Ouvi falar tanto de Camilo, ontem e hoje, que decidi partir à descoberta da razão para tal alarido. Eu próprio li pouquíssimos livros de Camilo e a grande maioria dos meu contemporâneos deve tê-lo feito ainda menos que eu. Aproveito para deixar aqui umas frases copiadas da internet, uma vez que estou sem paciência para pensar em coisas sérias!
«Trágico, épico, lírico, satírico – tudo isso foi Camilo», afirmou Jorge de Sena, falando da obra. A vida de Camilo foi igualmente tumultuosa e dramática.
Nasceu em Lisboa, no dia 16 de Março de 1825. Foi romancista, mas também historiador, tradutor, cronista, dramaturgo e crítico.
Publicou pela primeira vez em 1845 e entregou-se à escrita, passando a viver exclusivamente dela. No meio de uma vida de boémia e paixões, conhece Ana Plácido, por quem se apaixona, seduz e rapta. Escândalo público. Andam a monte até serem presos, acabam por ser processados pelo crime de adultério. Hão-de ser absolvidos. Passam a viver juntos e casam-se mais tarde. Na iminência de cegueira, Camilo suicida-se em 1 de Junho de 1890.
Amor de Perdição foi o romance que definitivamente o consagrou como escritor. No entanto, não deixou de ser polémico, mesmo depois da sua morte, esse tema que neste Impressão Indelével explora e que mantém uma velha discussão entre camilianos sobre o macabro e o fantástico na escrita daquele que era, segundo a homenagem que lhe prestou a Academia Real das Ciências de Lisboa: o escritor mais celebrado de Portugal.
Escrita e primeira publicação de Amor de Perdição
Quando a obra foi escrita, em 1861, Camilo Castelo Branco encontrava-se preso na Cadeia da Relação, no Porto, devido ao crime de adultério, que tinha praticado com Ana Plácido.[1]
A obra Amor de Perdição foi escrita durante um período de quinze dias, durante a estada do autor na cadeia.[1] Enquanto esteve preso, também redigiu as obras O Romance de Um Homem Rico e parte de Doze Casamentos Felizes.[1]
A primeira edição do livro foi publicada em 1862, ano em que também editou as obras Memórias do Cárcere, Coisas Espantosas e Coração, Cabeça e Estômago.[5] Porém, o periódico Revolução de Setembro de 1 de janeiro desse ano relatou que a obra já estava em circulação, pelo que terá sido ainda editada em 1861, embora a data oficial seja de 1862, data assinalada no rosto do livro.[4]
Do Camilo só me lembro dos títulos na biblioteca da velha Nuno Gonçalves que é agora uma escola mista. No meu tempo tinha que subir a Rua do Mestre Antonio Martins para 'me misturar' com as miúdas da Luísa de Gusmão.
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