segunda-feira, 30 de junho de 2025

As festas do meu concelho!

 Quando a véspera é longa demais o dia da festa é para dormir!!!

Verdade inegável, a noite de S. Pedro durou até o sol nascer, resultando num deserto de gente no dia do santo. Nem uma pessoa na rua, pelo menos durante a manhã, nem carros, nem foguetes, eu que vim para a sala ver a televisão, antes das cinco da madrugada, fiquei a ser a única alma viva e acordada deste pequeno mundo poveiro. Minto, por volta das seis horas ouvi alguns pés cansados que se arrastavam a caminho de casa.

Passados que são os 3 santos populares festejados nos 4 cantos de Portugal, fica o mês de Julho reservado para o meu santo que se festeja no dia 25, Tiago filho de Zebedeu e irmão de João, o apóstolo mais querido de Jesus que depois se tornou evangelista. S. Tiago e o dia 25 de Julho tem um significado enorme na minha vida, conforme tenho afirmado a cada ano que passa.

Ainda puto na Escola Primária só conhecia duas festas. A das cruzes, no primeiro fim de semana de Maio, festa do meu conselho, enfeitadas com flores de giesta e dando as boas vindas às cerejas. E a de S. Tiago  que era festejada na minha aldeia e reunia ali metade dos habitantes das freguesias vizinhas. No S. Tiago pinta o bago, diz o ditado popular e a rapaziada mais nova, como eu, partia à procura dos primeiros bagos das uvas americanas que eram as primeiras a pintar.

Comidos à mistura com um naco de broa de milho eram uma espécie de pão com manteiga, numa altura em que a manteiga era coisa de ricos e a margarina ainda não tinha sido inventada. A alegria da juventude fazia esquecer a pobreza extrema em que se vivia nas aldeias portuguesas, no pós-guerra. O Salazar tinha dito "eu prometi livrar-vos da guerra, mas não conseguirei livrar-vos da fome" e eu que nasci antes de a II Grande Guerra terminar, vivi essa realidade.

Para os mais pobres, famílias grandes de muitos filhos, já era uma sorte ter uma côdea de pão para roer por mais dura que fosse. Havendo alguma coisa para amaciar a dureza do pão, cozido em casa de semana a semana, já ele se tornava mais tragável e deslizava melhor pela goela abaixo. De Julho até Outubro as uvas faziam esse papel.

Depois das vindimas, todos os putos da minha idade faziam uma "gancha para ir aos gaipos" e lá partíamos por baixo das ramadas de videira à procura de pequenos cachos que, por serem pequenos demais ou terem muitos bagos verdes que tirariam qualidade ao vinho, os vindimadores tivessem deixado para trás.

A gancha não era mais que uma vara comprida com uma rachadela na ponta, onde se encaixava uma farpa de madeira para a manter aberta, para enfiar no pé do cacho de uvas - quando pequeno com meia dúzia de bagos, ou menos ainda, recebia o nome de gaipo - e torcer até o libertar da videira e trazer à nossa mão.

Com as aulas da Primária a começar em 7 de Outubro, era a regra nessa altura em que não havia Ministérios nem ministros a complicar tudo que é simples, a "época dos gaipos" terminava com o início das aulas. E a fatia de broa que levávamos na sacola para matar a fome no recreio era comida em seco com a saliva das nossas glândulas como única companhia.

Estava aqui a espremer os meus neurónios para ver se me lembrava do nome que nós dávamos (lá na minha aldeia) à sacola em que só levávamos uma lousa e um lápis para lá riscar as primeiras letras e números que depois se apagavam com cuspo, mas, infelizmente, não o consegui.

A maior parte dessas sacolas eram feitas de linhagem, aproveitada dos sacos de adubo usado na agricultura, ou dos fardos de bacalhau que eram vendidos às mercearias. A minha era mais fina, feita de cotim (um pano barato de algodão que servia para fazer calças de trabalho) visto a minha mãe ser costureira e ter disso lá em casa.

E, vejam lá, tudo aquilo de que me fui lembrar por conta do santo que se festeja no dia em que nasceu o meu único filho que não foi baptisado Tiago por mero acaso. Eu já tinha escolhido um nome para ele, sem saber em que dia nasceria, e quando surgiu a ideia de lhe chamar Tiago não quis voltar atrás no nome que já me soava familiar, Marco Aurélio!

domingo, 29 de junho de 2025

Ciao, ciao, Benfica!

 

Tudo, ou quase, que podia correr mal ... correu mesmo, é a tal «Lei de Murphy» a funcionar!

1 - O treinador escolheu mal a equipa
2 - O Trubin que raramente falha foi um falhanço completo
3 - A sorte que tanto jeito dá abandonou-nos depois dos 90 minutos
4 - O Rui Costa não exerceu a sua autoridade sobre o treinador para corrigir erros crassos na escolha dos jogadores para o onze inicial
5 - Pela segunda vez, até o clima esteve contra nós

A esta hora já devem estar no aeroporto, a arrastar a mal com rodinhas, a caminho de casa. O mês de Julho que devia ser de pré-época vai ser de férias e isso não augura nada de bom para a nova época.

E é assim a vida, vamos começar ao pé coxinho, para lutar com o Sporting pela Supertaça e disputar a eliminatória de acesso à Liga dos Campeões. Esse é o caminho dos milhões que o Benfica precisa para se financiar e se lá não entrarmos há que rever o orçamento e fazer poupanças.

Este tema fica suspenso até à primeira semana de Agosto e teremos que arranjar inspiração para encontrar outros que interessem à maioria dos visitantes e seguidores!

sábado, 28 de junho de 2025

Mais uma final!

 

Esta é a equipa que ganhou ao Bayern

Foi uma equipa de recurso, por causa dos castigados e lesionados, mas saiu-se bem. Com estes jogadores e mais alguns que entraram no decorrer do jogo (caso dos dois turcos do plantel) o Benfica impôs a primeira derrota ao Bayern de Munique, um terror para quem joga contra eles.

Com esta ou outra parecida temos que, logo à noite, enfrentar o Chelsea, equipa londrina que tem tido muitos altos e baixos nos últimos anos, mas parece, agora, mais estabilizada para nosso azar. Como já estamos na fase do bota-fora, quem perder faz a mala e apanha o avião de regresso a casa. Espero que não seja o Benfica, mas o Chelsea é o mais favorito a seguir em frente.

Há jogadores que aparecem na imagem acima que já não estarão em Lisboa no dia 1 de Agosto próximo. Por aquilo que se ouve aos comentadores desportivos haverá, pelo menos 6 novas contratações e outros, como o Di Maria, por exemplo, seguirão em sentido contrário. Também os jogadores emprestados, como o Bellotti, Renato Saches e outros, podem ficar ou regressar aos seus clubes.

Mas o que me interessa é o jogo de hoje, depois logo se verá. Se conseguirmos bater o plantel milionário dos londrinos serão mais uns milhões de euros no bolso do Rui Costa para investir nos reforços. Não sei quem o Lage (treinador) vai meter em campo, mas espero que ele acerte nas escolhas e saiba fazer as substituições na hora certa.

Se nos calhar o azar de sermos nós a abandonar a prova, paciência, como diz o tal ditado, sempre evocado por quem perde, "há mais marés que marinheiros" e um dia chegará a nossa vez de sair por cima, tal como aconteceu no jogo contra o bávaros do Neuer & C.ia. Aqueles que raramente ganham também costumam citar outro ditado, "perder ou ganhar é tudo desporto", mas o Benfica é dos que ganham mais vezes do que perdem.

Carrega Benfica !!!

sexta-feira, 27 de junho de 2025

A guerra e as festas dos Santos Populares!

 Enquanto por essa europa fora há guerras, os mortos contam-se aos milhares e o sofrimento dos que ficam vivos é de arrepiar, nós por cá estamos virados para a festa, a folia, os comes e bebes tão próprios desta época a que chamamos, "dos santos populares".

Já lá vai o Santo António de Lisboa, assim como o S. João do Porto, agora é a vez do S. Pedro a quem chamam "O Pescador" e que, por conseguinte, é o patrono de todas, ou quase, comunidades piscatórias. A Póvoa não podia ser excepção e anda todo o mundo numa faina imparável para que amanhã a noitada seja melhor ainda que todas as já acontecidas no passado.

Cada pessoa diz que no seu tempo é que era bom e que isto agora não presta, mas a única coisa que se perdeu, com o passar dos anos, foi a juventude e a vontade, ou necessidade, de pinchar e dançar a noite toda e ver o sol nascer na praia. Aí reside a maior diferença, os mais jovens que não conheceram os velhos tempos são quem faz a festa e para eles é tudo uma maravilha. Lá virá o tempo em que dirão o mesmo que dizem, hoje, os seus pais e avós.

Aqui na Póvoa, o costume que impera é montar a cozinha na rua, fazer comida duas ou três vezes mais do que a família consome e convidar os amigos, ou até simples desconhecidos que passam à sua porta, para comer e beber do que há. Habitualmente são sardinhas assadas, mas também há barriguinhas ou febras de porco e em algumas casas ricas saladas de peixe seco grelhado na brasa e regado com bom azeite das nossas oliveiras.

O vinho, seja verde ou maduro, branco, tinto ou rosé, é em doses industriais e não há quem passe sede na noite de S. Pedro. Estende-se um copo ao convidado, enche-se até deitar por fora ( as pedras da calçada não se queixam do que vai por fora) e se demorar uns minutos na conversa ainda vai mais um, antes de seguir viagem até à próxima paragem.

Fogareiros a fumegar em todas as portas, cesto com broa de milho corta em fatias, cheiro de sardinhas no ar e os garrafões de tinto alinhados atrás do fogareiro, esperando que as gargantas sedentas o reclamem. Não há festa como esta, diz o povo poveiro e quem cá aparece para ajudar a espalhar a fama e cortesia das gentes do mar. E já foi muito melhor que é agora, isso eu posso garantir, pois com o desaparecimento da frota pesqueira, há menos peixe e dinheiro na comunidade.

Os mestres das traineiras eram os grandes promotores desta festa, toda a safra destes últimos dias, antes da festa do seu santo, era oferecida a familiares, amigos e vizinhos para que cada um pudesse ter a sua festa, tal e qual como eles a quem nunca faltava o peixe, o pão e o vinho. Era raro o pescador que não levava consigo o "palhinhas" (garrafão de 5 litros) cada vez que saía para o mar. Bebia-se mais do que se comia para aguentar o esforço e o frio das noites no mar.

A frota pesqueira está reduzida a um mínimo dos mínimos, a política europeia, desde os tempos de Cavaco Silva, como Primeiro Ministro, a isso nos conduziu. Para os poucos pescadores que restam, ao fim de um ano de trabalho a festa serve de desforra e também como meio de recarregar as baterias para mais um ano de luta contra o mar que tudo lhes dá, mas, por vezes, cobra uma alto tributo em vidas humanas. Mas, neste dia, esquecem-se todas as dores e lamentos, a hora é de folguedo e de gozar a vida.

 Logo que desligue esta maquineta que me mantém ligado a vós, irei verificar se não falta nada, o carvão para o fogareiro e as bebidas que calculo como necessárias, mas compro em dobro e o resto que é da minha responsabilidade. Sardinha frescas talvez não haja, mas por precaução já congelei meio cento delas para ajudar a espalhar o cheiro da sardinha assada em todo o bairro.

Hoje, é dia de ir ao talho buscar a carne de porco e os enchidos e passar pela padaria para trazer a broa e meio cento de pães para quem prefira uma febra no pão. Há sempre quem goste de sardinhas, mas não goste de sujar as mãos e então opte por uma febra dentro de um papo-seco que mastiga para depois emborcar um copo e seguir viagem.

É assim a vida, hoje prepara-se tudo, amanhã come-se e bebe-se e no dia do santo descansa-se e cura-se a bebedeira (se for o caso). Haja festa, festa é alegria!!!

 

quinta-feira, 26 de junho de 2025

A ovelha negra!

 


O Pedro Sanchez fez tudo o que pôde para não se misturar com os restantes membros da NATO. Ele foi o único a discordar da decisão de aplicar 5% do PIB em segurança e até nesta «Foto de Família» fez os possíveis por ficar de fora do grupo.

O Trump disse, no fim da reunião, que estava triste com a posição de Espanha, único país que não aceitou bem a ideia de gastar tanto dinheiro em defesa, quando há tantas coisas mais importantes que isso (???) a necessitar de dinheiro. A Espanha não está na mesma situação que a Ucrânia, senão talvez tivesse uma ideia diferente.

O Trump reclama e com razão que os EUA contribuem mais que a Europa para as despesas da NATO e exige que a Europa se aproxime mais no orçamento comum. Mas toda a gente sabe que a NATO é uma espécie de organismo criado pela América para seu benefício próprio. Para manter a Guerra Fria que durou desde 1945 a 1989 e marcar bem a diferença entre o mundo ocidental e o Bloco de Leste, os EUA precisavam desse organismo e da sua força conjunta.

Como país rico que é, eles avançaram com o projecto, desataram a fabricar armas de todo o tipo, desde navios, aviões e misseis, além das ogivas nucleares que se diz que nunca serão usadas e servem apenas para atemorizar o inimigo e mantê-lo quieto. Entretanto, o mundo foi avançando, as economias foram florescendo por esse mundo fora e hoje já existem países capazes de gastar fortunas em defesa, como a China, a Índia ou o Japão.

Chegados à Era Trump, com os EUA a perder terreno contra as outras grandes potências mundiais, foi preciso apertar as malhas do controlo financeiro, aumentar as receitas e diminuir as despesas. Todos sabemos que o fabrico de armas (de todo o tipo) é o ramo de actividade que dá mais dinheiro para o Orçamento de Estado e a NATO um dos clientes/consumidores preferenciais. Ora, não era preciso ser muito esperto para concluir que sendo os EUA a pagar a factura da Nato não entrava um dólar proveniente desse grande negócio.

Por isso, ele começou essa guerra, logo que chegou ao poder, em 2017. Nós fabricamos as armas, mas serão eles, os europeus, a pagá-las, pensou ele. Até ao fim do seu primeiro mandato não conseguiu pôr isso em prática, mas eleito de novo, neste ano de 2025, fez disso a sua primeira prioridade. A reunião de Haia, esta semana, foi o último acto desta peça. Todos, menos o Pedro Sanchez, concordaram em incluir nos seus orçamentos de estado uma verba de 5% do PIB para a NATO.

O Papá Trump, como lhe chamou o "lambe-botas" do Rutte, agora o homem forte da organização, conseguiu o seu objectivo e sai de Haia feliz e contente. Um trilião de dólares para gastar em armas que nós fabricaremos, disse ele entre dentes. A ideia da Srª Von der Leyen não vai nesse sentido, antes pelo contrário pensa que os países europeus devem investir na defesa, mas construindo aqui as suas próprias armas para ajudar a economia dos 27 países da UE.

Mas, ontem, não era o dia de falar nisso, outras coisas mais importantes requeriam a sua atenção e, no tempo certo, ela e o nosso bem conhecido Costa chamarão todos os interessados para discutir essa questão. Preocupados com o perigo que pode vir do Leste da Europa, mais do que com os que poderão vir do Atlântico, torna-se necessário reforçar a defesa das fronteiras do Espaço Schengen e a Polónia e a Ucrânia têm um papel determinante nessa área.

Por isso, eu vejo que a preocupação dos europeus está muito mais virada para criar uma barreira defensiva que vai da Finlândia ao Mar Negro, passando pelos pequenos países bálticos, Polónia, Roménia e Ucrânia. Por isso é tão importante trazer o Zelensky para o nosso lado e ela tem deixado isso bem claro em todas as suas intervenções.

E a Ucrânia com esta guerra que já dura há mais d 3 anos têm aprendido muito. Treino militar, sistemas de defesa, fabricação de drones, etc., eles poderão ser de grande ajuda se estiverem do nosso lado. Quem quer ter amigos e aliados fortes tem que fazer por isso. Enquanto o Trump hostiliza a Ucrânia a Srª Von der Leyen dá-lhe colinho.

E eu estou plenamente de acordo!!!

Pedro Sanchez a defender a sua dama

quarta-feira, 25 de junho de 2025

O Sapo a fumar um cigarro!

 


Quando era miúdo andava à caça de sapos para lhe meter um cigarro na boca e ver se era verdade o que diziam que eles rebentavam como uma castanha, depois de engolirem o fumo que não sabiam como deitar fora. Não era fácil obrigá-los a ficar com o cigarro na boca, começavam a mastigar e deitavam-no fora, por isso, nunca rebentou nenhum nas minhas mãos.

Hoje, sinto-me como o sapo, tanto é o orgulho de ser benfiquista e ter assistido, ontem à noite, a uma inesperada vitória do meu Benfica sobre um dos maiores da Europa, o Bayern de Munique. Esperava uma derrota por números que não nos envergonhassem muito e foi com a maior alegria que vi o puto, aspirante a avançado, marcar um golo aos 12 minutos.

Aí está ele, Schjelderup, o marcador do único golo

Depois, foi sofrer até ao fim, 90 com mais 8 minutos de descontos, sempre à espera de ver o adversário furar as nossas redes. Mas os minutos foram decorrendo (muito lentamente) e isso não acontecia, A partir dos 60 minutos, quando o treinador deles mandou entrar os craques da pesada que tinham ficado no banco, comecei a rezar para que não metessem mais que um golo, pois isso chegaria para nos apurarmos.

De 5 em 5 minutos ir espreitar como corria o jogo do Boca Juniors, pois se marcassem mais de 6 golos poderiam complicar-nos a vida. Isto no caso de perdermos, pois se ficássemos empatados, o que eu começava a acreditar que íamos conseguir, ficaríamos apurados na mesma e eles rumariam à Argentina para carpir a derrota.

Afinal, a minha deusa protectora tinha ouvido as minhas preces e nem o Bayern nos conseguiu ganhar nem o Boca conseguiu marcar mais golos que nós, de facto meteram apenas 1 golo e os neozelandeses outro, de modo que acabaram empatados a uma bola e foram ambos para casa, deixando o Benfica em 1º lugar do grupo, com o Bayern, grande favorito, a ocupar o 2º lugar.

Há dias assim, tudo corre bem melhor do que o esperado e faz-nos lembrar daquele ditado popular que se diz «nasceste com o cu virado para a lua» a quem mostra ter toda a sorte do mundo. Hoje sou eu o sortudo, mas tenho-me fartado de estar do lado dos perdedores, algum dia teria que chegar o meu dia da sorte. Foi ontem, dia de S. João Baptista! Quem sabe foi a invocação do santo que me trouxe a sorte!!!

A História do futebol conta-se em golos!

terça-feira, 24 de junho de 2025

O Trump sabe-a toda!

 


O Paquistão disse que ia propô-lo para o prémio Nobel da Paz e como as pessoas acharam isso despropositado, mais ainda pelo lançamento daquelas "bombocas" sobre o Irão, ele apressou-se a alinhavar com o Netanyahu e o Kamenei um acordo de cessar-fogo para provar a sua boa fé e ser merecedor do tal prémio.

Todo o acordo para parar as hostilidades é, em princípio, bom, mas eu que sou um desconfiado de primeira, vou ficar atento para ver quanto tempo levará até o primeiro quebrar esse acordo. Para mim já foi bom, pois todas as Bolsas de Valores abriram, hoje, a subir e neutralizaram algum prejuízo que a minha posição tinha sofrido na passada semana.

Outra coisa importante (para todo o mundo) é o preço do crude. O presidente Trump fez uma publicação na sua conta do Twitter (não gosto nada do X e se foi o Musk que lhe mudou o nome, foi mais uma argolada que cometeu) a pedir aos intervenientes no mercado para manterem os preços baixos, porque subir os preços só serviria para dar armas ao inimigo (Putin) para continuar a guerra. E parece que foi ouvido, pois na Europa todas as acções das companhias petrolíferas abriram a perder 3,5%.

Mas ele vai ter muito que pedalar se quiser levar o prémio Nobel, pois a situação no mundo vai de mal a pior e ele também tem contribuído para isso. Uma coisa que lhe garantiria o prémio com toda a certeza seria convencer o Xi Jimping a reconhecer a independência da Ilha Formosa. Isso talvez acabasse de vez com o enorme risco de uma guerra global que acontecerá se a China insistir no seu propósito e os Estados Unidos mantiverem a sua posição de defensores da ilha.

Talvez o Trump não seja grande fã de blogs, por isso peço que alguém lhe faça chegar o meu recado. Basta ter conta no X e o Trump como amigo!!!

segunda-feira, 23 de junho de 2025

O estreito estreitou-se mais ainda!

 


Não é assim tão estreito, mas em tempo de guerra torna-se estreito demais. O Irão decidiu que será encerrado e só lá passará quem eles autorizarem. Parece que Omãn e os Emirados não têm direito a uma palavra neste assunto, pois repartem o direito ao "canal" de passagem dos petroleiros com o vizinho da frente. Ou estão de acordo ou têm medo de se manifestar.


A Marinha de Guerra dos Estados Unidos já ali está em força e acredito que serão eles a ditar as regras, em breve ficaremos a saber os pormenores desse negócio. Uma boa parte do petróleo que passa pelo estreito destina-se às refinarias americanas e essas não podem parar. Não sei o que poderão fazer os iranianos contra o poderio naval e aéreo dos americanos, estou convencido que ali imperará a lei do mais forte-

E os petroleiros com destino à América continuarão a navegar protegidos pela força naval americana. Com 3 porta-aviões na zona e um sem número de outras unidades que lhes dão protecção, para além dos muitos caças-bombardeiros que vão a bordo, o Irão não tem a mínima hipótese de se opor à passagem dos petroleiros. Quem "levantar cabelo" leva logo com umas ameixas incandescentes que os calarão para sempre.

Isto, claro está, é a minha visão do problema, mas não creio que possa ser muito diferente. Os líderes do Irão, o melhor que têm a fazer é sentarem-se à mesa das negociações e acordar num compromisso que não os deixe ficar muito mal. Qualquer outra decisão será um autêntico suicídio. Ainda por cima com a Força Aérea israelita a controlar o espaço aéreo do Irão, ou seja, estão amarrados de pés e mãos e só lhes resta a esperteza para se safarem.

Na boca dos comentadores internacionais há um movimento interno no Irão que tende a substituir o regime teocrático que governa o país, desde a revolução de 1979 que depôs o Xá Reza Pahlevi. A gente mais jovem, cá como lá, pouco acredita em céu e inferno, quer é saber de melhorar o seu nível de vida e ver o governo preocupar-se com o bem-estar dos cidadãos. E isso é terra fértil para provocar a saída do velho Khamenei que sucedeu ao também barbudo Khomeini e juntos dominaram aquele país, nos últimos 46 anos.

Acredito que a população iraniana ficaria muito beneficiada com essa mudança, mas não é ainda conhecida uma cara que queira, ou possa. assumir esse desafio. Gastar o dinheirinho que vem do negócio do petróleo em prol do povo, em vez de comprar armas e patrocinar grupos rebeldes para lutar contra os inimigos do Islão, seria um passo acertado (do meu ponto de vista). 

A decisão é deles, eu estou para aqui a gastar o meu Latim para nada, pois sou apenas "uma voz que clama no deserto"!

  

domingo, 22 de junho de 2025

Foi esta noite!

 O Trump estava mortinho por mostrar o que vale - ele e o seu país que ele quer que volte a ser grande outra vez - e isso aconteceu esta noite. Mandou levantar os tais bombardeiros invisíveis para irem despejar umas toneladas de trotil em cima da cabeça dos iranianos.

Fez-me recordar o Jorge Coelhone que um dia afirmou: - quem se mete com os socialistas leva! Leva na cabeça, queria ele dizer no seu arrevesado modo de falar, à moda da Beira Alta.

O Trump nunca o disse abertamente, mas sempre deu a entender que quem se metesse com os judeus (da city novaiorquina e de Israel) levaria o justo castigo. Há dias, tinha ele afirmado que nas duas próximas semanas decidiria o que fazer. Passou apenas uma semana e já deu na cabeça ao Aiatola e seus apaniguados fiéis. Toma lá trotil e vai ter com o S. Pedro!

Ainda não se conhece a extensão dos estragos causados, mas os bombardeiros continuam a postos para repetir a dose se preciso for. Os comentadores têm apenas umas fotografiazitas via satélite para nos mostrar e todos se deitam a adivinhar o que aconteceu e o que se seguirá. Eu que não tenho pressa nenhuma ... limito-me a esperar!

sábado, 21 de junho de 2025

Solstício de verão!

 

É hoje que começa o verão! Os últimos dias foram mais quentes do que os próximos que aí vêm, o que parece um contrassenso, mas não temos que refilar com quem governa estas coisas do clima, é aceitar e cara alegre!

Uma noite mais curta e um dia mais longo são as características do solstício de verão, exactamente o contrário daquilo que acontece em 21 de Dezembro, data em que ocorre o solstício de inverno. Daqui até lá os dias começarão a encolher, primeiro apenas uns segundos e depois uns minutos a cada sol pôr.

Eu, como já convivo com isso há mais de 80 anos, estou habituado e não me faz grande diferença. O vento e a chuva sim, foram os meus adversários, quando tinha que pedalar numa bicicleta (sem mudanças) a caminho do meu primeiro emprego, aos 17 anos.

Até ali, eu tinha sido um estudante habituado às maiores mordomias e foi um choque considerável para enfrentar um modo de vida que até essa idade ainda não tinha conhecido. O segundo embate, tão ou mais violento que esse de entrar na vida profissional, foi o meu alistamento na Marinho, um ano depois.

O meu primeiro emprego foi, como não poderia ser de outro modo para quem mora no Vale do Ave, na indústria têxtil. Arranjado por favor através de uma cunha metida ao chefe de escritório, eu fui integrado na Casa do Pano, como aprendiz de apontador. Aquilo não tinha nada que saber, bastava saber escrever e em pouco tempo eu já deitava o emprego pelos olhos.

O problema é que não era fácil arranjar outro e assim a minha decisão foi voluntariar-me para a Marinha. No ano anterior, tínhamos ficado sem Goa, Damão e Diu e começara a Guerra Colonial, em Angola. Já adivinhava que o destino mais provável seria a África, mas nunca vi isso como um problema, antes um meio de ir conhecer o mundo. Como turista não tinha grandes hipóteses, era filho de pai humilde e dinheiro era uma raridade lá em casa.

Além disso, o meu pai que sempre sonhara ter uma casa de sua, onde não tivesse que pagar aluguer, tinha contraído uma dívida de 25 contos de reis para pagar a um mestre de obras seu vizinho que lhe tinha garantido ser capaz de construir uma casinha habitável, onde caberia toda a família, por esse valor.

Entre o fim da minha vida de estudante e a de apontador da Casa do Pano da Valfar, em Vila do Conde, ainda tive tempo de ser o ajudante de pedreiro na construção da tal casinha, onde o meu pai viveu até ao dia em que foi chamado à presença do Criador. Sem ter a certeza, imagino que essa foi uma das condições do contrato celebrado com o tal mestre de obras, amigo da família. Fiz algumas bolhas nas mãos, mas não perdi nada com isso, serviu para esquecer a boa vida que tinha vivido nos últimos 16 anos.

Já que estamos a falar de solstícios aproveito a narrativa para dizer que no solstício de inverno, do ano de 1962, fui enviado de avião para a capital de Moçambique e aterrei lá em pleno solstício de verão. Isso é que foi um choque! Saí do aeroporto de Figo Maduro com uma chuvinha gelada e vestido com um uniforme de lã de ovelha e passado umas horas estava a passar o Equador e a suar como um preto!

Passei por Bissau, por Luanda e pela Beira e o calor parecia ir sempre aumentando. Quando, finalmente, aterrei no aeroporto de Lourenço Marques, o tal uniforme feito em tecido de lã tinha tanto suor acumulado que foi preciso uma autêntica barrela para o pôr em forma e meter no fundo da mala, durante os 30 meses seguintes em que não pôde ser usado.

Bem, gozem o verão que sempre é melhor que o inverno. A vida é uma sucessão de verões e invernos que só acaba quando Deus quiser. Eu começo, hoje, a viver o meu 82º verão, coisa que muita gente não conseguiu fazer !!!

sexta-feira, 20 de junho de 2025

Posso ser historiador?

 À pala da guerra entre judeus e persas aparecem na TV uns gajos que se dizem historiadores. Até o Rui do partido livre se diz historiador também! O que posso ou devo fazer para me considerarem também um desses "historiadores"?

Estudar a História? Já estudei!

Interpretar a História? Isso é fácil, cada um pode dar a sua opinião e todos podem concordar ou discordar do opinador!

Escrever um livro sobre um qualquer facto histórico? Isso já foi feito até à exaustão!

Talvez inventar uma história sobre qualquer facto histórico mal explicado tenha mais valor. Por exemplo, o que motivou a ida de Egas Moniz ao Reino de Leão com uma corda ao pescoço.

Durante o cerco de Afonso VII a Guimarães, então sede política do condado, o Imperador teria exigido um juramento de vassalagem a seu primo Afonso Henriques; Egas Moniz dirigiu-se ao imperador, comunicando-lhe que o primo aceitava a submissão. Contudo, depois de deslocar a sua capital para Coimbra (1131), Afonso Henriques sente-se com força para destruir os laços que o ligavam a Afonso VII; faz-lhe guerra e invade a Galiza. Como Afonso Henriques não cumpriu o acordado por seu Aio, Egas Moniz, ao saber do sucedido, ter-se-ia deslocado a Toledo, a capital imperial, acompanhado da mulher e dos filhos, todos descalços, vestidos de branco e com um baraço ao pescoço. Apresentando-se assim ao Imperador, deixou-o dispor da sua vida e da dos seus, como penhor pela manutenção do juramento de fidelidade prometida por ele mas não cumprida pelo pupilo. Diz-se que o imperador, comovido com tanta honra, o perdoou e mandou-o em paz de volta a Portugal. Esta parte da vida de Egas Moniz é recontada por Camões no Canto III dos Lusíadas (estrofes 35-40).

Ou defender a tese de que o Afonso que se tornou primeiro rei de Portugal não é filho do Conde D. Henrique de Borgonha, mas antes de um amante que a sua mãe tinha ali para os lados de Viseu. E como Egas Moniz era um verdadeiro senhor feudal, nessa altura, há quem afirme até que o tal amante não era outro senão ele.

A minha bisavó materna foi mãe solteira aos 28 anos. Antes do parto, refugiou-se em casa de familiares que viviam numa freguesia vizinha. E lá ficou a viver até o filho completar 10 anos de idade, quando conheceu um viúvo muito mais velho que ela com quem se casou. Uns meses depois nasceu a minha avó materna, na terra do viúvo que morava perto de uma mina de ouro romana abandonada, há séculos. As chuvas e as linhas de água cumpriram o seu papel e alguns anos depois de abandonada a mina encheu-se de água, dando origem à Lenda da Lagoa Negra.

Não tanto da Lagoa nem da sua lenda, mas sim da minha avó e bisavó eu escrevi a história, copiando tudo aquilo que se conhece e inventando tudo o que nunca chegou a ser conhecido de ninguém. Se isso é ser historiador, então também eu sou. Os factos históricos devem ser comprovados pelos estudiosos que se dedicam a desbulhar esses imbróglios. No caso das minhas antepassadas, acima referidas, não há prova escrita ou falada que possa ser apresentada e os mortos não falam!

Na aldeia onde nasci há um lugar conhecido como «Lugar da Mulher Morta». Como ninguém sabe a origem do nome, deu-me para inventar e publicar num dos meus blogs a «Lenda da Mulher Morta». Anos mais tarde, vi, publicado no site da Câmara Municipal do meu concelho, essa lenda, mas sem me darem o crédito pelo esforço criativo que "euzinho" fiz para a escrever.

Ainda poderia também citar a «Lenda da Oliveira» que justifica esse apelido dado à minha avó paterna, sendo ela filha de uma mãe solteira que veio da Roda de Guimarães e mais nomes não tinha, além de Augusta Maria que lhe puseram ao baptizá-la. Mas essa história só a mim diz respeito e não haverá no mundo quem tenha interesse em comprová-la ou desmenti-la.

Assim posso ser considerado historiador ou não?

Arca de Noé

Torre de Babel

Também posso desenvolver estes temas e diga eu o que disser, não há quem me possa desmentir! Tal como os comentadores que vejo na televisão dizendo cada um aquilo que quer e raramente vejo alguém contestar as suas afirmações! Eles até sabem o que pensa o Kamenei, o Trump, o Netanyahu ou o Putin, coisa que eu não sei nem me interessa saber! 


quinta-feira, 19 de junho de 2025

Pai, há 56 anos!

 Faz hoje 56 anos a cegonha veio a minha casa trazer um bebé que eu tinha encomendado em Outubro de 1968. Nesse tempo ainda não se sabia se era menino ou menina e havia roupas de todas as cores, em especial branco, preparadas para vestir a contento o bebé, logo que ele chegasse. A mim calhou uma menina que era, exactamente, o que eu tinha desejado. Um tanto egoisticamente, pensando que a filha, logo que passasse dos 12 anos, seria capaz de tomar conta de mim se a mãe, por qualquer razão, estivesse impossibilitada.

Para meu azar ela não saiu grande dona de casa, vive para a profissão que abraçou e prefere ir ao Take away em vez de cozinhar. Ser professora não é tarefa fácil! Lembro-me bem do antigamente em que os professores trabalhavam só meio dia, porque o outro meio era para corrigir provas, preparar a próxima aula ou dar avaliação aos alunos. No fim trabalhavam mais que qualquer outro trabalhador e eram compensados nas férias de verão que também eram mais longas que as dos outros.

Agora não é nada disso, quem manda abusa do poder e espezinha os direitos dos professores. No caso da minha filha, ela passa o dia quase todo na escola - horas sem fim de reuniões ou acções de formação, há de tudo um pouco - e em casa trabalha até à meia noite para dar conta do recado. A vinda dos computadores só complicou a coisa, pois a papelada a que a obrigam é qualquer coisa de anormal. Trabalha para satisfazer a sua escola e quem nela manda, para a direcção regional e para o ministério da educação.

Em vez de serem as instâncias superiores a alinhavar e enviar aos professores trabalhos pré-fabricados para facilitar e uniformizar o exercício do ensino, funciona tudo ao contrário, obrigando os professores a preencher fichas e questionários que eu duvido sejam lidos por alguém. Acho que é uma rotina inventada no sistema de "capelinhas" para justificar a existência de quem lá manda.

O congelamento de carreiras que vigorou durante anos - não sei quem foi o inventor, mas o Costa manteve-o enquanto pôde para poupar dinheiro - prejudicou a minha filha de forma assustadora. Já devia estar perto do escalão máximo - leva 30 anos de ensino - e ainda está no 6º escalão, ao mesmo tempo que muitas colegas dela de faculdade já estão no 9º escalão (situação gerida com cunhas).

Mas isso agora pouco interessa, o mal está feito e nunca será reparado, vamos soprar as velas, comer o bolo e desejar à menina as maiores felicidades! E que Deus a ajude já que eu não tenho esse poder!

Imagem da net

quarta-feira, 18 de junho de 2025

Fogo de artifício!

 Olhando para as imagens que a CNN nos enfia pelos olhos adentro os mísseis disparados pelo Irão sobre Israel fazem lembrar o fogo de artifício de S. João, no Porto. São é um bocadinho mais mortíferos, quando o míssil chega ao seu destino há meia dúzia, ou mais, de pessoas que vai para os anjinhos.

E diz o Irão que a festa a sério ainda não começou, mas começará em breve. O fanfarrão de Trump, habituado a mandar em tudo e todos, exige que o velho Kamenei se renda e entregue sem condições. Os Estados Unidos, país paladino das liberdades e da democracia (???) só quer tornar o Irão num país livre, em que as mulheres também tenham voz.

O Kamenei e os seus acólitos é que não estão pelos ajustes, pois ter as mulheres todas de joelhos à sua frente e dispostas a aguentar tudo em troca da vida, é a coisa que mais prazer lhes dá. Fazer-se de forte entre as mulheres não é grande prova de carácter, antes um sinal de fraqueza de quem não tem coragem de enfrentar os seus inimigos.

Nunca tinha ouvido dizer que o filho do antigo Xá Reza Pahlevi fosse candidato a ocupar o lugar que foi do seu pai, no caso de o regime actual ser deposto. Ouvi-o ontem, na CNN, estamos sempre a aprender!

Em meados da década de 1970, contando com o aumento das receitas do petróleo, Mohammad Reza iniciou uma série de planos ainda mais ambiciosos e ousados ​​para o progresso de seu país e a marcha rumo à "Revolução Branca". Mas seus avanços socioeconômicos irritavam cada vez mais o clero. Líderes islâmicos, em particular o clérigo exilado aiatolá Khomeini, conseguiram concentrar esse descontentamento com uma ideologia ligada aos princípios islâmicos que defendia a derrubada do Xá e o retorno às tradições islâmicas, chamada de Revolução Islâmica. O regime Pahlavi entrou em colapso após revoltas generalizadas em 1978 e 1979.

Imagino que o Trump, habituado a andar nas nuvens, já esteja a pensar como será o Irão com um Pahlevi no poder. A primeira viagem ao estrangeiro será para o visitar na Casa Branca e mostrar ao mundo como é viver em democracia. E, pois claro, assinar um contracto para que todo o petróleo do Irão seja vendido aos EE UU para refinação e posterior venda a quem pagar melhor.

Um Irão democrático e livre rodeado de países muçulmanos por todos os lados não me parece muito possível, mas isso sou eu a pensar e disso eu não percebo nada. Se dessem às mulheres daquela região o direito ao voto, em 3 tempos morreria o Islamismo, pois, como em qualquer outro canto do mundo, elas gostam de ser livres, de estudar, de vestir bem, de namorar, ir à discoteca ou conduzir um carro descapotável. Rapidamente, os homens passariam de mandões em objectos de decoração (!).

Família Pahlevi
O mais velho, ao centro da imagem,
deve ser o putativo candidato ao poder

terça-feira, 17 de junho de 2025

Carta aberta ao André Ventura!

Se houver um acidente de trânsito (grave) ou um cataclismo da natureza (tipo incêndio de Pedrógão) ou até um pedófilo a rondar uma escola primária chama-se a CM Tv que ela envia logo a Tânia Laranjo (ou a sua Francisca) para pôr tudo em pratos limpos.

Se precisarmos de fazer uma queixa de algo que vai muito mal, a nível nacional, temos que procurar um político que "ponha a boca no trombone" e sopre nas brasas para pôr o povo a arder e chamar a atenção de "quem de direito" para pôr ordem na casa. Neste caso, talvez o André Ventura, ou alguém do seu partido me possa ajudar.

Eu ainda pensei no Paulo Raimundo que (como bom comunista) gosta de zurzir a pele de banqueiros e capitalistas - de latifundiários já nem falo, pois a agricultura de hoje é, reconhecidamente, um minifúndio - para lhe dirigir este meu pedido, pois disso se trata, mas optei pelo grande Chega que é, no presente, o líder da oposição e poderá levar isto à discussão no Parlamento em forma de projecto-lei.

Estão a ficar em pulgas para saber do que estou a falar, não é? Pois, não vos farei sofrer mais, trata-se das «comissões bancárias» que todos pagamos para ter uma conta no banco e enchem os bolsos aos bancos que apresentam, no fim de cada exercício, lucros pornográficos que deveriam envergonhar a cara de quem nos governa por permitirem um tal abuso.

A CGD, como o banco do povo, deveria ser o primeiro a reconhecer que está a cometer um abuso de posição dominante (que é crime na nossa legislação), mas todos os bancos, em geral, adoptaram esta prática que vem dos tempos da Covid 19 e dos juros negativos que privou os bancos do lucro a que estavam habituados.

Como uma medida de recurso e de forma provisória eu até poderia concordar, mas esses tempos "das vacas magras" já vão longe, no entanto a medida mantêm-se sem qualquer justificação. Foi criada a «conta do pobre» para aqueles que só têm a conta para receber a reforma, pois os CTT foram privatizados e não prestam esse serviço público. As contas restantes dividem-se em dois grupos. O primeiro engloba todos aqueles que têm dinheiro, mas não investem em nada com medo de o perder, o segundo aqueles que têm o dinheiro sempre a rolar, investindo em fundos, acções e obrigações e o mais que apareça e prometa algum lucro.

A conta do pobre está isenta de comissão, as outras pagam todas e pela medida grande. Eu tinha conta em 4 bancos diferentes, cada um com algum serviço que me interessava, mas fui obrigado a encerrar todas elas, excepto a da CGD em que me depositam a reforma ao fim do mês. Há dias abri uma sub-conta na CGD e fiquei surpreendido por me raparem 5.50€ dessa conta, no início de cada mês. Da outra tiram-me apenas 3.50€ por ser cliente antigo (não eu, mas a conta).

Até deito fumo ao pensar nisto e venho pedir ao André Ventura para pôr ordem na casa. Os bancos só poderão cobrar a dita comissão a quem tiver a conta congelada, ao longo de todo o ano, sem dar um euro a ganhar ao banco que lhe toma conta do dinheiro. Os outros, como eu, pagam despesas por cada movimento que fazem, acrescidas de IVA e Imposto de Selo. Cada intervenção na Bolsa custa-me entre 15 e 50€, tanto para comprar como para vender. O meu extracto de conta parece o rol de um merceeiro!

Os fundos de investimento da própria CGD cobram ricas comissões de subscrição e resgate, além do custo de gestão que retiram do valor do fundo (cerca de 6%/ano), quer ele esteja ganhador ou perdedor. Ou seja, para eles há sempre lucro, o cliente que aguente com o resultado negativo, sempre que as apostas dos gestores do fundo não forem as mais acertadas.

André, trata-me disto, estou farto de ser depenado!!!

segunda-feira, 16 de junho de 2025

O que der mais audiências é que é bom!

 Como a guerra de Israel com o Irão parece um foguetório do S. João, até a guerra da Ucrânia perdeu interesse, não ouvi uma palavra sobre isso, durante todo o fim de semana.

Os papagaios do costume limitam-se a dizer que a guerra acabará quando o Putin quiser e por agora ele não quer. O Trump não se decide sobre a relação a ter com a Rússia, limita-se a dizer, ou mandar recado, a Zelensky que se desenrasque como puder, já que foi ele a começar a guerra. Grande mentiroso! Ele bem sabe que foi o seu amigo/parceiro de negócios a invadir o vizinho para o subjugar à sua vontade, mas tudo o que conseguiu, até hoje, foi demolir cidades inteiras mandando para a morte muitos inocentes, tanto ucranianos como russos.

A costa marítima que vai da foz do Danúbio à Crimeia é que interessa ao Putin, se conseguir fechar o acesso ao Mar Negro à Ucrânia condenará este país a uma interioridade que será a sua ruína. Por isso entende-se que o presidente da Ucrânia e os seu fiéis seguidores lutem com todas as suas forças para que isso não aconteça. Só fico admirado como a União Europeia não enfrenta definitivamente o urso russo e o obriga a ficar quieto.

O que for bom para a Ucrânia será também bom para toda a Europa. O eixo Berlim, Varsóvia, Kiev será, do ponto de vista económico, importantíssimo para uma Europa do futuro. Mas a Ucrânia precisa da rota do Mar Negro aberta para gerir o seu negócio de importação/exportação. Se essa rota lhe for vedada o seu futuro ficará muito limitado.

O domínio total do Mar Negro será prejudicial para muita gente, a começar pelos turcos, pelo que eu espero que alguém comece a fazer chegar o recado a Putin que são horas de parar. Até agora todos o têm deixado fazer o que quer, já é tempo de isso mudar. Já que a União Europeia não tem uma voz uníssona que seja o Reino Unido, a França, a Alemanha e talvez a Itália, a fazê-lo.

Tive grandes esperanças com o novo chanceler alemão, F. Merz, mas vejo passar o tempo e nada acontece. Os mais pequenos do norte, Estónia e Letónia devem estar a tremer temendo que as dificuldades a sul possam virar o interesse russo para o seu lado. Na semana passada já houve acções de sabotagem, levadas a cado pelos Serviços Secretos da Ucrânia, no enclave de Kalingrado, ou seja, já cheira a fumo por aqueles lados!

Imagem da catedral de Konigsberg na capital do enclave

domingo, 15 de junho de 2025

Moda nova!

 Os jogadores de futebol, este ano, ao contrário do que costumava ser, estão a trabalhar no duro. Uma nova prova inventada pela FIFA para trazer algum dinheiro aos clubes levou-os para os Estados Unidos em vez de irem de fárias. Não todos, apenas os melhores que jogam nos maiores clubes do mundo. Em nome de Portugal estão lá o Benfica e o Porto como emblemas mais titulados desta Nação das 5 Quinas.

O Benfica está no grupo C, um dos mais complicados, com o Boca Juniors da Argentina e o Bayern de Munique como as grandes referências. O Benfica terá que dar o litro e arrancar um empate, pelo menos, com um desses dois gigantes ou não passará à fase seguinte.

A coisa teve o sinal de partida ontem à tarde (23.00 horas, em Portugal) pondo dois clubes de segunda linha frente a frente. Um dos Estados Unidos, em que joga o mítico Messi, e outro da Arábia Saudita, país que, agora, também faz parte do mundo da bola. Por aquilo que já ouvi nas notícias, o jogo foi muito fraquinho e acabou com um zero a zero, com os ex-craques a arrastar as pernas. Com os dólares que já amealharam e os anos a pesar nas pernas não me admira nada que assim tenha sido.

Com bilhetes vendidos por centenas de dólares, desde Janeiro deste ano, este primeiro jogo não foi muito concorrido, o que levou a organização a saldar os bilhetes sobrantes por 5 dólares. Aqueles que pagaram bom dinheiro pelos bilhetes adquiridos, há meses, sentiram-se enganados e já entraram com um processo contra a FIFA. Não sei o que resultará daí, mas não é boa publicidade para a maior organização do futebol mundial.

Do grupo do Benfica jogam, hoje, o Bayern com o Auckland, enquanto que o Porto defronta o Palmeiras, clube brasileiro treinado pelo Abel Ferreira que desde que chegou ao Brasil só sabe ganhar. Más perspectivas para o clube da Invicta, portanto, mas só no fim do jogo saberemos o resultado.

N.B. - Preferi trazer aqui o assunto «Futebol» que agrada pouco às minhas leitoras, mas não quis falar do assunto mais "quente" do dia, a guerra ente Israel e o Irão, em que esta noite morreram mais pessoas que aquilo que o Netanyahu gostaria!

sábado, 14 de junho de 2025

A Guerra dos Judeus!

 O Hitler lixou-nos uma vez, ninguém o voltará a fazer!

Isto pensa o Benjamim que está ao leme dos destinos do Povo Judeu e todos aqueles que o suportam no poder. Assim, ele teve que tomar medidas contra o poder muçulmano, liderado pelos teocratas do Irão, que jurou erradicar os judeus da face da terra. Vendo que eles estavam quase a conseguir fabricar uma bomba atómica capaz de pôr em risco a vida dos seus conterrâneos, ele pôs no ar a sua esquadrilha de caças-bombardeiros e foi lá explodir a fábrica, além dos fabricantes que lá trabalhavam, e ainda alguns lançadores de mísseis cujo paradeiro conheciam.

Os iranianos, durante a noite passada lançaram centenas (?) de mísseis sobre o inimigo, mas magro resultado conseguiram com tanta despesa, 3 mortos e alguns feridos. Os mísseis ficam caros a quem os lança e quem se fica a rir é o fabricante que esfrega as mãos de contente com a nova encomenda que saberá chegará em breve. Seja o amigo Putin ou o rapaz (avariado das ideias) que governa a Coreia do Sul, a China ou até os Estados Unidos a repor o stock, o que eu tenho a certeza é que o Irão não ficará desarmado.

Israel é um pequeno país e rodeado de muçulmanos (inimigos) por todos os lados, menos pela fronteira marítima do Mediterrâneo. Não sou bom a fazer futurologia, mas antevejo uma vida difícil para os quase 10 milhões de habitantes. Eu até compreendo a relutância que Israel tem em reconhecer a Palestina como um estado independente e de pleno direito. Seria a mesma coisa que abrigar uma víbora no seu seio.

Sim, porque os palestinos podem nem ser muçulmanos, mas judeus é que eles não são e inimigos são pela certa. O certo é que ninguém os quer por perto, estão para os árabes como os ciganos estão para nós, aqui, em Portugal e os judeus querem-nos ver ao longe.

Ninguém consegue dizer ao certo de onde veio esta gente. Talvez sejam descendentes dos filisteus ou emigrantes indo-europeus, como os ciganos que chegaram até França, à Península Ibérica e um pouco por toda a Europa.

Sua origem ainda hoje é motivo de controvérsias. Há polêmica até mesmo sobre o facto de que se tratava de um único povo ou de uma confederação de povos que migraram do Mar Egeu para o leste do Mar Mediterrâneo no século XIII A.C.

A certeza que temos é que ninguém os quer por perto. Embora muitos deles professem a religião muçulmana, nenhum dos países vizinhos, desde o Egipto ao Líbano e passando pelo Irão, Iraque, Jordânia ou Síria, os aceita como refugiados. Juntá-los a todos na Cisjordânia e mantê-los como um protectorado de Israel é a única solução que antevejo. Manter a Faixa de Gaza como um gueto nem pensar, aí concordo com o Netanyahu, pois seria um ninho de cobras que só lhes traria problemas.

E se não houver um país a patrocinar a guerra, como o Irão o vem fazendo, há muitos anos, talvez eles se aquietem e possam viver em paz. Já vai sendo tempo de enterrar a OLP, como já foram enterrados aqueles que a criaram.

sexta-feira, 13 de junho de 2025

Sexta-feira 13!

 Este dia faz-me sempre lembrar do infeliz António Querido que tanto valor dava à vida e a morte levou antes do tempo! Sofreu a bom sofrer, correndo para o hospital universitário de Coimbra tentando atalhar a marcha da malvada, mas perdeu a batalha, já lá vão uns anos que partiu!

Ele tinha um gato preto que se chamava Mufi (salvo erro) e todas as sextas-feiras 13 era certo e sabido que ele publicaria a foto de um gato qualquer, que não do dele, de pelo eriçado e rabo no ar. E sempre para termos cuidado, não passarmos por debaixo de qualquer escada, etc.. Não era tanto por ele ser supersticioso, mas mais para nos fazer rir com essa coisa da superstição.

É dia de as bruxas andarem à solta e eu recomendo que tenham o máximo cuidado com elas. Nunca se sabe onde uma bruxa está escondida para nos fazer mal. Elas, por vezes, andam disfarçadas de mulheres bonitas, todas sexy, para dar a volta à cabeça dos homens que se perdem por qualquer rabo de saia. Ou até rabo sem saia alguma!






quinta-feira, 12 de junho de 2025

Uma questão de velocidade!

 


Ontem, foi dia de ir ao controlo!

Desde que, em Dezembro, me mexeram no pacemaker para substituir o gerador (que deveria durar entre 10 a 12 anos, mas se ficou pelos 8 e mais uns meses) que não me sentia muito bem. Perdia o fôlego depois de dar meia dúzia de passos e vivia cansado de manhã à noite (todos os dias).

Segundo os especialistas, a curta duração do gerador do pacemaker deveu-se à solicitação "muito exigente" do meu coração que obrigava o pacemaker a intervir a cada passo. Por essa razão esgotou-se antes de tempo e o médico que fez a substituição aconselhou a reduzir a "velocidade" para poupar a máquina. E assim o pacemaker foi regulado para 50 BPM.

Derivado da minha queixa, a Dr.ª Filomena (minha cardiologista de eleição) decidiu que era melhor voltar à velocidade anterior e regular a máquina para 60 BPM, em vez dos 50 com que vivi os últimos 6 meses. Se o gerador voltar a ir abaixo aos 8 anos e eu ainda por cá andar, o remédio será voltar lá e pedir uma nova revisão.

Que todo o mal seja esse! Ainda ontem foi a enterrar, em Vila Flor (Trás-os-Montes) um camarada fuzileiro levado por um cancro na próstata. Ele dizia que queria chegar aos 100, mas foi-se abaixo em poucos meses. E do coração nunca sofreu nem precisou de pacemaker para o fazer andar.

Aquele dito popular que afirma que "quem andou já não tem para andar" fez pensar que foi essa a razão para o médico aconselhar a reduzir a velocidade da minha máquina de 60 para 50. Indo mais devagar levaria mais anos a percorrer a distância que me falta para atingir a meta. Ao aumentar 20% o ritmo da máquina vou esgotar a minha reserva mais cedo! 

Ou não será nada disso? Fiquem atentos pois eu sou uma espécie de «case study»! 

quarta-feira, 11 de junho de 2025

Dia de Portugal!


Sem tempo para escrever deixo-vos esta seca para ouvirem se estiverem para aí virados!!
N.B. - Já devia ir a caminho do hospital para fazer o controlo do pacemaker!