terça-feira, 7 de maio de 2024

A sentir-me furioso!

 


Montei painéis solares para poupar na factura da energia e a primeira factura que recebi aumentou em 100% o meu custo nessa matéria!!!

Eu sei que a montagem tem custos (45€/mês), mas admitindo uma redução de 10% na factura da luz, deveria pagar mais 35€ que a média dos últimos meses.

Ex: 100-10+45 = 135€

Em vez disso recebi uma factura de 305€. Telefonei para perguntar a razão de tal discrepância e ouvi um chorrilho de desculpas esfarrapadas sobre a substituição do contador e a energia produzida pelos painéis, no período de transição, me ser debitada como consumida.

Como houve uma mudança na emissão da factura, atraso de 15 dias, eu aceitaria pagar um mês e meio, mas nunca 305€. Estou a ser roubado!

Com esta gente todo o cuidado é pouco, se quiserem montar painéis solares exijam que eles fiquem desligados até que a entidade responsável - que lindo a EDP dizer que não tem nada a ver com isso, quando são eles a encomendar o serviço à E-REDES - instale o novo contador e o fluxo bi-direccional da energia esteja garantido.

Estou a ser roubado e não sei a quem me dirigir para rectificar esta situação!!!

segunda-feira, 6 de maio de 2024

De derrota em derrota até ...!

 ... sabe Deus onde!


O Rui Costa deve sentir as orelhas a escaldar de tão mal que disseram dele, ontem, enquanto a equipa do Benfica metia água por todo o lado, em Famalicão!

De facto, esta época foi qualquer coisa como nunca tinha acontecido no Benfica. Ficar em segundo lugar até parece amenizar a coisa, mas ninguém esquece os 5 a 0 do Porto, ou a participação na Champions com zero vitórias.

Ontem, se as coisas já tinham corrido mal na primeira parte, na segunda piorou muito. No ano passado não substituia ninguém, jogavam sempre os mesmos até cair para o lado de cansaço, este ano substitui ao intervalo sem qualquer critério dando a impressão que ainda anda à procura da melhor equipa. Agora, é tarde, Mister, isso faz-se na pré-época!

Sinto que o Rui Costa não o quer mandar embora, primeiro para dar a impressão que não fez asneira ao renovar-lhe o contrato (com aumento salarial) e depois para poupar os cerca de 25 milhões que isso custaria. Devo lembrar que o Benfica não nada em dinheiro, isso já foi chão que deu uvas!

Por isso, temo que a próxima época vai começar mal, para não dizer muito mal. Tem jogadores velhos e caros demais e ainda sonha em renovar-lhes os contratos. Tem jogadores mal escolhidos e que urge mandar embora, mas não sabe como. Seria preciso vender alguma estrela para equilibrar as finanças, mas as estrelas benfiquistas brilharam muito pouco na presente época. Vai ser muito complicado arranjar dinheiro por essa via.

Às tantas vai entrar no mesmo esquema que o Sporting e o Porto, emissão de obrigações, uma atrás da outra para ter fundos de maneio. Este ano, não vai haver supertaça, nem Champions, nem nada, vai ser uma seca pior que aquela que grassa no sul do país!

Só peço que não façam mais vergonhas nas duas jornadas que faltam !!!

domingo, 5 de maio de 2024

Toda a gente teve uma mãe!

 

 

É engraçado como eu só me lembro da minha mãe a correr atrás de mim para me chegar a roupa ao pelo! Algum dia, ela deve ter pegado em mim ao colo, como se vê nesta imagem, mas eu era tão pequeno que não guardo desse momento qualquer memória. Foi a minha avó materna quem fez esse papel.

Tinha ela 54 anos, quando eu nasci, e sendo o primeiro neto (do sexo masculino) e tendo ela apenas uma filha, aceito que ela visse em mim algo especial, por isso eu fui sempre o seu neto preferido. Aos 18, quando fui para Moçambique defender o nosso Império do Ultramar, já ela contava 72 e disse-me, na despedida que talvez não me voltasse a ver.

Mas viu e voltou a ver e já eu era civil, quando foi ela a partir desta vida (descontente). Eu diria que ela foi uma mulher amargurada por ser mãe solteira e apavorada pelo inferno que o padre confessor lhe apontava para lhe dizer que se arrependesse dos pecados cometidos. Pouco antes de morrer, chamou o pároco da freguesia lá a casa e perguntou-lhe se ele acreditava que Deus já lhe tinha perdoado esse pecado, pois temia ir para o inferno. Claro que sim, disse-lhe o padre, Deus é amor e perdão!

O meu irmão Jorge tinha 10 anos, quando ela morreu. Depois de mim, ele foi o neto mais chegado a ela. No ano em que ele nasceu, nós mudámos de casa, de freguesia e de concelho, tinha ele 8 meses de idade. Na nova casa, distribuíram-se as (muitas) pessoas pelos (poucos) quartos existentes. E ao Jorge calhou ficar com a avó.

Ele, agora, está também no céu ao pé da avó, foi o primeiro dos meus irmãos a morrer. Aconteceu num estúpido acidente de mota. Já foi há muitos anos, mas ainda recordo que ele chamava à mãe "Tia Rita" e nunca o ouvi dizer a palavra mãe. Por vezes pergunto-me se ele, como eu, se sentia tão ligado à avó que era para ela reservado o nome de mãe. embora nunca lhe saísse da boca.

Hoje, a minha filha vai cozinhar o almoço para a sua mãe e eu vou de boleia saborear o petisco. Que todas as filhas deste mundo prestem a mesma homenagem às suas mães. Os filhos são um pouco mais desligados desses sentimentalismos, não querendo isso dizer que gostem menos das suas mães. A bem dizer, há de tudo por esse mundo fora, alguns filhos tratam bem mal os seu progenitores!

sexta-feira, 3 de maio de 2024

Ontem, hoje e amanhã!

 Ontem, não escrevi nada que preste. Hoje vou fazer o mesmo. E amanhã, logo se verá!

Ando pouco inspirado. Da minha saúde que já teve melhores dias não é assunto com que eu queira encher-vos a paciência. De futebol há quem não goste. De política até me dá vómitos só de pensar nela. Bom, mesmo bom, era ter sol na eira e chuva no nabal, como dizia o António do Fundão que agora é o Manda-Chuva da ONU, mas já estamos em Maio e chove e neva como no inverno.

Mas também não sou meteorologista, portanto passo.

Ontem, ouvindo as notícias, apetecia-me puxar os colarinhos do nosso Ministro da Finanças e dar-lhe um bom para de estalos naquela cara balofa. Então ele é professor de Economia e diz uma cagada daquelas?

Melhor que ele só o nosso PM que está a colher aquilo que semeou. Disse ao Ventura que "não é não" e ele encostou-o às cordas e juntou-se ao PS para aprovar a Lei das SCUT's. Não sei por quanto tempo vigorará essa lei, mas até eu saio beneficiado com ela, por isso, um Viva ao Chega e outro ao Ventura.

Perdoem-me, isto era política, coisa de que eu não queria falar. Ontem vi o Marcelo no Tarrafal, mas isso é assunto que também vos não deve interessar. O seu pai e o seu padrinho nunca o deixariam entrar ali, portanto ele agora anda em roda livre e faz o que lhe apetece. Se ficasse quietinho, em Belém, ficar-nos-ia mais barato. Quanto é mesmo o orçamento da Presidência da República?

Ah, disso também prometi não falar !!!

quinta-feira, 2 de maio de 2024

O Alzheimer da nossa Justiça!


Ouvi, agora mesmo, nas notícias que os crimes do Ricardo Salgado prescrevem no fim deste ano de 2024. Acredito que ele, em 2025, vai ficar curado da doença de Alzheimer e tudo!

A Justiça é que não tem cura, basta haver euros nas contas bancárias dos acusados para o processo marcar passo até cair para o lado!

Uma vergonha nacional!

Tenho dito! São estas as liberdades que Abril nos trouxe, depois de Abril vem o Maio e esse é que é bom!

quarta-feira, 1 de maio de 2024

Os/As Maias!

O 1º de Maio é o Dia das Maias e comemora-se em Portugal, de um modo geral, pela aposição das «Maias», ou seja, de giestas ou flores, sob diversas formas, em portas e janelas e noutros locais. Ao contrário de outras regiões, em Trás-os-Montes surge ao lado de outras práticas, que são independentes mas de significações convergentes.

Na faixa ocidental atlântica do País, não existe qualquer prática alimentar associada. Mas em Trás-os-Montes e nas Beiras as «Maias» estão associadas às castanhas, que muita gente guarda de propósito para esta data. Segundo Jorge Lage, no 1º de Maio devem-se comer castanhas. Caso contrário, ao passar-se por um burro, este atira-se à pessoa e morde-a Diz o ditado «quem não come castanhas no 1º de Maio, monta-o o burro». Isto porque Maio é o mês dos burros, como afirma o povo. O uso de comer castanhas secas em Maio, terá a ver com a tradição muito antiga de no 1º dia o chefe de, família ir à fonte e esconjurar ou afastar com favas pretas os espíritos (o «Maio») da sua família. Daí a expressão «Vai à feira e traz-me as maias (as castanhas piladas)».


O texto acima encontrei no site de uma Câmara transmontana, onde fui parar por acidente. Nunca tinha ouvido relacionar as Maias (flores da giesta) com castanhas, mas tem tudo a ver com Trás-os-Montes, onde a castanha é uma importante fonte de rendimento, especialmente, agora que descobriram a sua utilização alargada na indústria da restauração e pastelaria.

Que Maio é o mês dos burros já tinha ouvido dizer, mas sem saber de onde provinha essa tradição, hábito ou costume. Ainda bem que não nasci em Maio, senão teria que defender-me de acusações que ouviria de todo o lado. Também nasceste em Maio, né?

Também eu respeitei o costume de enfeitar portas e janelas das casas em que morei, ao longo da minha vida, mas agora sinto-me incapaz de dar dois passos para continuar a manter a tradição. Com as novas estradas criadas em volta das cidades as "maias" ficaram cada vez mais longe e obrigam a conduzir alguns Kms para fora da cidade à sua procura. Lembrei-me agora que ainda guardo no porta-luvas do meu carro uma tesoura que usava para esse fim. Sempre que saía de casa, no dia 30 de Abril, obrigava-me a passar por algum lugar onde houvesse giestas e cortava alguns ramos que trazia para casa. Este ano - e diria que em 2023 também - não saí de casa nesse dia, portanto a tradição ... foi-se!

Por outro lado, não sei se o mais ou o menos importante, o 1º de Maio só me faz lembrar os comunistas (gente que abomino, pois esses é que devem ter nascido todos em Maio, maiores burros não há) e as confusões que armam neste dia com a desculpa que é para defender os trabalhadores, povo sofredor. Lá sabem eles quantos trabalhadores existem no mundo que vivem satisfeitos com o seu trabalho e com o patrão que lhes paga o salário ao fim do mês.

Agora me lembro que a Camarinha já não é a chefe dessa pandilha, mas não tenho a mínima ideia de quem lhe ficou com o lugar. Vou perguntar ao Sr. Google que ele informa-me. Agora basta clicar no microfone do Telelé e fazer a pergunta que a nova e muita apreciada AI ou IA, conforme a Língua utilizada para a nomear, se encarregará de responder. Essa é outra verdade que vai trazer muitas dores de cabeça aos comunistas, a Inteligência Artificial vai roubar muitos postos de tralho aos humanos, mas isso, aqui no nosso burgo, não deve ser problema, pois temos falta de mão de obra e já estamos a importá-la do Oriente. Porque não importá-la também do Ocidente, nomeadamente dos Estados Unidos da América? É aí que mora o Sr. Google, no Silicon Valley, se não estou enganado!

Meus caros amigos, vão para a rua, comam castanhas, divirtam-se de qualquer forma, mas não alinhem nesses hábitos comunas de andar na rua a agitar bandeiras vermelhas e berrar slogans contra os patrões, pois nem todos são maus. Pelo menos os políticos não se podem queixar, o seu patrão paga-lhes 3 vezes mais que um salário normal e então na Europa nem se fala, todos querem fugir para lá, o Sebastião Bugalho já tirou bilhete e, quase certo, será um dos 21 escolhidos, no dia 9 de Junho.

terça-feira, 30 de abril de 2024

Memórias tristes!


No dia 30 de Abril de 1970, estava eu farto de aguardar a ordem de avançar para a Alemanha, depois de ter preenchido todos os requisitos que me foram exigidos, incluindo uma ida à sede da PIDE, no Porto, para verificação do meu código de conduta. A minha avozinha estava muito doente e já me tinha sussurrado a frase que sempre repetia aos netos, quando estes partiam para a guerra ou para longe dela, vais embora e nunca mais voltarei a ver-te!

Já o tinha ouvido, quando fui para a Marinha e repetido, duas vezes, quando parti para a guerra, em Moçambique. Felizmente, sempre regressei a casa, são e salvo, para lhe dizer que estava enganada. Mas desta vez ela acertou no seu vaticínio, mas foi ela a ceder à doença e partir para sempre. Ainda a acompanhei ao cemitério, antes de partir para Lisboa e tomar lugar num comboio cheio de emigrantes que o Salazar enviava para a República Federal da Alemanha, ao abrigo de um acordo celebrado para fornecer mão-de-obra a quem dela precisava e que por aqui era excedentária, nessa altura.

Ainda hoje não consegui descobrir que caminho tomou esse comboio que mal se encontrou em solo francês, rumou a Leste, como fizeram uns anos antes, os comboios carregados de prisioneiros a caminho das câmaras de gás dos nazis de Hitler. Imagino que tenha entrado na Alemanha, na zona de Estrasburgo, pois pouco tempo depois do controlo fronteiriço, de que nos apercebemos pela presença d polícia de ambos os países, já seguíamos para norte numa linha férrea que seguia a par do rio Reno. O destino final era Colónia e lá chegamos algumas horas depois.

Eu já levava quase dois anos de vida civil, abandonara a Marinha, no dia 20 de Maio de 1968, já me casara e tinha uma filha, primeira bisneta da minha avó que ela gostava de segurar no seu colo. Também já tivera o meu primeiro emprego na Indústria de Cordoaria que abandonei ao fim de 13 meses por perceber que ali não tinha qualquer futuro.

E já tinha vivido um mês inteirinho, na Bélgica, tentando embarcar na Marinha Mercante, mas um cunhado meu que trabalhava na Alemanha, apareceu-me um dia em Antuérpia e carregou comigo para fora dali, dizendo que era uma grande asneira embarcar nessa situação. Para mim era uma aventura que eu gostaria de ter vivido, mas compreendo que a família recém-formada também merecia a minha atenção.

Uma revoada de lembranças me traz esta data, mas a mais marcante é, de facto, a partida da minha avó para a eternidade. Ela sofreu muito, nos últimos anos de vida e morrer acho que foi uma libertação para ela. O cancro da mama (exposto) estava a comê-la viva e nunca fez qualquer cirurgia ou tratamento que lhe mitigasse as dores. Era a minha mãe, sua filha única, que lhe fazia os curativos, seguindo os conselhos de um velho médico de aldeia que acompanhava a nossa família. Posso dizer que foi um alívio para todos, quando finalmente fechou os olhos e se foi para sempre, pois já ninguém aguentava vê-la sofrer tanto.

Ela foi sempre tão dedicada à família, criou todos os seus 12 netos e ainda alguns dos seus bisnetos e sofreu tanto com a sua doença que Deus só pode tê-la num lugar especial. Os meus pensamentos estão, hoje, com ela!

segunda-feira, 29 de abril de 2024

Tiro de pólvora seca!

 A ideia é falar do jogo entre Porto e Sporting, mas antes disso não deixo passar a oportunidade de falar (mais uma vez) do meu Juramento de Bandeira, na Escola de Fuzileiros, em 25 de Julho de 1962.

O Sargento Manuel Bicho era o Monitor encarregado de nos ensinar a marcar passo, marchar com garbo e de queixo levantado, bater o tacão esquerdo com força, antes de fazer uma série de coisas, fazer a continência e tratar a Mauser por tu, entre outras coisas.

Eu escrevi "nos ensinar", porque eu era um dos cerca de 40 mancebos que formavam o 2º Pelotão da 1ª Companhia do Recrutamento de Março de 62. O meu pelotão era qualquer coisa de fora de série. Havia voluntários e recrutados, uma mistura de meninos do leite e homens de barba rija (basta recordar o 16528, por alcunha O Gorila, e o 16529, por alcunha O Granel, para perceber do que falo.

Na primeira secção militavam os 10 maiores arruaceiros de todo o recrutamento, os quais foram, na sua maioria, corridos da Marinha, após o Curso de ITE. Esses "marmelos" faziam de tudo para tornar as aulas de instrução num granel absoluto e punham em água a cabeça do Sargento Bicho.

Quando começámos a treinar o tiro de salva para a cerimónia do Juramento de Bandeira foi o cúmulo da barracada. Havia sempre um que disparava antes de tempo e o click do cão a bater no percutor ouvia-se claramente, como um tiro de canhão na parada queda e muda. Não havia maneira de conseguir um disparo único dos 296 recrutas no mesmo instante. Veio até o Comandante da Escola, de espada em punho, assistir à aula para perceber o que se passava ali.

Nada resultou e foi então decidido que não haveria a habitual munição de salva na câmara da Mauser, no dia do nosso juramento. Foi a primeira vez na história da Marinha e se calhar a única em que o povo tapava os ouvidos para não ouvir o estampido das detonações e não ouvindo mais que um seco click, os destapava de novo. Ou seja, eu não tive o direito sequer a um tiro de pólvora seca, no dia em que me tornei um marinheiro a sério.

Mauser, calibre 7.92

O Rúben Amorim veio ao Porto com a sua super equipa que ganha a todos com grande facilidade e, ao fim de meia hora de jogo, já perdia por 2 a 0. O Sérgio Conceição com 3 miúdos da academia portista e 3 brasileiros deu cabo dos sonhos do treinador do Sporting. Se o Benfica não tivesse ganho ao Braga e ele ganhasse ao Porto podia começar a festejar o título de campeão, ainda antes de regressar a Lisboa.

Foi o que se chama um tiro de pólvora seca. O Benfica ganhou o seu jogo tornando as coisas mais difíceis e a perder ao intervalo do seu jogo, ontem à noite, estava a ver o seu sonho tornar-se um pesadelo. Vá lá, vá lá que ainda conseguiu empatar o jogo e assim a tarefa de chegar ao título ficou um pouco mais facilitada, mas nunca fiando. Vai ter que preparar os 3 jogos que faltam com o maior cuidado para evitar alguma escorregadela.

O Sérgio Conceição que não tem que provar nada seja a quem for, precisava de ganhar o jogo de ontem para mostrar aos dois presidentes, o que vai embora e o que continuará no lugar, que podem contar com ele para o que der e vier. Eu apostaria que a nova direcção do clube o não quer para treinador, de modo a passar a mensagem de que o novo Porto não quer ficar ligado ao comportamento trauliteiro do antigo presidente, do treinador e dos super-dragões. O Porto de André Vilas-Boas tem que ser um exemplo para o futuro.

E continuar a ganhar títulos, claro, o que pode fazer com que decida continuar com o treinador, pois melhor não encontrará, assim do pé para a mão.

É assim o nosso mundo-cão!!!

domingo, 28 de abril de 2024

Uma anormalidade!

Gosto de gajos duros que têm os "cojones" no sítio e não se acobardam, quando é preciso confessar os seus pecados, mas não gostei nada de ver o Rúben Amorim pedir desculpa por ter ido a Inglaterra tratar da sua vida e do seu futuro. Ficava muito melhor caladinho e não cairia a pique na minha consideração!

Eu tenho, hoje, tantos assuntos em que falar que tenho dificuldade em decidir por onde começar. A respeito de guerras e de paz (que devia vir em primeiro lugar e com grande destaque) fiquei abismado com os milhares de biliões de dólares que o mundo gasta, em especial os Estados Unidos, no fabrico de armas e munições. E quando oiço o Guterres arengar, na ONU, que é preciso viver em paz e dar a quem precisa ajuda humanitária, sou obrigado a concluir que alguém deve estar doido e espero não ser eu.

Enquanto vou teclando, vejo na TV um gajo a dar gás num Ferrari que anda a 340 Kms/hora e custa 265 mil mocas europeias! Porquê e para quê? Não é permitido conduzir a essa velocidade em lado nenhum e poucos têm os ditos 265 mil necessários para praticar essa loucura!

Ontem, quis o destino que me corresse bem a vidinha, enquanto outros ficaram a torcer a orelha muito desgostosos. Num jogo que começou mal, com o Herr Schmidt a repetir o mesmo erro pela enésima vez, os substitutos entrados depois dos 70 minutos ainda arranjaram tempo para marcar 3 golos e dar-me uma grande alegria. Embora eu vá dizendo que não ligo mais ao Benfica, até começar a nova época, continuo a querer que ele ganhe todos os jogos em que participa. Nada mais natural. Quem será que vai avisar o teimoso alemão que tem que alterar a sua maneira de montar a equipa? O Rui Costa, espero eu!

E, para terminar em beleza, este sábado, dia 27 de Abril de 2024, e ficar na história das futebolices nacionais, realizaram-se as eleições no FCP e o Pintinho levou uma abada de 80/20, em favor do seu oponente, o Luís André, como ele, jocosamente, gosta de lhe chamar.

Ele montou no futebol português uma verdadeira máfia siciliana que domina todas as instâncias desse desporto, em Portugal. Com a queda dele foi cortada a cabeça do polvo, mas será preciso também cortar todos os tentáculos, os quais dominam a FPF, a Liga de Clubes e o Conselho de Arbitragem. Foram esses prolongamentos da sua nefasta influência que granjearam tantos títulos para o FCP, nos últimos 40 anos. Espero que isso se note nos próximos anos.

Acho que há uma lei qualquer que inibe os dirigentes de celebrar actos e contratos, em períodos de campanhas eleitorais e o velho presidente deu-se pressa em fazer certas coisas, nesse período, que muito podem prejudicar o clube e o seu novo presidente. A primeira dessas coisas foi comprar os terrenos, na Maia, para construir de raiz uma academia de futebol. E logo numa altura em que o Porto não tem dinheiro nem para mandar cantar um cego!

A segunda foi fazer um novo contrato com o treinador, por 4 anos, sabendo que o novo presidente nunca concordaria em fazê-lo se ganhasse as eleições.

E a terceira, para fazer o jeitinho ao pai, foi recomprar o passe do Chiquinho Conceição que tinha sido vendido ao Ajax, no ano passado. Sem dinheiro, completamente falido, mas sempre a armar em rico e comprar mal e porcamente tudo quanto lhe apetece. Mais um trunfo na campanha que lhe correu ao contrário do que esperava.

E veremos que contas vai a SAD azul e branca mostrar ao seu novo líder. Tantos milhões ganhos nos últimos anos, com a participação nas provas europeias e venda de jogadores, e tudo o que conseguiu foi ir aumentando o seu passivo que, por aquilo que se diz, já ultrapassa os 500 milhões de euros. Se o novo presidente conseguir impor aquilo que falou, durante a campanha, adeus ordenados de luxo e prémios sem qualquer justificação aos administradores. O Fernando Gomes, um dos culpados por essa situação, já se pôs ao fresco para não ter que tomar partido nessa guerra que promete fazer rolar algumas cabeças.

Nós, no Benfica, já tivemos a nossa catarse, com a troca do Vieira pelo Rui Costa, a qual causou alguma turbulência que ainda se sente nas contas. E com a ausência nas provas europeias isso afecta as finanças do clube e de que maneira. Vai acontecer o mesmo ao FCP, no próximo ano, pois é mais que certo que não terá direito a nada, acabando o campeonato em terceiro.

É altura de fazer o papel de amigo da onça e dizer, quanto maior o problema deles melhor para nós, os seu adversários (SLB e SCP)!

Bom domingo e não percam o jogo, logo à noite, entre Porto e Sporting (que promete)!

sábado, 27 de abril de 2024

Tema para hoje?


 
Eh, pá, nem ideia daquilo que devo ou posso falar
Política, guerra e miséria anda na boca do mundo
Mas isso é muito mau, mau demais, prefiro calar
Enterrar esses pensamentos bem lá no meu fundo!

Primavera, sol, campos floridos, isso é que é bom
Embora o dia de hoje tenha nascido de cara à banda
Nada me importa, para isso deu-me Deus um dom
Adoro o perfume das flores, odeio o que tresanda!

Não levem a vida muito a sério, façam como eu
Acordar vivo já é razão para se fazer uma festa
Aceitar sem reservas tudo o que Deus nos deu
Dizer obrigado e repetir, não há vida como esta!

Quando tenho dores ou me sinto muito mal
Falo comigo mesmo e com os meus botões
Enquanto não sair a porta de casa na horizontal
Tudo vai bem, podem continuar a festa os foliões!

Tem muitos dias pares e ímpares o meu calendário
Assim como a nossa vida tem dias bons e dias maus
Há muitos anos que deixei de escrever o meu diário
Aceito o que vier no prato, sardinhas e/ou carapaus!

sexta-feira, 26 de abril de 2024

Coisas do Século XIX!

 

O Joaquim casou com a Maria!
O pai dele usava o apelido de Álvares Ferreira (Álvares da mãe e Ferreira do pai)!
A mãe era Souza e mais nada!
E a mãe do Joaquim queria que ele usasse também o apelido de Souza!
E ele, para não deixar mal a avó nem o avô, ficou a ser Joaquim Álvares Ferreira de Souza!
Mas quem lhe registou os filhos (e foram muitos) raparam-lhe o Ferreira do pai e ficaram a ser, apenas, Álvares de Souza. O avô Jerónimo que tanto orgulho tinha no seu apelido, deve ter dado muitas voltas na campa ao ver os seu netos despojados do seu apelido, o Ferreira que herdara do seu pai.
E assim a minha mãe que não reclamava de nada, para ela estava sempre tudo bem desde que fosse na graça de Deus, ficou a ser Alves de Sousa, pois que a vida já mudara muita coisa e o Alvares era mais latino que português, tal como usar o Z não se justificava uma vez que tínhamos o S que fazia a mesma figura.
Hoje, é difícil explicar a um aluno a razão por que se usa o S e se pronuncia Z, mas no século XIX ninguém queria saber de razões, alguém decidia mudar e todos os outros se limitavam a bater as palmas. Assim a modos que o 25 de Abril, uns fizeram-no e todos os outros (ou quase todos) limitaram-se a aceitar a bater as palmas de contentes.
O Joaquim era meu trisavô e uma das suas filhas recebeu o nome de Eusébia (estranho nome)! A Eusébia nunca se casou, naqueles tempos era difícil arranjar homem que gostasse de assumir as responsabilidades por aquilo que fazia (hoje, parece-me que não é muito diferente)! Minto, a Eusébia acabou por casar-se com um viúvo, quando o seu filho, prova viva do seu pecado, já completara 10 anos de idade.
E desse casamento tardio nasceria a Maria, minha avózinha querida que sei que está lá em cima a velar para que a minha vida me corra sempre bem. E essa que nasceu do viúvo Agostinho Dias, foi registada como Alves de Sousa, tal como a sua mãe, e nada de Dias no apelido.
Há razões que a razão desconhece, mas a mim ninguém me tira da cabeça que os genes do Dias, morreram e foram enterrados com ele, quando este fechou os olhos para o mundo. A minha bisavó lá saberia porque não quis que a filha se chamasse Alves Dias!
E eu fiquei a ser Alves da Silva, porque as regras da I República determinavam que os filhos receberiam o primeiro apelido da mãe e o último do pai e o Sr. Joaquim Campos que era o manda-chuva do Registo Civil da minha parvónia, era fiel cumpridor das regras estabelecidas. Com ele era tudo "by the book"!

Não fiquem admirados com esta minha prosa, caros leitores, das liberdades de Abril é que eu não tinha a mínima vontade de falar! Ontem, os faladores do costume usaram essa palavra até a deixarem de rastos e vamos ter que lhe dar uns dias de descanso para ela se recuperar! 

quinta-feira, 25 de abril de 2024

Que nortada!

 


Presidente caquético!
Políticos corruptos!
Comentadores papagaios!
Que mais nos irá acontecer?

quarta-feira, 24 de abril de 2024

Desânimo!

 


A minha médica de família cometeu o mesmo pecado que o treinador do Benfica, desiludiu-me!

Ontem, telefonou-me para dizer que tinha analisado os exames que lhe remeti (por interposta pessoa) e que aquilo que eu tenho no estômago não é a velha ursa que trouxe de Moçambique, mas sim algo diferente que requer atenção e, portanto, vai marcar uma consulta urgente no Hospital Pedro Hispano. Nem lhe perguntei o que era, ela não o disse era porque eu não precisava de saber.

Enquanto atendia o telefone, adveio-me um violento ataque de tosse que mal me deixava falar. Tenho os brônquios todos entupidos - disse-lhe eu no meio da "outra" conversa - não pode receitar alguma coisa para me aliviar? Não, respondeu ele de imediato, você é diabético e não posso arriscar, ligue para a linha de saúde 24 que eles dizem-lhe o que deve fazer.

Perdi a confiança no treinador do Benfica, embora ele me tenha feito a vontade e posto o Kokçu a jogar no lugar do Rafa, porque ele não arrisca nada, teima em jogar sempre com os mesmos jogadores, mesmo que estejam de rastos, e só pensa em substituições depois dos 80 minutos de jogo. Além de deixar os avançados no banco e jogar só com médios. E se joga com um avançado, escolhe o pior de todos que tem no banco, só porque foi ele a contratá-lo.

A minha médica de família faz-me lembrar os médicos do meu tempo de tropa que davam comprimidos para tudo. Um dia, um camarada que era o maior, em termos humorísticos, pegou no comprimido que o «Moço da Botica» lhe deu e prendeu-o com um adesivo ao dedo do pé onde tinha um calo. Depois andou a passear de um lado para o outro, em chinelos, para que todos vissem o remédio para os calos que o médico lhe tinha receitado. Tenho a certeza que o acontecimento chegou ao conhecimento do médico, mas não aconteceu nada.

No caso da minha médica também acho a coisa muito séria. Se ela não é capaz de me receitar o tratamento que necessito para curar o estômago, nem tão pouco um mero remédio para a tosse, devo considerar, seriamente, a hipótese de a demitir, tal e qual como o Rui Costa deve fazer com o treinador alemão. Ambos erraram a profissão ou são uma nulidade naquilo que fazem.

Tenho dito (e fiquei preocupado com o que posso ter no estômago) !!!

terça-feira, 23 de abril de 2024

Antiguidade moderna!

 Não estranhem o título, pois me sinto antigo, mas como ainda faço parte do mundo dos vivos, sou moderno com certeza.

Fui criado pela minha avó que nasceu na última década do século XIX. Talvez ela tenha influenciado, até certo ponto, a minha maneira de pensar. Era o tempo dos reis e havia os vinténs e os cruzados, tostões havia poucos e eram ainda uma novidade. Enquanto ela se ia habituando ao novo dinheiro da I República, ia-me ensinando a contar o dinheiro à moda antiga. Um escudo eram mil reis e de reis percebia ela, o escudo era apenas uma palavra.

Havia muita coisa que se podia comprar com mil reis, quando ela era uma rapariga nova, 50 anos depois, quando vim eu ao mundo, já havia pouca coisa a esse preço. Uma caixa de fósforos custava 300 reis, o que para a minha avó era uma fortuna. E um maço de cigarros custava 10 vezes mais, 2.900 reis, foi quanto paguei pelo primeiro maço de cigarros que comprei, por volta dos meus 15 anos.


E vocês perguntarão: que raio de conversa é esta? De onde saiu este arrazoado de palavras tão fora de tempo? Pois, eu explico. Ontem, por volta da meia noite, ouvi a notícia de que o Sebastião Bugalho foi a escolha para cabeça de lista, pela AD, às eleições europeias. Sebastião é um rapazinho que há bem pouco tempo deixou de usar fraldas e mereceu do líder da AD um elogio que o pôs nos píncaros da política à portuguesa.

Tenho ouvido dizer que há falta de cabelos brancos na nossa política e a nomeação do Sebastião é a prova real de que isso é uma afirmação verdadeira. Cabelos brancos são sinal de uma mente madura e o juízo testado por mil e uma dificuldades ultrapassadas ao longo do seu percurso. Assim como a falta deles é de questionar numa decisão desta importância.

O Sebastião é um rapaz esperto e bem falante, mas não teve uma avó como eu tive, nascida há dois séculos atrás e com outra forma de pensar. Ele é um moderno-moderno, enquanto eu sou um antigo-moderno, temos maneiras diferentes de pensar. E isso não quer dizer que eu estou certo e ele errado, nada disso, o meu pensamento vai por outros caminhos e já não tenho idade para andar de trotinete.

Um bom político não dá ponto sem nó, mas eu não considero o Montenegro um bom político, muito longe disso e por isso vou ficar atento ao que vai acontecer, durante a campanha e, mais tarde, no acto em si. Pode ser que o Parlamento Europeu saúde com entusiasmo a juventude do Sebastião e se preocupe também com a minha antiguidade que merece (e necessita de) alguns cuidados especiais neste mundo cada vez mais envelhecido.

Meia dúzia de vinténs era muito dinheiro para a minha avó, para mim meia dúzia de escudos já tinham pouco significado, mas agora moedas de 1 e 2 cêntimos de euro, atiro-as pelo ar, embaraçam-me nos bolsos. Mas não esqueço que cada cêntimo vale 100 vinténs do dinheiro da minha avozinha. Ai de mim se ela me visse atirar tanto vintém à rua !!!

E sei que ela está, lá em cima, no céu a zelar pelos meus interesses e a tomar nota desses vinténs que eu desvalorizo. Ao ouvir os elogios feitos ao jovem Sebastião, pergunto-me se ele saberá o valor do vintém, ou até o significado da palavra!

segunda-feira, 22 de abril de 2024

25 de abril - História!


Vamos preparar o 25 de Abril para dizer adeus à ditadura de direita.
Cuidado para não cair numa de esquerda, atenção ao Otelo!!!

domingo, 21 de abril de 2024

É só a minha opinião!

 Não sei quem manda em Israel. Talvez haja um presidente ou outro órgão por cima do Primeiro Ministro Netanyahu, mas como vejo ele no papel de "eu quero, posso e mando", é a ele que me vou dirigir esperando que ele leia com atenção as minhas palavras.

Meu caro Benjamim
Tenho assistido de olhos arregalados àquilo que tens feito, ou mandado fazer, na Faixa de Gaza. Eu sei que tens direito à tua vingança pelo que fizeram os terroristas do Hamas, em 7 de Outubro, mas tudo tem um limite. A Lei de Talião que tu pareces estar a seguir, diz: "Olho por olho, dente por dente", mas tu estás a cobrar 2.000% de juros em vidas humanas ao povo da Palestina. É mesmo coisa de judeu!
É hora de parar para pensar numa situação que garanta a paz no teu país. Chega de carnificina e, embora tu não queiras aceitar essa alternativa, só há uma solução para um problema que já tem barbas. E essa solução passa por garantir aos palestinianos um território que seja só seu e deixá-los viver a sua vida.
A solução de os fechar na Faixa de Gaza provou ser um erro e já que aquilo está tudo minado e pejado de túneis por todo o lado, aconselho-te a tirar de lá toda a gente para poderes deitar aquilo tudo abaixo (já pouco resta em pé) e depois construir o que quiseres e ao teu jeito.

Os dois milhões e picos de nómadas que um dia vieram das ilhas gregas e escolheram essa terra para viver e, hoje, estão entalados num espaço sem quaisquer condições de vida, merecem um lugar onde possam ser felizes e donos da sua vontade. Isto quer dizer que, mais tarde ou mais cedo, vais ser obrigado a seguir o conselho que os teus parceiros, a começar pelos Estados Unidos da América, te têm dado, aceita a independência da Palestina.
E para não teres um pequeno país dividido em duas fracções desligadas, como agora estão, Cisjordânia e Gaza, eu ofereço-te uma solução facílima de aceitar e pôr em prática. No mapa que podes ver aqui ao lado, pintei duas zonas a verde, em que inseri as letras EXC que significam "Exchenged areas", para onde deves deslocar a população da Faixa de Gaza na sua totalidade.
Tomei a liberdade de escolher uns pedaços de terra que aos judeus não interessam muito, um a norte e o outro a sul da actual Cisjordânia, de modo que as fronteiras entre a futura Palestina e o teu país sejam mais fáceis de controlar.
E se os palestinos (ou o Hamas) quiserem viver em túneis, podem começar a construí-los logo que tomem passe dos novos territórios. Quem lá viver, hoje, terá que aceitar uma mudança para Gaza ou outra qualquer zona de Israel, onde prefiram construir o seu futuro. Podes dar uma ajuda financeira, a todos os que tiverem que mudar de residência, tanto judeus como palestinianos, pois esse dinheiro será muito mais bem empregue que para pagar armas e munições, como tens feito desde 1958 até hoje.
E termino apelando à tua inteligência e bom senso para aceitares o meu conselho, pois não há outra solução possível. Eu sei que tu preferirias vê-los todos mortos, mas à luz da Humanidade e das leis em vigor que tu tens infringido repetidamente, isso não é possível. Verás que o teu futuro e o dos teus conterrâneos será muito mais feliz, quando os palestinianos viverem na sua Palestina livre e do modo que mais lhes agradar. Talvez venham a torcer a orelha por lhes faltar o emprego e outras benesses que tinham, enquanto ligados a Israel, mas isso é problema deles, nada que te deva causar preocupação.

sábado, 20 de abril de 2024

Descanso semanal!

 Hoje, não vou cansar-vos com a minha prosa. Eu fico com os meus pensamentos e a minha inspiração reservados para mim mesmo. Estou certo que vós encontrareis o vosso caminho sem a minha ajuda!

Deixo-vos a olhar para um gráfico (mentiroso) que me manteve a zero durante 4 dias e depois mostra um pico tão alto como o Everest. Coboiada!!!


sexta-feira, 19 de abril de 2024

O Povo de Deus!


Nós, os que não somos judeus, dizemo-nos filhos de Adão e Eva, enquanto que eles se dizem descendentes de Abraão, Isaac e Jacob. Abraão, o tal que só teve um filho e que Deus lhe ordenou que o imolasse para provar a sua fidelidade e confiança. Quando o sofrido pai levantou a adaga para desferir o golpe fatal que o deixaria sem filho, eis que aparece um anjo que lhe diz: - Pára, Abraão, Deus acredita na tua boa fé, tens aqui um cordeiro para sacrificar ao teu Deus que é teu protector.

O Antigo Testamento é cheio destas histórias que tendem a provar que há um povo, o Judeu, que Deus tomou à sua guarda e zela para que nenhum inimigo o moleste. O Irão, país mais muçulmano que qualquer outro, deu uma facada em Israel, na semana passada. Esta madrugada, Israel pagou-lhe na mesma moeda, enviando umas ameixas escaldantes, montadas em modernos drones que a mão de Deus guiou até ao lugar onde foi decidido que rebentariam.

A História das 12 tribos de Israel é uma coisa que vale a pena estudar. Cada tribo é especialista numa matéria e só nessa dá cartas sem se imiscuir no trabalho das outras. Há os que atacam e os que defendem, há os que tratam da riqueza e da religião, há gente para tudo, como Deus quer e manda, já que foi ele a inspirar os lideres do seu Povo, começando por Jacob, para adoptar esse tipo de organização.

Ao longo dos séculos, cerca de 2 mil anos, antes de ele ter decidido vir a este mundo corrigir alguns erros, e mais 2 mil e tal que já passaram desde o dia em que ele retornou ao Pai, os judeus tem sofrido mil e um trabalhos que se diz serem ordenados por Deus para testar a sua fé. Foram da Síria, onde Isaac está enterrado ao lado da sua Sara, para o Egipto por causa da fome que se instalou naquela zona do mundo em que viviam. Foram escravizados pelos egípcios até ao dia em que Moisés os conduziu à Terra Prometida, onde havia o leite e o mel.

Desde essa data enfrentaram muitos inimigos que não estavam, nem estão ainda hoje, convencidos que Deus tinha o direito de lhes dar aquelas terras, nas margens do rio Jordão, deixando-os a eles de fora, condenados a apascentar ovelhas e cabras nos terrenos bravios a toda a volta. Esses terrenos que formam os actuais países do Líbano, Síria, Jordânia, Iraque e Irão, além do Egipto, claro, de onde Moisés os tirou à cerca de 4 mil anos, continuam pobres, como eram nesses tempos, e não fora o petróleo descoberto debaixo das areias do deserto. Continuariam a vestir-se das peles dos animais que pastoreiam e comendo tâmaras, além do leite e carne desses mesmos animais.

E não querendo, por nada deste mundo, pertencer ao mundo dos judeus, inventaram um profeta para eles, Maomé, o tal que dizem ter escrito o Corão, o livro das regras que são obrigados a seguir sem se desviar um milímetro que seja. Regras que são destinadas aos homens, fazendo das mulheres suas escravas. Eles têm todos os direitos, inclusivé sobre a vida das suas mulheres - podem ter quantas quiserem e conseguirem alimentar - elas nenhum, nem rezar ao tal profeta podem. Uma coisa assim à antiga portuguesa, fazes o que te mando e bico calado!

Se é verdade que Deus está do lado do seu Povo, não há hipótese de o Irão sair bem desta história. Depois das ameixas que estouraram por lá, antes do sol nascer, haverá mais e mais escaldantes, até que Deus e o seu Povo acalmem a sua fúria e sejam deixados em paz. Nós, os portugueses, na maioria descendentes do povo Celta, não nos sentimos como parte de nenhum desses povos, nem de Deus nem de Maomé, e só queremos viver em paz e que ninguém nos meta ao barulho.

Como por ali não há qualquer mar, a NATO não tem voz activa na matéria e portanto não seremos forçados a ir para a guerra, aconteça o que acontecer. Digo isto, porque tenho filhos e netos e não os quero ver mobilizados para uma guerra que não lhes diz nada!

quinta-feira, 18 de abril de 2024

E vão dois!

 


O nosso governo é uma vergonha, ainda nem acabou o aquecimento e já tem duas baixas! Para não falar nas promessas feitas que estão a cair como folhas em tarde de Outono. O «choque fiscal» vai ter muito que esperar para nos fazer tremer com o passar da corrente. Os professores vão ter que tomar anti-depressivos, pois só na próxima legislatura, lá para 2029, chegarão ao fim do seu calvário. Talvez sejam os empresários os primeiros a ver cumprida a promessa de redução do IRC, pois é aí que se concentram os interesses da nossa direita.

E a Justiça? Essa é a caricatura do Zé Pinóquio! Mentiroso compulsivo, desempregado de luxo, ele elegeu os juízes e magistrados do Ministério Público para fazer de sacos de treino no seu ring de boxe. Rei dos recursos nada o faz desistir, um não deu em nada segue outro para lhe tomar o lugar. A Relação recusa-se a fazer o que ele quer e o homem vai aos arames e já tem o seu advogado a trabalhar no próximo. Os crimes que prescrevem em 2025 é como se já não existissem, pois serão precisos anos para iniciar e levar a termo um julgamento.

E a governanta que caiu hoje era, justamente, assessora da Ministra da Justiça, talvez a escolhida para estudar a reforma que nos foi prometida e já leva muitos anos de atraso. No tempo do Salazar, a Pide ia a casa das pessoas, algemava-as e carrega com elas a caminho do Tarrafal. No tempo do PREC, o Otelo queria levar os fascistas todos para o Campo Pequeno e metralhá-los. Passaram 50 anos e estamos muito pior, os democratas riem-se da Justiça, brincam com ela e arranjam sempre uma desculpa para que ela não funcione. O Pinóquio mete recursos, o Salgado alega que sofre de Alzheimer, o Costa não sabe porque há tanto pilim na sua residência oficial, o Pedro Nuno e o Galamba brincam aos gestores de topo e estouram milhões do erário público e não se passa nada. O Oliveira e Costa, amigo do Cavaco, morreu sem prestar contas pela falência do BPN. O BIC, o Banif e o Novo Banco custaram aos cofres do Estado muitos milhões, mas nunca se encontraram os responsáveis por essas perdas.

Os hospitais, os médicos e enfermeiros estão embrulhados numa borrasca que ninguém sabe como se vai resolver. Felizmente, acabei de sair de uma crise que me levou ao hospital e só posso dizer bem do serviço, pois não me faltaram com nada, mas nem todos têm a minha sorte!

E o nosso Parlamento parece um circo, onde se divertem à grande os que vêem os políticos meter a pata na poça e não sabem como sair da lama. À esquerda e à direita é tudo a meter água, parece aquela história do «um diz mata e o outro diz esfola» e ninguém dá a mão ao vizinho para lhe salvar a face. Aquilo é mais o género de pôr a mão na cabeça e empurrar para baixo, quando vêem alguém a afogar-se.

E a Habitação? Essa ainda vai dar muito que falar, o nosso mergulho no Turismo e no Alojamento Local vai ainda dar-nos muitos desgostos, antes que haja uma legislação justa que proteja inquilinos e senhorios. Ontem, fui dar uma ajuda ao meu filho para procurar uma casa de renda e fiquei banzado com o pedido de 800€ por um T2, numa remota aldeia do concelho de Santo Tirso. Eu nem 200€ daria pela casa que ficava longe de tudo.

E o Costa talvez vá para a Europa, o Selfies acha que sim e nós já sabíamos que isso estava previsto para o ano de 2024. Lembram-se da tomada de posse, quando o Marcelo disse ao Costa que nem pensasse em sair a meio do mandato, pois dissolveria o Parlamento? Porque pensam que ele se apressou a pedir a demissão logo que viu uma chance de se escapar? Esta gente, quando vê um tacho ao seu alcance, não dá ponto sem nó e o Costa não é melhor nem pior que outros, como o Durão Barroso, por exemplo. Farinha do mesmo saco, como diz o brasileiro. E a farinha faz-se de muita maneira, no Minho mói-se o milho, no Alentejo o trigo ou a bolota, em Trás-os-Montes o centeio ou a castanha e no Algarve a alfarroba. E no BES de Salgado usavam-se os euros para o mesmo efeito, perguntem ao Manel Pinho se não era assim!

quarta-feira, 17 de abril de 2024

Um Homem novo!

Há coisas que rejuvenescem um homem! Uma delas é receber boas notícias e previsões que pode chegar até aos 100 anos! Outra é usar uns óculos novos e mais bem escolhidos que os anteriores que me faziam lembrar o Almeida Santos, socialista já falecido que eu detestava até não poder mais. Acresce que (além dos óculos com fundos de garrafa) ele viveu em Lourenço Marques nos últimos anos do domínio português, era amigo do Samora Machel e seu advogado, sendo também um dos investidores que puseram de pé aquele horrível prédio 33 plantado na baixa da capital.

Falando de Moçambique e do Samora, ainda tive umas esperanças que a revolta de 7 de Setembro, ou assalto ao Rádio Clube, como também lhe chamaram, mantivesse os portugueses à frente de um governo misto que pudesse garantir uma transição pacífica, mas não tive sorte nenhuma. A única coisa que me calhou em sorte foi receber o «Maõzinha» como colega na empresa em que eu trabalhava.

A História do Mãozinha conta-se em poucas palavras. Um amigo levou-o para Lourenço marques e arranjou-lhe um emprego para ele se sustentar. Depois do 25 de Abril, o amigo, adivinhando que aquilo ia acabar mal, regressou a Portugal e sendo um especialista em Informática, rapidamente, ganhou a confiança da IBM Portugal e foi colocado na Maconde como Director daquela área que estava em grande desenvolvimento.

O Mãozinha continuou em Lourenço Marques e, no dia 7 de Setembro de 1974, juntou-se aos brancos revoltosos e foi para o Rádio Clube de arma na mão. Como a coisa deu para o torto e antes que fosse preso, deu o salto para a África do Sul. Lá arranjou emprego como electricista e tempos depois ao trepar a uma torre de alta tensão levou uma chicotada com um cabo em carga que o atirou pelo ar e o chamuscou todo, não morrendo por milagre. Resultado, meses e meses de hospitalização e uma data de operações de cirurgia estética para reconstruir o corpo que fico todo queimado. Por pouco ficava sem uma perna, ficou sem um braço, o direito, daí lhe veio a alcunha por que ficou conhecido daí em diante, e com feias cicatrizes nos sítios em que o cabo encostara.

Com o corpo reparado regressou a Portugal, em 1976, e veio visitar o tal amigo de Lourenço Marques que trabalhava comigo na minha (salvo seja) empresa. Em três tempos vi-o entrar para os quadros da Macmoda, empresa de comércio de pronto-a-vestir pertencente ao Grupo, recentemente, lançada no mercado português. E dali até chegar ao escritório central da Maconde pouco tempo levou, transformando-se em meu colega de trabalho, para o bem e para o mal.