O título desta publicação é parte integrante do hino da Alemanha!
Após o fim da coligação entre o SPD, os Verdes e o FDP, o presidente federal, Frank-Walter Steinmeier, demitiu três dos quatro ministros do FDP do gabinete do chanceler Olaf Scholz (SPD).
Ao mesmo tempo, Jörg Kukies, consultor de política econômica de Scholz, foi nomeado o novo ministro das Finanças. O ministro da Agricultura, Cem Özdemir (Verdes), também assumirá o Ministério da Educação. O ministro dos Transportes, Volker Wissing, é o único político do FDP a permanecer no governo. Ele saiu do FDP. Steinmeier também o nomeou como o novo ministro da Justiça.
Há cerca de 15 dias começou a turbulência na Alemanha, a coligação do semáforo desfez-se e vai ser necessário convocar novas eleições que só acontecerão no Ano Novo de 2025. Quanto mais cedo melhor, dizem os políticos, pois "desgovernados" é que não podemos ficar!
Em um comunicado conjunto à imprensa, o vice-chanceler e ministro da Economia, Robert Habeck, e a ministra das Relações Exteriores, Annalena Baerbock, lamentaram o término da coligação e o consideraram desnecessário. Ainda que houvesse soluções possíveis, o FDP “não estava preparado” para “seguir por esses caminhos”. Tendo em vista as novas eleições, Habeck disse: “Vimos o que acontece nos EUA quando o ódio e a agitação, quando o populismo e a divisão envenenam a campanha eleitoral e o debate político. A Alemanha pode fazer diferente, e a Alemanha fará melhor."
Entretanto, o demissionário chanceler foi até à Rússia tratar da vidinha que é como quem diz, mostrar serviço, para ver se convence os eleitores a votarem no partido dele, quando chegar a hora. Ele pensa e nisso eu estou de acordo com ele que a Alemanha e a Rússia são os dois países europeus mais prejudicados pela «Guerra da Ucrânia». E pensando bem, podiam juntar esforços e acabar com ela.
Já vamos a caminho de 3 anos de guerra e muitos milhões foram queimados nessa guerra fratricida. A Rússia está pouco menos que falida e a Ucrânia feita num monte de destroços. Vai ser preciso muito dinheiro, milhares de milhões para consertar uma e a outra e quanto mais cedo começarem, melhor será. Muita gente está convencida que foi a vitória de Trump, nos Estados Unidos, que motivou esta viagem de Scholtz a Moscovo e que será ele, como grande chefe da NATO a provocar a mudança que trará com ela a paz, naquele canto do mundo.
A Rússia é o maior país da Europa e segue-se a Alemanha, por conseguinte, tem toda a lógica que sejam os seus líderes a pôr o problema em cima da mesa e tentar resolvê-lo. Com maior ou menor cedência de ambos os contendores a paz é possível e mesmo não sendo a solução que agrada a todas as partes, sempre será melhor que continuar este morticínio. Entre russos e ucranianos já vai para lá de um milhão de mortos e, embora o Putin faça tudo para esconder essa verdade, há-de chegar o dia em que tudo se saberá e, nessa altura, não acredito que a popularidade do líder russo valha um caracol.
É preciso não esquecer que a Alemanha encerrou as suas minas de carvão, por razões ecológicas, e se ligou à Rússia, através do Mar Báltico, para receber o petróleo e gás que precisa para mover a sua indústria e aquecer os seus habitantes. Ora, as sansões impostas à Rússia, pelos países da Nato, obrigaram a encerrar o Nordstream I e II, deixando a Alemanha numa penúria energética. É claro que tudo se resolveu, mas a que custo?
A já anunciada política externa de Trump de não financiar a NATO para forrar as costas aos europeus é um recado claro para acabar com a guerra ou suportar os seus custos. E a União Europeia não está nada, mesmo nadinha, preparada para aguentar esse encargo, Nem o Reino Unido e outros parceiros europeus que têm um medo danado da Rússia e não sabem como resolver o assunto. Mas, pior que isso, faltam-lhe os meios para o fazer. Não há um único país que tenha as contas folgadas para aumentar a sua participação no orçamento da Nato.
Por isso, digo eu, a única solução é convencer o líder da Ucrânia a aceitar a situação como ela está, antes que piore, dando uma hipótese ao Putin de parar a ofensiva sem ficar muito mal na fotografia. E nisso a Alemanha, como maior potência europeia e parceiro da Nato, é o mediador preferencial para tratar do assunto. Ninguém me tira da cabeça que foi isso que o Olaf Scholz foi fazer a Moscovo.