vou manter a minha esperança no máximo!

terça-feira, 23 de dezembro de 2025

Apenas uma troca!

 Há pouco, tocou a campainha da minha porta. Fui ver quem era. Um emissário da loja de informática a trazer o computador que para lá tinha mandado para arranjar umas coisinhas que não estavam ao meu gosto.

Obrigado, disse-lhe eu, já agora leve este e veja porque é que ele se recusa a trabalhar! Veio um, foi outro, é assim que eles ganham a vida. Quem sou eu para contrariar essas coisas!

Hoje, recebi a visita duma vampira que veio cá tirar-me mais uns tubinhos de sangue. Se a coisa continuar assim ainda morro "exangue"!

Não sei se amanhã terei tempo ou disposição para voltar aqui, por isso aproveito a oportunidade para vos desejar um Feliz Natal (do Ano Novo trataremos mais tarde!)



segunda-feira, 22 de dezembro de 2025

Sem computador!

 Um foi ao Sr. Doutor e o suplente recusou-se a arrancar!

E isto de escrever no tablet não é a mesma coisa! Se não nos voltarmos a "ler" tenham muito Boas Festas de Natal e cuidado com os doces que fazem mal á saúde e com as espinhas do bacalhau que vos podem arranhar a garganta!

Vemo-nos por aí!!!


domingo, 21 de dezembro de 2025

Este é de luas!

 Hoje, está ainda mais frio que ontem! Pelo menos para mim, pois o meu HP arrancou à primeira como se fosse verão! Eu pensei que fosse o frio que o impedia de trabalhar, mas agora já não digo nada, porque ele segue sempre em frente sem tremer!

How is your mood today, perguntam os ingleses! Como estamos a sentir-nos, quando entramos no Facebook, querem saber os americanos! Pois, ontem, encontrei a minha conta bloqueada por ter afirmado que o Putin devia ser esganado, morto e enterrado e fui obrigado a responder-lhes que "estava chateado"!

E assim fiquei de fora dos meus grupos e longe dos amigos (e amigas), pois não posso comentar nem publicar. Estou a pensar se devo abrir uma conta nova, mas mesmo usando outra conta de e.mail acho que eles me conseguem rastrear na mesma, pelo telemóvel, tablet e computador que usam que eles monitorizam a seu bel-prazer, ou seja, de pouco me serviria.

Criar outros grupos, arranjar outros amigos e começar tudo de novo não me seduz muito. Estou numa fase em que quase nada me desperta interesse e até a comida me começa a ser difícil engolir. E não é nada físico, não tenho qualquer problema na boca e garganta, é só a moral que anda pelas ruas da amargura. Só tenho saído de casa para ir ao hospital e passo as 24 horas do dia encafuado na minha sala de estar. Assim não há quem fique bem disposto!!!

E tenho aproveitado para pensar na vida, a que vivi e a que desperdicei, além de ter chegado a uma conclusão quanto aos filhos; eles embaraçam-nos, obrigam-nos a ficar em casa, quando gostaríamos de sair, mantêm-nos acordados, quando estamos cheios de sono e, agora, somos nós que lhe pagamos na mesma moeda. Anda cá, deixa o teu trabalho, sinto-me mal e preciso que me leves ao hospital!!!

Quem procura sempre acha qualquer coisa (foi o que eu sempre ouvi dizer), seja boa ou seja má. A minha médica de família achou que eu tinha qualquer problema e entregou-me nas mãos dos especialistas do HPH (Hospital Pedro Hispano) para procurarem a razão desse tal problema. Já fiz montes de exames, fui visto por 4 médicos diferentes e ainda não chegaram a qualquer conclusão.

E eu estou em crer que é isso que me tem afectado a moral. Eles não me deixam respirar, sempre em cima de mim como vampiros! E agora vêm com a conversa das biópsias que me trazem à memória o António Querido, meu camarada fuzileiro, que andou anos a penar por esses caminhos até que a morte o levou deste mundo de sofrimento. Que porra de caminho sinuoso e impraticável que desagua no cemitério!

Daqui a dias temos o Natal, época de Festas Felizes, e depois mais um trimestre e terei passado dos 82 anos, idade a que muitos não conseguiram chegar. Exceptuando os meus pais todos os outros meus antepassados morrerem entre os 70 e os 80, portanto devia dar-me por satisfeito. mas não é a questão da morte que me aflige, é mais a qualidade de vida que já não temos estando vivos.

É uma confusão, mas não tenho outro remédio senão passar por ela. Depois da tempestade vem a bonança, quando o nevoeiro levantar o sol brilhará de novo, mas eu só vejo névoa no horizonte da minha vida!

sábado, 20 de dezembro de 2025

Não querendo abusar!

 O meu velho computador (HP Pavillion) meteu baixa! Deve ser por causa do frio e como já não tem bateria, só trabalha ligado à corrente, deve custar-lhe mais a arrancar. Fui obrigado a recorrer à minha última aquisição (Dell), mas sem o Office instalado vi-me grego para encontrar o caminho! Como estabeleci, para mim mesmo, um limite de duas horas ligado à internet e já as ultrapassei, a minha publicação de hoje terá que ser mais curta!

E vou usar esse pouco tempo para uma curta lição de Português!

Os portugueses - pensei que eram apenas os poveiros, mas vou encontrando em todo o lado, até em pessoas com formação superior, o mesmo erro - não sabem distinguir a forma correcta de usar os verbos "pôr", "meter" e "deitar". Aqui, na Póvoa, também é muito comum ouvir chamar pinheiro a qualquer árvore, como se uma palavra fosse sinónimo da outra.

 Mas o uso do verbo "pôr" é que me deixa sem fôlego, abdicaram dessa palavra da Língua de Camões e, em vez dela usam o verbo "meter". Isso não presta, mete fora, dizem eles. Ou então, pega nessa garrafa e mete-a em cima da mesa!

Hoje, logo pela manhã, foi um conhecido jornalista que disse, assim, literalmente, encontrei um amigo que não via, há muito, e aproveitamos para meter a conversa em dia! Apetecia-me gritar-lhe, daqui donde me encontro, que a conversa, se põe e não mete, em dia, mas a IA ainda não me ensinou como fazer isso!

E isso remete-me para as lições de inglês, nos tempos da escola, em que o prof se via grego para nos ensinar a diferença entre "on the table", in "the table", ou, em alternativa, "under the table" para meter na cabeça dos menos espertos o significado do "on" que é o oposto de "under".

Deita o lixo fora, costumo eu dizer a um sobrinho que por aqui passa, de vez em quando, não o metas!

Ah, pois é!

sexta-feira, 19 de dezembro de 2025

Três coisas há nesta vida!

 Lembro que havia uma canção que começava com estas palavras, mas não me lembro de quais eram essas 3 coisas. Uma era amor, as outras não faço ideia!

Mas as 3 coisas de que vos venho aqui falar, hoje, sei claramente quais são. A primeira o roubo de igreja que aconteceu nos Açores, a segunda a derrota do António Costa e da UE no assunto do apoio económico à Ucrânia e o terceiro a vergonhosa sondagem das presidenciais publicada ontem.

Nos Açores a equipa local foi roubada, indecentemente, e eliminada da Taça de Portugal. A equipa do VAR e o árbitro João Pinheiro andaram às voltas, mais de 10 minutos, para inventar um penalty e evitar a eliminação do Sporting que está a ser levado ao colinho em todas as provas. Diz-se por aí que é por causa dos direitos televisivos que não podem dar ao Benfica tanto dinheiro como merece e que os pequenos também merecem receber algum. A mm parece-me um caminho bastante tortuoso para lá chegar!

Em Bruxelas, o António Costa garantiu que a reunião de ontem não acabaria sem um consenso sobre os activos russos a serem utilizados para apoiar a Ucrânia. Claro que não houve consenso nenhum e a UE foi obrigada a garantir o empréstimo até que a Rússia se disponha a indemnizar a Ucrânia pelos prejuízos causados pela guerra. Coisa que não vai acontecer nunca, digo eu, pois a Rússia só obrigada pelas armas o fará e não vejo a Europa a encher o peito de ar para enfrentar Putin. E não pagando a Rússia, acabaremos por pagar nós, pois a Ucrânia não tem dinheiro para isso.

Em Lisboa, aconteceu uma coisa semelhante. As casas que se dedicam às sondagens encomendadas pelas televisões, engendraram um resultado que nem ao diabo lembraria. Puseram o André Ventura a ganhar à primeira volta, mas a perder à segunda, fosse quem fosse o seu opositor. Ora isso parece coisa para enganar os parvos dos portugueses que não têm cabeça para pensar. Como é que se reuniram tantos para escolher o Ventura, no dia 18 de Janeiro, e desaparecem como que por milagre, 15 dias depois?

E tudo isto para dizer que o «Ganda Nóia» será o vencedor final, não interessando quem vá com ele ao desempate, em Fevereiro. Eu prometi que abdicava da minha nacionalidade portuguesa se isso acontecesse e agora vejo-me perante um enorme problema. Como farei isso? Fujo para Espanha e peço asilo político? É fácil fazer promessas deste tipo, como fazem os nossos políticos, mas o diabo é cumpri-las!


A única maneira de evitar que ele ganhe será
que se cumpra esta sondagem e ele fique
eliminado na primeira volta.


quinta-feira, 18 de dezembro de 2025

His master voice!

 Talvez o Maduro seja o único que fala e diz o que quer sem mandar recados por ninguém!

Todos os outros, desde o Trump a Putin e acabando no Montenegro, arranjam um "larilas" qualquer, sem personalidade própria (se a tivessem não aceitariam fazer esse papel) para vir explicar ao povo o que eles querem que a gente, nós todos sem excepção, pense daquilo que eles fazem bem ou mal. A maior parte das vezes mal e por isso precisam do cromo para dar a cara pelo seu chefe.

É impossível não pensar nisto, quando vemos aparecer, no ecran do televisor, o Leitão Amaro para nos explicar muito explicadindo aquilo que o seu superior acabou de dizer ou fazer e que não agradou por aí além aos seus governados. O Putin tem o Peskov e o Trump uma dupla de vices a fazer, exactamente, a mesma coisa.

Esse sinal parece apontar para o facto indesmentível de se tratar de governos pouco dados a democracias, em que o chefe todo poderoso dita as regras e a populaça tem que se contentar com isso e ainda bater às palmas, como o rafeirito que abana o rabo quando o dono chega, lhe faz uma festa na cabeça ou lhe atira um osso.

Os casos que apontam o nosso PM como pessoa pouco recomendável vão-se amontoando, o de ontem foi só mais um, e haverá um dia , creio e espero eu, em que o Povo se fartará e porá um fim a isso. A Política neste país tornou-se numa profissão bastante rentável e não faltam candidatos a perfilar-se para um lugarzito ao sol.

O Montenegro encaixa-se bem nesse perfil. O rapazinho esperto lá do sítio que frequentou a universidade e aprendeu a dizer umas coisas e que conheceu o gajo rico lá da terra e se encostou a ele para singrar na vida. E chegou à ribalta da política convencendo os seus pares que tinha qualidades para os liderar. E como sonhar não custa nada e presunção cada um toma a que quer, meteu-se-lhe na cabeça liderar o nosso país.

O Povo adormecido e cansado das promessas socialistas que em 50 anos não os levaram a lado nenhum, foi na conversa e deu-lhe o seu voto para ele passar a mandar e desmandar em Portugal. E, como à primeira vez houve dúvidas, repetiu o feito pela segunda vez, dando mais força ao rapazinho da província para se julgar o maior e fazer com que todos o aplaudam como tal.

Para mim ele já vem de carrinho e o seu porta-voz que se cuide, um dia chegará em que ambos (e mais o vice de Braga) serão corridos de Lisboa e terão que ir tocar viola para outro lado!

terça-feira, 16 de dezembro de 2025

Ucrânia Fez a Rússia de parva!


Leiam a minha publicação anterior.
Esta foi apenas para deixar aqui este video que o tal site brasileiro
afirma ser a pior derrota da Rússia. Gostei, partilhei!!!

Como irá isto acabar?


As notícias veiculadas, ontem, pela comunicação social não conseguem convencer ninguém do bom resultado das negociações de Berlim, no que respeita à Guerra da Ucrânia. O povo ucraniano e o seu presidente não entregam o território que é seu sem dar luta. Só porque o presidente dos EUA meteu isso na cabeça e os europeus não ganham coragem de o mandar dar uma volta, o caminho não é esse.

Mesmo que uma parte da população residente no Donbass prefira ser russa, em vez de ucraniana, isso não é razão suficiente para entregar à Rússia toda a população que ali vive. Iniciar um processo de referendo e traçar uma linha virtual que separe esse território em dois, levaria bastante tempo a fazer a migração dos que teriam que mudar o seu local de residência. E a questão da propriedade privada seria uma coisa difícil de resolver.

Lendo nas entrelinhas o que disse o presidente Zelensky, antevejo que por este caminho vamos cegar a ... nenhures! Talvez um interregno nos bombardeamentos, durante a época natalícia, e isso já seria um ganho de causa, mas, no mês de Janeiro, voltará a chover metralha. Li em qualquer lado - leio tantas coisas sobre este assunto que misturo tudo, algumas horas depois - que um país vizinho, salvo erro a Chéquia, estava a enviar cerca de 1,2 milhões de munições de artilharia pesada para manter os russos sob pressão.

A pressa do Trump em resolver este assunto é directamente proporcional à vontade de ganhar alguns milhões com os negócios combinados com o presidente russo. Seja no controlo da produção de energia com base nuclear, seja no petróleo e gás ou nos minérios que escasseiam nos países amigos da América, ele quer lucrar alguma coisa com esta guerra. Até as armas que ele fornece à NATO ou a cada um dos beligerantes em separado ele quer cobrar. E já está de olho nos activos russos congelados para ver se fica com uma parte. Aliás, esse era um dos 28 pontos do famoso acordo que não deu em nada.

Enquanto vou escrevendo, estou a ouvir a narrativa do video que vai junto e, curto que está de homens, Putin já quer enviar as mulheres para a linha da frente. Ele não recua nos seus propósitos de ficar com uma fatia da Ucrânia e quanto maior melhor. Se ele pudesse chegar até à fronteira da Roménia que é também a da NATO, certamente o faria. E se agora o não conseguir, talvez ele tente de novo, num futuro não muito longínquo!

segunda-feira, 15 de dezembro de 2025

Já a formiga tem catarro!

Conhecem este dito do povo? Quando um pequenote se encrespa e quer bater num grande! Isto remete-me para as eleições presidenciais em que o anão cabeçudo, patrocinado pelos laranjinhas, tenta chegar aos galões do almirante. Mas a conversa aqui é outra, trata-se de futebol!

Há uma aldeia, perto de Guimarães, que decidiu ficar na história do futebol lusitano e envergonha grandes cidades, como Coimbra, Viseu, Leiria, Setúbal, Évora, entre outras, que não conseguiram fazer vingar um clube de futebol na 1ª Divisão. Peço perdão, Moreira de Cónegos, actualmente, já é uma vila, talvez impulsionada pelo desporto-rei!

É vila, mas não deixa de ser uma formiguinha, embora grande trabalhadora. De vez em quando, dá um saltinho à 2ª Divisão, mas depressa regressa ao convívio dos grandes. Vizela, ali mesmo ao lado, bem tentou fazer o mesmo, mas não conseguiu nunca ter o impacto da sua vizinha , a terra dos cónegos. que lhe ganha em fama e História.

Pois, foi nesta vila minhota, do concelho de Guimarães, que o meu Benfica compareceu, ontem, para cumprir mais uma jornada do nosso campeonato nacional (que agora já não se chama assim, mas isso não importa nada). Talvez recordando insucessos do passado que o FCP ali conheceu, houve quem predissesse que o Benfica poderia ir ali perder pontos. E pontos é o que o meu clube não pode perder, pois já vai com grande atraso dos primeiros classificados.

A primeira parte do jogo foi-se desenrolando lenta e morna com o Benfica a ter muita dificuldade em chegar à baliza do adversário. Mas, de repente, um passe para dentro da área ofereceu ao nosso ponta de lança, o grego Pavlidis, a oportunidade, à muito esperada, de cabecear a bola para dentro da baliza. Ainda reclamaram que ele poderia estar em fora de jogo, mas a autoridade suprema dentro do campo, Sua Ex.ª o VAR, confirmou que o golo era 100% legal e assim saímos para o intervalo a ganhar por 1 a 0.



Na segunda parte já se viu um Benfica mais confiante e a pressionar o adversário, no seu meio campo, o que permitiu ao mesmo jogador que tinha iniciado a contagem a marcar por mais duas vezes, provando que afinal havia razões para ele ter sido contratado para ser a referência na grande área e o nosso principal artilheiro. Com um hat-trick no bolso e o resultado em 0 a 3, o Benfica deu-se por satisfeito e abrandou, ligeiramente, o jogo.

Jogo que não acabaria sem o 4º golo, um belo "chapéu de copa alta" construído de raiz pelo nosso médio mais trabalhador e mais carequinha do plantel, o Fredrik Aursnes. E assim virámos as costas àquela terra, cuja história vem de antes da portugalidade, com uma saborosa vitória e prontos para continuar na luta por atingir o primeiro lugar que é o único que dá prémio!

domingo, 14 de dezembro de 2025

Anda tudo aos tiros!

 Tiros em Providence, ainda não se conhece a razão nem os autores, mas há mortos a lamentar. O Trump limitou-se a enviar as condolências às famílias das vítimas e desejar que os mortos descansem em paz. Há vários feridos graves no hospital e não se sabe ainda como isto vai acabar, diz-se nas notícias.

Hoje, repetiu-se a cena, desta vez em Sidney, e pelo que ouvi, há, pelo menos, dez mortos. Neste caso parece tratar-se de gente que não gosta de judeus e que desatou aos tiros no meio de uma cerimónia judia que acontecia numa praia com muitas centenas de presentes.

Por seu lado, em Israel, a Mossad continua o seu trabalho para localizar e abater todos os responsáveis pelo 7 de Outubro. Desta vez foi o Nº 2 da cadeia de comando do Hamas que ficou esturricado dentro do seu carro atingido por um míssil certeiro.

Aqui, em Portugal, terra de brandos costumes, os tiros são de pólvora seca e trocados entre candidatos à Presidência da República. Ontem, vi um pouco do debate entre o mais à esquerda e o mais á direita dos candidatos que se apresentarão ao sufrágio popular do dia 18 do próximo mês. Eles não se esforçaram muito nessa luta, pois um sabe que não vai lá das pernas e o outro dá como garantida a sua passagem à segunda volta. Eu não diria tanto, mas ... o Povo é que sabe o que mais lhe convém!

Em Berlim, hoje, não se esperam tiros, mas eu juraria que naquela sala, onde decorre a reunião entre as partes, que alguém gostaria de apertar o gatilho, se pudesse, e pôr fim ao jogo que os enviados de Trump fazem em benefício de Putin e prejuízo de Zelensky. Eles andam num leva e traz, entre Washington e Moscovo e nada acrescentam na procura da paz, tudo o que procuram é sair com algum lucro desta empreitada em que se meteram.

Está aí a chegar o Natal e todos, em especial os que se enfrentam no campo de batalha, esperam poder sonhar com Festas Felizes, mas há uma enorme sombra que escurece esse sonho. Putin não quer sair de cena sem uma fatia grossa do bolo e aí é que está o busílis da questão, pois o bolo não lhe pertence. O mesmo acontece com Trump que também não desiste de ferrar o dente em algo substancial que o faça ainda mais rico do que já é.

A guerra está para durar, diria eu se mo perguntassem, nem o Zelensky aceita ser roubado nem o Putin desiste daquilo que já sonha ser seu, há muitos anos. Os separatistas russos que mantêm a fogueira a arder, desde 2014, no Leste da Ucrânia também não desistem da luta e assim nunca haverá oportunidade para um cessar fogo e discutir a paz.

Para mal dos nossos pecados, que acabamos por ser afectados, pelo menos financeiramente, como todos os cidadãos europeus que se vêem obrigados a dar um pouco do seu pão para matar a fome aos ucranianos que têm a sua economia destruída pela guerra que já dura, há quase 4 anos!

sábado, 13 de dezembro de 2025

Dossier - Ucrânia!


Hoje, dediquei o meu tempo a ouvir os cromos brasileiros do «Dossiê Militar» que parecem inclinados a dar a vitória da presente guerra que vem destruindo a Ucrãnia aos ucranianos. Todos os videos que eles gravam põem a Ucrânia nos píncaros e a Rússia no buraco mais fundo. A nível de guerra psicológica dou-lhe nota máxima!

Em vez de ser eu a fornecer-vos informação relevante assistam a este vídeo. Ele pode ser faccioso, mas a informação está lá!

Na verdade, eu gostaria de acreditar em tudo o que se ouve no áudio, com os russos a virar as costas à guerra, mas parece-me exagerado, dito e feito com a única finalidade de nos "fazer a cabeça". É mais uma pequena peça do puzzle em que se transformou a diplomacia da guerra à moda da América!

sexta-feira, 12 de dezembro de 2025

De volta à Ucrânia!

 Não tenho falado muito deste assunto, porque as informações, venham elas de onde vierem, são um turbilhão de ... aldrabices! Dizem uma coisa hoje, outra amanhã e no dia seguinte tudo mudou de novo. Desinformação também é uma arma, mas não vejo em que isso possa ajudar-nos, a nós europeus, a resolver o problema que representa o avanço dos russos em direcção ao ocidente.

Segundo as notícias, lidas e ouvidas ontem, o presidente Zelensky pegou no plano de 28 pontos (de Putin e Trump) e esquecendo um outro que tinha apenas 19 pontos (desconheço o autor) transformou-o num novo acordo de 20 pontos e remeteu-o a Trump para análise. Aqui a palavra análise é um sofisma, pois a ideia é que o Trump convença o russo a aceitar este acordo como bom.

Não lhe conheço os detalhes, mas por alguns comentários que ouvi, depreendo que o plano consiste em congelar as posições actuais dos dois exércitos em confronto e resolver o problema pela via diplomática num futuro próximo. Ambos os mandantes, russo e ucraniano, terão que recuar um pouco nas suas pretensões cabendo a pior parte à Ucrânia, como já todos percebemos.

Haverá lugar a eleições na Ucrânia, mas não se sabe se Zelensky será candidato ou não. Só abdicando desse direito o processo poderá avançar, pois o ditador russo não lhe reconhece o direito de se candidatar e isso pode impactar, negativamente, as restantes negociações. E haverá também lugar a referendos nas regiões que Putin reclama como russas. E quem poderá garantir que essa consulta popular se realizará sem a influência (pressão) russa?

A "geopolítica" (esta palavra entrou na moda e agora tudo é geopolítica e todos os comentadores que dão ao badalo, em todos os canais televisivos, são especialistas nessa ciência) parece obrigar os EUA e o presidente Trump a fazer da Rússia um amigo para equilibrar  as coisas com a China. Confesso que não entendo essa visão das coisas. Pela ideologia esses dois países seguirão sempre juntos, do mesmo modo que os EUA serão sempre um inimigo comum.

E segundo essa lógica que eu acredito acabará por prevalecer, o presidente Trumpo acabará por dar com os burros na água. Se não for antes será com o fim do seu mandato, altura em que os americanos lhe cobrarão tudo aquilo que fez de mau para o seu país. Ele está convencido e farta-se de o afirmar, a América nunca esteve tão bem como agora, desde que ele tomou as rédeas do poder. Mas há muitos que não pensam assim.

Retomando o fio dos meus pensamentos, o Trump quer fomentar os seus negócios naquela parte do mundo, seja em nome da América ou em nome próprio, pois ele não perde uma boa oportunidade de negócio. E ele não sente qualquer remorso em pôr-se ao lado de Putin e contra os parceiros europeus para conseguir os seus intentos. Aliás, isso é um primeiro passo para, mais tarde, se virar contra a Dinamarca (país da UE) por causa da Gronelândia.

Isso fará com que as regiões ucranianas da Crimeia, Donetzk e Luhansk se considerem perdidas. O recuo nas de Zaporizia e Kerson será mais quilómetro para cá ou para lá conforme os dois (Trump e Putin) considerem mais favorável. E até a fronteira norte, na zona de Karkiv, poderá estar em questão, penso eu.

No caso de este plano ir avante, tudo depende de quem se aventurar a ser candidato à presidência da Ucrânia. Se for um russófono e russófilo tudo estará resolvido, pois é isso que Putin quer. Pelo contrário, se for algum seguidor de Zelensky, estará o caldo entornado. Para o povo da Ucrânia será sempre mau, pois ficará debaixo da pata russa, no primeiro caso, ou terá que continuar a guerra, no segundo caso.

Fico â espera da resposta de Trump e muito curioso pela posição assumida pelos 3 líderes europeus, francês, inglês e alemão, os quais se puseram do lado de Zelenzky nesta peleja transatlântica. Será que eles, finalmente, decidiram assumir a sua posição de líderes dominantes dentro da União Europeia?

 

quinta-feira, 11 de dezembro de 2025

A Greve!

 Pensei, seriamente, se deveria ligar o computador e vir aqui espreitar ou, para ser solidário com a causa do trabalhador, fazer greve de braços caídos e deixar o relógio galgar as próximas 24 horas. Optei pela primeira hipótese, pois ninguém me pode condenar por isso e a minha greve não ajudaria de modo algum para mudar as ideias do nosso PM Montenegro.

Aliás, começo a pensar que o homem é um sádico, quanto mais o Povo sofre mais ele nos vem falar com aquele sorrizinho irónico estampado nas fuças. Quanto piores são as notícias mais ele repuxa para cima os cantos da boca para nos mortificar com o seu sorriso. A situação na saúde passa por um momento tão mau que ele não precisa de mais nada para alimentar o seu delírio.

Ontem, um pouco antes da meia noite, estavam as altas esferas da esquerda portuguesa concentradas à entrada da Auto-Europa. As centrais sindicais, os partidos, alguns deputados e mais alguns barbudos com o cachecol do Arafat ao pescoço, todos eles não chegavam a uma centena, incluindo jornalistas, operadores de câmara e outros profissionais que em dia de greve são obrigados a trabalhar duas vezes mais.

Eu não sou adepto de greves, mas percebo que os trabalhadores pressionem os patrões para que melhorem as suas condições de trabalho. Um governo que se preze deveria ser ele a resolver a questão, quando os patrões não partilham com os seus trabalhadores os lucros do seu trabalho, tornando a greve desnecessária. A justiça fiscal começaria por pensar nos trabalhadores, compensando-os devidamente, antes de encher os cofres do estado com o imposto sobre os lucros das empresas.

Um terço dos lucros de qualquer empresa, antes de impostos, deveriam ser pertença dos seus trabalhadores e, obrigatoriamente, distribuídos ao mesmo tempo que o são aos restantes accionistas. Um terço para a empresa se modernizar e reequipar, um terço para os trabalhadores e o último terço para os capitalistas detentores do capital dessa empresa, parece-me uma divisão justa.

Há empresas que quase sem trabalhadores geram lucros astronómicos - o caso mais conhecido é o da EDP - e isso é mais um erro que o governo deveria corrigir já que são as empresas prestadoras de serviços a contribuir para esses lucros, praticando preços miseráveis e espremidos ao máximo por quem domina o mercado sem qualquer controlo. Neste caso não ganha a empresa nem os seus trabalhadores, pois não apresenta lucros no fim do exercício.

Mas essas empresas, tal como acontece com as gigantes americanas de tecnologia, deviam ser chamadas a prestar contas, no fim do ano, e atribuir parte dos lucros a quem as ajudou a criar essa riqueza. Os governos poderiam fazer isso sem grande esforço, pois as contas são feitas com descriminação pormenorizada de todos os gastos, incluindo a recurso a serviço de terceiros. Mas para isso seria necessário que os políticos quisessem, ou seja, que estivessem, verdadeiramente, ao serviço do povo que governam e não de quem lhes enche os bolsos.

Vamos sempre parar ao mesmo buraco, o da corrupção. Político que recebe por fora para fazer a vontade a outros interesses e esquece o povo é um corrupto e disso está o mundo cheio, em Portugal e em todo o lado. Os exemplos que mais nos deviam chocar são os das nossas 3 maiores colónias do passado, Brasil, Angola e Moçambique, pois deixámos ali a nossa marca. Quanto maiores riquezas produzem maior é a miséria do povo.

O Brasil é um caso perdido, a corrupção assentou ali arraiais e não há quem consiga extirpar o cancro daquele país que já é independente, há mais de 200 anos ( faz este ano, exactamente, 200 anos que o processo de separação se completou). Angola que poderia ser o país mais rico de África, devido aos seus recursos naturais, tem o povo a catar o lixo em busca de algo que lhe possa matar a fome. Mas os políticos angolanos vivem que nem nababos não lhes faltando nada. Moçambique que começa agora a ver os lucros do petróleo e gás, vai pelo mesmo caminho, se não fosse a ajuda internacional sucumbiriam à fome e á doença.

Isto tudo para dizer que não havendo um governo honesto a gerir um país, nenhum problema terá solução. E a greve serve apenas para mostrar a esse governo que o povo está descontente com a forma de ser governado. Atenção, senhores governantes, o povo está de olho na vossa forma de actuar e resolver os seus problemas, ou de nada fazer por isso!

Bem, me desculpem por ter furado a greve, mas foi com boa intenção !!!

quarta-feira, 10 de dezembro de 2025

Constatação|

Ouvi uma vez dizer que o Benfica á uma espécie de oráculo do nosso país. Se no Benfica tudo vai bem, no país acontece o mesmo! Pelo contrário, se no Benfica a crise se agudiza e as coisas tendem a correr mal, outro tanto se passará no nosso país.

Veio-me este pensamento por causa do comentário feito por um jornalista (ou jornaleiro) qualquer a respeito do debate entre o Almirante e o A.J. Seguro, na SIC, ontem à noite. Disse ele que o Seguro ganhou por 97% contra 3% e se as eleições fossem esta semana o Seguro ganharia na primeira volta. Nunca vi tamanha estupidez, gostaria que o chamassem à pedra, no dia a seguir às eleições, e justificasse o que hoje afirmou.

Eu sei que o almirante afundou um bom bocado, quando se afirmou socialista e ter eleito o Mário Soares como seu modelo de virtudes, mas daí até o reduzir a 3% de chances de ganhar a eleição vai um enorme abismo. Eu, pelo contrário, ponho o Seguro atrás do Almirante, do Marques Mendes e do Ventura, ou seja, não chegará à segunda volta.

Mas aquilo que eu penso tem tanto valor como as sondagens, embora a minha opinião seja livre de qualquer interesse, coisa que não acontece com as sondagens. Quem as encomenda, talvez não quem as faz, procura inclinar o terreno de jogo para o seu lado (como se diz no futebol) para daí colher algum proveito. Eu sou professor universitário e empresário, não vivo à conta dos dinheiros públicos, afirmou o Seguro!

Será que ele queria atingir o Almirante, dizendo-lhe assim nas fuças, que tem vivido à conta do erário público, desde o dia em que entrou para a Escola Naval como cadete da Marinha de Guerra? Eu acredito que sim e, embora eu também não vá à bola com oficiais de muitos galões, alguém terá que preencher os quadros, senão a coisa não funciona. E, está claro que o Estado tem que pagar por isso.

O Estado sempre foi e continuará a ser uma "grande mama". Bem me lembro do meu pai (analfabeto) me dizer a todo o momento, logo que acabei os estudos, o melhor para ti é procurar um emprego no Estado, Finanças, GNR, PSP, Correios ou na CP. Aí é garantido um ordenado ao fim do mês (coisa que o meu pai nunca tinha conhecido), além de dois salários extra por ano, um nas férias e outro no fim do ano.

Quando me alistei na Marinha, o meu pai deve ter respirado de alívio. Pronto, aí está ele a receber por conta do Estado e só espero que seja por toda a vida. Infelizmente, a Guerra Colonial veio estragar tudo, pois uma das coisas que podiam acontecer era eu ser devolvido ao meu pai dentro de um caixão. Talvez por mero acaso e alguns cuidados cá deste rapaz, isso não aconteceu, mas o meu futuro na Marinha acabou no dia em que regressei dessa guerra.

O Seguro nasceu no dia a seguir à minha entrada na Marinha (1962/03/11) e já não soube o que era a Guerra Colonial. Quando chegou a vez dele ir bater tacões, já o Serviço Militar era uma treta. Depois do 25 de Abril, o segredo era livrar-se da tropa que tínhamos a mais (e ainda temos) e não deixar entrar mais ninguém. Para soldados rasos talvez, mas não para os quadros superiores que estavam a rebentar pelas costuras. Depois da guerra foi fácil mandar os soldados para casa, mas não o pessoal que estava nos quadros, sargentos e oficiais.

O Almirante entrou para a Escola Naval e daí em diante foi sustentado pelo Estado Português. O Seguro entrou para a universidade e até ser professor universitário também gastou muitos contos de reis ao mesmo Estado que sustentava o Almirante, só não tinha direito a cama e mesa. Isto quer dizer que não é por aí que se deve medir o valor dos candidatos, outros valores terão que ter no seu currículo que convençam os eleitores a escolhê-los para desempenhar o mais alto cargo da Nação.

Nos tempos do Tio António de Santa Comba, esse cargo era, de certo modo, honorífico, atribuído a alguém que o merecesse, como prémio de uma vida inteira dedicada aos superiores interesses da Nação. Com os meus poucos saberes, eu diria que está neste caso o Almirante Gouveia e Melo, serviu o país uma vida inteira e recebe agora o lugar de presidente como prémio dessa dedicação.

Foi o Mário Soares, sedento de ocupar esse lugar, que iniciou uma campanha contra os presidentes militares, quando o Ramalho Eanes estava no fim do seu mandato. Segundo ele, Portugal não deveria eleger, nunca mais, um presidente militar. E o Povo, ou as fracas instituições políticas, fez-lhe a vontade, depois do general Eanes não houve mais nenhum.

Eu, pelo contrário, acho que não devemos eleger um homem para assumir o Comando Geral das Forças Armadas que não tenha formação militar. Como pode ele comandar os generais dos 3 ramos das forças armadas se nunca soube o que era a vida militar. Se não fosse por outras razões, essa seria suficiente para eu escolher o Almirante como meu candidato preferencial!