segunda-feira, 22 de dezembro de 2025

Sem computador!

 Um foi ao Sr. Doutor e o suplente recusou-se a arrancar!

E isto de escrever no tablet não é a mesma coisa! Se não nos voltarmos a "ler" tenham muito Boas Festas de Natal e cuidado com os doces que fazem mal á saúde e com as espinhas do bacalhau que vos podem arranhar a garganta!

Vemo-nos por aí!!!


domingo, 21 de dezembro de 2025

Este é de luas!

 Hoje, está ainda mais frio que ontem! Pelo menos para mim, pois o meu HP arrancou à primeira como se fosse verão! Eu pensei que fosse o frio que o impedia de trabalhar, mas agora já não digo nada, porque ele segue sempre em frente sem tremer!

How is your mood today, perguntam os ingleses! Como estamos a sentir-nos, quando entramos no Facebook, querem saber os americanos! Pois, ontem, encontrei a minha conta bloqueada por ter afirmado que o Putin devia ser esganado, morto e enterrado e fui obrigado a responder-lhes que "estava chateado"!

E assim fiquei de fora dos meus grupos e longe dos amigos (e amigas), pois não posso comentar nem publicar. Estou a pensar se devo abrir uma conta nova, mas mesmo usando outra conta de e.mail acho que eles me conseguem rastrear na mesma, pelo telemóvel, tablet e computador que usam que eles monitorizam a seu bel-prazer, ou seja, de pouco me serviria.

Criar outros grupos, arranjar outros amigos e começar tudo de novo não me seduz muito. Estou numa fase em que quase nada me desperta interesse e até a comida me começa a ser difícil engolir. E não é nada físico, não tenho qualquer problema na boca e garganta, é só a moral que anda pelas ruas da amargura. Só tenho saído de casa para ir ao hospital e passo as 24 horas do dia encafuado na minha sala de estar. Assim não há quem fique bem disposto!!!

E tenho aproveitado para pensar na vida, a que vivi e a que desperdicei, além de ter chegado a uma conclusão quanto aos filhos; eles embaraçam-nos, obrigam-nos a ficar em casa, quando gostaríamos de sair, mantêm-nos acordados, quando estamos cheios de sono e, agora, somos nós que lhe pagamos na mesma moeda. Anda cá, deixa o teu trabalho, sinto-me mal e preciso que me leves ao hospital!!!

Quem procura sempre acha qualquer coisa (foi o que eu sempre ouvi dizer), seja boa ou seja má. A minha médica de família achou que eu tinha qualquer problema e entregou-me nas mãos dos especialistas do HPH (Hospital Pedro Hispano) para procurarem a razão desse tal problema. Já fiz montes de exames, fui visto por 4 médicos diferentes e ainda não chegaram a qualquer conclusão.

E eu estou em crer que é isso que me tem afectado a moral. Eles não me deixam respirar, sempre em cima de mim como vampiros! E agora vêm com a conversa das biópsias que me trazem à memória o António Querido, meu camarada fuzileiro, que andou anos a penar por esses caminhos até que a morte o levou deste mundo de sofrimento. Que porra de caminho sinuoso e impraticável que desagua no cemitério!

Daqui a dias temos o Natal, época de Festas Felizes, e depois mais um trimestre e terei passado dos 82 anos, idade a que muitos não conseguiram chegar. Exceptuando os meus pais todos os outros meus antepassados morrerem entre os 70 e os 80, portanto devia dar-me por satisfeito. mas não é a questão da morte que me aflige, é mais a qualidade de vida que já não temos estando vivos.

É uma confusão, mas não tenho outro remédio senão passar por ela. Depois da tempestade vem a bonança, quando o nevoeiro levantar o sol brilhará de novo, mas eu só vejo névoa no horizonte da minha vida!

sábado, 20 de dezembro de 2025

Não querendo abusar!

 O meu velho computador (HP Pavillion) meteu baixa! Deve ser por causa do frio e como já não tem bateria, só trabalha ligado à corrente, deve custar-lhe mais a arrancar. Fui obrigado a recorrer à minha última aquisição (Dell), mas sem o Office instalado vi-me grego para encontrar o caminho! Como estabeleci, para mim mesmo, um limite de duas horas ligado à internet e já as ultrapassei, a minha publicação de hoje terá que ser mais curta!

E vou usar esse pouco tempo para uma curta lição de Português!

Os portugueses - pensei que eram apenas os poveiros, mas vou encontrando em todo o lado, até em pessoas com formação superior, o mesmo erro - não sabem distinguir a forma correcta de usar os verbos "pôr", "meter" e "deitar". Aqui, na Póvoa, também é muito comum ouvir chamar pinheiro a qualquer árvore, como se uma palavra fosse sinónimo da outra.

 Mas o uso do verbo "pôr" é que me deixa sem fôlego, abdicaram dessa palavra da Língua de Camões e, em vez dela usam o verbo "meter". Isso não presta, mete fora, dizem eles. Ou então, pega nessa garrafa e mete-a em cima da mesa!

Hoje, logo pela manhã, foi um conhecido jornalista que disse, assim, literalmente, encontrei um amigo que não via, há muito, e aproveitamos para meter a conversa em dia! Apetecia-me gritar-lhe, daqui donde me encontro, que a conversa, se põe e não mete, em dia, mas a IA ainda não me ensinou como fazer isso!

E isso remete-me para as lições de inglês, nos tempos da escola, em que o prof se via grego para nos ensinar a diferença entre "on the table", in "the table", ou, em alternativa, "under the table" para meter na cabeça dos menos espertos o significado do "on" que é o oposto de "under".

Deita o lixo fora, costumo eu dizer a um sobrinho que por aqui passa, de vez em quando, não o metas!

Ah, pois é!

sexta-feira, 19 de dezembro de 2025

Três coisas há nesta vida!

 Lembro que havia uma canção que começava com estas palavras, mas não me lembro de quais eram essas 3 coisas. Uma era amor, as outras não faço ideia!

Mas as 3 coisas de que vos venho aqui falar, hoje, sei claramente quais são. A primeira o roubo de igreja que aconteceu nos Açores, a segunda a derrota do António Costa e da UE no assunto do apoio económico à Ucrânia e o terceiro a vergonhosa sondagem das presidenciais publicada ontem.

Nos Açores a equipa local foi roubada, indecentemente, e eliminada da Taça de Portugal. A equipa do VAR e o árbitro João Pinheiro andaram às voltas, mais de 10 minutos, para inventar um penalty e evitar a eliminação do Sporting que está a ser levado ao colinho em todas as provas. Diz-se por aí que é por causa dos direitos televisivos que não podem dar ao Benfica tanto dinheiro como merece e que os pequenos também merecem receber algum. A mm parece-me um caminho bastante tortuoso para lá chegar!

Em Bruxelas, o António Costa garantiu que a reunião de ontem não acabaria sem um consenso sobre os activos russos a serem utilizados para apoiar a Ucrânia. Claro que não houve consenso nenhum e a UE foi obrigada a garantir o empréstimo até que a Rússia se disponha a indemnizar a Ucrânia pelos prejuízos causados pela guerra. Coisa que não vai acontecer nunca, digo eu, pois a Rússia só obrigada pelas armas o fará e não vejo a Europa a encher o peito de ar para enfrentar Putin. E não pagando a Rússia, acabaremos por pagar nós, pois a Ucrânia não tem dinheiro para isso.

Em Lisboa, aconteceu uma coisa semelhante. As casas que se dedicam às sondagens encomendadas pelas televisões, engendraram um resultado que nem ao diabo lembraria. Puseram o André Ventura a ganhar à primeira volta, mas a perder à segunda, fosse quem fosse o seu opositor. Ora isso parece coisa para enganar os parvos dos portugueses que não têm cabeça para pensar. Como é que se reuniram tantos para escolher o Ventura, no dia 18 de Janeiro, e desaparecem como que por milagre, 15 dias depois?

E tudo isto para dizer que o «Ganda Nóia» será o vencedor final, não interessando quem vá com ele ao desempate, em Fevereiro. Eu prometi que abdicava da minha nacionalidade portuguesa se isso acontecesse e agora vejo-me perante um enorme problema. Como farei isso? Fujo para Espanha e peço asilo político? É fácil fazer promessas deste tipo, como fazem os nossos políticos, mas o diabo é cumpri-las!


A única maneira de evitar que ele ganhe será
que se cumpra esta sondagem e ele fique
eliminado na primeira volta.


quinta-feira, 18 de dezembro de 2025

His master voice!

 Talvez o Maduro seja o único que fala e diz o que quer sem mandar recados por ninguém!

Todos os outros, desde o Trump a Putin e acabando no Montenegro, arranjam um "larilas" qualquer, sem personalidade própria (se a tivessem não aceitariam fazer esse papel) para vir explicar ao povo o que eles querem que a gente, nós todos sem excepção, pense daquilo que eles fazem bem ou mal. A maior parte das vezes mal e por isso precisam do cromo para dar a cara pelo seu chefe.

É impossível não pensar nisto, quando vemos aparecer, no ecran do televisor, o Leitão Amaro para nos explicar muito explicadindo aquilo que o seu superior acabou de dizer ou fazer e que não agradou por aí além aos seus governados. O Putin tem o Peskov e o Trump uma dupla de vices a fazer, exactamente, a mesma coisa.

Esse sinal parece apontar para o facto indesmentível de se tratar de governos pouco dados a democracias, em que o chefe todo poderoso dita as regras e a populaça tem que se contentar com isso e ainda bater às palmas, como o rafeirito que abana o rabo quando o dono chega, lhe faz uma festa na cabeça ou lhe atira um osso.

Os casos que apontam o nosso PM como pessoa pouco recomendável vão-se amontoando, o de ontem foi só mais um, e haverá um dia , creio e espero eu, em que o Povo se fartará e porá um fim a isso. A Política neste país tornou-se numa profissão bastante rentável e não faltam candidatos a perfilar-se para um lugarzito ao sol.

O Montenegro encaixa-se bem nesse perfil. O rapazinho esperto lá do sítio que frequentou a universidade e aprendeu a dizer umas coisas e que conheceu o gajo rico lá da terra e se encostou a ele para singrar na vida. E chegou à ribalta da política convencendo os seus pares que tinha qualidades para os liderar. E como sonhar não custa nada e presunção cada um toma a que quer, meteu-se-lhe na cabeça liderar o nosso país.

O Povo adormecido e cansado das promessas socialistas que em 50 anos não os levaram a lado nenhum, foi na conversa e deu-lhe o seu voto para ele passar a mandar e desmandar em Portugal. E, como à primeira vez houve dúvidas, repetiu o feito pela segunda vez, dando mais força ao rapazinho da província para se julgar o maior e fazer com que todos o aplaudam como tal.

Para mim ele já vem de carrinho e o seu porta-voz que se cuide, um dia chegará em que ambos (e mais o vice de Braga) serão corridos de Lisboa e terão que ir tocar viola para outro lado!

terça-feira, 16 de dezembro de 2025

Ucrânia Fez a Rússia de parva!


Leiam a minha publicação anterior.
Esta foi apenas para deixar aqui este video que o tal site brasileiro
afirma ser a pior derrota da Rússia. Gostei, partilhei!!!

Como irá isto acabar?


As notícias veiculadas, ontem, pela comunicação social não conseguem convencer ninguém do bom resultado das negociações de Berlim, no que respeita à Guerra da Ucrânia. O povo ucraniano e o seu presidente não entregam o território que é seu sem dar luta. Só porque o presidente dos EUA meteu isso na cabeça e os europeus não ganham coragem de o mandar dar uma volta, o caminho não é esse.

Mesmo que uma parte da população residente no Donbass prefira ser russa, em vez de ucraniana, isso não é razão suficiente para entregar à Rússia toda a população que ali vive. Iniciar um processo de referendo e traçar uma linha virtual que separe esse território em dois, levaria bastante tempo a fazer a migração dos que teriam que mudar o seu local de residência. E a questão da propriedade privada seria uma coisa difícil de resolver.

Lendo nas entrelinhas o que disse o presidente Zelensky, antevejo que por este caminho vamos cegar a ... nenhures! Talvez um interregno nos bombardeamentos, durante a época natalícia, e isso já seria um ganho de causa, mas, no mês de Janeiro, voltará a chover metralha. Li em qualquer lado - leio tantas coisas sobre este assunto que misturo tudo, algumas horas depois - que um país vizinho, salvo erro a Chéquia, estava a enviar cerca de 1,2 milhões de munições de artilharia pesada para manter os russos sob pressão.

A pressa do Trump em resolver este assunto é directamente proporcional à vontade de ganhar alguns milhões com os negócios combinados com o presidente russo. Seja no controlo da produção de energia com base nuclear, seja no petróleo e gás ou nos minérios que escasseiam nos países amigos da América, ele quer lucrar alguma coisa com esta guerra. Até as armas que ele fornece à NATO ou a cada um dos beligerantes em separado ele quer cobrar. E já está de olho nos activos russos congelados para ver se fica com uma parte. Aliás, esse era um dos 28 pontos do famoso acordo que não deu em nada.

Enquanto vou escrevendo, estou a ouvir a narrativa do video que vai junto e, curto que está de homens, Putin já quer enviar as mulheres para a linha da frente. Ele não recua nos seus propósitos de ficar com uma fatia da Ucrânia e quanto maior melhor. Se ele pudesse chegar até à fronteira da Roménia que é também a da NATO, certamente o faria. E se agora o não conseguir, talvez ele tente de novo, num futuro não muito longínquo!

segunda-feira, 15 de dezembro de 2025

Já a formiga tem catarro!

Conhecem este dito do povo? Quando um pequenote se encrespa e quer bater num grande! Isto remete-me para as eleições presidenciais em que o anão cabeçudo, patrocinado pelos laranjinhas, tenta chegar aos galões do almirante. Mas a conversa aqui é outra, trata-se de futebol!

Há uma aldeia, perto de Guimarães, que decidiu ficar na história do futebol lusitano e envergonha grandes cidades, como Coimbra, Viseu, Leiria, Setúbal, Évora, entre outras, que não conseguiram fazer vingar um clube de futebol na 1ª Divisão. Peço perdão, Moreira de Cónegos, actualmente, já é uma vila, talvez impulsionada pelo desporto-rei!

É vila, mas não deixa de ser uma formiguinha, embora grande trabalhadora. De vez em quando, dá um saltinho à 2ª Divisão, mas depressa regressa ao convívio dos grandes. Vizela, ali mesmo ao lado, bem tentou fazer o mesmo, mas não conseguiu nunca ter o impacto da sua vizinha , a terra dos cónegos. que lhe ganha em fama e História.

Pois, foi nesta vila minhota, do concelho de Guimarães, que o meu Benfica compareceu, ontem, para cumprir mais uma jornada do nosso campeonato nacional (que agora já não se chama assim, mas isso não importa nada). Talvez recordando insucessos do passado que o FCP ali conheceu, houve quem predissesse que o Benfica poderia ir ali perder pontos. E pontos é o que o meu clube não pode perder, pois já vai com grande atraso dos primeiros classificados.

A primeira parte do jogo foi-se desenrolando lenta e morna com o Benfica a ter muita dificuldade em chegar à baliza do adversário. Mas, de repente, um passe para dentro da área ofereceu ao nosso ponta de lança, o grego Pavlidis, a oportunidade, à muito esperada, de cabecear a bola para dentro da baliza. Ainda reclamaram que ele poderia estar em fora de jogo, mas a autoridade suprema dentro do campo, Sua Ex.ª o VAR, confirmou que o golo era 100% legal e assim saímos para o intervalo a ganhar por 1 a 0.



Na segunda parte já se viu um Benfica mais confiante e a pressionar o adversário, no seu meio campo, o que permitiu ao mesmo jogador que tinha iniciado a contagem a marcar por mais duas vezes, provando que afinal havia razões para ele ter sido contratado para ser a referência na grande área e o nosso principal artilheiro. Com um hat-trick no bolso e o resultado em 0 a 3, o Benfica deu-se por satisfeito e abrandou, ligeiramente, o jogo.

Jogo que não acabaria sem o 4º golo, um belo "chapéu de copa alta" construído de raiz pelo nosso médio mais trabalhador e mais carequinha do plantel, o Fredrik Aursnes. E assim virámos as costas àquela terra, cuja história vem de antes da portugalidade, com uma saborosa vitória e prontos para continuar na luta por atingir o primeiro lugar que é o único que dá prémio!

domingo, 14 de dezembro de 2025

Anda tudo aos tiros!

 Tiros em Providence, ainda não se conhece a razão nem os autores, mas há mortos a lamentar. O Trump limitou-se a enviar as condolências às famílias das vítimas e desejar que os mortos descansem em paz. Há vários feridos graves no hospital e não se sabe ainda como isto vai acabar, diz-se nas notícias.

Hoje, repetiu-se a cena, desta vez em Sidney, e pelo que ouvi, há, pelo menos, dez mortos. Neste caso parece tratar-se de gente que não gosta de judeus e que desatou aos tiros no meio de uma cerimónia judia que acontecia numa praia com muitas centenas de presentes.

Por seu lado, em Israel, a Mossad continua o seu trabalho para localizar e abater todos os responsáveis pelo 7 de Outubro. Desta vez foi o Nº 2 da cadeia de comando do Hamas que ficou esturricado dentro do seu carro atingido por um míssil certeiro.

Aqui, em Portugal, terra de brandos costumes, os tiros são de pólvora seca e trocados entre candidatos à Presidência da República. Ontem, vi um pouco do debate entre o mais à esquerda e o mais á direita dos candidatos que se apresentarão ao sufrágio popular do dia 18 do próximo mês. Eles não se esforçaram muito nessa luta, pois um sabe que não vai lá das pernas e o outro dá como garantida a sua passagem à segunda volta. Eu não diria tanto, mas ... o Povo é que sabe o que mais lhe convém!

Em Berlim, hoje, não se esperam tiros, mas eu juraria que naquela sala, onde decorre a reunião entre as partes, que alguém gostaria de apertar o gatilho, se pudesse, e pôr fim ao jogo que os enviados de Trump fazem em benefício de Putin e prejuízo de Zelensky. Eles andam num leva e traz, entre Washington e Moscovo e nada acrescentam na procura da paz, tudo o que procuram é sair com algum lucro desta empreitada em que se meteram.

Está aí a chegar o Natal e todos, em especial os que se enfrentam no campo de batalha, esperam poder sonhar com Festas Felizes, mas há uma enorme sombra que escurece esse sonho. Putin não quer sair de cena sem uma fatia grossa do bolo e aí é que está o busílis da questão, pois o bolo não lhe pertence. O mesmo acontece com Trump que também não desiste de ferrar o dente em algo substancial que o faça ainda mais rico do que já é.

A guerra está para durar, diria eu se mo perguntassem, nem o Zelensky aceita ser roubado nem o Putin desiste daquilo que já sonha ser seu, há muitos anos. Os separatistas russos que mantêm a fogueira a arder, desde 2014, no Leste da Ucrânia também não desistem da luta e assim nunca haverá oportunidade para um cessar fogo e discutir a paz.

Para mal dos nossos pecados, que acabamos por ser afectados, pelo menos financeiramente, como todos os cidadãos europeus que se vêem obrigados a dar um pouco do seu pão para matar a fome aos ucranianos que têm a sua economia destruída pela guerra que já dura, há quase 4 anos!

sábado, 13 de dezembro de 2025

Dossier - Ucrânia!


Hoje, dediquei o meu tempo a ouvir os cromos brasileiros do «Dossiê Militar» que parecem inclinados a dar a vitória da presente guerra que vem destruindo a Ucrãnia aos ucranianos. Todos os videos que eles gravam põem a Ucrânia nos píncaros e a Rússia no buraco mais fundo. A nível de guerra psicológica dou-lhe nota máxima!

Em vez de ser eu a fornecer-vos informação relevante assistam a este vídeo. Ele pode ser faccioso, mas a informação está lá!

Na verdade, eu gostaria de acreditar em tudo o que se ouve no áudio, com os russos a virar as costas à guerra, mas parece-me exagerado, dito e feito com a única finalidade de nos "fazer a cabeça". É mais uma pequena peça do puzzle em que se transformou a diplomacia da guerra à moda da América!

sexta-feira, 12 de dezembro de 2025

De volta à Ucrânia!

 Não tenho falado muito deste assunto, porque as informações, venham elas de onde vierem, são um turbilhão de ... aldrabices! Dizem uma coisa hoje, outra amanhã e no dia seguinte tudo mudou de novo. Desinformação também é uma arma, mas não vejo em que isso possa ajudar-nos, a nós europeus, a resolver o problema que representa o avanço dos russos em direcção ao ocidente.

Segundo as notícias, lidas e ouvidas ontem, o presidente Zelensky pegou no plano de 28 pontos (de Putin e Trump) e esquecendo um outro que tinha apenas 19 pontos (desconheço o autor) transformou-o num novo acordo de 20 pontos e remeteu-o a Trump para análise. Aqui a palavra análise é um sofisma, pois a ideia é que o Trump convença o russo a aceitar este acordo como bom.

Não lhe conheço os detalhes, mas por alguns comentários que ouvi, depreendo que o plano consiste em congelar as posições actuais dos dois exércitos em confronto e resolver o problema pela via diplomática num futuro próximo. Ambos os mandantes, russo e ucraniano, terão que recuar um pouco nas suas pretensões cabendo a pior parte à Ucrânia, como já todos percebemos.

Haverá lugar a eleições na Ucrânia, mas não se sabe se Zelensky será candidato ou não. Só abdicando desse direito o processo poderá avançar, pois o ditador russo não lhe reconhece o direito de se candidatar e isso pode impactar, negativamente, as restantes negociações. E haverá também lugar a referendos nas regiões que Putin reclama como russas. E quem poderá garantir que essa consulta popular se realizará sem a influência (pressão) russa?

A "geopolítica" (esta palavra entrou na moda e agora tudo é geopolítica e todos os comentadores que dão ao badalo, em todos os canais televisivos, são especialistas nessa ciência) parece obrigar os EUA e o presidente Trump a fazer da Rússia um amigo para equilibrar  as coisas com a China. Confesso que não entendo essa visão das coisas. Pela ideologia esses dois países seguirão sempre juntos, do mesmo modo que os EUA serão sempre um inimigo comum.

E segundo essa lógica que eu acredito acabará por prevalecer, o presidente Trumpo acabará por dar com os burros na água. Se não for antes será com o fim do seu mandato, altura em que os americanos lhe cobrarão tudo aquilo que fez de mau para o seu país. Ele está convencido e farta-se de o afirmar, a América nunca esteve tão bem como agora, desde que ele tomou as rédeas do poder. Mas há muitos que não pensam assim.

Retomando o fio dos meus pensamentos, o Trump quer fomentar os seus negócios naquela parte do mundo, seja em nome da América ou em nome próprio, pois ele não perde uma boa oportunidade de negócio. E ele não sente qualquer remorso em pôr-se ao lado de Putin e contra os parceiros europeus para conseguir os seus intentos. Aliás, isso é um primeiro passo para, mais tarde, se virar contra a Dinamarca (país da UE) por causa da Gronelândia.

Isso fará com que as regiões ucranianas da Crimeia, Donetzk e Luhansk se considerem perdidas. O recuo nas de Zaporizia e Kerson será mais quilómetro para cá ou para lá conforme os dois (Trump e Putin) considerem mais favorável. E até a fronteira norte, na zona de Karkiv, poderá estar em questão, penso eu.

No caso de este plano ir avante, tudo depende de quem se aventurar a ser candidato à presidência da Ucrânia. Se for um russófono e russófilo tudo estará resolvido, pois é isso que Putin quer. Pelo contrário, se for algum seguidor de Zelensky, estará o caldo entornado. Para o povo da Ucrânia será sempre mau, pois ficará debaixo da pata russa, no primeiro caso, ou terá que continuar a guerra, no segundo caso.

Fico â espera da resposta de Trump e muito curioso pela posição assumida pelos 3 líderes europeus, francês, inglês e alemão, os quais se puseram do lado de Zelenzky nesta peleja transatlântica. Será que eles, finalmente, decidiram assumir a sua posição de líderes dominantes dentro da União Europeia?

 

quinta-feira, 11 de dezembro de 2025

A Greve!

 Pensei, seriamente, se deveria ligar o computador e vir aqui espreitar ou, para ser solidário com a causa do trabalhador, fazer greve de braços caídos e deixar o relógio galgar as próximas 24 horas. Optei pela primeira hipótese, pois ninguém me pode condenar por isso e a minha greve não ajudaria de modo algum para mudar as ideias do nosso PM Montenegro.

Aliás, começo a pensar que o homem é um sádico, quanto mais o Povo sofre mais ele nos vem falar com aquele sorrizinho irónico estampado nas fuças. Quanto piores são as notícias mais ele repuxa para cima os cantos da boca para nos mortificar com o seu sorriso. A situação na saúde passa por um momento tão mau que ele não precisa de mais nada para alimentar o seu delírio.

Ontem, um pouco antes da meia noite, estavam as altas esferas da esquerda portuguesa concentradas à entrada da Auto-Europa. As centrais sindicais, os partidos, alguns deputados e mais alguns barbudos com o cachecol do Arafat ao pescoço, todos eles não chegavam a uma centena, incluindo jornalistas, operadores de câmara e outros profissionais que em dia de greve são obrigados a trabalhar duas vezes mais.

Eu não sou adepto de greves, mas percebo que os trabalhadores pressionem os patrões para que melhorem as suas condições de trabalho. Um governo que se preze deveria ser ele a resolver a questão, quando os patrões não partilham com os seus trabalhadores os lucros do seu trabalho, tornando a greve desnecessária. A justiça fiscal começaria por pensar nos trabalhadores, compensando-os devidamente, antes de encher os cofres do estado com o imposto sobre os lucros das empresas.

Um terço dos lucros de qualquer empresa, antes de impostos, deveriam ser pertença dos seus trabalhadores e, obrigatoriamente, distribuídos ao mesmo tempo que o são aos restantes accionistas. Um terço para a empresa se modernizar e reequipar, um terço para os trabalhadores e o último terço para os capitalistas detentores do capital dessa empresa, parece-me uma divisão justa.

Há empresas que quase sem trabalhadores geram lucros astronómicos - o caso mais conhecido é o da EDP - e isso é mais um erro que o governo deveria corrigir já que são as empresas prestadoras de serviços a contribuir para esses lucros, praticando preços miseráveis e espremidos ao máximo por quem domina o mercado sem qualquer controlo. Neste caso não ganha a empresa nem os seus trabalhadores, pois não apresenta lucros no fim do exercício.

Mas essas empresas, tal como acontece com as gigantes americanas de tecnologia, deviam ser chamadas a prestar contas, no fim do ano, e atribuir parte dos lucros a quem as ajudou a criar essa riqueza. Os governos poderiam fazer isso sem grande esforço, pois as contas são feitas com descriminação pormenorizada de todos os gastos, incluindo a recurso a serviço de terceiros. Mas para isso seria necessário que os políticos quisessem, ou seja, que estivessem, verdadeiramente, ao serviço do povo que governam e não de quem lhes enche os bolsos.

Vamos sempre parar ao mesmo buraco, o da corrupção. Político que recebe por fora para fazer a vontade a outros interesses e esquece o povo é um corrupto e disso está o mundo cheio, em Portugal e em todo o lado. Os exemplos que mais nos deviam chocar são os das nossas 3 maiores colónias do passado, Brasil, Angola e Moçambique, pois deixámos ali a nossa marca. Quanto maiores riquezas produzem maior é a miséria do povo.

O Brasil é um caso perdido, a corrupção assentou ali arraiais e não há quem consiga extirpar o cancro daquele país que já é independente, há mais de 200 anos ( faz este ano, exactamente, 200 anos que o processo de separação se completou). Angola que poderia ser o país mais rico de África, devido aos seus recursos naturais, tem o povo a catar o lixo em busca de algo que lhe possa matar a fome. Mas os políticos angolanos vivem que nem nababos não lhes faltando nada. Moçambique que começa agora a ver os lucros do petróleo e gás, vai pelo mesmo caminho, se não fosse a ajuda internacional sucumbiriam à fome e á doença.

Isto tudo para dizer que não havendo um governo honesto a gerir um país, nenhum problema terá solução. E a greve serve apenas para mostrar a esse governo que o povo está descontente com a forma de ser governado. Atenção, senhores governantes, o povo está de olho na vossa forma de actuar e resolver os seus problemas, ou de nada fazer por isso!

Bem, me desculpem por ter furado a greve, mas foi com boa intenção !!!

quarta-feira, 10 de dezembro de 2025

Constatação|

Ouvi uma vez dizer que o Benfica á uma espécie de oráculo do nosso país. Se no Benfica tudo vai bem, no país acontece o mesmo! Pelo contrário, se no Benfica a crise se agudiza e as coisas tendem a correr mal, outro tanto se passará no nosso país.

Veio-me este pensamento por causa do comentário feito por um jornalista (ou jornaleiro) qualquer a respeito do debate entre o Almirante e o A.J. Seguro, na SIC, ontem à noite. Disse ele que o Seguro ganhou por 97% contra 3% e se as eleições fossem esta semana o Seguro ganharia na primeira volta. Nunca vi tamanha estupidez, gostaria que o chamassem à pedra, no dia a seguir às eleições, e justificasse o que hoje afirmou.

Eu sei que o almirante afundou um bom bocado, quando se afirmou socialista e ter eleito o Mário Soares como seu modelo de virtudes, mas daí até o reduzir a 3% de chances de ganhar a eleição vai um enorme abismo. Eu, pelo contrário, ponho o Seguro atrás do Almirante, do Marques Mendes e do Ventura, ou seja, não chegará à segunda volta.

Mas aquilo que eu penso tem tanto valor como as sondagens, embora a minha opinião seja livre de qualquer interesse, coisa que não acontece com as sondagens. Quem as encomenda, talvez não quem as faz, procura inclinar o terreno de jogo para o seu lado (como se diz no futebol) para daí colher algum proveito. Eu sou professor universitário e empresário, não vivo à conta dos dinheiros públicos, afirmou o Seguro!

Será que ele queria atingir o Almirante, dizendo-lhe assim nas fuças, que tem vivido à conta do erário público, desde o dia em que entrou para a Escola Naval como cadete da Marinha de Guerra? Eu acredito que sim e, embora eu também não vá à bola com oficiais de muitos galões, alguém terá que preencher os quadros, senão a coisa não funciona. E, está claro que o Estado tem que pagar por isso.

O Estado sempre foi e continuará a ser uma "grande mama". Bem me lembro do meu pai (analfabeto) me dizer a todo o momento, logo que acabei os estudos, o melhor para ti é procurar um emprego no Estado, Finanças, GNR, PSP, Correios ou na CP. Aí é garantido um ordenado ao fim do mês (coisa que o meu pai nunca tinha conhecido), além de dois salários extra por ano, um nas férias e outro no fim do ano.

Quando me alistei na Marinha, o meu pai deve ter respirado de alívio. Pronto, aí está ele a receber por conta do Estado e só espero que seja por toda a vida. Infelizmente, a Guerra Colonial veio estragar tudo, pois uma das coisas que podiam acontecer era eu ser devolvido ao meu pai dentro de um caixão. Talvez por mero acaso e alguns cuidados cá deste rapaz, isso não aconteceu, mas o meu futuro na Marinha acabou no dia em que regressei dessa guerra.

O Seguro nasceu no dia a seguir à minha entrada na Marinha (1962/03/11) e já não soube o que era a Guerra Colonial. Quando chegou a vez dele ir bater tacões, já o Serviço Militar era uma treta. Depois do 25 de Abril, o segredo era livrar-se da tropa que tínhamos a mais (e ainda temos) e não deixar entrar mais ninguém. Para soldados rasos talvez, mas não para os quadros superiores que estavam a rebentar pelas costuras. Depois da guerra foi fácil mandar os soldados para casa, mas não o pessoal que estava nos quadros, sargentos e oficiais.

O Almirante entrou para a Escola Naval e daí em diante foi sustentado pelo Estado Português. O Seguro entrou para a universidade e até ser professor universitário também gastou muitos contos de reis ao mesmo Estado que sustentava o Almirante, só não tinha direito a cama e mesa. Isto quer dizer que não é por aí que se deve medir o valor dos candidatos, outros valores terão que ter no seu currículo que convençam os eleitores a escolhê-los para desempenhar o mais alto cargo da Nação.

Nos tempos do Tio António de Santa Comba, esse cargo era, de certo modo, honorífico, atribuído a alguém que o merecesse, como prémio de uma vida inteira dedicada aos superiores interesses da Nação. Com os meus poucos saberes, eu diria que está neste caso o Almirante Gouveia e Melo, serviu o país uma vida inteira e recebe agora o lugar de presidente como prémio dessa dedicação.

Foi o Mário Soares, sedento de ocupar esse lugar, que iniciou uma campanha contra os presidentes militares, quando o Ramalho Eanes estava no fim do seu mandato. Segundo ele, Portugal não deveria eleger, nunca mais, um presidente militar. E o Povo, ou as fracas instituições políticas, fez-lhe a vontade, depois do general Eanes não houve mais nenhum.

Eu, pelo contrário, acho que não devemos eleger um homem para assumir o Comando Geral das Forças Armadas que não tenha formação militar. Como pode ele comandar os generais dos 3 ramos das forças armadas se nunca soube o que era a vida militar. Se não fosse por outras razões, essa seria suficiente para eu escolher o Almirante como meu candidato preferencial!  

terça-feira, 9 de dezembro de 2025

O Colégio de Cernache!

 


Ontem, seria o dia de rumar a Cernache para um convívio de saudade com aqueles rapazes que conheci, em 1955, ao chegar ao colégio, onde viveria os próximos 4 anos. Apenas 4, por que o padre Isidro já se fartara de me aturar e decidira dar-me a "liberdade".

Já vi que não tens vocação para esta vida, disse ele, e portanto, vais ter que procurar o teu caminho noutro lugar. Já avisámos a tua família que a tua estadia neste colégio terminou.

Usei o condicional para começar esta minha publicação, porque duas coisas aconteceram que tornam inviável a realização do tal convívio anual a realizar no dia da nossa padroeira, a Imaculada Conceição. A primeira dessas duas coisas não tem nada de especial, de colégio a funcionar em regime de internato passou a escola pública para tentar salvar-se da ruína. Mas não o conseguiu, acabou por falir e foi encerrado, antes que se tornasse um problema para a Companhia de Jesus.

A segunda razão é um pouco menos prosaica que a primeira. De 1955 até hoje já se passaram 70 anos e metade desses meus colegas não resistiu à viagem, foi caindo pelo caminho como folhas em dias de Outono. E a restante metade está como eu, só precisa de cautelas e caldos de galinha, e andar por aí a reunir em convívios já não está nos seus horizontes.

No tempo em que eu organizava ou comparecia aos convívios de "filhos da escola" que, habitualmente, aconteciam a sul de Coimbra, eu aproveitava o regresso para passar pelo colégio e matar saudades. Os porteiros do meu tempo já lá não estavam, mas ocupavam a mesma casa, à entrada do portão de ferro que fechava a quinta à curiosidade geral, os seus filhos, os mudos, que tinham a nossa idade e connosco conviveram nesse tempo.

Agora já nem essa oportunidade me resta, tudo passou à História. Nem convívio de colegas de estudos nem de filhos da escola com quem aprendi a marcar passo e fazer a continência. De tudo isso ficou apenas a festa da padroeira, pois o sítio onde vim parar, ao fim de tanto ano a calcorrear os caminhos da vida, é a paróquia de Nossa Senhora da Conceição, nesta cidade da Póvoa.

E a festa acontece aqui, todos os anos no dia 8 de Dezembro, menos íntima que aquela que tínhamos no colégio, mas mais barulhenta e festiva, com música na rua, procissão e toda essa parafernália que os padres inventaram para chamar à igreja os seus fregueses (como antigamente diziam e deixavam escrito nos seus assentos paroquiais). Eles paroquiavam uma freguesia inteira e entende-se que os tratassem por fregueses, hoje seria mais correcto chamar-lhes paroquianos.

O edifício do colégio ali continua sem saber-se que destino o espera!

segunda-feira, 8 de dezembro de 2025

Arquipélago de Gulag!

Escrito entre 1958 a 1967, a obra foi publicada no ocidente no ano de 1973 e circulou clandestinamente na União Soviética, numa versão minúscula, escondida, até à sua publicação oficial no ano de 1989.
"GULag" é um acrônimo em russo para o termo: "Direção Principal (ou Administração) dos Campos de Trabalho Corretivo" ("Glavnoye Upravleniye Ispravitelno-trudovykh Lagerey"), um nome burocrático para este sistema de campos de concentração.

O título original em russo do livro era "Arkhipelag GULag". A palavra arquipélago relaciona-se ao sistema de campos de trabalho forçado espalhados por toda a União Soviética como uma vasta corrente de ilhas, conhecidas apenas por quem fosse destinado a visitá-las.

Andam por aqui, no mundo dos blogs, alguns camaradas com ideias marxistas, o que me faz bulir com os nervos! Se alguma vez tivessem vivido na Rússia, nos tempos de J. Estaline, pensariam de forma diferente, tenho a absoluta certeza.

Aconselho, vivamente, a leitura deste livro a quem ainda pensa que o Comunismo tem alguma hipótese de ser uma solução para a nossa sociedade. Seja o de Marx, de Lenine, de Álvaro Cunhal ou António Filipe, sendo este o último bastião de tal doutrina, em Portugal, nenhum deles presta para nada e quem quiser viver debaixo da pata de um ditador comunista, aconselho que emigre para a terra de Putin.

Eu já abordei este tema até à exaustão, desde que ando na blogosfera, mas volto a repetir (e com o maior gosto) que, enquanto vivi na Alemanha, nunca assisti a um ocidental pular para o lado oriental, pelo contrário, havia muitos que morriam a tentar saltar para o lado de cá, onde a ideologia comunista não tem lugar.

Para mim, ser comunista, é ter conseguido uma espécie de «Diploma da Parvoíce», que tendo visto nessa doutrina tudo aquilo que é mau, ainda assim decide segui-la de olhos fechados. Tenho ódio a essa gente e causa-me erisipela estar por perto deles. Para meu azar, foi a primeira leitura de hoje que me fez saltar a tampa!

Hoje, é dia de festa para todos os «Antigos Alunos co Colégio da Imaculada Conceição», em Cernache, pois se celebra o dia de Nossa Senhora da Conceição, a padroeira desse colégio, onde eu tive a sorte de cair e, durante 4 anos, aprender muito do que sei hoje. Seja nas Letras ou nas Ciências, os Jesuítas eram exímios professores e a eles devo o meu amor à escrita! 

domingo, 7 de dezembro de 2025

A Crimeia!

Em acordo de 2010, a Rússia instalou base militar em Sebastopol, prevista até 2042, em troca de gás natural. A população, em sua maioria russa, corresponde a cerca de 60% dos habitantes (mais de 2 milhões), tendo sido cedida à Ucrânia na época soviética.

Nos anos 2010, a região polarizou-se entre pró-Rússia e pró-Ucrânia (estes últimos alinhados à União Europeia). A instabilidade política ucraniana, culminando com a deposição de Viktor Yanukovyich e a formação de novo governo, tornou a Crimeia foco de tensões entre Rússia, Ucrânia, Estados Unidos e União Europeia.

Em 16 de março de 2014, foi realizado o referendo, criticado e não reconhecido internacionalmente, mas apoiado pela Rússia. Aprovada a anexação, a Crimeia declarou-se independente em 17 de março, oficializou o pedido de anexação à Rússia. Protestos ocorreram por parte da Ucrânia, Estados Unidos e União Europeia, que classificaram o resultado como ilegal. No dia 18, Vladimir Putin defendeu a reintegração à Rússia e assinou o tratado de anexação. Em 22 de março, Putin sancionou a lei completando a anexação, desafiando posições ocidentais.

Queria escrever algo sobre a Crimeia e os antecedentes que levaram a esta situação em que encontra hoje, mas depressa percebi que nada sabia sobre o assunto. Assim, fui dar uma volta pela internet e tentar aprender um pouco de História.

Não dei muita importância ao que se passou antes de Cristo, pois acho que a falta de documentos cria mais dúvidas que certezas na cabeça dos investigadores. Depois que os marinheiros italianos (Genoveses e Venezianos) começaram a andar por aqueles lados é que a coisa se tornou importante. Mas foi durante o domínio do Império Otomano que as coisas começaram a tomar a forma que chegou aos nossos dias.

Depois de 1777, a Crimeia tornou-se russa e daí em diante, até ao desmembramento da União Soviética, foi, ora livre, ora pertença da Rússia, ora da Ucrânia e assim chegou ao ano de 2014, data em que o Putin decidiu que era chegada a hora de voltar a reunir os dissidentes numa »Nova Rússia».

Chegado a este ponto, transcrevi o texto que abre esta publicação, a que eu chamaria as «Causas Próximas da Guerra da Ucrânia». Falta ali apenas a menção ao acordo de 1994 que devolveu à Rússia as cerca de 3000 ogivas nucleares que a velha União Soviética tinha instalado na Ucrânia e, em parte, seguiram para a Bielorússia.

sábado, 6 de dezembro de 2025

A «fábrica do sangue»!

 Nunca tinha ouvido esta expressão!

Ontem fui ao hospital para saber os resultados das últimas análises efectuadas, no passado mês de Outubro. Nem todas tinham sido reportadas à Srª Doutora que trata do meu caso e tivemos que adiar decisões para o Ano Novo. Talvez sejamos obrigados a fazer uma biópsia à fábrica do sangue, disse-me ela à laia de despedida. Mau, Maria, pensei eu! Quando se entra no campo das biópsias, a coisa raramente acaba bem!

Prefiro nem pensar nisso, por agora, sofrer por antecipação é a pior coisa que podemos fazer. O ano novo está aí à porta e, como todos me desejam, que ele seja próspero em todos os sentidos, incluindo o da saúde, nosso bem maior!

Hoje, deveria falar no Benfica e congratular-me pela vitória conseguida no nosso estádio, frente ao grande rival de Lisboa, mas ... há sempre um "mas" a estragar tudo, não conseguimos a vitória, apenas um empate. E com isso quem fez a festa foi o FCP que viu os seus dois rivais de Lisboa atrasarem-se dois pontos. Por isso, o meu momento futebolístico fica por aqui!

Outra coisa que tem prendido a nossa atenção é o estacionamento na costa da Venezuela de um gigantesco navio de guerra americano que o Trump ali colocou para meter medo ao Maduro que é um cromo de primeira. Em vez de se portar como um homem de verdade, anda a fazer palhaçadas com a espada de Simão Bolívar na mão, como se isso provasse o seu valor como líder de um regime herdado de Moscovo e do velho El Comandante de Cuba.

A verdade é que o tempo dos heróis anti-americanos, como Fidel Castro ou Chávez já é passado e o presente está mais negro que nunca. Na América não se pode ser anti-americano, todos devem juntar-se e remar para o mesmo lado. Parece que o Trump está disposto a ir até às últimas consequências para acabar com o tráfico de droga que sustém a economia da Venezuela, da Colômbia e outras ex-colónias espanholas.

Talvez não resolva nada, mas talvez o Maduro fizesse bem em aceitar a proposta de Trump e afastar-se da política. Se ele tiver posto de lado uns bons milhões e eu acredito que o tenha feito, o destino Quatar parece-me uma boa ideia e não acredito que o seu amor pela pátria seja tão grande que o obrigue a ficar. É deixar o Guaidó provar o que vale e se não der certo que venha o senhor que se segue.

Passeando pela América do Sul lembrei-me de dar um salto até à foz do Amazonas que já foi o rio mais caudaloso do mundo, mas, hoje, enferma das mudanças climáticas. Grandes afluentes, como o rio Negro debitam, actualmente, muitíssimo menos água que no passado e o resultado vê-se.

Uma coisa que a internet nos oferece de borla é a possibilidade de viajar pelo munto todo e sem sair do sofá e é o que resolvi fazer, neste sábado frio e chuvoso em que não apetece sair do quentinho!

Bom fim de semana !!!

sexta-feira, 5 de dezembro de 2025

As coisas que me fazem escrever!

 Ontem, foi um dia cheio de novidades. Para começar, o meu computador, um HP Pavillon, recusou-se a funcionar. Deve ser do frio, pensei eu, e deitei a mão ao meu segundo, um DELL que comprei recentemente já com o Windows 11 instalado. Depois fui para Barcelos, tal e qual como vos deixei saber, e de pouco me serviu, pois não gostei nada do bacalhau e muito menos do preço que estava 5 € acima do preço devido, ou seja, bacalhau de 20 a ser vendido a 25€.

Esta coisa dos comerciantes nos fazerem de parvos e obrigarem a pagar o preço que eles querem mexe-me com os nervos. Cada vez que me deparo com uma situação dessas reajo da pior maneira. Querem ganhar dinheiro à custa da tradição que seguimos, a de comer bacalhau no Natal, comigo não contem. Mudo logo a ementa e como carne, pois já comi muitos quilos de bacalhau ao longo dos 12 meses deste ano!

Ouvi nas notícias, ontem, que alguém lançou uma boca, acho que foi o Macron ou alguém por ordem dele, alertando para o facto (mais que provável) de Trump e/ou os EUA traírem a Ucrânia e a Europa. Eu já tinha dito isso, há tempos, e aconselhado o Zelensky a virar as costas ao traidor, pois se nota em todas as atitudes que ele tem o rabo preso com o Putin. Sejam negócios privados ou interesses públicos do seu país, o certo é que ele quer ficar nas boas graças com o cacique russo.

O que se tem passado, com as idas e vindas da troupe americana andando para cá e para lá e procurando fazer a vontade ao urso siberiano, deixando de lado os interesses da Ucrânia, é mais que uma prova da traição de Trump. Eles riem-se quando estão juntos com Putin, e passeiam alegremente por Moscovo, enquanto esperam pela hora da reunião. Só ficam com cara de preocupados quando se juntam com Zelensky e não têm para dar qualquer notícia que possa alegrar os ucranianos. Tudo para a Rússia e nada para a Ucrânia é o que se adivinha na atitude de Trump, o traidor, e de quem funciona às suas ordens.

E depois, ouvi também a história alucinante da mãe que foi ao hospital raptar a sua própria filha que lhe tinha sido retirada por falta de condições no acampamento onde vive. Só aí percebi que se trata de ciganos que são capazes de tudo para levar a vida que escolheram e não admitem que ninguém se meta na vida deles. Como ela conseguiu tirar a pulseira electrónica que protegia a criança está por explicar. O Bolsonaro tentou fazer o mesmo, mas foi logo apanhado, esta consegui-o sem que ninguém desse por isso.

Tirar uma filha aos ciganos para ser criada por outra família, daquelas que vivem de acordo com a lei, pagam os seus impostos e se levantam cedo, faça frio ou faça sol, para ir trabalhar e prover ao seu sustento, parece-me errado. Os ciganos regem-se por outras regras e só querem ter algo a ver connosco quando é para ter direito a algum benefício. Assim deveriam deixar a mãe e os seus filhos amanhar-se como pudesse, incluindo recorrer ao chefe da tribo para que fosse ajudada.


Na minha viagem para Barcelos passei pela Cooperativa Agrícola e comprei algumas rações para alimentar as minhas galinhas poedeiras. Se não lhes der de comer elas não põem ovos e o prejudicado sou eu. Outra coisa que lá compro sempre, é vinho tinto da Adega de Almeirim, é "vinho de engenheiro" tão bem feito e melhor controlado que nunca nos falha. E, olhando para uma prateleira que estava junto às boxes do vinho, vi umas garrafas de azeite a um preço que me agradou e comprei 4. Não faço a menor ideia do que é azeite "verde", mas espero que seja bom para molhar o bacalhau do Natal.

Verde só conheço o vinho que se cultiva na região onde nasci, mas opto por beber do maduro, pois dizem que é melhor para a saúde. Tenho que acreditar naquilo que me dizem e para bem da minha saúde aceito fazer alguns sacrifícios. Não bebas branco que faz subir os níveis do ácido úrico! Bebe maduro tinto que faz bem ao coração! Deus vos ajude e grato vos fico por se preocuparem com a minha saúde!

Para acabar o dia em beleza, tive direito a um jogo de futebol de primeira linha transmitido pela Sport Tv. Um Porto vs Vitória para a Taça da Liga que determina o, assim chamado, campeão de inverno. Mas o melhor de tudo estaria para acontecer no fim, o invicto clube da invicta cidade perdeu por 3 a 1 com o Vitória que veio de Guimarães mostrar que têm que contar com ele. Acabou-se a invencibilidade do treinador italiano (que teima em falar inglês num país latino, sendo ele próprio um latino) e do clube do Vilas Boas que estava a inchar demais com o sucesso até agora conseguido no campeonato.

E está tudo dito !!!

quinta-feira, 4 de dezembro de 2025

Feira em Barcelos!

Cada vez que se aproxima uma festa grande a feira de Barcelos fervilha de gente e eu resolvi juntar-me à confusão. Vou lá ver se descubro a razão por que tanta gente para lá corre, apesar do frio e da chuva que ameaça estragar o dia. Quando chove muito a água que S. Pedro nos manda deposita-se em cima dos toldos dos feirantes. E quando o peso da água ameaça romper a lona do toldo, o feirante saca de uma vara que conserva guardada para o efeito, e levanta o toldo de um lado fazendo descarregar a água acumulada pelo outro.

Nunca me calhou a mim, mas tenho visto gente furiosa a olhar para o "criminoso" com vontade de o esganar. Vou lembrar-me disso quando lá estiver e desviar-me o mais possível das bordas desses toldos para evitar um banho. Aliás, eu vou lá mais para arejar as ventas do que outra coisa, mas vou aproveitar a ocasião para passar em frente da banca do vendedor do bacalhau. Nunca vi ninguém vender tanto bacalhau como ele e não sei se é pela qualidade do produto, pelo preço, ou apenas porque os outros também compram.

Uma coisa é certa, ele tem lá toneladas de bacalhau e vende-o ao gosto do consumidor. Se queres rabos levas rabos e se queres lombos também lá os encontras. Ele parte o bacalhau aos montes e manda as pessoas escolherem o que mais lhes agradar. Acredito que, no fim da festa, faz uma promoção para se livrar das sobras que ninguém quis levar. E o preço não deve ser mais alto do que aquilo que se vê por aí, senão o negócio dele parava.

Antes de desligar a máquina e pôr-me a caminho de Barcelos, deixem-me dizer que, ontem, estive a ouvir o Marques Mendes e o Seguro, no debate televisivo da RTP, e deu-me o sono. Aquilo não tem ponta por onde se lhe pegue. Se dependesse de mim, nenhum dos dois passaria à segunda volta!

quarta-feira, 3 de dezembro de 2025

Putin, como ele é!

 Vi-o todo sorridente a receber os enviados de Trump, como se o encontro se limitasse a uma conversa amigável seguida de um almoço bem servido e bem regado.

A verdade é que também o enviado de Trump sorria da mesma maneira, de repente lembrei-me que eles são parceiros de negócios e uns e outros querem é ver um lucro razoável a cair na sua conta bancária, no fim de toda esta paranoia que já custou a vida a centenas de milhar de russos e ucranianos. O americano ainda aceito que se ria, mas o Putin devia ter a consciência pesada, cada vez que aborda o assunto da guerra, ou a procura de um caminho para a paz, pela morte de tantos conterrâneos que já provocou.

E depois, acrescenta ele, se a Europa quiser guerra, coisa que eu não quero, estamos prontos para ela. Os olhos dele até pareciam dizer, dêem o primeiro tiro que depois verão o resultado. Vejo essa sua atitude como uma provocação a que não podemos responder, pois poríamos em risco todos os países europeus que fazem fronteira com a Rússia. Acredito que ele ainda não conseguiu engolir o sapo de ver a Finlândia entrar para a NATO.

Numa certa altura destas negociações, o Trump já dava o acordo de cessar fogo como aceite pelas duas partes, mas quando o presidente Zelensky lhe manda o recado que sobre os territórios que "legalmente" pertencem ao seu país não abdica de nem um centímetro, aí ele começa a gaguejar. As coisas estão difíceis, diz ele como se estivesse muito triste com isso, as negociações não chegaram a lado nenhum.

Nem chegarão, enquanto as tropas russas se mantiverem em solo ucraniano. Falar de auto-determinação das províncias do Donbass e da Crimeia, talvez a Ucrânia aceite, mas entregá-las de mão beijada aos russos, nem pensar, seria uma traição à pátria e um desrespeito à memória de todos aqueles que tombaram na sua defesa. Se Putin fosse um homem (político) razoável aceitaria que fosse feito um referendo nessas 3 províncias e auscultar assim a vontade do povo.

Mas, é claro, feito em liberdade, sem tropas no terreno a pressionarem as pessoas que ali vivem. Infelizmente, sabendo que se trata de um assunto de interesses financeiros, comuns à Rússia, ou melhor dizendo, a Putin e ao seu amigo americano que, há pouco se encontraram no Alaska para combinarem como repartir o bolo, vaticino que isso não acontecerá. Custou quase 4 anos aos russos para chegar aonde estão, hoje, e voltar para casa sem nada ter conseguido não está nas suas mentes.

Pode o Witkoff andar para cá e para lá, a espalhar sorrisos pelo Kremlin, e talvez ouvir palavras menos bonitas do seu amigo Trump, por não conseguir chegar a lado nenhum, que isso não fará recuar os bravos ucranianos. Para manter as suas posições eles precisariam apenas de uma pequena ajuda dos países europeus, os quais não disputam com a Rússia as terras raras ou qualquer outro bem que exista na Ucrânia. O negócio do gás e petróleo daria à Rússia maiores benefícios, se houvesse paz, do que a exploração das terras raras que não passa de uma moeda de troca com os EUA.

 Considerando que esta guerra só beneficiará muito mais Trump e Putin e muito menos os países de cada um, custa-me a entender que a opinião pública russa não se oponha a este comportamento do seu líder. Eu sei que ali impera um regime fechado que castiga com a morte a quem se rebelar contra o poder supremo, mas num mundo moderno em que a informação viaja à velocidade da luz, ou quase, esperava que começasse a ouvir-se um rumor de fundo exigindo o fim da guerra.

Isto porque não acredito que mães gostem ver os seus filhos partirem para a frente de combate, num país estrangeiro, e lá serem desfeitos em papa pelos explosivos de quem defende as suas terras. O mesmo para as irmãs ou noivas desses jovens que vêem a sua vida interrompida para ir morrer na frente de combate, sem saberem porquê. Acham que os superiores lhes podem transmitir a mensagem de que vão lutar em defesa da sua pátria? Eu não!

A NATO está, mais ou menos, de mãos amarradas, pois nenhum membro da organização foi atacado. E depois há aquela coisa do "his master voice" que é como quem diz, aquilo foi criado pelos EUA e só eles ali mandam. O Trump bem se farta de repetir que não tem nada a ver com isso, vende armas aos europeus da NATO e eles que façam com elas o que quiserem. Se as quiserem mandar para a Ucrânia, para ele está tudo bem, o Biden alinhava com isso, ele não. Claro, não pode ir contra o seu parceiro de negócios que está do outro lado da barricada.

Nos tempos do presidente Kennedy, russo e americano eram inimigos figadais, mas parece que isso já foi há muito tempo e a História foi branqueada, agora defendem pontos comuns em defesa de interesses inconfessáveis!